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3.5 Desenvolvimento do iTarefa

3.5.6 Modelo conceitual do Banco de Dados

As tabelas do iTarefa são criadas no banco de dados do Moodle automaticamente durante a instalação do módulo, a partir das denições contidas no arquivo db/install.xml. O dicionário de dados completo das tabelas do módulo iTarefa encontram-se no Apêndice D.4.

As informações do módulo iTarefa são organizadas em dois grupos de tabelas: um para o geren- ciamento das atividades interativas e outro para o gerenciamento dos iMA. A Figura3.22apresenta o modelo conceitural do Banco de Dados do iTarefa.

O grupo gerenciamento das atividades interativas é composto pelas seguintes tabelas: - ia: Armazena os grupos de atividades interativas ( ou instâncias das atividades interativas). - ia_assign: Armazena as atividades interativas.

- ia_assign_submissions: Armazena as submissões das atividades interativas do tipo exercício, realizadas pelos alunos.

- ia_assign_submissions_comment: Armazena os comentários trocados entre alunos e profes- sores sobre as atividades interativas.

O grupo gerenciamento dos iMA é composto pelas seguintes tabelas: - ia_ima: Armazena as informações sobre os iMA.

Experimentos

Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo.

Galileu Galilei

Desde março de 2009, quando a 1o versão teste do iTarefa cou pronta, ele vem sendo utilizado

de forma experimental em cursos para formação e aperfeiçoamento de professores de Matemática no Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP). Por meio de pes- quisas de avaliações, realizadas ao longo do desenvolvimento do iTarefa, necessidades e adaptações foram sendo constatadas e implementadas no iTarefa.

4.1 Experimento 1: Licenciandos ministrando cursos para alunos

do Ensino Fundamental II

Este foi o primeiro experimento do iTarefa, realizado no 1o semestre de 2009, com alunos da

disciplina Noções de ensino de matemática usando o computador do curso de Licenciatura em Matemática, utilizando a 1o versão teste do iTarefa. O objetivo desse experimento foi averiguar a

motivação dos alunos em realizar atividades interativas usando o módulo iTarefa no Moodle, além de coletar informações para prover melhorias ao iTarefa.

O experimento consistiu no seguinte: familiarização dos licenciandos com o módulo iTarefa, seguida do planejamento e execução de um curso de geometria básica na modalidade EAD, para três turmas do ensino fundamental II (sexto e sétimo ano), com 10, 13 e 9 alunos cada uma, totalizando 32 alunos.

Cada turma foi gerenciada por um grupo de 3 a 4 instrutores (licenciandos) por turma. O curso deveria utilizar como fundamento a interatividade proporcionada pelo iTarefa. Após discussões foi denido que as três turmas de alunos do ensino fundamental usariam o mesmo material, que os licenciandos produziriam de maneira colaborativa.

Devido ao curto tempo para o experimento, optou-se por um tópico especíco de geometria, Pontos notáveis num triângulo. O conteúdo foi iniciado com exercícios de fundamentação, visto que os alunos desconheciam os conceitos (como mediatriz e bissetriz). Depois foram examinados, sempre a partir do módulo iTarefa, os pontos notáveis clássicos (baricentro, circuncentro, incentro e orto- centro). Ao nal, foram explorado extensões de teoria usualmente abordada no ensino fundamental, como os Teoremas de Ceva e de Napoleão, além da Reta de Euler.

O cronograma do curso é descrito a seguir:

• A primeira aula foi presencial em laboratório, com um aluno por micro, com a apresentação do sistema, da equipe de instrutores e aplicação de questionário diagnóstico (ver apêndice E.2);

• Seguiram-se três semanas de aulas não presenciais, com atividades online, nas quais os alunos tiveram a liberdade de fazer as tarefas de acordo com sua disponibilidade de tempo. Os instrutores acompanharam o curso, dando-lhes suporte online, usando chats e fóruns;

• Ao nal do curso, foi realizada outra aula presencial em laboratório, na qual os alunos preen- cheram uma pesquisa de avaliação (ver apêndiceE.2) e zeram mais uma aula de atividades interativas online.

4.1.1 Analisando os resultados

Baseando-se no questionário diagnóstico, aplicado na primeira aula do curso aos alunos partici- pantes, foram destacadas algumas questões de maior revelância, relatadas a seguir:

Na questão "A escola onde você estuda possui laboratório de informática?", todos os 32 alunos responderam que "sim".

Nas questões "Se sim, os professores utilizam o laboratório de informática durante as aulas?" e "Se sim, você pode utilizar o laboratório de informática fora do horário de aula?", a maioria dos alunos responderam "sim" (Figura4.1).

Figura 4.1: O uso do laboratório de informática na escola.

Nas questões "Já fez curso a distância?" e "Já usou portais especícos para o en- sino?", a maioria dos alunos responderam "não" (Figura 4.2).

Figura 4.2: O uso da EAD como apoio educacional.

Diante das informações obtidas a partir do questionário diagnóstico observou-se que existe laboratório de informática nas escolas dos participantes, disponível tanto para o uso dos alunos como dos professores, no entanto apenas 56% dos professores utilizam o laboratório durante suas

aulas e 66% dos alunos fora do horário das aulas. Outro dado interessante de ser observado é que apenas 6% dos alunos já zeram algum curso na modalidade a distância e apenas 31% já zeram uso de algum portal especíco para o ensino.

Esses dados indicam que possibilitar ferramentas para o uso do laboratório de informática como apoio ao ensino presencial é uma estratégia interessante. Como por exemplo, o uso de portais espe- cícos para o ensino que podem auxiliar o trabalho do professor, já que o mesmo tem a possiblidade de organizar cursos dirigidos às necessidades especícas de seus alunos através de conteúdos com- plementares. Além disso, os alunos podem aproveitar para reforçar seus estudos até mesmo fora do horário das aulas, em casa ou na própria escola, já que a mesma disponibiliza o uso do laboratório.