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Metodologia para o uso de blogs corporativos

Como havíamos comentado no início do capítulo, antes de chegar ao financeiro, como todo projeto implantado, o blog dentro de uma empresa não pode ser adotado ao acaso, ou por sua simplicidade e facilidade de utilização. Para uma maior efetividade no seu uso, no uso de blogs de negócio, “existem quatro etapas da metodologia: conceito, criação, execução e avaliação” (CIPRIANI, 2013, p. 68).

Antes de programar o blog na rede é importantíssimo passar pela etapa da conceitualização da ideia. Aqui aspectos importantes como

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custo (quantia financeira disponível, estimar custos de implementação e manutenção), tecnologia, tipo (se será comunicação de marketing, gestão, relacionamento com cliente, suporte) devem ser avaliados. Bem como o assunto que será abordado, se será uma campanha participativa, exposição de notícias com feedback, introdução de novos conceitos, consulta popular. A escolha do título é outro aspecto relevante, pois pode ser determinante no momento de estabelecer o endereço web do blog. E por fim, escolher quem será o representante da empresa no blog. Um diretor, um funcionário atual, alguém contratado para esse fim (CIPRIANI, 2013, p. 68).

A partir do que nos propomos falar sobre metodologia de blogs corporativos, o próximo passo é o da criação.

Para criar o blog e os componentes ao seu redor, atribuímos duas equipes de projeto para desenvolver cada uma delas: da frente de negócios e da frente da tecnologia. Quando falamos em frente de negócios, estamos estabelecendo os seguintes produtos: a política de uso, normas e procedimentos, manuais e treinamentos e alinhamento organizacional (CIPRIANI, 2013, p.70).

Caracterizando a frente de negócios, CIPRIANI (2013, p.70) descreve:

- Nas políticas de uso a finalidade é a de proteger a empresa contra a divulgação de informações confidenciais, de proibir o uso de palavras de baixo calão ou discriminação racial, e de prevenir problemas judiciais por artigos mal escritos ou comprometedores. Deve-se, portanto, determinar e documentar as políticas de uso da empresa levando em conta seu tipo, assunto e tipo de escritor que será utilizado (externo, interno, presidente, diretor).

- Normas e procedimentos - aqui se estabelece quais serão os procedimentos para se manter a página atualizada, quem terá acesso à administração do blog, quando e quantas vezes será permitida a publicação de textos. Também deve ser revisto se o

blog será aberto a comentários, quem os fará, e se será feita uma

moderação, evitando comentários mal intencionados.

- Manuais e treinamentos- independente da escolha para o escritor do

blog, é necessário e importante treiná-lo e prepará-lo para a

utilização do blog.

- Alinhamento organizacional – como as pessoas geralmente se interessam por novidades da empresa, é sempre bom mantê-las atualizadas sobre o projeto do blog e últimos preparativos antes do lançamento oficial. Como todo projeto pode causar impacto em todo corpo de funcionários, eles podem ser de grande valia no momento de espalhar essa novidade.

Ainda, é necessário definir aspectos em relação a frente da tecnologia (CIPRIANI, 2013, p. 70)

- Ferramenta - dentre os tipos existentes temos os servidores de

blogs gratuitos, como é o caso do Blogger (2013). Temos também

Six Apart (2013). Uma alternativa um pouco mais complexa seria instalar uma plataforma de blog em um servidor próprio ou alugado pela empresa e aqui podemos usar uma plataforma gratuita, como o WordPress (2013) ou paga como o Movable Type (2013), também da Six Apart (2013).

- Endereço web – talvez seria mais interessante o seu próprio domínio com um nome personalizado e único, mas, para isso, a melhor escolha seria usar as plataformas de solução para blogs em servidores internos ou alugados. Assim o nome de domínio do blog ficaria www.empresa.com.br ou www.empresablog.com, alternativas que deixariam o blog muito mais personalizados e fácil de acessar. - Infra-estrutura e configuração- aqui devem se definir como serão

armazenados os dados dos textos do blog e seus comentários em qual banco de dados; quais serão os servidores de internet para o acesso e se serão externos ou internos; como será a integração do

blog com os demais servidores e sistemas de TI da companhia;

como serão montados o esquema de segurança do blog e suas chaves de acesso.

Passado todo o processo de configuração do blog, é chegada a hora de colocá-lo em execução. Cipriani (2013, p. 71) faz questão de elencar algumas tarefas que devem fazer parte desse processo: “divulgação (torná-lo conhecido), publicação (escrever os textos estando alinhados aos objetivos do

blog) e acompanhamento (interagir com o público, respondendo a todos os

comentários e e-mails recebidos)”.

E por fim, o passo de maior importância para saber se os objetivos buscados estão sendo alcançados pelo blog corporativo: os resultados da avaliação. Esses resultados devem ser constantemente analisados pelo responsável do blog, pois é para ele que servirão como análise em cada relatório, por assim dizer, cada texto, cada processo do blog deve ser acompanhado e medido, para saber qual deles gerou mais resultado favorável e qual se tornou menos interessante. Por exemplo, os primeiros resultados de qualquer busca do Google são sempre de páginas que possuem um page rank (valor de página) elevado, conseguido pela frequência de atualização e pelo número de links que uma página leva. Então, quanto mais interessante um texto, mais interessante o blog, mais visualizações, mais frequência e mais valor de página ele terá e consequentemente um melhor resultado de busca. Isso é o que coloca o blog em vantagem muito significativa em relação aos websites, a facilidade com que uma empresa seja encontrada, tendo um blog, é relativamente maior do que através de um site.

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