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3.1 Pré-análise

3.1.1 Modelo de observação de navegação orientada:

acesso e transparência nas Páginas de Transparência Pública

Para a elaboração do modelo de observação sistemática de navegação orientada das Páginas de Transparência (Apêndice B) seguiu-se o método de Bardin (2009) para estabelecer categorias de análise do conteúdo. Sendo assim, foram estabelecidas duas categorias principais, “Acesso” e “Transparência” com suas respectivas subcategorias. Sendo que oito subcategorias são da

Categoria Acesso e duas subcategorias compõem a Categoria Transparência. As subcategorias são importantes para o

estudo, pois especificam e direcionam o viés de observação tanto para as Páginas de Transparência como para os sites das IFES.

As subcategorias seguirão os conceitos determinados na Lei 12.527/2011, do seu decreto de regulamentação nº 7.724/2012, da Portaria Interministerial nº 140/2006 e das cartilhas e manuais de uso das Páginas e do Portal da Transparência disseminados pelo governo federal. Estes últimos lançados posteriores às referidas leis com o objetivo de esclarecer a população. O intuito de escolher o referido material como fonte de referencial é verificar as categorias e subcategorias de Acesso e Transparência da Informação nos sites governamentais de acordo com os conceitos determinado pelo próprio governo, seguindo como parâmetro de análise conceitual o padrão oficial.

Em seguida são descritas as categorias e subcategorias de Acesso a Informação com os conceitos e definições, bem como, as categorias e subcategorias de transparência.

3.1.1.1 Categorias e subcategorias de acesso à informação pública

As categorias de Acesso foram pautadas na Lei nº 12.527/2011, composta pelos itens do capítulo II, Art. 8º § 3o de acordo com os requisitos legais:

I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva,

transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;

II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas de texto, de modo a facilitar a análise das informações;

III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;

IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;

V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso;

VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;

VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9o da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008 (BRASIL, 2008).

A partir dos oito requisitos legais acima citados foram extraídos, por sua vez, oito subcategorias de Acesso. A saber,

Catálogo de buscas, Gravação de relatórios, Acesso automatizado, Divulgação da estruturação da informação, Autenticidade e integridade, Atualização, Comunicação e Acessibilidade.

Os conceitos considerados para cada subcategoria são descritos – a exemplo dos requisitos legais - por alíneas na sequencia.

I. Catálogo de buscas considera-se como sendo, um serviço disponível para que o usuário tenha acesso aos dados publicados pelo órgão ou entidade. O catálogo tem o objetivo de simplificar a busca e o acesso aos conjuntos de dados através de ferramentas. O catálogo pode ser visto como a organização dos metadados dos conjuntos de dados do repositório. O catálogo deve ser acessível a partir do portal institucional do órgão ou entidade. Existem diversas formas de se implementar um catálogo de dados. Uma simples página contendo a lista de arquivos de dados, e seus respectivos metadados, pode ser considerada um catálogo. (BRASIL, 2012).

II. Gravação de relatórios considera-se como sendo a ação realizada para garantir a recuperação dos dados [que] deve estar disponível em um formato de especificação aberta, não proprietário, e estruturado, ou seja, que possibilite seu uso irrestrito, automatizado através da Web e cujo formato seja amplamente conhecido (BRASIL, 2013).

III. Acesso automatizado é a estruturação da informação de modo a possibilitar o processamento automatizado, ou seja, compreensível por máquinas (CRAVEIRO, 2012).

IV. Divulgação da estruturação da informação é a ação de disponibilização de dados em formatos abertos, não licenciados comercialmente e, que possam ser alterados, possibilitando o uso e reuso da informação (BRASIL, 2012).

V. Autenticidade é a “qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema. E, integridade a qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino (BRASIL,

2011, grifo nosso). E ainda, Integridade: Deve assegurar que os dados não sejam adulterados durante a transferência. Esse requisito não é mandatório, porém para dados mais críticos é recomendável o uso de SSL. Autenticidade: Deve assegurar que os dados provêm de uma fonte legítima da instituição. Para isso todo conjunto de dados precisa possuir uma URL contendo um domínio sob controle do órgão ou entidade que termine em “.gov.br”. Por exemplo, os dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão podem ser publicados através do domínio http://planejamento.gov.br/. (BRASIL, 2012)

VI. Atualização é a reunião dos dados mais recentes sobre o tema, de acordo com sua natureza, com os prazos previstos em normas específicas ou conforme a periodicidade estabelecida nos sistemas informatizados que a organizam (BRASIL, 2012).

VII. Comunicação é o uso dos meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação o atendimento de demandas de qualquer pessoa por essas informações (BRASIL, 2013).

VIII. Acessibilidade é “permitir o acesso por todos, independente do tipo de usuário, situação ou ferramenta”. Quanto ao conceito aplicado à internet, a consideração de acessibilidade é “criar ou tornar as ferramentas e páginas Web acessíveis a um maior número de usuários, inclusive pessoas com deficiência” (BRASIL, 2011c). Sendo assim, “A informação pública deve estar acessível a todos, inclusive aqueles portadores de deficiências (do ponto de vista legal, disposições e normas gerais podem ser encontrados no Decreto 5296 de 2 de dezembro de 2004).

A acessibilidade para deficientes às páginas na internet é uma subcategoria que engloba os itens

relacionados ao acesso. Há casos em que é preciso que um site reúna diversos itens para tornar uma página acessível. Desta forma, seguiram-se as orientações da Cartilha do Governo Federal*, como instrumento de avaliação dos itens de acessibilidade. As categorias de acessibilidade que serão observados nas Páginas de Transparência Pública e nos sites das IFES são:

1. Página com a descrição dos recursos de