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Eliminação activa do monstro - Codificar quando os pais protegem a figura protagonista espontaneamente, neutralizando o monstro de maneira activa (e.g., O monstro é preso, caçado, ou morto.)

Explicação empática - Codificar quando os pais dão uma explicação plausível à figura protagonista, relativamente à inexistência de monstros (e.g., Falam da sombra que a cama faz, ou da sombra possibilitada pelos brinquedos, como a responsável pela falsa percepção da criança).

Negação por parte dos pais - Codificar quando os pais rejeitam a percepção do monstro visto pela figura protagonista, explicando-lhe que não o pode ter visto porque não existe qualquer monstro, sem mostrar qualquer empatia pela angústia que tal percepção suscitou nesta.

Negação pela criança - Codificar quando a criança rejeita a percepção do monstro, expressando e explicando (a maioria das vezes de forma espontânea) as razões do comportamento da figura protagonista e que, na verdade, esta não viu monstro algum (e.g., “Ela mentiu aos pais”; “Imaginou o

monstro”.) Codificar, também, quando a criança nega a existência do monstro: “Os monstros não existem”.

Comportamento autoritário parental – Os pais dão, de forma algo autoritária, ordens à figura protagonista para que faça isto ou aquilo, relativamente ao monstro.

Medo da criança não é resolvido - Codificar quando o medo da figura protagonista não é resolvido até ao final da história (e.g.,: “A Susana foi dormir mas teve pesadelos”.).

Incompetência parental – Os próprios pais são representados como tendo medo do monstro (e.g., “Os pais têm medo e não se atrevem a entrar no quarto. Morrem de medo.”).

PARTIDA

Interacção amistosa, não superficial, com a vizinha - Codificar quando a figura protagonista interage de forma emocionalmente próxima com a vizinha, depois da partida dos pais: brinca, passeia, vão às compras, vão ao parque, etc. A actividade desenvolvida em comum deve apresentar um carácter cordial e amistoso, sendo a vizinha identificada como uma figura de referência.

Tristeza com consolo - Codificar quando a tristeza expressa pela figura protagonista é compensada pela atitude da vizinha, ou de outra pessoa adulta competente.

Negação da separação - A criança nega a separação, recolocando as figuras dos pais novamente em cena. Nota: este comportamento pode ser lido enquanto uma estratégia que visa evitar a carga emocional que a situação de separação provavelmente provoca.

Desactivação - A desactivação deve ser compreendida como uma estratégia através da qual o indivíduo tenta evitar os sentimentos de separação que sente como desagradáveis, ou, quando, ao sentir-se oprimido por estes sentimentos, os nega (e.g., “Não é nada”; “Já me esqueci”; “É-me

igual”. Como consequência, a criança apresenta uma narrativa absolutamente normal, sem expressão

de afectos (ou relativamente inibidos, por exemplo: “Foram dormir depois de comer”; ou com uma atitude mais defensiva “Foram logo dormir”). Não codificar quando o feito de ir para a cama, de comer, ou dormir, passa a ser um jogo ou uma actividade comum numa interacção amistosa com a vizinha.

Preocupação excessiva com os pais

Separação: codificar quando a criança expressa preocupação pela ausência dos pais através das figuras dos irmãos/irmãs (e.g., “O João talvez se preocupe”; “Pergunta quando voltam os pais”.

Reencontro: codificar quando a figura protagonista expressa aos pais a preocupação que teve na sua ausência (e.g., Podia ter acontecido alguma coisa. É uma sorte que não tenham morrido.)

Tristeza sem consolo - Codificar quando a figura protagonista ou o/a irmão/ã expressa, de uma forma ou de outra, a sua tristeza em relação à partida dos pais. É preciso ter em atenção que os sinais podem ser muito subtis (e.g., “Puseram-se a choramingar; fizeram muitos disparates e tontices”. Não codificar quando a pessoa competente consola a criança. Este tipo de caso sé classificado como Tristeza com consolo.

REENCONTRO

Saudações: Manifestação de contentamento - Codificar quando os/as filhos/as expressam alegria espontânea quando os pais regressam, mesmo quando é expressa antes do momento do reencontro (e.g., “Olha, aqui estão a mamã e o papá que voltaram”; “Oh, mamã” (dirigindo-se para a mãe)). Codificar, igualmente, quando a criança expressa espontaneamente alegria dizendo que a figura protagonista está contente. Não codificar quando a alegria só pode ser percebida através da mímica facial (e.g., sorriso, cara relaxada e alegre). Não codificar, igualmente, quando a alegria de reencontrar os pais só se manifesta em resposta a uma pergunta do entrevistador, por exemplo: “Como está o

João?”. Contacto físico - Codificar quando as saudações incluem contacto físico entre as figuras.

Atenção: codificar, também, se a criança não expressa a interacção verbalmente, deixando, simplesmente, que as figuras actuem (e.g., Abraçam-se; Dão beijos) Nota: É suficiente que seja apenas a figura de um dos pais a interagir. Cumprimentos verbais - Codificar quando, quer sejam os pais ou os filhos, se cumprimentam com um “Olá”, ou uma palavra de saudação do mesmo tipo, de forma espontânea e directa (e.g., “Olá meninos! Estamos de volta! Brincamos?”).

Comunicação de sentimentos e de experiências - Codificar quando os pais, ou os filhos verbalizam, de alguma forma, o que experienciaram durante o período de separação (e.g., “Meninos, lá era muito

bonito… O que é que vocês fizeram durante estes dias? Deram algum passeio com a vizinha?” Nota:

Não codificar quando o que prevalece é o aspecto de obediência. “Portaram-se bem e não fizeram

Nenhum tipo de saudação - Codificar quando a criança, depois de terem entrado em cena os pais, não menciona nenhuma saudação verbal, nem de interacção que evoque uma saudação e representa imediatamente outra actividade (e.g., O carro cai na água), ou uma interacção que não tem nada a ver com uma saudação (e.g., “Agora os meninos têm de escutar novamente o que os pais dizem”). A continuação da história não revela nenhuma saudação e o reencontro desenvolve-se sem contacto físico e sem saudações verbais, como uma acção totalmente acessória. Os pais são geralmente colocados ao lado das outras figuras “de qualquer maneira”.

Interrupção do reencontro com acções não pertinentes - Codificar quando a criança, imediatamente depois da situação do reencontro e das saudações associadas, muda repentinamente a actividade narrada (não sendo esta pertinente) interrompendo-se a situação do reencontro (e.g., Imediatamente depois da chegada, tem lugar uma saída de carro com apenas um dos pais.)

Obediência - Codificar quando a figura protagonista tem medo que os pais se zanguem por esta se ter portado mal durante a sua ausência, por exemplo, ou expressa desagrado com a chegada destes (e.g.,

SUMO ENTORNADO 4

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