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A era do nativo digital.

Percebido todo o potencial de crescimento que o crowdsourcing tem, há que pensar que ainda existem cerca de 200 milhões de crianças a brincar por esse mundo fora, que serão, naturalmente, utilizadores da internet.

O autor dá o exemplo dos videojogos. Começaram por ser o que eram. Simples, sem grandes designs ou ciência. Depois começaram a desenvolver-se e a ficarem muito mais complexos do que a forma original. E finalmente, as pessoas, os tais nativos

digitais, começaram a interagir com os jogos. Criar mods, que não é mais que alterar o jogo inicial.

As pessoas, queriam fazer parte do jogo, torná-lo seu também, poder participar de alguma maneira, na criação de novos ambientes, de novos personagens, de novas maneiras de ver o jogo em si. O autor dá-nos o exemplo de Mihn Le. Um imigrante vietnamita que estava em 1999, no seu último ano do programa de Ciências computacionais da Universidade Simon Fraser, em Vancouver.

Este jovem, chegava a casa das aulas e sentava-se em frente ao seu computador a criar mods naquele que eram os seus jogos favoritos, o Quake, o Doom e o Half-Life. Até que um dia, decidiu compilar todas as alterações que criou, e na companhia de um amigo, criaram o Counter-Strike. Enorme sucesso, arrebatador de preferências sobre os jogos de “tiro na primeira pessoa”, em que o jogador, obtém a perspectiva de visão do próprio avatar.

A Valve, empresa que está por detrás do Half-Life, decidiu, em vez de começar uma batalha com Le, por estar a de alguma maneira, roubar informações do Half-Life, para criar um jogo seu, decidiu, e muito bem, acompanhar o seu trabalho e convidá-lo a fazer parte da equipa de construção de jogos.

vontade que já possuem da internet, serão, ainda que inconscientemente, ou não, uma mais-valia imensa, para o desenvolvimento do crowdsourcing, bem como de toda a realidade que conhecemos de mercados.

Pois já os vemos, com pouco mais que 4 anos, a partilharem ficheiros, a criarem blogues, terem perfis no Facebook, Twitter, MySpace, entre outras redes sociais, a perceberem de PhotoShop, Flash, assim como outros programas mais complicados. E estranham o facto de que possam pensar que aquilo é complicado. Não conhecem outra realidade, e como tal, para eles, aquilo é normal. E têm um gosto notável em trabalhar com estas ferramentas, que para nós, são um bocado complicadas. Nasceram com elas.

Capítulo XI – Conclusão.

As regras do crowdsourcing.

O autor defende dez regras para o crowdsourcing. Não que sejam futuros dogmas. A imutabilidade no crowdsourcing é impossível, há sempre novas coisas, novos prismas, sobre os quais se podem ver as coisas.

Estas regras, são mais linhas guia, para que o possamos compreender e caso queiramos, pô-lo em prática.

A primeira regra que o autor defende, é que se deve escolher o modelo certo. Isto pois o crowdsourcing não é uma estratégia única.

Há que definir o objectivo final, para que a partir daí, se possa escolher então, o modelo certo.

Perceber que a inteligência da multidão ultrapassa em muito, a do indivíduo. E que a multidão, tem um enorme potencial criativo, que pode ser aproveitado, na criação das mais variadas tarefas. Utilizar os votos da multidão para a partir daí, entender quais são de facto, as matérias a que se deve dar a maior importância. Confiar na

inteligência da multidão, para perceber a preferência da mesma.

Olhar para o crowdfunding como uma mais-valia para a empresa. Explorar o “bolso” colectivo, permitindo a grandes grupos de pessoas substituir os bancos e outras instituições como fonte de financiamento.

A segunda regra, é que é realmente necessário, escolher a multidão certa.

Pois a multidão, engloba uma variedade imensa de pessoas, onde existem diferentes gostos e diferentes aptidões para diferentes tarefas.

Há que entender qual o tipo de multidão melhor se adequa para o nosso tipo de negócio, para que possamos retirar o máximo de proveito dela.

Como terceira regra, é necessário compreender que é fundamental incentivar da

maneira certa, a multidão. Sabemos que a multidão, mais que recompensas

financeiras, procura a satisfação pessoal e quer, definitivamente, ter reconhecido o seu trabalho. Participar num projecto, é para a multidão, muito importante. Pois faculta-lhes a oportunidade de puder partilhar informações, melhorar capacidades, aprender algo novo. E não tentar trapacear a multidão, pois à primeira vez que ela se aperceba que está a ser usada, foge e a notícia dissemina-se por blogues, sites e outras plataformas, acabando assim, com o nosso negócio.

A quarta regra diz-nos para manter sempre as cartas de demissão na gaveta. Necessário é, entender que o processo de crowdsourcing é difícil. E que as pessoas das empresas, têm de saber lidar com isso. Más decisões, não podem ser deixadas passar impunes.

remete-nos para uma realidade, que seja a de que a multidão trabalha muito e bem, mas necessita sempre, se uma linha orientadora para não se perder, para não perder o enfoque no que realmente queiramos que ela faça. Estas pessoas que guiam a multidão, são vulgarmente chamados de ditadores benevolentes, porque fazem a multidão focar-se no objectivo, corrigem algumas falhas habituais da “mentalidade da colmeia” e isto sempre, com boa intenção.

A sexta regra, diz-nos para não complicar, mas para decompor. É necessário manter a simplicidade da natureza das tarefas. Só assim se consegue cativar a multidão. Dar a oportunidade à multidão de, dentro de um grande projecto, como costumam ser os de crowdsourcing, escolher qual a parte dele que querem realizar. Dentro da

comunidade, há pessoas com aptidão para coisas diferentes. E que se sentirão mais à vontade para despender o seu tempo e interesse nelas.

A sétima regra, refere-se à Lei de Sturgeon. Ou seja, de todo o trabalho realizado pela multidão, cerca de 90% dele é porcaria. Só os outros 10%, podem apresentar algum potencial de aproveitamento.

A oitava regra, diz respeito a esses dez por cento, o antídoto para a Lei de Sturgeon. O crowdsourcing, faculta-nos duas dádivas inestimáveis. Além de nos fornecer um sítio onde podemos dedicar a passatempos para os quais não temos aptidões ou capacidades, também “enterra”, de forma misericordiosa, os produtos dessas venturas, num sítio, onde poucos poderão testemunhá-los.

A multidão encarregar-se-á de transformar as ofertas de má qualidade. E encontrará, seguramente, os diamantes melhores e mais brilhantes.

Como nona regra, temos um factor que nunca pode ser descurado no crowdsourcing.

A comunidade tem sempre razão. Como já foi referido, é imperativo que exista um

ditador benevolente no crowdsourcing. Alguém que lidere, que aponte o caminho a seguir. Mas, no final, este acaba sempre por seguir a multidão.

Décima e última regra, não pergunte o que é que a multidão pode fazer por si, mas o

que é que pode fazer pela multidão. O crowdsourcing, como refere o autor, funciona

muito melhor, quando um indivíduo ou empresa dá à multidão algo que ela quer. Dito de outra maneira, o crowdsourcing bem sucedido envolve satisfazer o nível mais alto na hierarquia de necessidades da pirâmide de Maslow. As pessoas recorrem ao crowdsourcing porque se sentem impelidas através de uma necessidade psicológica, social ou emocional.

Ser Empreendedor – Pensar, Criar e Moldar a Nova Empresa Livro de:

- Manuel Portugal Ferreira - João Carvalho Santos - Fernando Ribeiro Serra Edições Sílabo

Introdução:

Com este livro, pretende-se incentivar tanto os mais novos, como os mais velhos a tomarem uma atitude pró-activa e empreendedora, e assim, iniciarem o seu próprio negócio.

Deixarem de receber salário, de trabalharem por conta de outrem, definindo assim, um rumo próprio para a sua vida. Porque, independentemente da idade, formação académica, classe social, etnia ou credo, o que realmente interessa acima de tudo é a vontade de ser empreendedor.

Empreendedorismo, ao contrário do que se pensa, não é uma característica inata, não é nada que nasça connosco. Pode e deve ser ensinada.

E desenganem-se aqueles que julgam que para ser empreendedor, é preciso criar uma empresa com um conceito, um produto ou serviço novo. Fazer, um pouco melhor que os outros, já é ser empreendedor, já é trazer valor e diferenciar. Logo, desmistificaremos algumas ideias erróneas sobre o empreendedorismo, para que o deixemos de ver tanto como uma alternativa viável a um emprego assalariado, mas mais como uma forma de realização pessoal e profissional.

O empreendedor é um motor de desenvolvimento, um agente de criação destrutiva, que falou Joseph Schumpeter, criando produtos novos, alterando produtos existentes, melhorando-os, arriscando em áreas inexploradas, tornando os modelos, bem como métodos vigentes, obsoletos. O empreendedor deve conseguir olhar para o mercado e conseguir olhar mais além, dever “outside the box”. Só assim é possível, com a ajuda da criatividade, a vontade e o querer fazer, criar novos ou melhores produtos que iram simplificar a vida dos consumidores, gerando consequentemente riqueza para os países de origem.

Em suma, ser empreendedor, é ter necessidade de fazer, de realizar, de criar e implementar ideias próprias, de aceitar desafios para se tornar patrão de si próprio.

Com a globalização, a sociedade portuguesa deparou-se com enormes desafios. Desde o desenvolvimento de novas tecnologias, quer de informação, quer de comunicação, à emergência de novas actividades, bem como a necessidade de procurar e entrar em novos mercados.

das empresas. E são elas que fazem alterar a forma como vivemos, os produtos que consumimos, as expectativas que temos e até onde, e como passamos os nossos tempos livres.

Face a estas alterações, muitas empresas fracassam, devido à sua incapacidade de aproveitar oportunidades, ou fazer frente às ameaças. Já uma empresa empreendedora, vê na crise, na mudança, uma oportunidade inequívoca para se diferenciar e expandir.

Portanto, é imperativo que se dê uma maior atenção e valor ao empreendedorismo. Formar potenciais empreendedores, é potenciar a criação de novos mercados, novas oportunidades de negócio, que, iram posteriormente promover um conjunto vasto de alterações culturais, político-legais, infra-estruturais e institucionais.

Estimular a cultura empreendedora, é induzir comportamentos favoráveis à inovação, à introdução de melhorias nos processos, produtos e serviços, acelerar o processo de modernização, promovendo assim, o desenvolvimento económico.

Os empreendedores devem identificar as oportunidades futuras, tais como a observação de conjuntos de tendências, mudanças políticas, sociais, económicas e sociais.

Situações de crise, apesar de tudo, são uma boa janela de oportunidade para os empreendedores. Levam à criação de mercados capazes de satisfazer as mesmas necessidades, com menores custos.

Para que melhor possamos falar sobre empreendedorismo é necessário responder a algumas questões relacionadas com o empreendedor e o próprio empreendedorismo em si.

Para falarmos em termos globais, é conveniente fazermos uma análise do empreendedorismo em Portugal e no mundo. Só assim, conseguimos perceber se os portugueses, são ou não, mais ou menos empreendedores, que cidadãos de outras nacionalidades. E claro está, uma decisão informada, minimiza o risco.

Capítulo 1 – introdução ao Empreendedorismo.

O empreendedorismo, fomenta o desenvolvimento económico.

A criação de novas empresas, nos mais variados ramos de actividade, geram mais emprego, inovam com novos produtos, novos métodos, técnicas e tecnologias. Estas mesmas alterações, conduzem a um aumento dos padrões de competitividade entre as empresas já estabelecidas, o que as levará naturalmente a melhorar o seu portfólio de produtos ou serviços, aumentarem a sua eficácia e melhorarem a sua eficiência. O empreendedorismo manifesta-se em algo mais profundo do que só ao aumento da produção e da riqueza. Traduz-se em alterações a nível da mudança nos negócios e na própria sociedade. No aumento de escolhas individuais de realização de cada indivíduo.

a outro tipo de apoio social.

Mesmo assim, os níveis de empreendedorismo, nestes países, são elevados. Apesar de as pessoas terem um melhor nível de vida, de auferirem um maior rendimento, procuram a realização pessoal.

Nos países mais pobres, existe um enorme número de pequenas e micro empresas. Já no caso dos países mais ricos, são as médias e grandes empresas que estão presentes em maior número.

Devido a este facto, as pessoas dos países mais desenvolvidos, conseguem mais facilmente conseguir um emprego numa destas empresas, sentindo menos necessidade portanto, de constituírem a sua própria empresa.

E para ser empreendedor, será preciso encontrar um produto novo, uma nova tecnologia, criar algo radicalmente novo?! Não!

Ser empreendedor é ver “outside the box”. Pequenas alterações, como um melhor atendimento, decoração dos espaços comerciais, um mais flexível horário de funcionamento, são aspectos diferenciadores, que levam a que novas empresas criem valor, que satisfaçam necessidades. Obrigando, posteriormente, outras empresas a seguirem os seus passos. Pois a empresa empreendedora fornece um produto/serviço com um nível semelhante, mas de valor acrescentado.

Existem factores de determinam o empreendedorismo. A nível nacional podemos falar em quatro. Os obstáculos no acesso a capitais e desconhecimento dos meios de financiamento existentes, a inconstância das políticas industriais, das estratégias de desenvolvimento nacional e dos programas de apoio do governo, a pouca oferta no ensino do empreendedorismo como disciplina escolar, e o insuficiente desenvolvimento dos serviços comerciais e profissionais.

Dentro destas condições gerais que podemos falar a nível de Portugal, temos obrigatoriamente de falar do governo.

O governo, através da sua intervenção, a todos os níveis, quer global ou regional, na economia, com intervenção em domínios como a despesa pública, fiscalidade, regulamentação e legislação, tem um enorme poder sobre o empreendedor.

Além do governo, temos de falar nos mercados financeiros. Para um empreendedor, que vai criar a sua empresa, dispor de capital é crucial. E o nosso mercado financeiro é agora moderno, sendo já possível encontrar várias empresas de capitais de risco. Portugal, no que trata a desenvolvimento, investigação e tecnologia, está ainda limitado. E os esforços realizados para desenvolver esta área, estão ainda muito concentrados no governo central, bem como em algumas universidades e politécnicos.

A educação é terminante para que um empreendedor, seja um bom empreendedor. Só um sistema de grande qualidade e exigência poderá alterar a cultura nacional e formar mais e melhores empreendedores.

São necessárias, obviamente, infra-estruturas físicas que dêem, de alguma forma, suporte. Portugal tem investido bastante neste campo, a nível das telecomunicações, na rede energética, ferroviária, como forma de reduzir tempos de transporte e acelerar a actividade económica.

Em relação à gestão, Portugal tem grande parte dos seus empresários, bem cómodos seus trabalhadores, com níveis de escolaridade consideravelmente baixos, o que potencia desempenhos e produtividade mais baixos, logo, menos lucros.

O mercado de trabalho português atravessa um período menos positivo. A percentagem do desemprego aumenta cada vez mais. Este é um dos factores que poderá levar à emergência de novos empreendedores.

constituírem a sua própria empresa, mas sim porque, devido ao desemprego e baixos salários, sentem necessidade de o fazerem.

Depois existe a oportunidade em si. Percepcionar oportunidades de negócio, que poderão ser exploradas no mercado. Podem ou não, estar relacionadas com o grau de desenvolvimento do país.

Existe também, a percepção dos indivíduos, da sua capacidade (conhecimentos, competências, habilidades, saber fazer) para serem bem sucedidos como empreendedores, influenciar a criação de novas empresas.

O ambiente cultural afecta em muito, os nossos valores, atitudes e comportamentos. Aspectos relacionados com a aversão ao risco, a aceitação da mudança, a tolerância face a situações ambíguas, aceitação do insucesso, tudo isto, têm que ver com a cultura de cada país.

Culturas Anglo-Saxónicas mais individualistas como os EUA e a Inglaterra, prezam os indivíduos que formam as suas empresas, que dão muito valor ao facto de serem seus próprios patrões.

Em contraste, em outros países, o insucesso acarreta um peso social elevado, que leva a descredibilização, pois a cultura não estimula a formação de novas empresas. No caso específico de Portugal, a cultura é caracterizada por uma elevadíssima aversão ao fracasso, à incerteza. Tem também, acentuados níveis de colectivismo. Os portugueses têm um enorme medo de falhar, de ter insucesso. Esta é uma enorme barreira ao empreendedorismo. O grupo é privilegiado face ao individualismo. Não existe o incentivo ao risco, e, o empreendedorismo, sem risco, não existe.

Portugal tem grandes dificuldades em captar financiamento de novas empresas, o que leva a que haja uma relativa incapacidade para aproveitar oportunidades. Empreendedorismo, no nosso país, já é visto como uma maneira socialmente aceitável de enriquecer, apesar de nem sempre tenha sido assim. E uma melhor percepção social sobre o empreendedorismo, incentiva futuros empreendedores.

A protecção da propriedade intelectual, ainda é um pouco limitada no nosso país. O que leva a que os portugueses não sejam particularmente crentes na capacidade do sistema institucional, para proteger a propriedade intelectual.

Tal como já foi dito, o empreendedorismo, não é nada de inato, não nasce connosco. Daí que terá se ser ensinado. Formação e informação adequadas, leva a que os potenciais empreendedores melhor entendam os desafios a que estão sujeitos, para que possam ter uma maior probabilidade de sucesso.

Para se ser empreendedor, é necessário ter noção dos riscos envolvidos num novo empreendimento, a criatividade necessária, a motivação pessoal e a recompensa desejada. Estes traços, manter-se-ão no futuro.

Muitas pessoas questionam-se diariamente, sobre a possibilidade de constituírem elas próprias uma empresa.

Em Portugal, após um estudo realizado pela EOS (Gallup Europe Institute), ao empreendedorismo da União Europeia, mais de 70% dos portugueses afirmaram querer ter o seu próprio negócio. Uma percentagem bastante maior que a dos restantes países da Europa.

Convém, portanto, perceber o porquê desta vontade, desta motivação em assumir riscos e criar a sua própria empresa.

Claramente, o facto de se tornarem independentes, ganharem dinheiro, ter satisfação no trabalho e a realização pessoal são factores que levam as pessoas a serem mais empreendedoras.

Mas ser empreendedor, é correr riscos. Deixar de receber salário, de abandonar a situação de estabilidade familiar.

Não é fácil apresentar uma definição específica do que é ser empreendedor.

Existem inúmeras condicionantes que podem afectar o empreendedorismo. Podemos sim, traçar traços gerais.

Empreendedor é alguém com espírito de iniciativa para criar algo novo, para criar valor quer para si, quer para o cliente. É despender do seu tempo e esforço para realizar algo seu, para garantir o seu sucesso. É recolher as recompensas sob a forma financeira, sob a forma de independência, reconhecimento social e realização pessoal. É assumir os riscos de insucessos do empreendimento, quer sejam eles financeiros, sociais ou emocionais.

É o empreendedor que organiza recursos humanos, materiais e financeiros. Sente necessidade de auto-realização, de ser independente dos outros.

Apesar de todas as dificuldades que à partida se vão encontrar inicialmente, para a constituição de uma nova empresa, quer sejam elas económicas, culturais, institucionais ou individuais, são milhares as empresas que são criadas todos os dias, pelo mundo fora.

A necessidade de haver uma mudança no estilo de vida, apesar de todos os riscos, impulsiona muitas pessoas a criar uma empresa sua. Isso acontece quando são estimuladas. Quer porque entraram na reforma, porque foram despedidas, ou jovens que acabaram o curso e encontram no empreendedorismo, uma alternativa viável, para o trabalho dependente.

Para que possamos traçar um histórico do empreendedor, temos de diferenciar os empreendedores, da população em geral.

Há que ter em conta, desde logo, o ambiente familiar. A educação é de extrema importância.

Estudos académicos, por parte dos pais, conduzem invariavelmente a que um jovem venha a possuir um curso superior também. E caso os pais, sejam, ou tenham sido empreendedores, existe uma maior propensão para que o jovem o seja também. A educação, é fundamental para estimular o empreendedorismo. Para adquirir conhecimentos específicos e a ensinar a gerir todos os problemas que se vão enfrentar, os futuros empreendedores.

Assim como a educação, também os valores pessoais, são de facto importantes. Um carácter forte, um bom e apurado sentido de liderança, criatividade, trabalho e objectivos, são indispensáveis para se tornar um bom empreendedor.

A idade, é outro factor em conta. Em média, o empreendedor começa a sua actividade por volta dos 30 anos. Quando já adquiriu alguma experiência e maturidade intelectual. O que não quer dizer, que não existem inúmeros casos de empreendedores com menos, e mais que 30 anos. Até porque esse é o valor da média.

A experiência profissional tem um forte impacto no futuro do empreendedor. Positivo caso o novo empreendimento, seja dentro do mesmo ramo onde o indivíduo já