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É necessário ter em conta algumas metodologias e estratégias de actuação para que possamos ter uma linha orientadora do trabalho a desenvolver na Prática Educativa. Deste modo, torna-se importante delinear, neste documento, algumas formas de agir para que haja uma maior organização das estratégias a desenvolver, tendo sempre em conta o sucesso escolar e o desenvolvimento das crianças a todos os níveis.

Desta forma, vemos a necessidade de ultrapassar os problemas enunciados na caracterização da turma para que as crianças consigam seguir com as suas aprendizagens ao longo da vida. Para isso, e concordando com as estratégias a utilizar pela professora titular da turma, é necessário aplicar algumas que ajudem a superar os problemas e necessidades dos alunos. Assim, é muito importante promover momentos de aprendizagem que ajudem a:

favorecer o confronto de ideias e a capacidade de argumentação, recorrendo, sempre que possível, ao trabalho a pares e em grupo para este efeito;

reforçar e diversificar situações de ensino individualizado;

diversificar actividades com diferentes estratégias e materiais;

reforçar o raciocínio lógico e/ou abstracto através de exercícios adequados às crianças;

trabalhar a consciência fonológica para a aquisição de competências de leitura e de escrita;

valorizar a leitura silenciosa para a compreensão da escrita;

promover temas de discussão na turma para desenvolver a comunicação oral;

aumentar a auto-estima e a autoconfiança nos alunos, para que se sintam confiantes nas aprendizagens que fazem e na forma como se expressam;

desenvolver competências de cidadania e crescimento social: o respeito pelos outros, a cooperação, a comunicação, etc.;

Assim, é importante termos em conta vários métodos de ensino que nos ajudem a favorecer estes momentos de aprendizagem para que as crianças consigam ultrapassar as suas dificuldades. É necessário que a metodologia a utilizar seja diferenciada, de forma a dar a todos a mesma oportunidade de experiências, e de modo a que cada um participe nas actividades de forma livre e espontânea.

Desta forma, é importante que não se siga apenas um método/estratégia de ensino, pois é importante adequar e relacionar os vários métodos que existem, ao grupo de crianças com que trabalhamos, de forma a possibilitar experiências diversificadas e enriquecedoras para as crianças.

Assim, é minha intenção que durante as práticas educativas haja uma participação activa e participativa dos alunos nas actividades. Para haver esta participação activa é necessário recorrer ao diálogo. Segundo Antão (1999:7), «sejam quais forem a formação, o perfil pedagógico e a idiossincrasia do professor/educador, e independentemente dos avanços e recuos das didácticas e das pedagogias, estamos convictos de que a transmissão/aquisição de conhecimentos e valores tem de estar alicerçada numa eficaz comunicação na aula.»

Ainda, na perspectiva da utilização do diálogo como estratégia, é fundamental estar em constante desenvolvimento de um feedback com os alunos, uma vez que Figueiredo (2003:48), refere a pertinência do diálogo recíproco na sala de aula, quando afirma que «o diálogo recíproco é um tema da pesquisa contemporânea sobre a leitura que levanta a questão da utilização unidireccional das perguntas na aula».

Para enriquecer o processo educativo e potencializar as interacções das crianças é importante, também, possibilitar a participação da comunidade e de todos os intervenientes educativos, pelo que, se possível, aproveitar-se-á este facto para proporcionar, às crianças, contactos com o meio envolvente e com a comunidade educativa.

Além disso, julgo ser muito importante que as crianças tenham aprendizagens através da acção e da experimentação, pelo que é importante que as aulas não se regam por um método transmissivo de conhecimento e sim pela exploração e experimentação de actividades que promovam aprendizagens significativas, coerentes e coesas.

Assim, através do modelo High Scope, podemos perceber a sua importância, tendo em conta que possibilita um desenvolvimento do currículo e visa o envolvimento de todos os alunos e crianças na aprendizagem, tanto baseada na teoria como na acção.

O Movimento da Escola Moderna adequa-se neste projecto tendo em conta que a escola é definida «como um espaço de iniciação às práticas de cooperação e de solidariedade de uma vida democrática», o que possibilita a apreensão de valores de respeito, de autonomia e companheirismo. (Formosinho, 1998:141)

Para além de tudo isso, é necessário que o professor esteja actualizado relativamente aos conteúdos e conceitos para que todo o processo seja bem orientado e guiado. Assim, pretendo, sempre que possível, adequar o meu discurso ao conhecimento científico, tentando não descurar o nível etário das crianças e a forma como devemos dialogar com elas.

Quanto à forma como serão abordadas as tarefas, é necessário que haja uma preocupação quanto à forma como são explicados momentos das actividades, pois «é imprescindível que [o professor] tenha sempre a certeza do que o aprendiz entendeu o que lhe está a pedir que faça». (Font, 2007:122)

Além disso, o mesmo autor afirma que, é importante que o aluno tenha «uma ideia da dedicação e esforço que cada actividade de aprendizagem irá implicar». (ibid:128)

Esta é, também, uma forma de motivar os alunos para a aprendizagem, visto que estando os alunos informados e esclarecidos sobre o que é necessário fazer, pode condicionar a forma como vêem a actividade e ajudar no jeito como delineiam os «objectivos ou metas que o aluno define para si próprio». (ibid:116)

É tendo em conta aspectos mencionados nesta parte do projecto que pretendo guiar a minha prática e contribuir para a aprendizagem dos alunos, visto que é o professor que deve adequar a forma como actua ao grupo onde irá desenvolver o seu trabalho. Assim, as metodologias e estratégias a utilizar, na Prática Educativa Supervisionada II, serão um reflexo de todos estes métodos e estratégias, tentando sempre actualizar e aproximá-los da realidade onde serão implementados, adaptando-os a cada realidade e tirando partido de situações e imprevistos. Para enriquecer o processo educativo e potencializar as interacções das crianças é importante, também, possibilitar a participação da comunidade e de todos os intervenientes educativos.

Após isto tudo, as metodologias a utilizar na Prática Educativa Supervisionada serão um reflexo de todos estes modelos, tentando sempre actualizar e aproximá-los da realidade onde serão implementados, adaptando-os a cada realidade e tirando partido de situações e imprevistos.

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