8. SISTEMA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
9.6. SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
9.6.2. Microdrenagem
A microdrenagem urbana é definida pelo sistema de condutos pluviais em nível de loteamento ou de rede primária urbana. O dimensionamento de uma rede de águas pluviais é baseado nas seguintes etapas:
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• Subdivisão da área e traçado;
• Determinação das vazões que afluem à rede de condutos; • Dimensionamento da rede de condutos.
O dimensionamento de uma rede de águas pluviais é baseado nas etapas de subdivisão da área e traçado, determinação das vazões que afluem à rede de condutos, dimensionamento da rede de condutos e dimensionamento das medidas de controle (PMPA, 2005).
O sistema de microdrenagem é composto de uma série de unidades e dispositivos hidráulicos com terminologia própria e cujos elementos mais frequentes são assim conceituados (FERNANDES, 2002):
• Greide - é uma linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da superfície livre da via pública;
• Guia - também conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de separação do passeio com o leito viário, constituindo-se geralmente de concreto argamassado ou concreto extrusado e sua face superior no mesmo nível da calçada;
• Sarjeta - é o canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia e a pista de rolamento, destinado a coletar e conduzir as águas de escoamento superficial até os pontos de coleta;
• Sarjetões - canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros dos leitos viários das vias públicas destinados a conectar sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos de coleta;
• Bocas coletoras - também denominadas de bocas de lobo, são estruturas hidráulicas para captação das águas superficiais transportadas pelas sarjetas e sarjetões; em geral, situam-se sob o passeio ou sob a sarjeta; • Galeria e/ou Gabião - são condutos destinados ao transporte das águas
captadas nas bocas coletoras e ligações privadas até os pontos de lançamento ou nos emissários, com diâmetro mínimo de 0,40 m;
• Condutos de ligação - também denominados de tubulações de ligação, são destinados ao transporte da água coletada nas bocas coletoras até as caixas de ligação ou poço de visita;
• Poços de visita e ou de queda - são câmaras visitáveis situadas em pontos previamente determinados, destinadas a permitir a inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos;
• Trecho de galeria - é a parte da galeria situada entre dois poços de visita consecutivos;
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• Caixas de ligação - também denominadas de caixas mortas, são caixas de alvenaria subterrâneas não visitáveis, com finalidade de reunir condutos de ligação ou estes à galeria;
• Emissários - sistema de condução das águas pluviais das galerias até o ponto de lançamento;
• Dissipadores - são estruturas ou sistemas com a finalidade de reduzir ou controlar a energia no escoamento das águas pluviais, como forma de controlar seus efeitos e o processo erosivo que provocam;
• Bacias de drenagem - é a área abrangente de determinado sistema de drenagem.
Os sistemas de microdrenagem de Tupaciguara serão descritos de acordo com as informações da prefeitura municipal, em especial a responsabilidade da Secretaria de Obras.
9.6.2.1. Rede de drenagem
As redes de drenagem de Tupaciguara abrangem todos os bairros do município, com exceção dos bairros Chyntia e Jardim do Lago.
Apesar da rede não apresentar problemas frequentes de ruptura, o entupimento da rede é constante. Isso ocorre devido à quantidade de resíduos sólidos lançados à rede pela população. Outro problema enfrentado no município são as ligações pluviais na rede de esgoto. No Bairro Bom Sucesso, por exemplo, há ligações pluviais das casas e de uma fábrica de manteiga na rede de esgoto. Isto gera transtornos, pois a rede de esgoto não é dimensionada para receber as águas da drenagem pluvial. Como consequência, há reclamações de mau cheiro e casas onde o esgoto retorna no período das chuvas.
A rede de drenagem do condomínio Jardim Esplanada, localizado no bairro de mesmo nome, foi feita pela empresa responsável pelo condomínio. Entretanto, a rede coletora não deságua em córrego, mas, sim, na Rua Hermógenes Rosa, o que está gerando erosão nas ruas próximas e no Bairro Morada Nova. A prefeitura está com projeto para corrigir a situação.
Não há informações mais precisas sobre os diâmetros das redes, comprimento e material utilizado e nem como a manutenção tem sido efetuada.
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9.6.2.2. Bocas de lobo
A manutenção dos bueiros não é periódica, mas à medida da necessidade e da urgência. As demandas, geralmente, chegam ao conhecimento da prefeitura pela própria população.
Atualmente, o DAE é o responsável por essa limpeza e os materiais que comumente entopem as bocas de lobo são entulhos e resíduos domiciliares. Eventualmente, também, são encontrados animais mortos nesses locais. O município conta com algumas bocas de lobo que necessitam de manutenção e substituição.
Figura 9.4. Bocas de lobo de Tupaciguara.
Fonte: DRZ Geotecnologia e Consultoria, 2014.
A figura, a seguir, apresenta a rede de drenagem, as bocas de lobo existentes e os dissipadores de energia existentes em Tupaciguara.
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Figura 9.5. Rede de drenagem, bocas de lobo e dissipadores de energia existentes em Tupaciguara.
Fonte: DAE, 2013.
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