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Capítulo 6 – Análise de resultados

6 Análise de resultados

6.2 Do Modelo Base ao Modelo Final

6.2.5 Modelo com variáveis que traduzem comportamentos dos alunos

Voltando ao modelo anterior, da figura 31, já simplificado e introduzindo as variáveis: ESTU_CASA, ESTU_ESC, A_EMP, A_PART, A_PONT, A_ASSID e A_INIC, obtém-se o modelo da figura seguinte.

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Figura 45: Modelo de Regressão Logística, com estimação MCMC (Output do MLwiN 2.02)

Os parâmetros são todos significativos à excepção da variância para a categoria PSICOL. Obteve-se os seguintes dados:

Tabela 11: Valores para o diagnóstico do Critério de Informação da Deviance (MCMC/DIC) Bayesian Deviance Information Criterion (DIC)

Dbar D(thetabar) pD DIC

4050.73 4022.66 28.08 4078.81 Modelo com efeitos aleatórios 3936.06 3888.42 47.63 3983.69 Modelo ajustado Diferença de Parâmetros 19.55

Dif.ª do Diagnóstico - DIC 95.12

Este modelo também ajusta bem os dados, tendo diminuído a deviance (4022.66 – 3888.42 = 134.24) e, por conseguinte, o valor do DIC. Inclusivamente, também a correlação entre as categorias aumentou ligeiramente, passando de 0,830 para 0,888.

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Tabela 12: Matriz de Correlações para o nível 3 CONST.PSICOL CONST.SOZINHO CONST.PSICOL 1.000

CONST.SOZINHO -0.888 1.000

Figura 46: Gráficos dos resíduos padronizados do nível 3 sobre os respectivos valores da Distribuição Normal (à

esquerda) e respectivo caterpillar - resíduos em ordem ascendente com os seus intervalos de confiança a 95%

139 Figura 47: Gráfico dos resíduos padronizados do

nível 3 sobre os respectivos valores estimados Figura 48.1: Gráficos dos resíduos do nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN 2.02)

Figura 48.2: Gráficos dos resíduos padronizados do

nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN

2.02)

Figura 48.3: Gráficos dos valores leverage do nível

140

Figura 48.4: Gráficos dos resíduos deletion do

nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN

2.02)

Figura 48.5: Gráficos dos valores da influence do

nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN

2.02)

Relativamente a este modelo há a salientar que as novas variáveis vêm corroborar algumas das conclusões tiradas do modelo anterior, a saber:

- Na categoria FAMILIA, continua a ser preponderante o tipo de curso e a existência de enciclopédia na habitação, agora com o reforço do aluno se considerar empenhado. - Na categoria AMIGOS, é de realçar a continuação da influência positiva do número de assoalhadas da habitação sendo que haverá uma influência negativa se o aluno estuda em casa ou se mostrar com iniciativa.

- Na categoria TODOS é positiva a influência do aluno ser assíduo.

- Na categoria VARIOS, os alunos não são pontuais e mostram-se participativos.

- Na categoria PSICOL, os alunos que estudam na escola e que se mostram empenhados marcam diferença. A entre-ajuda ou a ajuda, em si mesmo, pode estar subentendida nestes valores.

- Na categoria SOZINHO, as semelhanças de comportamento perante as mesmas variáveis que para a categoria PSIC.

Talvez esteja aqui um problema de auto-estima e auto-confiança, em tudo antagónicas, que os alunos destas últimas categorias demonstram. Seria interessante usar aqui, por exemplo, uma análise de trajectórias, para tentar descobrir as correlações existentes em alunos que manifestaram apoios tão díspares: aquele que decide por si e está convicto das suas atitudes e encara o seu futuro como algo que só a si diz respeito e, o outro, que demonstra necessitar de aconselhamento de terceiros, dos profissionais, para decidir o seu futuro.

141 6.2.6 Modelo com variáveis relacionadas com o percurso escolar dos alunos e com o seu

comportamento perante os estudos

Voltamos ao modelo da figura 31 e introduz-se variáveis que estão relacionadas, de alguma maneira, com o percurso escolar dos alunos e com o seu comportamento perante os estudos, a saber: FREQ_10A, UNIVERS, F_TPC ou F_BIBLIO. Outras variáveis não se mostraram significativas. Obtém-se o modelo seguinte:

Figura 49: Modelo de Regressão Logística, com estimação MCMC (Output do MLwiN 2.02)

Os parâmetros não são todos significativos e o modelo é demasiado pesado em número de variáveis. Obteve-se os seguintes dados:

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Tabela 13: Valores para o diagnóstico do Critério de Informação da Deviance (MCMC/DIC) Bayesian Deviance Information Criterion (DIC)

Dbar D(thetabar) pD DIC

4050.73 4022.66 28.08 4078.81 Modelo com efeitos aleatórios 3944.52 3883.20 61.32 4005.83 Modelo ajustado Diferença de Parâmetros 33.24

Dif.ª do Diagnóstico - DIC 72.98

Este modelo também ajusta bem os dados, tendo diminuído a deviance (4022.66 – 3883.20 = 139.46) e, por conseguinte, o valor do DIC. Inclusivamente, também a correlação entre as categorias aumentou ligeiramente, passando de 0,830 para 0,893.

Tabela 14: Matriz de Correlações para o nível 3 CONST.PSICOL CONST.SOZINHO CONST.PSICOL 1.000

CONST.SOZINHO -0.893 1.000

Figura 50: Gráficos dos resíduos padronizados do nível 3 sobre os respectivos valores da Distribuição Normal (à

esquerda) e respectivo caterpillar - resíduos em ordem ascendente com os seus intervalos de confiança a 95%

143 Figura 51: Gráfico dos resíduos padronizados do

nível 3 sobre os respectivos valores estimados Figura 52.1: Gráficos dos resíduos do nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN 2.02)

Figura 52.2: Gráficos dos resíduos padronizados do

nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN

2.02)

Figura 52.3: Gráficos dos valores leverage do nível

144

Figura 52.4: Gráficos dos resíduos deletion do

nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN

2.02)

Figura 52.5: Gráficos dos valores da influence do

nível 3 – emparelhados (Output do MLwiN

2.02)

Relativamente a este modelo há a salientar que as novas variáveis também reforçam algumas das afirmações já feitas para os modelos anteriores. Assim:

- Na categoria FAMILIA, continua a ser preponderante o tipo de variáveis relacionadas com o estudo e/ou o prosseguimento de estudos.

- Na categoria AMIGOS, há a realçar a influência negativa das categorias da variável que indica o número de vezes que o aluno está a frequentar o 10º ano de escolaridade.

- Na categoria TODOS é positivo o aluno fazer os seus trabalhos de casa.

- Na categoria VARIOS, nada há a assinalar a não ser o comportamento das variáveis que tornou o modelo desta categoria um pouco instável em que os parâmetros são fora do normal.

- Na categoria PSICOL, os alunos que fazem os TPC contribuem para explicar a diferença.

- Na categoria SOZINHO, passa-se a mesma coisa quanto aos TPC.

Estas duas últimas categorias continuam a andar quase a par e a comportarem-se da mesma maneira.