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3. METODOLOGIA DA PESQUISA: CAMINHOS PERCORRIDOS

3.5 ANÁLISE TEXTUAL DISCURSIVA – MOVIMENTO DE COMPREENSÃO

3.5.3 Metatexto

Dessa maneira, a construção da comunicação e interpretação das informações é representada pela etapa de criação do metatextos, estrutura textual que, com base na perspectiva de Moraes (2003, p. 191), é “[...] a intensa impregnação nos materiais da análise desencadeada pelos dois estágios anteriores possibilita a emergência de uma compreensão renovada do todo”.Para o autor,

Os metatextos são constituídos de descrição e interpretação, representando o conjunto um modo de compreensão e teorização dos fenômenos investigados. A qualidade dos textos resultantes das análises não depende apenas de sua validade e confiabilidade, mas é, também, consequência de o pesquisador assumir-se como autor de seus argumentos. (2003, p. 202).

Portanto, os metatextos construídos a partir da categorização, - de todos os instrumentos e da descrição individual dos dados de cada grupo de instrumento, a fim de divulgar as relações entre as informações que a pesquisadora jugou relevantes neste estudo -, promoveram assim, a auto-organização. Cabe mencionar que o metatexto é o terceiro e último elementos do ciclo de análise.

Moraes (2003) aponta a auto-organização como um processo de aprendizagem viva, o momento de luz, que explica a metáfora utilizada pelo autor uma tempestade de luz, um momento em que emergem novas compreensões a partir da desordem. A auto-organização representa o processo do ciclo de análise descrito. Segundo o autor,

Diferentes tipos de textos podem ser produzidos por meio dessa metodologia, com ênfases diversificadas em descrição e interpretação e tendo como ponto de partida diversificados objetivos de análise. Alguns textos serão mais descritivos, mantendo- se mais próximos do corpus original. Já outros serão mais interpretativos, pretendendo um afastamento maior do material original num sentido de abstração e teorização mais aprofundado. (MORAES, p. 202, grifo nosso).

Antes da divulgação da interpretação dos dados, a partir dos metatextos e da auto- organização, foi construído Quadro 4 para visualizar a relação entre as categorias, estabelecendo também uma interlocução com o problema da pesquisa, com o objetivo geral e com as questões da pesquisa deste estudo.

Quadro 4 – Relações com as Categorias

AULA VIRTUAL: implicações e desafios docentes Problema de

Pesquisa

Objetivo Geral Questões de Pesquisa Categorias Qual a relação entre a formação do professor e suas escolhas relacionadas às ferramentas que serão utilizadas em uma sala de aula virtual? Investigar questões que implicam na articulação entre a formação docente e as práticas pedagógicas em salas de aula virtuais, a fim de fundamentar as escolhas das ferramentas no Ambiente Virtual de Ensino e de Aprendizagem que serão utilizadas para a interação entre professor e aluno. Existem correlações entre a formação docente

e a escolha das ferramentas, utilizadas numa sala de aula virtual

no Moodle?

A FORMAÇÃO DOCENTE

Quais ferramentas do Ambiente Virtual de

Ensino e de Aprendizagem são mais

utilizadas?

O USO DAS FERRAMENTAS

Como são configuradas as estratégias pedagógicas dos professores da sala de aula virtual, no Moodle?

O USO DAS FERRAMENTAS AS ESTRATÉGIAS

PEDAGÓGICAS

Que relação existe entre a escolha das ferramentas utilizadas com o planejamento pedagógico? AS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS Fonte: Guidotti (2012).

A interpretação dos dados, que resultou da auto-organização das informações a partir do último ciclo da Análise Textual Discursiva, dividida em categorias, será apresentada no próximo capítulo.

4.

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS – DESVENDANDO

CAMINHOS

Este capítulo descreve os caminhos percorridos, após a análise e a interpretação dos dados coletados, sob uma abordagem qualitativa, a fim de, responder ao problema e às questões da pesquisa deste estudo.

Cada categoria representa em seu sentido uma luz de ideias, ou seja, uma tempestade

de luz, que, segundo Moraes (2003), emerge diante do processo de análise dos instrumentos

de coleta de dados, que neste estudo foram: cinco questionários, uma entrevista e cinco documentos. É importante destacar que as categorias em muitos momentos se entrelaçam, durante a descrição dos dados percebe-se que uma vai complementando a outra, constituindo uma trama tecida sob o olhar da pesquisadora, considerando toda a relação estabelecida entre a teoria e a prática, desenvolvida durante a construção desta pesquisa.

Responderam ao questionário cinco professores que ministram disciplinas semipresenciais no Curso de Graduação em Pedagogia, na Faculdade de Educação (FACED) da PUCRS, todos do sexo feminino. As informações obtidas nos questionários foram relacionadas aos dados coletados na entrevista com um professor gestor da CEAD e com as informações obtidas nos documentos analisados.

Para sintetizar a produção do metatexto, após a finalização da descrição e interpretação dos dados de cada categoria, foi produzida uma figura, criada em uma ferramenta disponível na Internet – Wordle16 –, que permite a construção de uma nuvem de

palavras.

O procedimento realizado para a criação das nuvens de palavras foi copiar o metatexto de cada uma das categorias e colar na ferramenta Wordle, sendo assim, este procedimento foi realizado três vezes. As nuvens foram criadas a partir das palavras que mais apareceram nos textos inseridos na ferramenta. Sendo possível, depois da criação da nuvem, formatar: a cor das palavras, a cor de fundo da figura, o tipo de fonte e o layout das palavras. Para manter uma harmonia entre as figuras, optou-se por utilizar o mesmo tipo de fonte e apenas formatar cada nuvem com um layout diferente. As nuvens de palavras foram inseridas no final da produção textual de cada categoria.