3.5 Es ala PIOR
4.1.2 O Modelo Estrutural
No naldosanos70,foiintroduzidoo primeiromodelo (HESS,1978)deumasérie
que ulminou omomodeloestruturaldeHess (HESS,1980). Maistarde,esse modelo
foi revisto e ampliado (HESS, 1989, 1997), porém sem alteração de on eitos. Apesar
darevisãode1997
∗
,seráanalisadoeutilizadoomodelomaissimplespropostoem1980.
Esse modelo nas eu da observação de que os modelos de piloto postulados até então
estavam balizados ou pela teoria lássi a de ontrole, resultando em servomodelos ou
pelateoriade ontrolemoderno, resultandoemmodelos de ontrole ótimo. Hess arma
que:
apesar de ambas abordagens terem bastante su esso, nenhuma onseguia
des rever a estrutura interna, que ontribui sobremaneira para as ara te-
rísti as dinâmi asdopilotohumano.
A partirde então,foipostuladooModelo Estrutural,que:
provê uma representação mais realista da estrutura de pro essamento de
sinais internado pilotohumano.
Maisimportanteainda,eobjetoprin ipaldestatese,éahabilidadedomodeloproposto
em apturarasadaptaçõesfeitaspelopilotohumanoàsdiferentesdinâmi asdosveí ulos
e,assim,identi armodusoperandidiferentesparaasdiversassituaçõesaqueo onjunto
piloto+planta (oupiloto+veí ulo) estarãoexpostos.
Foramrealizadosváriosestudosdeapli açãodestemodeloparamodelagemdePIO
(HESS;SUNYOTO,1985; HESS;STOUT,1997;VANDERVORST,2001). Emgeral,
osresultadosobtidosforam razoáveis,sendoqueosmodelosforam apazes de apturar
a dinâmi a do piloto. Como ara terísti a prin ipal, o modelo possui duas malhas de
ontrole internas: uma relativa ao sistema nervoso entral e outra relativa ao sistema
neuromus ular. Essas duasmalhasde ontroleexpli itametentammodelaranatureza
adaptativa dos pilotos humanos de maneira sistemáti a. Assim, a adaptação à planta
∗
Nãohámudançafundamentalnarevisãode1997,tratando-seapenasdeumaevoluçãoparatratar
dosensoprimárioparamudançadeestratégiade ontrole. Omodelode1980propõequeainformação
visualéque omandadaaalteraçãodaestratégiade ontroledamalhadeerroparaamalhadederivada
explí itaepoderiaserestudada. Aparametrizaçãoestaria ompletaeasmalhasinternas
de realimentação sofreriamapenas pequenos ajustes dependendo de ada ondição de
apli açãodomodelo. Noentanto,essen ialmente,opoderadaptativodopilotohumano
estaria apturado na diagramaçãodomodelo matemáti o.
O diagrama de blo os pode ser visto na gura 4.3, já om os grandes nú leos
delimitados por ores. Asmalhasapresentam asseguintesfunções:
◦
modelar a realimentação de força utilizada pelo sistema neuromus ular, prove-niente dos sistemas mus ulares do braço e antebraço - sentidos proprio eptivos
(
Y
f
);◦
montarumarepresentaçãointerna dosistemade ontrolemanualqueé utilizado pelopiloto (Y
m
).O modelo foi idealizado para sistemas Single Input, Single Output (ou SISO), e as
análises onsiderarão o anal de rolamento de uma aeronave. O piloto é onsiderado
em uma tarefa em que tenta ontrolar ativamente o anal de rolamento por meio de
C a p í t u l o 4
Figura4.3: Desmembramento doModelo Estrutural
Parafa ilitara ompreensão,omodelopodeserdesmembrado onformeilustrado. A
dinâmi adaplantaémodeladanoúltimoblo oàdireita(emazul);Osistemaneuro-
mus ularvemaolado, ontendoaparteproprio eptiva(emverde);Osistemavisual
é modelado omo um atraso (em roxo) e para manter oerên ia oma publi ação
originaldeHess,permane euapósa haveS1enãologonaentrada. Essaalteração
nãoinuen iaoresultado;Aestratégiasele ionadapelo érebro(in ons ientemente)
pelo sistemade visão humana por meio de uma tela (display) omdinâmi a
Y
de
. Essa dinâmi ajá ontémtodososatrasosdepro essamentododisplay,masnãoin luioatrasoentre a informação ser apresentada na tela e o érebro humano ompreendê-la. Já no
sistemanervoso entral,osinalseguedois aminhos: noprimeiroémultipli adoporum
ganhosimples(
K
e
)eformaamalha de ontroledeerro;no segundo,osistemanervoso entral apli a uma operação de derivação om atrasoτ
1
e, em seguida, é multipli ado por umganhoK
˙e
simplesparaformar amalha de ontrolepor derivada doerro (error rate).Além dessas duas malhas de ontrole, há uma have S1 olo ada na entrada da
malhadosistemanervoso entral,queéresponsávelporalteraraestratégiade ontrole
adotadapelopiloto. Esta ara terísti aé umdospilares entrais destatese: omodelo
postulaqueopilotohumano,naessên ia,fe haamalhaemerroenaderivadadoerroda
grandezaqueé ontrolada. Porém,nãosimultaneamente. A estratégiade ontroleé
alteradaduranteaexe uçãodeumamanobra,de maneiraqueopilotomudao ontrole
paraadaptar-se àtarefa. Assim,a haveS1 no diagrama,alternaentreasmalhas om
uma probabilidade de estar em uma ou outra posição. O modelo ainda postula que
quanto maioraprobabilidadeda have S1estar fe handoa malha naderivadado erro,
maior será o ganho empregado pelo piloto e portanto mais próximo de um PIO. É
importante notar que o valor não é absoluto: a situação de PIO não o orre somente
omessaprioridadeiguala1. Ovalorvaria omadinâmi adaplanta eparadinâmi as
dotipo
K
s
,rolamentoem aeronavesde transporte,essaprobabilidadegira emtornode5%.
Emseguida, háumatraso(
τ
0
)paramodelar alatên ianopro essamento desinais pelo sistemanervoso entral (visual,tá til e auditivo). Este atraso éapli ado aambasmalhas. Osinalresultanteentra,então,nasmalhasde ontroleposterioresque onsiste
em4 elementos:
◦
Y
pl
= 1.0
Lógi a pulsativa do sistema nervoso entral, teorizada de maneiraanáloga aos ontroladoresbangbang (HESS, 1979). A implementação nesta tese
está onformedes rito emHess,(1980);
◦
Y
m
=
k2
(s+1
T2
)k−1
(manipulator);
◦
Y
pn
=
ω
2
n
s2+2ζ
nωns+ω2n
Formaemmalha abertada dinâmi a neuromus ular;
◦
Y
f
=
ks+11s
T1
washout do sistema neuromus ular, devido à ligação alfa-gama dos
mús ulos etendões damão.
Osvaloresnuméri osparaessesparâmetrosutilizadosnaimplementaçãodomodelosão
os mesmos publi ados em suaforma original (HESS, 1980) e estão na tabela 4.2. Os
úni os valoresa seremajustados dea ordo oma estabilidadeda malha sãoosganhos
K
e
eK
e
_dot
.
Tabela4.2: ModeloEstruturalde Hess Prin ipais Parâmetros.
Dinâmi adaPlanta (
Yc
) kKe
K˙e
K2
T1
K1
τ0
τ1
ζn
ωn
rolamento:K
s
3 2 2 1 0.85 1 0.14 0.2 0.707 10Fonte: (HESS,1980)
Omodelo aindaprevêa inserçãode umsinal om ara terísti asderuído olorido
para ontabilizar osefeitosnão-lineares observadosemexperimentos. Esse sinalé ha-
mado de remnant. Para osdados desta tese,o ruído foi naturalmenteintroduzido nos
dados obtidos em vos (apresentados no apítulo 7). As simulações matemáti as não
ontemplam a injeção de ruído em suas orridas, por isso, a entrada do ruído não é
apresentadana gura4.3.
4.1.3 Análise e Es olha do Modelo
A bus a por modelos que pudessem apresentar ondições de expli itar o modo de
ontrole empregado pelo piloto in luiu alguns outros modelos, porém nenhum deles
tinha a apa idade de prever mudanças de estratégia empregada pelo piloto omo o
modeloestrutural. Épossívelqueummodeloquenãoprevêessamudançadeestratégia
(por exemplo, rossover em erta frequên ia)seja apazde determinar umapilotagem
omaltoganho,porémométodomaisevidenteéatravésdeummodeloqueaponteessa
ara terísti aexpli itamente,daíaes olhadomodeloestrutural. Aavaliaçãodeoutros
modelos a omosugestãode ontinuidadedotrabalho. Omodeloes olhidoparaomé-
A idéia geral por trásdo método proposto é: se for possível des obrir em qual modo o
piloto está operando, então talvez seja possível validar a utilização de ganho adequado
na exe ução do ensaio. Uma estratégiasimilar está sendo estudada pelaUniversidade
deNova Iorque(ZAYCHIK; CARDULLO, 2007;ZAYCHIK;CARDULLO; GEORGE,
2006).