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Este capítulo apresenta a metodologia de estudo, bem como a classificação do tipo de pesquisa realizada, a descrição do plano de coleta de dados e o plano de análise e interpretação dos dados.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Cada pesquisa é diferente de qualquer outra, seja quanto a natureza, quanto aos objetivos, ou quanto aos fins. Por isso a necessidade de previsão de meios e a provisão de recursos, de acordo com a especificidade de cada uma. Assim, as pesquisas podem ser classificadas de diferentes maneiras.

3.1.1 Quanto à sua natureza

A pesquisa pode ser aplicada ou básica, de acordo com seu objetivo geral. Conforme explica Gil (2010, p.27):

Pesquisa básica: Pesquisas destinadas unicamente à ampliação do conhecimento,

sem qualquer preocupação com seus possíveis benefícios.

Pesquisa aplicada: Pesquisas voltadas à aquisição de conhecimentos com vistas à

aplicação numa situação específica.

A pesquisa aplicada, para Vergara (2009, p.43), “[...] é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática, ao contrário da pesquisa pura, motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador e situada, sobretudo no nível de especulação”.

Portanto, o estudo classifica-se como pesquisa aplicada, uma vez que a metodologia a utilizada é aplicável ao estudo e a análise das demonstrações contábeis da empresa, para identificação e solução de possíveis falhas encontradas.

3.1.2 Quanto à forma de abordagem do problema

O estudo se classifica como pesquisa qualitativa, assim, Beuren et al (2004, p.92), menciona que, “[...] abordar um problema qualitativamente poder ser uma forma adequada para conhecer a natureza de um fenômeno social. Isso justifica a existência de problemas que

podem ser investigados com uma metodologia quantitativa e outros que exigem um enfoque diferente”.

Com base no conceito acima, identifica-se que o estudo se classifica como pesquisa qualitativa, pois foi realizada uma análise mais profunda em relação ao tema estudado e do problema a ser investigado.

3.1.3 Quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos, estes se classificam como pesquisa descritiva, assim caracterizada por Zamberlan et al (2014, p.96): “A pesquisa descritiva visa identificar, expor e descrever os fatos ou fenômenos de determinada realidade em estudo, características de um grupo, comunidade, população ou contexto social.”

A pesquisa descritiva para Andrade (2002, apud BEUREN et al 2004, p.81), destaca que: “[...] a pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenômenos do mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados pelo pesquisador”.

Sendo assim, a pesquisa, quanto aos seus objetivos, se caracteriza como sendo descritiva, uma vez que a análise envolveu a coleta de dados e observações sistemáticas através das demonstrações contábeis da entidade estudada.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Em relação aos procedimentos técnicos, pode-se citar a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e o estudo de caso.

Para isso, Gil (2010, p.28), explica que: “Para que possa avaliar a qualidade dos resultados de uma pesquisa torna-se necessário saber como os dados foram obtidos, bem como os procedimentos adotados em sua análise e interpretação.”

Segundo Lakatos; Markoni (1996, p.66), “[...] a pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias [...]”.

Em relação à pesquisa documental, Vergara (2009, p.43), afirma que, “[...] é a realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes [...]”.

A pesquisa do tipo estudo de caso, conforme Yin (2001, apud ZAMBERLAN et al 2014, p.23), “É uma pesquisa empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto de vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”.

Dessa forma, o trabalho foi realizado por meio da pesquisa bibliográfica, através de consulta em livros e artigos acadêmicos, com o objetivo de fundamentar a teoria da pesquisa levantada, e, é documental e estudo de caso, pois utilizou-se das demonstrações contábeis do exercício 2014 disponibilizadas pela empresa, para identificar como foram elaboradas estas e quais os procedimentos utilizados na constituição.

3.2 PLANO DE COLETA DE DADOS

A coleta de dados deu-se por meio da avaliação dos demonstrativos contábeis básicos obrigatórios para a empresa, como o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, as Demonstrações dos Fluxos de Caixa, a Demonstração dos Lucros e/ou Prejuízos Acumulados, a Demonstração do Valor Adicionado e as Notas Explicativas. Para isso foi examinada a adequação de todas as contas, os grandes grupos de contas e também seus subgrupos, sendo utilizadas para o estudo as demonstrações do exercício social de 2014.

Para Beuren et al (2004, p.71), “[...] os instrumentos de pesquisa são entendidos como preceitos ou processos que o cientista deve utilizar para direcionar, de forma lógica e sistemática, o processo de coleta, análise e interpretação dos dados”.

A coleta dos dados da entidade ocorreu através de informações coletadas no sítio da empresa, utilizando-se de entrevista despadronizada, conforme a necessidade de informações complementares, juntamente com os documentos disponibilizados pela empresa.

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Em relação aos instrumentos de coleta de dados Gil (2010), nos ensina que na maioria dos estudos de casos são utilizados a coleta de dados mediante entrevistas, observação e análise de documentos. Quando são utilizadas entrevistas Gil (2010), identifica a modalidade da entrevista, como sendo, aberta (com questões e sequência predeterminadas), guiada (com formulação e sequência definida), por pautas (guiadas por pontos de interesse), ou informal (que se confunde com uma conversa).

Lakatos (2003, p.191), demonstra que: “A observação ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a respeito de objetivos os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento. Desempenha papel importante nos processos observacionais, no contexto da descoberta [...]”.

Quando é utilizada a observação, Marconi; Lakatos (2003), identificam que esta pode ser caracterizada em quatro modalidades:

a) segundo os meios utilizados: observação assistemática que não utiliza de técnicas especiais, e não possui planejamento prévio; enquanto que a sistemática é controlada, possui planejamento para responder propósitos preestabelecidos.

b) segundo a participação do observador: observação não-participante, o pesquisador interage no meio estudado, mas não influencia, permanece de fora. Enquanto que a observação participante o pesquisador participa com o grupo, podendo assim ser influenciado.

c) segundo o número de observações: a observação individual é feita apenas por um pesquisador, enquanto que a observação em equipe é feita por um grupo que analisa vários ângulos.

d) segundo o lugar que se realiza: observação na vida real, realizadas em ambiente real, no local onde a situação ocorre, e a observação em laboratório que tem lugar e condições controladas.

Ainda segundo Marconi; Lakatos (2003, p.195), “A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional [...] para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social”.

A entrevista pode ser padronizada, quando o entrevistador segue um roteiro determinado antecipadamente, seguindo estilo formulário, diferente da entrevista despadronizada em que o entrevistador tem liberdade para fazer as perguntas, não havendo perguntas previamente estabelecidas. (MARCONI; LAKATOS, 2003).

De forma bastante parecida, utiliza-se do questionário como coleta de dados importantes e relevantes na pesquisa, porém, este deve ser respondido por escrito e sem a presença do entrevistador.

A documentação é uma ferramenta importante na coleta de dados para encontrar as informações necessárias para o estudo de caso, juntamente com a pesquisa bibliográfica.

Para elaborar a pesquisa, foram utilizados alguns instrumentos para nortear o levantamento das informações necessárias para o desenvolvimento desta, como a observação,

a qual é assistemática, não participante, individual e na vida real. Incluindo a pesquisa documental, e entrevistas despadronizadas conforme necessidade.

3.3 PLANO DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A análise e interpretação dos dados na pesquisa documental, pode variar de acordo com a natureza dos documentos utilizados, podendo inclusive ser relatórios apresentados pelas empresas, estes são identificados como sendo documentos de segunda mão, pois já passaram por tratamento analítico. (GIL, 2010).

Nesta pesquisa a análise e interpretação de dados foi realizada após o recebimento do material documental disponibilizado pela empresa e informações nestas coletadas. Com base nisso, foi desenvolvida uma análise com o objetivo de encontrar soluções para o problema levantado no estudo.

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