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MUDANÇAS, ALTERAÇÕES E AÇÕES NA SEGURANÇA OPERACIONAL

No documento Segurança operacional em aeroportos (páginas 30-36)

Em setembro de 2003 foi aprovado o RBHA 139 – CERTIFICAÇÃO DE AEROPORTOS, neste tratava dos critérios para a certificação de aeroportos e exige o manual. Já em de 2004 foi aprovado o Manual de operações do aeroporto com as orientações básicas para a elaboração do manual (IAC 139-1001).

O Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional em Aeroportos surgiu a partir da aprovação da IAC 139-1002 de maio 2005.

Em 2009 foi aprovado o RBAC 139 – Certificação operacional de aeroportos com um novo critério de enquadramento e foi revogado o RBHA 139/2003. Podemos citar algumas resoluções aprovadas neste mesmo ano tais como: Resolução n° 49 e a Resolução n° 115 – SESCINC.

Em 2010 a OACI instou os Estados Membros a envidarem esforços para melhorar a segurança de pista, pois a OACI entende que o Runway Safety Team (RST) como um meio eficaz para reduzir acidentes e incidentes. E aprovada a Resolução n° 158 – Cadastramento de aeródromos, que revogou a IAC 2328/1990 e simplificou o processo de atualização cadastral dos aeródromos.

No Simpósio Global Runway Safety em Montreal, 2011, foi decidido que deveria ser instalado o RST nos aeroportos brasileiros e a ANAC a partir de 2012 vem adotando a instalação do RST.

O Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC nº 153) aprovado em 2012 estabeleceu novas normas para os operadores aeroportuários, revogou as IAC 139-1001 e 1002. Em setembro de 2013 foi aprovado o RBAC 161, que trata de planos de zoneamento de ruído de aeródromo. Em 2014 foi aprovado RBAC 164, que aborda o gerenciamento do risco da fauna em aeródromos públicos.

Em 2015, a OACI com o objetivo de orientar o funcionamento de um RST publicou a segunda edição de Runway Safety Team Handbook.

Segundo a ANAC até 2016 já havia “quatro aeroportos do Brasil que possuem um RST instalado”:

• Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU); • Aeroporto Internacional de Campinas (VCP); • Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (GIG); e

• Aeroporto Internacional de Brasília (BSB). (BRASIL, 2016, p.7)

Observaram-se demais atualizações em outros documentos como os Regulamentos Brasileiros da Aviação Civil em 2016, disponíveis no site da ANAC, bem

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como eventos e palestras frequentes disponibilizados pelos órgãos relacionados à aviação civil.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorre dos séculos a aviação civil evoluiu, reduziu acidentes aéreos, e as grandes catástrofes estão cada vez mais raras, devido ao trabalho de aperfeiçoamento contínuo e vigilante do sistema de gerenciamento de segurança operacional. Regularmente são disponibilizados cursos de capacitação e aperfeiçoamento para melhor atender as necessidades e as equipes estarem preparados para o dia a dia, bem como vem sendo desenvolvidos estudos para atualização dos regulamentos em vigor. É importante realçar quanto à necessidade da constate atualização da legislação de formação continua, pois quanto maior for o conhecimento, melhor será o desempenho.

A gestão de riscos é muito importante, mas algumas empresas ignoram na maioria das vezes pelo custo elevado. Vale ressaltar que deve haver um equilíbrio dos recursos entre a proteção e a produção.

Durante a exploração foi possível observar que alguns aeroportos não possuem os requisitos mínimos necessários assim como a legislação nacional vigente são infligidas.

Devemos lembrar que há um grande número de aeroportos que são uma adaptação de aeródromos militares, portanto não possuem os requisitos necessários para que haja um aeroporto de qualidades, sem grandes riscos. Para suprir e corrigir essas não conformidades é preciso mais investimentos na aviação civil garantindo assim a segurança operacional que deve estar preparada para erradicar todos os tipos de acidentes, até mesmo os fortuitos ou de força maior, propiciando, assim, para a total ausência de incidentes no emprego de aeronaves.

Em virtude dos fatos mencionados, lembramos que a existência de um Sistema de Resposta à Emergência Aeroportuária é de suma importância, pois nesses casos o risco de um acidente ou incidente pode se torna maior.

Vale ressaltar a importância da implementação correta e adequada das instituições, independente do seu tamanho, tendo visto que algumas organizações são muito pequenas desafiando os gestores ao organizarem um organograma, por exemplo, uma vez que segundo o SGSO o manual deve ser planejado de maneira adequada a cada estabelecimento.

Conclui-se que este estudo foi de suma importância para o âmbito acadêmico, crescimento pessoal e profissional sobre o assunto. É neste momento que refletimos sobre o aprendizado que recebemos e sobre o profissional que pretendemos nos tornar.

Há poucos estudos sobre aeroportos brasileiros dificultando a pesquisa bibliográfica quanto à aplicabilidade da legislação em aeródromos, portanto não foi possível

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realizar um estudo quantitativo sobre o assunto, assim sugere-se para estudos futuros, pesquisas relacionadas à aplicabilidade da legislação em aeródromos.

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