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Perder tempo em aprender coisas que não

interessam priva-nos de descobrir coisas

interessantes. (Carlos Drummond de Andrade)

5.1 – O perfil dos sujeitos: quem são os alunos do curso de Pedagogia?

O aprender tem uma relação forte com o interesse, com a busca e com a informação. Para que exista aprendizagem, deve haver informação e interesse na busca incessante do saber. Baseado nesse contexto, enfatizo Carl Rogers (1985) ao afirmar que a relevância de cada assunto está relacionada ao significado da aprendizagem.

Toda pesquisa científica representa uma forma de gerar conhecimento a partir de dados devidamente coletados e analisados, e que viabiliza o pesquisador conhecer a fundo os aspectos metodológicos que guiam a sua pesquisa.

Neste capítulo descrevo a opção pela Teoria da Argumentação – a Nova Retórica – Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005), como metodologia utilizada na análise dos dados que embasam as discussões levantadas em nosso estudo, num olhar comparativo entre as modalidades presencial e a distância, no Curso de Pedagogia, identificando suas diversas visões e argumentos.

Complementando sobre as pesquisas, exponho Moreira (2002, p.51) ao afirmar que “as pessoas e suas atividades não apenas são agentes interpretativos de seus mundos, mas também compartilham suas interpretações à medida que interagem com outros e refletem sobre suas experiências no curso de suas atividades cotidianas”.

Na subseção Contribuições da Teoria da Argumentação para o estudo proposto, tracei os primeiros passos metodológicos numa perspectiva de mostrar ineditismo com respeito à investigação, após liberação do Reitor da Universidade Iguaçu (modalidade presencial) e da Assessora de Conselhos da Presidência da Fundação CECIERJ/Consórcio CEDERJ e da Diretora da Secretaria da Coordenação do Curso de Pedagogia EAD/UERJ (modalidade EAD), o passo seguinte foi o contato com a

coordenação do Curso de Pedagogia do Polo Nova Iguaçu para ciência e devida autorização para o início da coleta de dados.

Concomitantemente, cadastrei no Sistema da Plataforma Brasil o projeto de nossa pesquisa com sucesso sob o no. 47293215.0.0000.5582 do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE), em maio de 2015, juntamente com toda a documentação necessária, dentre elas o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) - Anexo 1. O processo de aprovação perdurou durante seis meses. Acompanhamos semanalmente a carga e atualização do processo para obtermos resultado favorável, por meio de visitas ao site e alguns telefonemas à Plataforma Brasil.

A opção de coleta de dados foi de acordo com as questões de estudos, tendo como princípio a formação e a prática do pedagogo e ao iniciá-las foram necessárias algumas visitas nos dias das realizações das provas para obtenção dos e-mail dos alunos de forma a encaminhar os questionários semiestruturados (Apêndice A) on-line por meio do aplicativo Survey Monkey.

Assim sendo, todos os alunos foram convidados a participar da pesquisa, porém dentre as listagens recebidas com os devidos e-mails dos futuros sujeitos respondentes, somente foram enviados 147 questionários para os alunos da IES presencial e destes 30% retornaram para a primeira etapa da análise dos dados. Para os alunos da EAD foram enviados 119 questionários e 24% analisados. O questionário online foi dividido em duas partes, a primeira com o objetivo de categorizar os respondentes e a segunda composta de nove perguntas abertas e fechadas com as devidas justificativas, focando a contribuição dos currículos trabalhados pelos professores relacionando as exigências das DCN e a formação do futuro pedagogo.

Num primeiro contato para tabular a categorização dos respondentes quanto ao sexo, reafirmo o que alguns pesquisadores já afirmaram: trata-se de um universo extremamente feminino, pois encontrei somente três alunos do sexo masculino na IES presencial e apenas mulheres na EAD. Curiosamente encontrei públicos divergentes quanto a idade, já que 67% na EAD estão acima de 36 anos e destes 32% na faixa de 36 a 40 anos. Em contrapartida constatei que 57% dos alunos da modalidade presencial são mais jovens, estando abaixo dos 30 anos, sendo que destes 25% possuem idade até 20 anos.

Outros indicadores encontrados em pesquisas anteriores dizem respeito a classe social. Nas duas IES em média 50% dos alunos encontram-se na faixa salarial de dois a

três salários mínimos. Nos cursos de licenciatura e Pedagogia são considerados de renda familiar baixa, em que muitos alunos precisam trabalhar para pagar seu ensino superior, assim dividindo seu tempo entre trabalho e faculdade.

De acordo com as respostas dos alunos no item relacionado a escolarização anterior, na modalidade EAD foram encontrados 58% com escolarização Ensino Profissionalizante, incluindo o Curso Normal, e ainda encontramos 29% com Ensino Superior concluído em diversos cursos entre licenciados e bacharéis, o que nos faz pensar que há uma forte tendência para a busca de uma segunda graduação. Dentre os alunos da modalidade presencial, 41% fizeram o Ensino Médio (Formação Geral) e 43% deles concluíram o Ensino Profissionalizante com habilitação no Curso Normal. E somente 5% possuem graduação já concluída.

Diante das respostas do porquê da escolha do Curso de Pedagogia, foi observado que 69% dos alunos da EAD escolheram por interesse em seguir uma carreira futura e 25% desejam dar continuidade aos estudos recebidos no Curso Normal. A perspectiva de seguir uma carreira futura também fica evidenciada na IES presencial quando encontramos um total de 71% e, desejando dar continuidade aos estudos do Curso Normal, identificamos 23% dos respondentes. Analisando, de uma forma geral, percebo que os motivos que levam os alunos a escolha do Curso de Pedagogia, de ambas as IES, refletem a busca de inserção profissional e promoção social, estando pautados na continuidade da formação recebida no Curso Normal.

O estudo do perfil dos alunos é relevante porque possibilitou compreender quem são esses alunos que hoje cursam o Curso de Pedagogia e a sua formação, como salienta Limonta (2009). Partindo desse princípio é certo ressaltar que há outros aspectos a serem analisados, dando continuidade a nossa pesquisa, tais como os motivos pela escolha do tipo de modalidade, o curso e as contribuições para a atuação profissional futura.

5.2 – A formação do pedagogo: análise dos argumentos dos alunos

Para interpretar os dados da segunda parte do questionário, todos os indicadores foram analisados retoricamente, de forma a compreender a contribuição dos currículos propostos pelos Cursos de Pedagogia, modalidade presencial e EAD, com o olhar na atuação do futuro pedagogo. Conforme salienta Oliveira (2011, p.101):

Nessa perspectiva, a Nova Retórica, além de fornecer elementos para o estudo das práticas argumentativas presentes na relação entre os oradores e auditórios envolvidos nos processos educativos, permite analisar as teorias pedagógicas ou, mais propriamente, os discursos veiculados por elas.

Baseado nesse contexto, contribuo com Alves-Mazzotti (2001, p. 48) ao esclarecer que:

A aplicabilidade dos conhecimentos na área da educação depende do desenvolvimento de teorias próprias, a seleção adequada de procedimentos e instrumentos, da análise interpretativa dos dados, de sua organização em padrões significativos, da comunicação precisa dos resultados e conclusões e da sua validação pela análise crítica da comunidade científica.

Saliento ainda que Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005) nos fornecem uma tipologia de argumentos, que serão comentados conforme sua identificação nas justificativas analisadas.

Sendo assim, sobre “qual modalidade de ensino - presencial ou a distância - os alunos fizeram escolha”, constato dois universos distintos. Ao analisar os argumentos da EAD percebo que dos 28 alunos, somente o aluno EAD8/27 justifica por se tratar de um curso “pelo CEDERJ, Graduação semi-presencial”. O aluno EAD8/17 levanta como hipótese a facilidade de cursar o Curso de Pedagogia, argumentando: “por achar que as aulas seriam repetitivas por já ter feito normal”. Identifico um argumento baseado na estrutura do real (BER), no caso o argumento pragmático, que ressalta um valor positivo (facilidade) ligado à consequência da escolha, já que o aluno considera que seus estudos na graduação seriam facilitados pela repetição dos conteúdos já vivenciados e estudados no Curso Normal, identificando assimiláveis os conteúdos da formação do Curso Normal e do Curso de Pedagogia.

Os demais alunos ressaltam fortemente que os indicadores família e outras atividades estão relacionados com o fator tempo disponível que não há, ou seja, o tempo deles não está associado à perspectiva de conciliar estudos – família – trabalhos e outras atividades, pontuando em alguns casos a questão financeira.

Em relação à análise dos argumentos dos demais alunos, constato ligações de coexistência – que são argumentos baseados na estrutura do real (BER) – as quais nitidamente relacionam as situações dos atos praticados com as pessoas que os praticam, pois expõem claramente a conciliação entre tempo disponível, estar com a família e a flexibilidade dos estudos:

EAD3/8 - Meu regime de trabalho, hoje não me permite realizar um curso presencial, uma vez que trabalho de 7 h às 17 h e tenho um bebê pequeno, para o qual devo dedicar tempo e estudando na modalidade à distância posso estudar sem comprometer meu tempo com ele, porque faço meus horários de estudo;

EAD3/9 - estudar a distância me permite conciliar melhor o tempo de estudo com o trabalho e as minhas atividades diárias;

EAD4/11 - Preciso trabalhar e a modalidade EAD é mais confortável de tempo;

EAD7/15 - pela flexibilidade do horário para estudar, embora exija mais organização e determinação;

EAD8/21 - Pela facilidade de conciliar estudos e trabalho, flexibilidade de horário;

EAD8/23 - A EAD me proporcionou estudar em horários que estavam de acordo com a minha disponibilidade;

EAD8/26 - Para ter mais tempo para os meus filhos.

Percebo, então, que as pessoas não mudam substancialmente os juízos que fazem de si mesmas, atribuindo às circunstâncias as mudanças que são levadas a fazer em suas vidas. A esse respeito, Perelman e Olbrescts-Tyteca (2005, p. 335) esclarecem que “todo argumento sobre a pessoa explicita estabilidade: presumimo-la, ao interpretar o ato em função da pessoa, [...] tende a provar que a pessoa não mudou, que a mudança é aparente, que as circunstâncias é que mudaram, etc.”

Para essa pergunta, no curso presencial fica evidenciado o distanciamento das vozes dos alunos quanto aos matriculados na EAD, pois destacam a aprendizagem

como foco na maioria das escolhas. Assim sendo, destaco argumentos do tipo BER que ressaltam a relação meio-fim:

P1/9 – Presencial, eu consigo melhor!

P2/4 – Porque é melhor para aproveitamento das aulas P2/6 – Acredito eu que é a melhor forma de aprendizado

P2/7 – Acredito que o curso presencial seja a melhor forma de absorver conhecimento

P2/8 – Porque eu penso que o curso presencial seja a melhor forma de obter conhecimentos

P2/9 – Para melhor aprendizado das matérias e aperfeiçoamento do curso P2/10 – Porque aprendo melhor

P2/11 – Para se desenvolver melhor, ter uma aprendizagem mais afundada P6/8 - O estudo presencial me proporciona melhor entendimento o aprendizado do conteúdo transmitido pelo professor.

Há que destacar que o curso presencial se oferece para esses oradores como o melhor meio para alcançar a finalidade desejável, que é a formação acadêmica de qualidade.

Sob o prisma das relações de coexistência, os oradores põem em relevo a presença do outro (colegas, professores) como fator igualmente relevante para a escolha da modalidade presencial:

P2/5 – No ensino presencial, o aluno ve (sic) o professor, como auxiliador, amigo presente para sanar dúvidas, e contribuindo para o seu crescimento; P2/12 – Porque a meu ver, cursar a faculdade presencial é melhor pelo fato de ter um(a) professor(a)em sala disponível para tirar dúvidas e etc. E a EAD eu acredito que não conseguiria ter atenção suficiente;

P3/3 – Por oferecer mais base e o contato com os outros estudantes facilita minha aprendizagem;

P4/2 – Porque a forma de ensino e aprendizagem presencial é proveitosa a presença do professor é indispensável;

P3/6 – Penso que a interação no meu caso, e a troca de conhecimento com o educador, onde facilita o ensino-aprendizagem;

P5/10 – Prefiro o contato com o professor. Facilita, estudo a distância em alguns casos é bom, mas no meu não daria certo;

P5/11 – Ao meu ver não teria disciplina/comprometimento para estudos a distância;

P5/13 – A proximidade com o professor gera em mim mais segurança nos conteúdos à serem estudado;

P6/15 – Eu escolhi presencial pois gosto da interação professor-aluno e sendo assim o processo de aprendizado se torna mais claro;

P6/21 – Por questão de disciplina o presencial é mais eficaz para meus estudos. Além disso, as experiências contadas pelos professores e colegas superam bem mais do que aulas de EAD. Colaborando bem mais para o aprendizado.

Deve-se considerar também que entre a escolha feita pela pessoa e a consumação de seus atos há uma gama de aspectos a apontar, como assinalam Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005, p. 339):

O valor que atribuímos ao ato nos incita a atribuir um certo valor à pessoa, mas não se trata de um valor indeterminado. Se por acaso um ato acarreta uma transferência de valor, esta é correlativa a um remanejamento de nossa concepção da pessoa, à qual atribuiremos, de um modo explícito ou implícito, certas tendências, aptidões, instintos ou sentimentos novos.

Reforçando a categoria aprendizagem, outros argumentos são apresentados, presumindo continuidade entre a pessoa e seus atos, que são: P1/10 – “Pois além de me sentir mais segura com a presença do professor durante o aprendizado, temo meu currículo não ser visto com os mesmos olhos se fosse à distância”.

Há ainda questões relacionadas aos argumentos pragmáticos (BER), quando o fato pode gerar algumas consequências bastante favoráveis que são valorizadas, como justificado pelos alunos:

P3/1 – Para ter mais acesso ao professor e aos conteúdos relacionados afim de ter mais conhecimento com a relação professor-aluno;

P6/21 – Por questão de disciplina o presencial é mais eficaz para meus estudos. Além disso, as experiências contadas pelos professores e colegas superam bem mais do que aulas de EAD. Colaborando bem mais para o aprendizado;

P6/10 – Penso eu que presencial você aprende mais, tira suas dúvidas com mais facilidade.

É possível observar que esses argumentos são recorrentes:

P2/1 – Tenho dificuldade de estudar sozinha; P2/3 – Porque tem mais aproveitamento;

P6/13 - O curso presencial proporciona a oportunidade de aprender mais, principalmente em estágio de visita técnica;

P6/20 – Pois tenho de uma forma melhor a oportunidade de tirar dúvidas tendo em vista o grau de complexidade do curso;

P7/1 – Escolhi presencial, pois fiquei muito tempo afastada e achei a melhor opção para absorver os conteúdos;

P8/14 – Não havia possibilidade, pois estava alguns anos sem estudar.

Pode-se perceber que em certos casos, como na argumentação do aluno P4/1, há repetição de ideias: “Por não ter tempo e nem oportunidade de ter um tempo disponível para parar e me dedicar aos estudos, já o presencial me dá essa oportunidade tenho o momento de estar com os professores e tirar as dúvidas com mais facilidades”.

Como Castro e Bolte-Frant (2011) esclarecem, um argumento que nada nos ensine no tocante às ligações empíricas que um fenômeno pode ter com outros caracteriza um argumento QL numa afirmação qualificada de tautologia aparente, assim apresentado nas silepses oratórias a seguir, que buscam reiterar a necessidade de frequentar diariamente as aulas: P6/9 – “Frequenta a faculdade todos os dias, P6/11 – Porque preciso de um curso que precise ir todos os dias e P6/17 – Porque onde escolhi o curso é presencial”.

Por fim, é possível observar o argumento pelo exemplo que “se reporta sempre a uma regra particular sobre a qual não há acordo explícito, sendo o exemplo empregado para fundamentá-la” (OLIVEIRA, 2011, p. 33). O argumento pressupõe regularidades, como observado na justificativa do aluno P8/13 – “O aluno tem maior interação com professores, simpósios, palestras e outras atividades culturais que acontecem no campus”. A argumentação pelo exemplo esbarra, porém, em um tipo de problema bastante comum, já que “o orador manifesta claramente sua intenção de apresentar os fatos como exemplos; mas nem sempre é isso que acontece”. (PERELMAN; OLBRECHTS-TYTECA, 2005, p. 400)

Tudo isso nos faz indagar se os alunos têm ciência do campo de atuação e quais

são os espaços de atuação do pedagogo. Em princípio, 96% dos alunos da EAD e 91%

dos alunos do curso presencial conhecem o campo de atuação do pedagogo, e todos se dizem sabedores que o pedagogo pode atuar em espaços escolares e não-escolares, nas áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos, como previsto nas DCN do curso.

Cabe destacar ainda que tendo como princípio os preceitos das DCN do Curso de Pedagogia, foi perguntado sobre quais características se aplicam a formação do pedagogo. Dentre eles, 93% dos alunos da IES presencial e 86% da EAD afirmam que a

docência, atuação e serviços nas áreas escolares e áreas com previsões de conhecimentos pedagógicos são características específicas para sua formação. Face aos resultados, percebo uma orientação condizente com a formação dos futuros pedagogos por parte do corpo docente nos cursos em questão. Nesse sentido, concordo com as palavras de Mazzotti e Oliveira (2000, p.29) quanto às perspectivas das práticas do saber: “todos que ensinam sabem que nem sempre conseguimos ensinar como queremos e em algumas ocasiões pensamos nada ter ensinado; no entanto, ensinamos alguma coisa”.

Diante disso, examinar, interpretar, compreender e comparar as justificativas é primordial para nossa investigação. Inicialmente, percebo que 36% da totalização dos alunos da EAD e 16% dos alunos da modalidade presencial não justificaram as características necessárias para a formação do Pedagogo, mesmo tendo demarcado suas opções.

Na análise argumentativa, a classificação dos acordos revela crenças compartilhadas e a intensidade com que são compartilhadas pelos interlocutores. Em se tratando das características que se aplicam à formação do pedagogo, percebo nas enunciações dos alunos ligações que fundamentam a estrutura do real (FER) pelo caso particular ilustração “que torna presente para o auditório uma regra já admitida por este, mas talvez não imediatamente lembrada” (OLIVEIRA, 2011, p 34). A regra é que a pedagogia não se limita apenas à educação escolar, a qual os oradores pressupõem ser bem conhecida pelo auditório constituído pela pesquisadora. Caso se dirigissem a um auditório leigo no assunto, precisariam fundamentar a regra e, nesse caso, os argumentos seriam exemplos e não ilustrações.

EAD2/7 - Hoje a área da pedagogia não está retida apenas ao ambiente escolar, mas a outras áreas como a empresarial e hospitalar;

EAD4/10 - O curso de pedagogia não abrange apenas instituições escolares, possibilita também o acesso à área militar, por exemplo;

EAD1/1 - O trabalho não se restringe apenas na escola. O pedagogo pode trabalhar em empresas, por exemplo.

P2/5 – Não somente trabalhar em escolas, em hospitais, presídios, empresas; P2/7 - Porque o pedagogo não trabalha somente no âmbito escolar, existe vários campos com acesso pedagógico, como em empresas, hospitais.

A regra é ainda ilustrada do seguinte modo por EAD2/5 – “O pedagogo pode atuar em espaços escolares não somente como professor, mas coordenador, orientador, etc. E áreas empresariais como, por exemplo, recursos humanos”. O mesmo recurso argumentativo é também empregado pelos oradores P2/1 – “Pois podemos trabalhar como pedagogo hospitalar e outros, não apenas em áreas escolares” e P6/15 – “Atua como professor, coordenador, orientador, diretor, atua em empresas criando e organizando meios para um trabalho produtivo”.

Por outro lado, na fala do aluno P2/12 – “O pedagogo pode trabalhar no ambiente escolar, hospitalar, nos bancos, empresas, entre outros. Pois todo lugar necessita de um pedagogo para realizar as atividades e projetos pedagógicos”, destaco que a ilustração é corroborada por um argumento quase lógico (QL): a inclusão da parte no todo. O orador em questão ressalta que onde quer que haja atividades educativas (todo), o pedagogo (parte) se faz necessário.

É interessante ressaltar que “cada uma das argumentações tem seu lugar e valor diverso segundo o que se está examinando” (MAZZOTTI, OLIVEIRA, 2000, p.9). Portanto, é certo destacar as justificativas dos alunos que apontam as características que se aplicam a sua formação, imbuídos pelos princípios das DCN do Curso de Pedagogia, embasados em definições descritivas, apresentadas por Reboul (2004) como enunciação do uso no sentido corrente dos termos definidos:

EAD4/11 - O pedagogo pode atuar em áreas diversificadas. Sua atuação vai além da área escolar;

EAD7/16 - Porque o pedagogo vai além da docência, ou seja, pode atuar em outras áreas;

EAD8/18 - O pedagogo atua em diversos contextos escolares e não-escolares;

EAD8/21 - O pedagogo está apto a atuar em vários segmentos, inclusive em espaços não-escolares;

EAD8/24 - A docência abrange espaço escolares e não-escolares;

EAD8/25 - O pedagogo está apto a várias funções dentro das instituições de ensino;

EAD8/26 - Porque o licenciado em pedagogia pode atuar em espaços escolares e não-escolares.

P2/4 – É uma área ampla que não se limita a área da docência;

P2/6 – Pois o trabalho do pedagogo não é somente nos espaços escolares; P2/8 – Porque o pedagogo, não trabalha apenas no âmbito escolar, existem várias áreas que o pedagogo pode atuar;

P3/3 – O pedagogo não é limitado a área escolar;

P3/4 – Porque o pedagogo tem a teoria para trabalhar em vários campos; P3/5 – Porque o pedagogo não se tem somente na educação ele tem a teoria para atuar;

P3/6 – Porque um pedagogo, pode atuar em vários campos;

P5/10 - O pedagogo está com espaço amplo para a sua atuação, não se caracteriza só escola;

P6/10 – De acordo com nossos conhecimentos, podemos transmiti-los em todas as áreas escolares;