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6. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

O Estado garantirá oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola (inciso VII do art. 4º da Lei 9.394/96).

Destina-se àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio, na idade própria (caput do art. 37 da Lei 9.394/96).

Educação especial

O dever do Estado para com a educação será efetivado mediante a garantia de, entre outros, atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (inciso III do art. 208 da CF).

É a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais (caput do art. 58 da Lei nº 9.394/96).

Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial (parágrafo 1º do art. 58 da Lei 9.394/96).

O atendimento educacional a educandos portadores de necessidades especiais será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular (parágrafo 2º do art. 58 da Lei 9.394/96).

A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a cinco anos, durante a Educação Infantil (parágrafo 3º do art. 58 da Lei 9.394/96).

7. EDUCAÇÃO INDÍGENA

Os objetivos da educação escolar indígena são a oferta de ensino bilíngue e intercultural aos povos indígenas:

1- proporcionar aos índios e suas comunidades e povos a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a

2- garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, aos conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias (incisos I e II do art. 78 da Lei nº 9.394/96).

A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino, no provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa (caput do art. 79 da Lei nº 9.394/96).

Os programas da educação intercultural aos povos indígenas serão planejados com a audiência das comunidades indígenas e serão incluídos nos Planos Nacionais de Educação (parágrafos 1º e 2º do art. 79 da Lei 9.394/96).

Objetivos dos programas da educação intercultural aos povos indígenas: 1- fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena;

2- manutenção de programas de formação de pessoal especializado, destinados à educação escolar nas comunidades indígenas;

3- desenvolvimento de currículos e programas específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades;

4- elaboração e publicação sistemática de material didático específico e diferenciado (incisos I a IV do art. 79 da Lei nº 9.394/96).

8. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA

A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia (caput do art. 39 da Lei nº 9.394/96).

Poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos (parágrafo único do art. 39 da Lei nº 9.394/96).

Será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho (art. 40 da Lei nº 9.394/96).

9. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Caracteriza-se como modalidade educacional na qual a mediação didático- pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização dos meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (caput do art. 1º do Decreto nº 5.622/05).

Organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para:

I- avaliação dos estudantes;

II- estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;

III- defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente;

IV- atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso (parágrafo 1º do art. 1º do Decreto nº 5.622/05).

Poderá ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades educacionais: I- educação básica, nos termos do art. 30 deste decreto;

II- Educação De Jovens e Adultos, nos termos do art. 37 da Lei 9.394/96; III- Educação Especial, respeitadas as especificidades legais existentes; IV- Educação Profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:

a- técnico de nível médio;

b- - tecnológicos, de nível superior; c- - educação superior;

d- - de especialização; e- mestrado;

f- doutorado (art. 2º do Decreto 5.622/05).

Outras informações podem ser encontradas no Decreto 5.622/05. Diretrizes curriculares nacionais

O Ministério da Educação, na função de normatização das leis, é responsável pela definição das diretrizes educacionais curriculares que devem orientar os sistemas de ensino na elaboração de resoluções, pareceres, comunicados e instruções que regulamentarão seu funcionamento, no sentido de orientar a organização das propostas pedagógicas das instituições de ensino integrantes dos sistemas de ensino da educação básica e da educação superior. Têm a função de orientar os diferentes níveis e modalidades de ensino na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial, a Educação Profissional e a Educação Indígena constituem

documentos que explicitam as doutrinas, princípios, fundamentos e procedimentos da educação básica.

O curso de Pedagogia está regulamentado pelos Pareceres CNE/CP nº 3 e 5 de 2006 e pela Resolução CNE/CP nº 1/2006 de 15 de maio de 2006. É composto de quinze artigos que definem as Diretrizes Curriculares para o curso de graduação em Pedagogia na elaboração dos princípios, condições de ensino e aprendizagem, procedimentos a serem observados em seu planejamento e avaliação.

Explicita as áreas de atuação da formação inicial do pedagogo: exercício da docência na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos do Ensino Médio, na modalidade Normal e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas em que estão previstos conhecimentos pedagógicos.

Define o que se compreende por docência: como ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construindo relações sociais, étnico- raciais e produtivas na articulação dos conhecimentos científicos, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, socialização e de construção de conhecimento, considerando a articulação entre as diferentes visões de mundo. Considera como atividade docente a participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, nas atividades de planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da educação e projetos e experiências educativas não-escola res e na produção e difusão do conhecimento científico- tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não-escolares. Nos artigos da Resolução, encontramos as orientações relativas a princípios de atuação, estrutura do curso, matriz curricular e orientações na elaboração do projeto pedagógico das instituições com curso de Pedagogia. Conclusivamente, restou claro que do empenho das autoridades constituídas e da intensa participação da iniciativa privada, na área do ensino, ocorrerá o almejado aprimoramento da educação nacional em todos seus níveis e modalidades, com reflexos na cidadania, no aprendizado e, até, em especial, no desenvolvimento do país.

Legislação e normas básicas

Site: portal.mec.gov.br – utilizar para consultar a legislação (a legislação está sempre atualizada).

Federal:

BRASIL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, da República Federativa do Brasil. D.O.U. Brasília, 5 de outubro de 1998.

BRASIL. Lei 9.394/96 de 20/1 2/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF, 1996, com suas alterações.

BRASIL. Emenda Constitucional 53/ 2006.

BRASIL. Medida Provisória 339/ 2006 (FUNDEB).

Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia (15 de maio de 2006)

Parâmetros Curriculares Nacionais. Pedagogia Resolução CNE/CP 01 /2006 Pareceres CNE/CP nº 3 e 5 de 2006 Ensino Fundamental Resolução CNE/CEB nº 2/98 Parecer CNE/CEB nº 04/98 de 29/01/98. Ensino Médio Resolução CNE/CEB nº 3/98

Parecer CNE/CEB no. 15/98 de 01/06/98. Educação Infantil

Resolução CNE/CEB 1/99

Formação de docentes em Educação Infantil Resolução CNE/CEB nº 2/99

Parecer CNE/CEB nº 1/99

Funcionamento de escolas indígenas Resolução CNE/CEB nº 3/99

Parecer CNE/CEB nº 14/99

Educação de Jovens e Adultos Resolução CNE/CEB nº 1/00 Parecer CNE/CEB nº11/00

Educação Especial na educação básica Resolução CNE/CEB nº 2/01

Educação Profissional Tecnológica Lei 9.394/96

Educação para as relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana

Resolução CNE/CP nº 1/04. Parecer CNE/CP nº 3/04. Bibliografia básica

ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário jurídico brasileiro. Sã o Paulo: Jurídica Brasileira, 2005.

LI BÂN EO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2007.

MENEZES, João Gualberto de Carvalho; MARTELLI, Anita Favaro. Estrutura e funcionamento da educação básica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

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