Capítulo
Movimento no hiperespaço
Quanto mais compreendemos o mundo físico e penetramos nas leis da natureza, mais nos parece que o mundo físico se evapora e nos resta apenas a matemática. Quanto mais aprofundamos o conhecimento das leis da física, mais somos conduzidos a este mundo da matemática e dos conceitos matemáticos.
Sir Roer Penrose OGrande oPeueno e a MenteHumana
Omodelo deRandallSundrum e outras teoriasKaluaKlein nãocompactas
como STM emora possam estatuir dimensões extras por motiações distintas
conrontamse com desa…os semelhantes De um ponto deista teórico elas deem
predier eeitos oseráeis das dimensões extras De um ponto deista experimen
tal o assuntoital é a descoerta deenômenos anômalosue poderíamos associarà
existncia de dimensões extras Um possíel modo de testar as consenciasísicas
adindas da existncia de dimensões extras é examinar a dinâmica de partículas
teste m suma pretendese procurar anomalias no unierso em 4D Por isso o
moimentoeodésico emariedades5D e suariedades4D tem sido um assunto de
inestiações intensias[2] Resultados importantes emeriram ao reduiremse as
euações deeodésicas em5D Constatouseue o moimento lire em5D é oser ado em4D como estando sumetido a uma aceleração anômalaTamém concluise ue ao se moer liremente nohiperespaçobulk uma partícula pode ser con…nada
Movimento no Hiperespaço
terá impressão ue moese em 4D assunto central ue consideramos é a na
ture a do mecanismo de con…namento e se tal mecanismo temualuer propriedade
o!seráel
No cenário de
!ranas con…namento está
el de campos de matéria é poss"el
a n"el u#ntico se learmos em conta interação com um campo escalar $48% &m
um cenário puramente clássico'no entanto' se*ará necessário dispor de mecanismos
de con…namento+eodésico de*orma a restrin+ir part"culas maciças a moerse so!re /ipersuper
*"cies de maneira estáel
6rocuramos determinar em ue condiç9es a estrutura +eométrica de um
bulk espaço produto distorcido semiriemanniano pode con…nar tal moimento
Consideremos as euaç9es de +eodésicas no /iperespaço n dimensional ;n = m + 4)
<endo o espaço
tempo umaariedade lorent iana tetradimensionalM
4
e estando ele imerso em um/iperespaço;bulk= B
n
F M4' com métrica distorcida'
ou se>a' uma espaço produto distorcido' comB
n munido de uma estrutura rieman
niana A uestão aui >á suscitada' e apresentada ao lon+o do tra!al/o' em a ser
propriamente o moimento +eodésico ;uanto? uestão do con…namento=
@m ponto interessante é ue a B*orça eCtraB desaparece se = 0 Neste
caso' +eodésicas emM 4 serão automaticamente +eodésicas deB n FM4 isso proDm
do teorema F da totalidade +eodésica de uma su!ariedade 6orém' deemos
o!serarue = 0 é su…ciente'mas não condição necessária paraue uma+eodésica
particular emM4 tam
!ém se>á uma +eodésica no/iperespaço
G
.
IForça extra em espaço produto distorcido
A euação (2) da proposição JL indica ue o moimento +eodésico no
bulk é perce!ido nas*ol/as/ori ontais;espaçotempo=como uma pre+eodésica'isso
é' o moimento das part"culas con…nadas a essas *ol/as' está acometido de uma
aceleração anMmala' ue depende da*unção de distorção
Nas teorias *"sicas ue consideram o unierso como uma /ipersuper*"cie
tetradimensional 4 imersa em um espaço produto distorcido pentadimensional M5
o moimento das part"culas são curas no espaço M
5
Movimento no Hiperespaço VW
nadas Xs YiperZsuper\^cie
4
_ ` esse respeitoa podemos cesperarc due os e\eitos do
moeimento em cinco dimensies apareçam em
duatro dimens
ies como uma
\orça ekZ
tra capalde a\etar o moeimento de part^culas no espaçoZtempo usual_ msse assunto
tem sido ineesti
nado recentemente em opWra adui tamsém alnuns resultados cr^ticos
encontrados emoptr_
uaçamoswpor coneeniyncia de notação{as se
nuintes implementaç
ies ade nição |8} M = B
n
F M4 eF : Bn! R é dada por efaadotamos tamsém métrica g com
assinatura (+; ; :::; )_ `ssima wW_W{anora considerada emM tornarZseZá}
ds2 = e2f (y)h dx dx kabdyadyb; wt_~{
ondeaos^ndicesnrenos re\eremZseXs coordenadas do espaçoZtempo M
4 e os
latinosXs coordenadas deB
n
dueapor suaeelasupomos se dotada de uma estrutura
riemanniana_
meoduemos anora a proposição~V} ma curea = ( ; ) em M = M
m
F Mn é uma neodésica sea e somente
sea 00= 2 F d(F ) ds 0 emM4: wt_p{ 00= g( 0 ; 0)F grad F em Bn; wt_W{
Consideremos um sistema de coordenadas emMataldue} Z= (x
1; :::; x4; y1; :::; yn):
` eduaçãoneodésica emM é dada por}
dZA d 2 + A BC dZB d dZA d = 0; wt_t{
onde é um parmetro a…m_ `ps certa manipulação alnésrica cYenamos a }
d2x d 2 + (4) dx d dx d = ; wt_V{ onde = abdy a d dyb d 2 b dx d dyb d
Movimento no Hiperespaço e d2ya d 2 + (n) a bc dyb d dyc d = a onde a = dx d dx d 2 b dx d dyb d
identementeesão as transcriçes deeneste sistema
de coordenadas
upomos aoraueM pode seroleado por umaamlia de suariedades
de…nida por n euaç es y a = ya o =constante eometria de M 4 é então deter
minada pela métrica induida
ds2 = g (x; yo1; :::; y n
o)dx dx :
De modoue asuantidades
(4)
ue aparecem no ladoesuerda depodem
ser identi…cadas com os smolos de Cristo¤el associados métrica induida nas olas daoliação de…nida acima
Conseentemente asuantidades e
a redu emse respectiamente a = 0 e a = f;ae2fh _x _x
onde f;a = @y@fa e denotamos com ponto a deriada com respeito ao parmetro
a…m amém estamos usando a notação f
;a = kabf
;b otemos ue se o ator de
distorçãof or constanteas euaçesue descreem aseodésicas do produto
distorcido M separamsea nas euaçes de eodésicas totalmente desacopladas das
duas suariedades M
4 e Bn
conorme proposição oamente aendo uso
de ¡ da mesma maneiraue anteriormente teremos para a métrica¢
e2fh _x _x kab_ya_yb = K £
Desse modo temos ue as euaçes e tornareseão repectia
mente
•
x +(4) _x _x = 2f
Movimento no Hiperespaço ¦¦
•
ya+ abc_y b
_yc = f;a(K + kbc_yb_yc): §¨©ª«
¬s euaç®es acima constituem um sistema de euaç®es di¯erenciais de se° ±unda ordemue² por sua³e´²pode ser resol³ido²em princµpio² sef = f (y
1; :::; yn)
¯or con¶ecida©
·
.2 Con
¸namento do movimento no espaço-tempo
tetradimensional
¹esta seção deseºamos in³esti±ar a possi»ilidade de con…namento de partµcu°
las maciças e ¯¼tons na ³ariedade espaço°tempo M
4
© ½m outras pala³ras² nosso
o»ºeti³o aui é encontrar as condiç®es matemáticas ue de³em ser satis¯eitas pelo ¯ator de distorção f para ±eodésicas do tipo tempo e nulas …uem aprisonadas
em M4
© ¾ teorema ¿ nos ad³erte ue uma su»³ariedade M
4 de uma
³ariedade
semi°riemanianaM é totalmente±eodésica se²e somente se²toda±eodésica deM
4 é
tam»ém uma±eodésica emM²isto é²a su»³ariedadeM
4 é totalmente
±eodésica se²
e somente se² todas as componentes da cur³aturas eÀtrµnsecas de M
4 se anulam
© Áe
a ±eometria de M é lorent´iana² se M
4 é totalmente um
»µlica² então² como iremos
mostrar nesta seção²o teorema continua ³álido² mas² re¯ere°se apenas Âs ±eodésicas
tipo°tempo e tipo°espaço² posto ue as ±eodésicas nulas por nature´a ºá são ±eo°
désicas de am»os os espaços independentemente do ³alor da cur³atura eÀtrµnseca© ½m ³erdade² iremos mostrar ue o con…namento de ±eodésicas nulas não depende
do ³alor da cur³atura eÀtrµnseca© De um ponto de ³ista ¯µsico parece ser muito
interessante ue os ¯eiÀes de lu´ §¯otons« não Ãpercebamà a cur³atura eÀtrµnseca do
espaço°tempo© ½ste¯ato é uma ±enerali´ação do resultado apontado na seção Ä.Å
noual o caso de imers®es de ¶ipersuper¯µcies de codimensão um são estudados© Æamos retornar Âs euaç®es§ ¨©Ç« e§¨©ª«© Áeºa uma ±eodésica tipo°tempo §ou tipo°espaço« da su»³ariedade M
4 © Èma³e´ ue 2 M 4 de ³emos ter _y a = 0 ² e
assim § ¨©Ç« é identicamente satis¯eita© ¬±ora se f
;a(y1
0; :::; y0n) = 0² então§¨©ª«tam° »ém ³ale©Éor outro lado² se ualuer ±eodésica de M com euaç®es paramétri°
cas (x = x ( ); ya = ya
0) é uma ±eodésica de M
4
Movimento no Hiperespaço ÊË
f;a(y1
0; :::; y0n) = 0Ì Íamos aÎora considerar o Ïalor da curÏatura eÐtrÑnseca Òou curÓ Ïatura normal ÔdeM 4 Ì DeÒÕÌÖÔÏemos ×ue os ÏetoresN(a)= @ @ya daØase coordenada n @ @x ; @ @ya o
são normais ÙsuØÏariedadeM
4
Ì ÚeÛa uma curÏa de M
4 com
Ïetor tanÎente dado por
V = dx
d ; 0 : ÒÕÌÖÜÔ
Ý curÏatura normal de M
4
Þ em um ponto p 2 M
4
Þ na direção deN(a) é dada pelo
produto interno HN(a)= g N(a); DV d ÒÕÌÖÖÔ empÞonde DV
d é a deriÏada coÏariante de V com respeito
Ù cone
Ðão deßeÏiÓCiÏita
determinada por gÌ Ýpás calcular
DV d de ÒÕÌÖÔ ãacilmente mostramos×ue Ha= g @ @ya; DV d = kab b _x _x = fae2fh _x _x ÒÕÌÖäÔ
ÝssimÞ os coe…cientes da curÏatura normal
Ha= Ha _x _x ÒÕÌÖåÔ
são dados por
Ha = fae2fh : ÒÕÌÖÕÔ
Claro está ×ue H a = 0 se
Þ e somente seÞ fa = 0Ì
æortanto
Þ em Ïista do eÐposto
acimaÞeÐatamente o×ue diçoTeoremaè concluÑmos o seÎuinteé geodésicas do tipo
tempo ou do tipo espaço podem ser con…nadas na subvariedade M4, se e somente se
a curvatura extrínseca de M4 se anula.
ë interessante analisar o ×ue acontece com
asÎeodésicas nulasÌ
ìma Ïeç ×ue aÎora K = 0 se a curÏa é uma Îeodésica nula de M
4
então as e×uaçîes
ÒÕÌïÔ e ÒÕÌðÔ nos in
ãormam ×ue tamØém é uma
Îeodésica de
MÞ independentemente do Ïalor de faÞ e então independentemente dosÏalores das
curÏaturas normais de M
4
Ì
ñ
.
òCon
önamento via potencial e
÷etivo
ìma análise do moÏimento nas dimensîes eÐtras tamØém pode ser ÏiaØiÓ
Movimento no Hiperespaço øù
um potencial eúetiûo V = V (y)ý þara ÿeneralidade nesta seção suporemos que a
métricak de Bn é riemanniana (positi ûo -de…nida )ý Assim, considerando (4ý1) dS2 = e2fh dx dx kabdyadyb, (4ý1ø)
as equações ÿeodésicas para a parte extra são dadas por
d _ya d 1 2kbc_y b _yc f;ae2fh dx d dx d = 0ý (4ý16) Tendo emûista a equação (4ýù)
e2fh dx d dx d kab dya d dyb d = K (4ý1ù)
temos então, que o moûimento nas dimensões extras é descrito pelas equações
d _ya d 1 2kbc_y b _yc f;a K kbc_yb_yc = 0 (4ý18)
þodemos encontrar a primeira inteÿral da equação (4ý1 8) multiplicando-a
por2 _ye2f ý De úato,obtemos 2e2f _yad _ya d 1 2_y ak bc_yb_yc 2 _yae2ff;a K kbc_yb_yc = 0ý
þodemos assim escreûâ-la como:
e2f d d kbc_y b_yc +de2f d kbc_y b_yc Kde2f d = 0, …nalmente, teremos e2f kbc_yb_yc = C Ke2f;
podemos ainda sem perda deÿeneralidade suporquef (0; :::; 0) = 0,e com isto termo
C = _y02+ K onde _y2
0 kbc_y0i _y j
0 está relacionado com a enerÿia cinética inicial correspondente
ao moûimento na direção extraý Assim, a Laÿranÿiana do moûimento …ca assim
representada:
L = e2f kbc_yb_yc = _y20 V (y) (4ý19)
comV (y) representando um potencial eúetiûo dado por:
V = K(e2f 1)
Movimento no Hiperespaço 5
Considerandouekab é uma métrica riemanniana podemos deduzir ue o
movimento estará delimitado caso eista solução para a e
uação V (y) = _y
2
0. Con
tudodelimitado nãouer dizer con…nadouando lidamos com espaço de codimen
são maior. Con…namento implica o retorno cont
ínuo da partícula à hipersuperfí
cie. Para analisar a eistência do con…namento precisamos de informaçes sore a
métricakab.
Por simplicidade consideremos o caso particular em ue M = M
4 B2
.
onde o ageometria deN
2 é caracteri
zada pelo se
guinte elemento de lin ha
dl2 = u2(r)(dr2+ r2d 2)
.20
Oviamente r está relacionado com a distncia dos pontos em relação à hiper
superfície e a função u(r) mede o "afastamento" em relação à métrica euclidiana. Oservemos ue a única restrição a esta métrica é o fato de ue ela depende da
coordenada etra. De
fato toda métrica semi
riemanniana idimensional e con for
malmente plana e pode ser escrita na forma .20[50]. dmitimos tamém ue
f = f (r). Com efeitotemos ue a euação de movimento . …ca
e2fu2 _r2+ r2_2 = _y2
0 V (r) :
Da euação de movimento . para otemos a seguinte constante de movi
mento
u2r2_ = L = constante.
Deste modo a euação para o mo
vimento radial se redu z a
e2fu2_r2 = _y02 V (r) + L2 e
2f
u2r2
ui L está relacionado ao momento angular do movimento em torno da
suvariedadeM
4
.
eistência de estados ligados depende do comportamento do potencial
efeti vo
Vef f = V (r) + L2
e2f
u2r2
Podemos deduzir algumas propriedadesgerais do movimento. Estamos ad
Movimento no Hiperespaço
contrário a métrica induida no espaçotempo M
4 não seria
em de…nida ssim
o termo dominante do potencialVef f para r ! 0 é L2 e
2f
u2r2 ! 1 rimeira conclusão…sicamenteóia
partcula não retornará a ipersurpercie se L 6= 0 podendo estar num
estado liado ou não araL = 0
o potencial Vef f será con…nante
para ualueralor de _y
2 0 se f (r) ! 1 assintoticamente uando (r ! 1) odemos a ora
analisar um caso particular encontrado na literatura !#
emue as unç$esf (r) e u(r) são e%plicitamente dadas por
e2f = c 2+ ar2 c2+ r2 u2 = c 4 (c2 + r2)2:
Neste caso o potencial eetio tem a seuinteorma
Vef f = K
c2 + ar2
c2+ r2 1 + L
2(c2+ ar2)(c2+ r2)
c4r2
&potencial Vef f será con…nante para os casos a > 1 e L = 0 inda neste
casose%iste um limite de eneria cinética inicial acima daual a partcula escapará
para o in…nito er …ura'!
Fi ura
'! L = 1
erde e L = 0 ermel o
Movimento no Hiperespaço *+
/