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1.3 – MODELOS E MODELAÇÕES NA VIA DA SISTEMÁTICA DAS ACTIVIDADES FÍSICAS DESPORTIVAS/

JOGOS DESPORTIVOS COLECTIVOS/ MODELO DE JOGO

ADOPTADO

O treinador moderno de Futsal de excelência terá de situar a sua intervenção apud. BOTA (1994) na “via da Sistemática das Actividades Físicas Desportivas (AFD), entre os

vários tipos de Modelos (integrante, de orientação e selecção, de preparação, de investigação científica) e os diferentes tipos de Modelações (do real ou Jogo p.d., do comportamento de alta competição, por simulação, por simuladores, científica)”.

Esta relação estreita existente entre Modelos e Modelações permite que, a partir do Jogo p.d. nos JDC os seus “objectos, fenómenos ou processos (...)” ao serem as suas “(...)

representações físicas, lógicas ou matemáticas”, seja possível elaborar o MJA

(TEODORESCU, 1984).

Centrado então no Jogo p.d., a observação e análise de todos os âmbitos e factores de rendimento ao longo do processo de treino e competição permite elaborar o MJA. O carácter dinâmico deste processo garante por sua vez, através da observação e análise dos diferentes perfis (táctico-técnicos, etc.), não só a optimização do rendimento da equipa nos JDC mas também a promoção e despromoção dos atletas, respectivamente, em torno do serem ou não atingidas as competências e exigências definidas hierarquicamente.

A referida definição hierarquizada (segundo a Sistemática das AFD), a partir da elaboração do MJA, garante por seu turno a Modelação a qual permite a definição de uma elite desportiva de carácter mutante devido às alterações produzidas ao longo de todo o processo (GARGANTA, 1997).

Assim, a partir do Modelo Integrante (Figura 6) como modelo principal, estabelecem-se

Figura 6 – A Estrutura do Modelo Integrante de Jogo.

Fonte: (BOTA & COLIBABA-ÉVULET, 2001)

C. MODELO DE PREPARACAO 1. OBJECTIVOS DA INSTRUCAO 2. RESULTADOS MINIMOS ESPERADOS 3. RECURSOS NECESSARIOS 4. PROGRAMA DE PREPARACAO 5. ESTRATEGIA DE INSTRUCAO 6. PLANEAMENTO (PROGRAMAS) 7. APLICACAO NA PRATICA DO PROGRAMA

8. AVALIACAO DOS RESULTADOS OBTIDOS (EQUIPA, JOGADOR, TREINADOR) D. MODELO DE PESQUISA CIENTIFICA 1. OBJECTIVOS - FINALIDADE DA PESQUISA 2. HIPOTESES (DEDUTIVAS,INDUTIVAS, ALTERNATIVAS,ESTATISTICAS, NULAS) 3. METODOS DE PESQUISA: ANALOGIA, MODELACAO, EXP. MELHORATIVO, ETC. 4. O DESENROLAR DO EXP. (IDEIAS NOVAS, CONEXOES NOVAS, ETC.) 5. RESULTADOS OBTIDOS 6. A CONFIRMACAO-INFIRMACAO DAS HIPOTESES 7. CONCLUSOES 8. A CORRECCAO DO MODELO B. MODELO DE ORIENTACAO E SELECCAO 1. PREDISPOSICOES VOCACIONAIS E APTIDOES FAVORECED. PARA A PRATICA DO JOGO DESPORTIVO 2. COMPORTAMENTO DE ALTA COMPETICAO DE NIVEL FORMATIVO Process A. MODELO INTEGRANTE 1. O MODELO DE EQUIPA 2. O MODELO DE JOGADOR 3. O MODELO DAS COMPONENTES FUNDAMENTAIS DO JOGO

3.1.O Modelo Táctico 3.2. O Modelo Técnico

3.3. O Modelo das Capacidades Físicas 3.4. O Modelo das Capacidades Psíquicas 3.5. O Modelo dos Conhecimentos Teóricos 4. O MODELO DO AMBIENTE 5. O MODELO DE COMPORTAMENTO DE ALTA COMPETICAO I II III IV V VI

Modelo Integrante

Definido à luz da Teoria Geral dos Sistemas (TGS), o Jogo p.d. é um sistema hiper- complexo, integrado por um grupo de sub-sistemas (componentes) entre os quais se realizam toda uma série de conexões internas e externas, que actuam sinergicamente para o alcance de resultados excepcionais.

Assim, para o Jogo p.d. ressalvamos apenas de entre as diferentes componentes do Modelo Integrante apenas o referente a

MODELOS DAS COMPONENTES FUNDAMENTAIS DO JOGO (BOTA & COLIBABA-

ÉVULET, 2001):

- O MODELO TÁCTICO (inclusive estratégico)

- de Ataque

- táctica colectiva de equipa; - acções tácticas colectivas; - acções tácticas individuais;

- elementos técnicos.

- de Defesa

- táctica colectiva de equipa; - acções tácticas colectivas, - acções tácticas individuais; - elementos técnicos.

- TIPOS DE MODELAÇÃO

- do real (do jogo original p.d.);

- do comportamento de alta competição; - por simulação;

- por simuladores; - científica.

De entre os diversos tipos de Modelação referidos debruçamo-nos apenas sobre a Modelação do real (Quadro 2), o qual é entendido como a operação propriamente dita de

construção do Modelo de Jogo reproduzindo em escala reduzida a imagem do jogo original propriamente dito.

Quadro 2 – Modelação do Real (do jogo original p.d.).

MODELO DE JOGO MODELO DE PREPARAÇÃO

OS OBJECTIVOS DE ALTA COMPETIÇÃO

O TRAJECTO DO MODELO DE PREPARAÇÃO: os objectivos da preparação→programa→estratégia instrutiva→planeamento→aplicação na prática→avaliação→regulação do modelo

AS COMPONENTES ESTRUTURAIS DO MODELO DE JOGO (S 1-11) A COMPONENTE DO TREINO DESPORTIVO: Os objectivos da preparação O programa da instrução A ESTRATEGIA DA INSTRUÇÃO (3 M): Métodos-Materiais-Meios (Exercícios), formas

de preparação, etc.

Aprendizagem – Aperfeiçoamento - Correção 1. A FORMAÇÃO DA EQUIPA 2. A ESTRUTURA DE BASE (FUNCIONAL) DA EQUIPA 3. A CONCEPÇÃO TACTICA DE JOGO 3.1.NO ATAQUE • Formas-sistemas

• Contra-Ataque, Ataque Rápido e Ataque Organizado

3.2 NA DEFESA

• Formas-sistemas

• Contra o Contra-Ataque, o Ataque Rápido e o Ataque Organizado

PREPARAÇÃO TACTICA (modelos e micromodelos) (SS1)

Acções individuais

Combinações de 3-4 jogadores

Táctica de equipa: formas, sistemas, princípios de circulação da bola e dos jogadores

Acções tácticas individuais Acções tácticas colectivas Táctica de equipa

4. MODELO TÉCNICO

A PREPARAÇÃO TECNICA (SS2) Elementos e procedimentos técnicos fundamentais

Elementos e procedimentos específicos ao posto

Complexos de elementos e procedimentos submetidos ao pensamento táctico

Técnica em regime de qualidades motoras Alta mestria técnica

Elementos técnicos de base e específicos ao posto Complexos técnicos que entram na estrutura das acções tácticas

Técnica em regime de qualidades motoras Alta mestria técnica

5. MODELO DAS

SOLICITAÇÕES FÍSICAS

PREPARAÇÃO FISICA (SS3)

O desenvolvimento físico e a constituição corporal

Capacidade de esforço (aeróbio, anaeróbio, misto)

Destrezas e hábitos motores Qualidades motoras combinadas

Qualidades motoras implementadas na estrutura dos elementos técnicos específicos

Para a preparação física multilateral (selectiva) Para desenvolvimento físico, constituição corporal Para capacidade de esforço específica

Qualidades combinadas que entram na estrutura dos actos motores específicos

6. O MODELO DAS

SOLICITAÇÕES PSÍQUICAS

A PREPARACAO POR INTERMEDIO DO JOGO (SS4)

- A verificação das coisas aprendidas - A experiência de competição - Acabamentos

- Comportamento competicional PREPARAÇÃO PSICOLOGICA (SS5) Implementadas nas componentes ligadas à estrutura motora do jogo

Jogo de escola com tema Jogo de treino Jogo de verificação Jogos oficiais 7. CONHECIMENTOS TEÓRICOS 8. O MODELO AMBIENTAL 9. O MODELO DO ADVERSÁRIO (S) 10. O MODELO DE COMPETIÇÃO PREPARAÇÃO TEORICA (SS6)

Analogia e a modelação dos estados emocionais específicos ao jogo

A intensificação ou o apaziguamento dos estados psíquicos que condicionam o comportamento competitivo

A regulação e a auto-regulação psico-comportamental Regulamento de jogo

Organismo em condições de esforço A recuperação do organismo A concepção de jogo da equipa As regras do treino invisível 11. A AVALIAÇÃO DOS

OBJECTIVOS DE ALTA

COMPETIÇÃO DO MODELO DE JOGO

A apreciação da qualidade e da eficiência do modelo de preparação

A regulação - correcção do modelo de preparação

Testes

O jogo oficial (os parâmetros de jogo)

Refira-se ainda que a para além destas 5 modelações outras reflexões tem sido produzidas por outros autores. É o caso do legado deixado por TEODORESCU (1984) a propósito das mutações significativas inerentes à concepção, conteúdo, estrutura e organização do treino dos jogadores e das equipas, as quais no domínio da teoria e metodologia do treino dos JDC, têm na racionalização a característica fundamental e o garante de que a modelação qualquer que ela seja é sempre uma peça imprescindível para a optimização do rendimento (BOTA & PEREIRA, 2003).

Estes pressupostos igualmente centrados na objectividade e na modelação (BOMPA

cit. in QUEIRÓZ, 1986) levaram a que aquele autor tenha reforçado nos JDC o próprio

conceito de modelação (ao longo das suas 4 últimas edições), correlacionando o treino com as exigências da competição, ou seja, quanto mais for o grau de correlação entre os modelos utilizados na Preparação e no Jogo melhores e mais eficazes serão os seus efeitos.

1.4. – DO MODELO DE JOGO EVOLUÍDO AO MODELO DE

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