• Nenhum resultado encontrado

MR14 – Reumatologia, Psiquiatria e Neurociências

No documento Mesas Redondas (páginas 37-39)

MR14.1 – MANUAL DOSONO PARAREUMATOLOGISTAS

António Atalaia

Hospital Inglês, Lisboa.

1. Reumatologia e Sono a. Encruzilhada

b. Doenças reumatológicas que incluem quei- xas de sono

c. Doentes reumatológicos com queixas de sono

2. Reumatologia e Sono

a. As doenças reumáticas podem coexistir com doenças de sono

b. A dor inflamatória induz alterações do sono c. As terapêuticas (eg, CE) podem perturbar o

sono

d. Algumas doenças reumáticas podem ter ma- nifestações características na esfera do sono 3. Sono e Reumatologia

a. Alterações de sono podem induzir dor mús- culo-esquelética

4. Reumatologia e Sono

a. Fibromialgia (alpha EEG sleep, alpha delta

sleep, K-alpha sleep)

b. Lúpus Eritematoso Disseminado c. Artrite Reumatóide

d. Sindrome de Sjogren – forma primária 5. Reumatologia e Sono

a. Doentes reumatológicos com queixas de sono

b. Distúrbio Respiratório do Sono Nocturno - c. Sonolência Diurna Excessiva

d. Insónia inicial e intermédia e. Roncopatia

f. Apneias / Sufocação Nocturna g. Dormir agitado

h. Os arousals SDB podem facilitar a expressão de Parassónias

i. Síndroma de Apneia Obstrutiva do Sono no

Adulto. Critérios ISCD2 (International Clas-

sification of Sleep Disorders): A+B+D ou C+D

a. A

(1) Doente queixa-se de episódios em que ador-

mece involuntariamente de dia, refere sono- lência diurna, sono não reparador, cansaço ou insónia

(2) O doente acorda de noite sufocado, com fal-

ta de ar

(3) A(o) parceira(o) de cama refere roncopatia

intensa, paragens respiratórias ou ambas

b. B

(1) A PSG mostra

(a) 5 ou mais apneias/hipopneias por hora

(b) Evidência de esforço respiratório durante

parte ou a totalidade da duração das apneias/ /hipopneias

OU

c. C

(1) A PSG mostra

(a) 15 ou mais apneias/hipopneias por hora

(b) evidência de esforço respiratório durante

parte ou a totalidade da duração das apnei- as/hipopneias

d. D

(1) A doença não é melhor explicada por outra

entidade de sono, médica ou neurológica ou pelo uso/abuso de medicamentos ou subs- tâncias.

6. Reumatologia e Sono

a. Doentes reumatológicos com queixa de sono b. Síndroma de Pernas Inquietas

a. Critérios ISCD2 (International Classification of

Sleep Disorders)

(1) O paciente refere a necessidade de mexer as

pernas, habitualmente acompanhada de sensação desconfortável nas pernas

(2) A necessidade de mexer as pernas ou a sen-

sação de desconforto começam ou pioram durante os períodos de inactividade ou re- pouso, quando o paciente se encontra senta- do ou deitado

(3) A necessidade de mexer as pernas ou a sen-

sação de desconforto começam ou pioram no fim do dia ou durante a noite

(4) A condição não é melhor explicada por outra

doença de sono, médica, neurológica ou psi- quiátrica, nem pelo uso/abuso de medica- mentos ou substâncias.

c. Movimentos Periódicos do Sono

(a) Insónia

(b) Cansaço matinal

(c) Cefaleias matinais

(d) Irritabilidade

(e) Dificuldade de concentração

d. Em doenças reumatológicas encontramos maioritariamente formas secundárias destas síndromes

7. Reumatologia e Sono

a. Doentes Reumatológicos com Outras Doenças a. Insónia associada a doença médica

b. Insónia associada a doença mental

c. Insónia associada a abuso crónico de hipnó- ticos ou outras substâncias

d. Higiene de Sono Inadequada

Bibliografia

1. American Academy of Sleep Medicine. The Interna- tional Classification of Sleep Disorders- Diagnostic and Coding Manual. Second Edition ed. Westchester, IL 60154, USA: American Academy of Sleep Medicine; 2005.

2. Benca RM, Ancoli-Israel S, Moldofsky H. Special con- siderations in insomnia diagnosis and management: depressed, elderly, and chronic pain populations. J Clin Psychiatry 2004; 65 Suppl 8:26-35.

3. Buchwald D, Sullivan JL, Leddy S, Komaroff, AL. "Chronic Epstein-Barr virus infection" syndrome and polymyalgia rheumatica. J Rheumatol 1988; 15:479-482. 4. C-ote KA, Moldofsky H. Sleep, daytime symptoms, and cognitive performance in patients with fi- bromyalgia. J Rheumatol 1997; 24:2014-20.

5. Iaboni A, Ibanez D, Gladman DD, Urowitz MB, Mold-

ofsky H. Fatigue in systemic lupus erythematosus: contributions of disordered sleep, sleepiness, and de- pression. J Rheumatol 2006; 33:2453-7245.

6. MacFarlane JG, Shahal B, Mously C, Moldofsky H. Pe- riodic K-alpha sleep EEG activity and periodic limb movements during sleep: comparisons of clinical fea- tures and sleep parameters. Sleep. 1996; 19:200-204. 7. May KP, West SG, Baker MR, Everett DW. Sleep apnea

in male patients with the fibromyalgia syndrome. Am J Med 1993; 94:505-508.

8. Moldofsky H. Fibromyalgia, sleep disorder and chronic fatigue syndrome. Ciba Found Symp. 1993; 173:262-271; discussion 272-279.

9. Rheumatic pain modulation syndrome: the interrela- tionships between sleep, central nervous system serotonin, and pain. Adv Neurol 1982; 33:51-57. 10. Sleep and pain. Sleep Med Rev 2001; 5:385-396. 11. Moldofsky H, Lue FA. The relationship of alpha and delta

EEG frequencies to pain and mood in 'fibrositis' patients treated with chlorpromazine and L-tryptophan. Elec- troencephalogr Clin Neurophysiol 1980; 50:71-80. 12. Moldofsky H, Lue FA, Smythe HA. Alpha EEG sleep

and morning symptoms in rheumatoid arthritis. J Rheumatol 1983; 10:373-379.

13. Moldofsky H, Scarisbrick P. Induction of neurasthenic musculoskeletal pain syndrome by selective sleep stage deprivation. Psychosom Med 1976; 38:35-44. 14. Moldofsky H, Scarisbrick P, England R, Smythe H.

Musculosketal symptoms and non-REM sleep distur- bance in patients with "fibrositis syndrome" and healthy subjects. Psychosom Med. 1975; 37:341-351. 15. Moldofsky H K. Disordered sleep in fibromyalgia and

related myofascial facial pain conditions. Dent Clin North Am 2001; 45:701-713.

16. Roizenblatt S, Moldofsky H, Benedito-Silva AA, Tufik S. Alpha sleep characteristics in fibromyalgia. Arthri- tis Rheum 2001; 44:222-230.

17. Terzano MG, Parrino L, Sherieri A et al. Atlas, rules, and recording techniques for the scoring of cyclic al- ternating pattern (CAP) in human sleep. Sleep Med. 2001; 2:537-553.

18. Walker J, Gordon, T, Lester S et al. Increased severity of lower urinary tract symptoms and daytime som- nolence in primary Sjogren's syndrome. J Rheuma- tol. 2003; 30:2406-2412.

19. Whelton CL, Salit I, Moldofsky H. Sleep, Epstein-Barr virus infection, musculoskeletal pain, and depressive symptoms in chronic fatigue syndrome. J Rheuma- tol. 1992; 19:939-943.

20. White KP, Speechley M, Harth, M, Ostbye T. The Lon- don Fibromyalgia Epidemiology Study: comparing the demographic and clinical characteristics in 100 random community cases of fibromyalgia versus controls. J Rheumatol. 1999; 26:1577-1585.

21. Wolfe, F, Aarflot, T, Bruusgaard, D et al.. Fibromyalgia and disability. Report of the Moss International Working Group on medico-legal aspects of chronic widespread musculoskeletal pain complaints and fi- bromyalgia. Scand J Rheumatol. 1995; 24:112-118.

MR14.2 – PSIQUIATRIA DELIGAÇÃO ÀREUMATOLOGIA

Lúcia Monteiro

Unidade de Psiquiatria do IPO Lisboa

A Psiquiatria de Ligação é a subespecialidade da Psiquiatria que estuda e trata os problemas psico- lógicos e os sindromes psiquiátricos presentes em doentes com outras doenças somáticas; a adapta- ção psicológica à doença reumática é condiciona- da por stressores major como a dor crónica, a inca- pacidade funcional, a deformidade, o absentismo e mais custos sociofamiliares e económicos. Ao longo do processo crónico da doença, são frequen- tes as reacções disfuncionais de adaptação e as descompensações psiquiátricas, sobretudo de- pressivas. Por seu lado, a depressão vai condicio- nar no doente reumático, percepções desfavorá- veis do controlo, da autoeficácia e do autoconcei- to, bem como atitudes negativas de coping que ten- dem a agravar a qualidade de vida e a evolução global da doença.

Apesar da elevada prevalência de psicopatolo- gia associada à doença reumática crónica (cerca de 30%) e do seu impacto desfavorável na qualidade de vida do doente, a sua identificação e o trata- mento eficaz pelos médicos assistentes é bastan- te deficiente.

Nesta apresentação, salientamos alguns facto- res psicossociais e sindromes psiquiátricos comuns em doenças reumáticas crónicas como a artrite reu- matóide, a osteoartrose, a fibromialgia e a lombal- gia comum; focamos as situações e sintomas de ris- co que permitem ao médico de família e/ou reuma-

tologista um melhor screening da patologia psiquiá-

trica concomitante e clarificam-se os critérios de referenciação para consulta de Psiquiatria.

Numa perspectiva biopsicossocial e com o ob- jectivo de proporcionar ao doente reumático um tratamento multidisciplinar integrado, serão abor- dadas várias formas de referenciação à consulta de Psiquiartria e os modelos possíveis de Psiquiatria de Ligação nas actuais Unidades de Reumatologia.

MR14.3 – PSICONEUROIMUNOLOGIA EMREUMATOLOGIA

Rui Mota-Cardoso

Serviço de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina do Porto

3 Hipóteses:

1. O sistema imunitário pode sentir estímulos que não são reconhecidos pelos sistemas nervoso central e periférico (bactérias, tumores, vírus,

antigénios) e que, sem ele, passariam desperce- bidos. O reconhecimento de tais estímulos não cognitivos pelos imunócitos é convertido em in- formação, sob a forma de hormonas peptídeas, linfoquinas e monoquinas, as quais, através do sistema neuroendócrino, provocam alterações fisiológicas» (Blalock,1989).

2. «Reciprocamente, o reconhecimento pelos sis- temas nervoso central e periférico de estímulos cognitivos pode resultar numa informação hor- monal idêntica, transmitida aos (e reconhecida pelos) receptores hormonais dos imunócitos, pelo que uma alteração imunológica pode ocor- rer» (Blalock,1989).

3. Os circuitos neuronais do stress são essencial-

mente os mesmos, seja a fonte do stress interna

ou externa, fisiológica ou psicológica. A estimu- lação da resposta imunitária inata quer aos agentes infecciosos quer aos agentes stressantes activa os mesmos circuitos imunocerebrais. Es- tes evoluíram da defesa mediata contra os agen- tes infecciosos e da dolência para mais tarde co- optarem a resposta mediata de fuga-luta ao

stress (Maier, 1998). 3 Processos: 1. Inflamação. 2. Resposta Imunitária. 3. Estados Emocionais. 3 Mediadores: 1. Citoquinas pró-inflamatórias. 2. Substância P. 3. Noradrenalina. 2 Patologias: 1. Dor crónica.

2. Doenças Inflamatória crónica.

MR15 – Ginecologia e Obstetrícia – Gravidez e

No documento Mesas Redondas (páginas 37-39)

Documentos relacionados