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A metodologia é compreendida como uma disciplina que estuda, compreende e avalia os vários métodos disponíveis para a realização de uma investigação, tentado dessa forma encontrar soluções para os problemas/problemáticas em estudo.

Assim, e tendo por base a literatura existente sobre a temática em estudo, foram identificados vários fatores que refletem peso no que diz respeito à confiança na compra de artigos de marca do distribuidor, sendo diversos os determinantes explicativos que compõem este processo de tomada de decisão. Neste seguimento, constata-se que os consumidores, de um modo geral, confrontam-se com esta problemática em diversos contextos de compra.

Desta forma, neste capítulo serão abordados os seguintes aspetos: Definição e caracterização da amostra; Técnica de recolha de dados; Metodologia a usar; Sistematização das variáveis e hipóteses em estudo; e a construção do questionário.

4.1. Definição e caracterização da amostra

A amostra define-se por consistir numa pequena parte da população, onde se pretende através do estudo da mesma, extrapolar os resultados para a sua área de abrangência (a população).

Para este estudo, a população-alvo não é restrita à maioria da população, uma vez que de um modo geral, a população contextualiza-se diariamente no processo de tomada de decisão de compra, à exceção dos cidadãos que ainda não contemplam o fator idade como nível aceitável para a realização de compras.

Dado o facto complexo de alcançar todo o território português para analisar esta temática, este estudo irá centrar-se essencialmente no distrito do Porto, zona de residência do autor deste estudo que por isso se traduz numa zona com maior representatividade sobre o total de dados recolhidos. Contudo pretende-se alcançar uma “subamostra” significativa um pouco por todo o país recorrendo não só às redes sociais e a grupos de interesse, mas também através do contacto com instituições de ensino superior e grandes cadeias de distribuição. Assim, pretende-se inquirir indivíduos com as diversas idades, géneros, estados civis, pertencentes a diferentes composições de agregado familiar, com diferentes habilitações literárias, atividades profissionais, rendimentos e áreas de residência, por forma a estabelecer uma correta e completa análise incidente sobre a temática em estudo.

4.2. Técnica de recolha de dados

A técnica de recolha de dados a adotar consiste na técnica de recolha de informação não documental, baseados em inquéritos através de questionários (em formato digital), por forma a obter um conjunto de dados primários necessários à conclusão da investigação, ou seja, dados direcionados à interpretação desejada com este estudo.

Sampieri et al. (2006) defendem que existe um conjunto de vantagens em utilizar/recorrer a esta técnica de recolha de dados:

- Utilização de menos recursos ao nível financeiro e de tempo;

- Possibilidade de adquirir uma grande quantidade de informação já formatada ao interesse do investigador;

- Possibilidade de inferir facilmente à população os resultados obtidos no estudo da amostra.

Para a formalização dos questionários recorreu-se à ferramenta GoogleDocs, onde após criação se procedeu à partilha do mesmo através de um link de acesso ao questionário originado pela ferramenta em discussão.

Por forma a maximizar a performance do número de respostas obtidas, foi sorteado um prémio aleatório por participação voluntária no valor de 20€, tendo em vista o incentivo aos potenciais inquiridos.

4.3. Metodologia a usar

Dado o facto que se pretende efetuar a recolha e análise de dados para responder às questões de investigação e verificar a veracidade das hipóteses com base em dados numéricos, de contagem e na estatística, para assim estabelecer um padrão de comportamento de uma população, irá ser utilizada a metodologia quantitativa, como defende Sampieri et al. (2006). Assim torna-se possível determinar quais as variáveis demográficas e socioeconómicas que de uma forma objetiva influenciam os consumidores portugueses a confiarem em produtos de marca própria.

4.4. Sistematização das hipóteses e variáveis da investigação

em estudo

As variáveis levadas em conta para a realização do estudo encontram-se esquematizadas na tabela abaixo, estando as mesmas agrupadas em diferentes dimensões:

Tabela 2 – Sistematização das hipóteses e variáveis da investigação em estudo

4.5. Construção do questionário

Em conformidade com o título desta secção, e com base no que já fora referido anteriormente, os resultados deste estudo serão analisados com base no retorno num inquérito por questionário dirigido à população geral, onde se visa identificar quais os determinantes da confiança na compra de produtos de marca dos distribuidores para assim determinar quais os fatores que a população portuguesa mais valoriza e/ou quais os aspetos que têm mais influência no ato da compra de produtos de marca dos distribuidores. Para a construção deste questionário, recorreu-se à plataforma online GoogleDocs.

O questionário é constituído por vinte e uma questões e foi colocado à disposição dos inquiridos/população entre Agosto e Setembro de 2018, via redes sociais, grupos de interesse, correio eletrónico institucional académico e pessoal.

Numa primeira fase, o questionário aborda os inquiridos sob a forma de três questões de resposta aberta e uma questão de resposta fechada, recorrendo a uma grelha de escolha múltipla, onde se pretende identificar as marcas de distribuidores top-of-mind, e percecionar quais as categorias de produtos em que os consumidores portugueses mais e menos confiam no momento da aquisição de artigos de marcas dos distribuidores, e consequente frequência.

De seguida, através de uma grelha de caixas de verificação, os inquiridos são convidados a responder sobre quais os determinantes com mais relevância para si no ato da compra de um conjunto de artigos, pertencentes a categorias de produtos distintas, e com durabilidades diferentes entre si. Para esta fase, e duas seguintes, consideraram-se os seguintes produtos: Cozinhas/ casas de banho completas; Gel de banho; Pneus para carro; Telemóveis; Televisão de grande dimensão; bolachas; e acessórios para o telemóvel. Estabelecendo assim a possibilidade de estatisticamente analisar as diferentes reações sobre os graus de importância atribuídos pelos consumidores perante diferentes produtos.

Numa fase seguinte, através também de uma grelha de caixas de verificação, e com base nos produtos supra mencionados, questionaram-se as estratégias que os consumidores portugueses utilizam por forma a minimizarem o risco de fazer uma escolha errada.

Com base numa grelha de caixas de verificação, a quarta fase do questionário visou estabelecer quais as ações que as lojas/insígnias devem consolidar/adotar para dinamizarem e assim persuadirem os consumidores portugueses a consumir pela primeira vez um/vários artigos de marcas próprias.

Para a quinta fase do questionário recorreu-se a respostas fechadas através do método de escala de cinco pontos de Likert (em que “1” significa “discordo totalmente” e “5” “concordo totalmente”), onde se objetivou determinar o perfil geral de confiança e lealdade a marcas, e em específico, às marcas dos distribuidores.

A última parte do questionário, através de questões de resposta fechada, incidiu não só sobre questões demográficas e socioeconómicas, como o género, a idade, o estado civil, o número de dependentes a cargo, as habilitações literárias, a situação profissional e o rendimento mensal líquido, bem como sobre as relações causais que poderão ou não influenciar o hábito de consumo em produtos de marcas dos distribuidores através da influência da constituição do agregado familiar e hábitos de consumo de familiares diretos e amigos.

A fundamentação teórica para a construção do questionário aplicado no presente estudo, teve por base as anteriores referências bibliográficas sobre os temas consequentemente abordados. Sendo que parte restante do questionário foi elaborado tendo em conta os seguintes autores e temas de estudo: envolvimento com o produto, orientação para os preços baixos, orientação para as marcas conhecidas, intenção adaptado de Miquel et al. (2017); atitude geral perante marcas próprias adaptado de Frasquet et al. (2017), Khadim et al. (2018), Miquel et al. (2017); aversão ao risco adaptado de Matzler et al. (2008), Minidjel et al. (2017) e Cho e Lee (2006); orientação para a confiança adaptado de Chen e Barnes (2007), Koufaris e Hampton-Sosa (2004), e Chang e Chen (2008).

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