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Para atingir os objetivos propostos na presente investigação, utilizou-se de procedimentos metodológicos para a operacionalização da pesquisa. Desse modo, neste capítulo, são descritos os procedimentos adotados. A metodologia abrange a classificação da pesquisa, o sistema de coleta de dados e por último o plano de análise.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

O ponto de partida de uma toda e qualquer pesquisa é o conhecimento e identificação dos elementos que compõem o problema e ser esclarecido. Sendo assim, define-se pesquisa como um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico, onde a pesquisa é concebida como a busca significativa de uma dúvida ou problema, assim, tendo o objetivo de proporcionar respostas aos problemas propostos (GIL, 2010; PARRA FILHO; SANTOS, 2012).

3.1.1 Pesquisa quanto à natureza

Do ponto de vista de sua natureza a pesquisa se classifica como sendo aplicada, pois está voltada para interesses práticos, dependendo das descobertas da investigação e se enriquece com o seu desenvolvimento, sua característica principal é o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos (GIL, 2010).

Outra definição acerca da natureza da pesquisa, diz que a mesma se define assim devido seu objetivo ser mais imediatista. Valendo-se das contribuições das teorias e leis já existentes (PARRA FILHO; SANTOS, 2012).

3.1.2 Pesquisa quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos a pesquisa é classificada como descritiva, visto que se deseja descrever as características do objeto de pesquisa. Esse tipo de pesquisa visa identificar, expor e descrever os fatos de determinada realidade de estudo, possibilitando assim identificar as diferentes formas de fenômenos, sua ordenação, classificação, explicando assim, suas relações de causa e efeito (ZAMBERLAN et al., 2014).

3.1.3 Pesquisa quanto aos procedimentos

Com relação aos procedimentos metodológicos este estudo pode ser classificado em pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. Bibliográfica, em razão de ser consultados jornais, artigos, revistas e demais estudos publicados, no intuito de aprofundar os conhecimentos acerca do tema. A pesquisa bibliográfica tem como referencial teórico aquilo já tornado público em relação ao tema de estudo, como publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas monográficas, teses, material cartográfico, meios de comunicação orais (rádios e gravações de áudio) e audiovisuais (LAKATOS; MARCONI, 2002).

Documental, considerando a consulta dos documentos e relatórios disponibilizados pela organização estudada. A pesquisa documental é aquela cujos documentos e/ou matérias ainda não foram devidamente analisados, mas que, de acordo com a questão e objetivos da pesquisa, podem ter valor científico (GIL, 2002).

O estudo de caso em razão aprofundar o objeto de pesquisa, de maneira a permitir seu conhecimento amplo e detalhado. Pode-se conceituar que o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto da realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas das várias fontes de evidência (CARVALHO, 2010; GIL, 2010).

3.1.4 Pesquisa quanto à abordagem

Quanto à forma de abordagem do problema a pesquisa se classifica como qualitativa, uma vez que o estudo em questão não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão da organização objeto de estudo. Difere-se do quantitativo por não empregar técnicas estatísticos para a análise dos dados com o intuito de responder ao problema investigado. Os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos. Assim, a diferença está no fato de que o método qualitativo não tem pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas (GIL, 2010; PARRA FILHO; SANTOS, 2011).

Em uma pesquisa qualitativa, há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, ou seja, um vínculo indissociável entre o mundo real e a subjetividade do sujeito, não podendo ser traduzidos em números. Na pesquisa o ambiente natural é a fonte direta para a

coleta de dados e informações, sendo o pesquisador o instrumento-chave (ZAMBERLAN et al., 2014).

3.2 COLETA DE DADOS

Para que se possam coletar as informações para o estudo, deve ser elaborado um plano de coleta, cujo demonstra de forma explicativa como serão coletadas as informações. Neste caso, serão analisados documentos, relatórios e ainda aplicado um questionário para complementar a pesquisa, por meio de uma entrevista com o gestor responsável.

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Um estudo de pesquisa pode combinar diversas técnicas desenvolvidas para a coleta de dados. Para isso a observação se constitui como elemento principal e fundamental da pesquisa, desde a formulação do problema, a construção das hipóteses, coleta, análise e interpretação dos dados, desempenhando assim, papel imprescindível no processo de pesquisa (GIL, 2010).

No caso deste trabalho na área de controladoria em uma organização sem fins lucrativos, foi necessário identificar as particularidades da entidade tendo como base os documentos e relatórios, a observação e a entrevista despadronizada ou semiestruturada, para obter os dados e informações que viabilizassem responder a questão de investigação. Sendo assim, dentre as várias técnicas de análise, destacam-se as utilizadas neste estudo a análise documental, a observação e a entrevista semiestruturada.

Antes de se iniciar qualquer pesquisa, o primeiro passo é a análise minuciosa de todas as fontes documentais, que sirvam de suporte a investigação projetada. Uma análise documental pode ser definida como uma fonte de coleta de dados que se referem a documentos, escritos ou não, podem ser recolhidos no momento em que o fato ou fenômeno ocorre ou depois. Podendo assim, transmitirem informações importantes e de alta relevância para o estudo em questão, comprovando fatos e demonstrando a real situação da organização (LAKATOS; MARCONI, 2002).

De acordo com Zamberlan et al., (2014) a observação é uma técnica frequentemente empregada em estudos descritivos e também exploratórios. A observação envolve o registro sistemático de padrões de comportamento das pessoas, objetos e eventos, a fim de obter informações sobre o fenômeno de interesse. A técnica de observação apresenta-se com

principal vantagem, em relação as outras técnicas, visto que, os fatos são percebidos diretamente, sem qualquer intermediação.

Assim, deixando qualquer tipo de subjetividade que permeia o processo de investigação social em redução. Observar nada mais é que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários do cotidiano. No entanto, ela se valida como procedimento científico, à medida que serve a um objeto formulado de pesquisa, ser sistematicamente planejada e ainda submetida a verificação e controles de validade e precisão (GIL, 2010).

Enquanto técnica de coleta de dados, a entrevista é a mais utilizada no âmbito das ciências sociais, ela é bastante adequada acerca do que as pessoas sabem, creem, esperam ou sentem. Muitos autores consideram a entrevista como a técnica por excelência na investigação social, pode-se citar algumas vantagens como ser flexível, possibilita a obtenção de maior número de respostas, possibilita a obtenção dos dados mais diversos do aspecto da vida social, entre outros. Todavia apresenta algumas desvantagens também como, compreensão inadequada por parte dos entrevistados das perguntas, o fornecimento de respostas falsas, influência pelo aspecto pessoal do entrevistador, influência de opiniões diversas, entre outros. Sendo assim, nesse estudo é utilizado a entrevista semiestruturada (GIL, 2010).

Para o estudo em questão foi utilizado um roteiro de entrevista baseado em Machado L., Machado M., Santos (2008), como segue: 1) na empresa se reconhece a controladoria (explicar ao gestor e contador o que se entende por controladoria); 2) relatar a missão da controladoria e a as funções exercidas pelo setor Controladoria na empresa e a geração das informações para a direção da empresa. Além desses pontos, indagou-se também a participação da Controladoria no atual processo de gestão da empresa, principalmente na contribuição do melhoramento do sistema de informação gerencial e seu papel na prestação de informações aos agentes de mercado.

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Após a coleta de dados é preciso realizar a análise e interpretação dos mesmos, os quais estão estreitamente relacionados. A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de tal forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos (GIL, 2010).

Neste sentido, as análises foram realizadas com base nos dados obtidos a partir da análise dos documentos, da observação e da entrevista semiestruturada, os quais foram interpretadas através da organização destes em uma sequência lógica, permitindo atingir os objetivos do estudo visando responder a questão de pesquisa.

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