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e na saciedade em crianças obesas

No documento BRASIL VOLUME 1 NÚMERO 3 SETEMBRO 2015 (páginas 22-40)

M. A. Adeyemo1, J. R. McDuffie1, M. Kozlosky2, J. Krakoff3, K. A. Calis1, S. M. Brady1 e J. A. Yanovski1

1Programa em Endocrinologia do Desenvolvimento e Genética, Instituto Nacional Eunice Kennedy Shriver de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano, Institutos

Nacionais de Saúde, Bethesda, MD, EUA

2Departamento de Nutrição, Centro Clínico, Institutos Nacionais de Saúde, Bethesda, MD, EUA

3Seção de Epidemiologia e Pesquisa Clínica de Phoenix, Instituto Nacional de Diabetes e da Doença Digestiva e Renal (NIDDK), Phoenix, AZ, EUA

Objetivos: Investigar os efeitos da metformina no apetite e na ingestão de energia em crianças obesas com hiperinsulinemia.

Métodos: Realizamos um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo de 6 meses para avaliar os efeitos de metformina 1000 mg

duas vezes ao dia no peso corporal e no equilíbrio de energia em 100 crianças obesas com hiperinsulinemia de 6 – 12 anos de idade. As crianças consumiram ad libitum grupos padronizados de alimentos em duas ocasiões diferentes, antes e após 6 meses do medicamento em estudo. A primeira refeição de teste foi consumida após um jejum noturno. A segunda foi precedida por uma carga pré-refeição. A ingestão de energia foi registrada para cada refeição de teste e as crianças preencheram escalas de fome, plenitude e desejo de comer.

Resultados: Foram disponibilizados dados das refeições de teste no basal e após o tratamento com o medicamento em estudo de 84 crianças

(tratadas com metformina, n = 45; tratadas com placebo, n = 39).O tratamento com metformina, comparado com o placebo, provocou reduções significativas em relação ao basal na média ajustada (± erro padrão) da ingestão de energia média após a carga pré-refeição (metformina: −104,7 ± 83,8 kcal vs. placebo:+144,2 ± 96,9 kcal; p = 0,034) independentemente das alterações na composição corporal. A metformina também diminuiu significativamente as avaliações de fome (−1,5 ± 5,6 vs. +18,6 ± 6,3; p = 0,013) e aumentou as avaliações de plenitude (+10,1 ± 6,2 vs. −12,8 ± 7,0; p = 0,01) depois da carga pré-refeição.

Conclusões: Estes dados sugerem que a diminuição da fome percebida resultando em diminuição da ingesta está entre os mecanismos pelos quais

o tratamento com metformina reduz o peso corporal em crianças com sobrepeso e hiperinsulinemia.

Palavras-chave: criança, ingestão de energia, resistência à insulina, metformina, obesidade Data de apresentação 04 de agosto de 2014; data da primeira decisão 30 de

agosto de 2014; data de aceite final 01 de dezembro de 2014.

Introdução

A metformina é um agente anti-hiperglicemiante aprovado para uso em adultos e crianças com ≥ 10 anos de idade para o tratamento do diabetes tipo 2. A metformina controla a hiperglicemia em pacien-tes com diabepacien-tes através da redução da produção hepática de glicose, aumentando a utilização de glicose intestinal e melhorando a elimi-nação de glicose mediada por insulina em tecidos periféricos [1,2]. Como pequenas perdas de peso foram observadas em pacientes com diabetes tipo 2 tratados com metformina [3,4] e em adultos com pré--diabetes [5], a metformina também tem sido estudada para eficácia na obesidade pediátrica e adolescente [6–11]; por exemplo, observa-mos que, comparada ao tratamento com placebo, a metformina re-duziu em média o índice de massa corporal (IMC) em 1,09 kg/m2 e o peso corporal em 3,38 kg em crianças de 6 a 12 anos de idade com sobrepeso e resistentes à insulina durante um período de 6 meses [6].

Estudos em animais realizados em ratos Zucker obesos (fa/fa) [12] e com diabetes induzida por estreptozotocina [13] demonstraram que a metformina reduz a ingestão de energia. Da mesma maneira, estudos controlados randomizados realizados em adultos obesos sem

diabetes [14] e em mulheres com diabetes não dependente de insuli-na [15] indicaram que, além de reduzir o peso corporal, o tratamento com metformina causa uma maior redução da ingestão de energia do que o tratamento com placebo. Além disso, Lee e Morley [15] mos-traram uma relação dose-resposta entre a metformina e a ingestão de alimentos, com doses maiores de metformina resultando em maior redução na ingestão de alimentos entre adultos com diabetes tipo 2. No nosso conhecimento, no entanto, nenhum estudo controlado e randomizado avaliou o efeito da metformina sobre a ingestão de energia em crianças obesas sem diabetes.

Para investigar o efeito da metformina sobre a ingestão de energia em crianças, nós realizamos uma análise secundária usando os da-dos de um estudo duplo-cego randomizado e controlado por place-bo da metformina em crianças obesas com idades entre 6 a 12 anos e que tinham hiperinsulinemia, mas não diabetes [6]. Formulamos a hipótese que, em comparação com crianças tratadas com placebo, aquelas randomizadas para o tratamento com metformina teriam (i) menor consumo de energia a partir de refeições de teste reali-zadas no laboratório e (ii) maior saciedade e saciedade de duração mais prolongada após uma refeição padronizada.

Participantes e métodos

Participantes do estudo

Crianças obesas, resistentes à insulina, mas fora isso sadias, com idades entre 6 e 12 anos, foram recrutadas por anúncios em jor-nais locais e por indicação de médicos.

A obesidade foi definida como IMC no 95° percentil ou acima para crianças da mesma idade e sexo [16]. Os participantes

inclu-DIABETES, OBESITY AND METABOLISM

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ídos eram pré-púberes ou tinham, no máximo, desenvolvimento puberal precoce (estágios de Tanner para mamas I, II ou III para meninas; tamanho de testículos ≤ 8 ml para meninos) e eram hiperinsulinêmicos [concentração de insulina em jejum ≥ 107 pmol/l (15 mUI/ml)] [6].Os partici pantes eram excluídos se tives-sem creatinina basal elevada (≥ 88,40 μmol/L), doença cardíaca ou pulmonar significativa, doença hepática com enzimas hepáticas elevadas (alanina transaminase ou aspartato aminotransferase > 1,5 × os limites superiores da normalidade), evidência de glicose de jejum comprometida (≥ 5,55 mmol/L) ou se tivessem diabetes (glicemia de jejum ≥ 6,99 mmol/L ou hemoglobina glicosilada ≥ 6,5%), perda de peso de 2% do peso corporal nos últimos 6 meses, presença de outros distúrbios endocrinológicos resultando em obesidade, uso recente (em 6 meses) de medicamentos anorexí-genos, ou tratamento médico para hipertensão ou dislipidemia. Visão geral do desenho

O estudo foi realizado [6] no Centro Clínico do National Institutes of Health (NIH, Institutos Nacionais de Saúde). Todos os pacientes foram submetidos a uma visita inicial de triagem em ambulatório, na qual determinou-se a elegibilidade para o estudo e se obteve o con-sentimento e a aprovação para participação. Os participantes elegíveis foram internados no Centro de Pesquisa Clínica do NIH para avalia-ção inicial e em seguida foram incluídos no período de 6 meses de tratamento randomizado, duplo-cego, controlado por placebo. Após 6 meses de tratamento, os participantes foram novamente internados no Centro de Pesquisa Clínica do NIH para avaliação final.

Randomização e intervenções

Os participantes foram randomicamente alocados para receber cápsulas de cloridrato de metformina (grau USP; SST Corp., Clif-ton, NJ, EUA) ou placebo, duas vezes ao dia com as refeições em proporção de randomização de 1 : 1 como previamente descrito [6]. Começando com 500 mg duas vezes ao dia, a dose do medica-mento em estudo foi aumentada durante um período de 3 sema-nas até o máximo de 1000 mg duas vezes ao dia, com base na tole-rabilidade. A adesão ao medicamento foi avaliada por autorrelatos de utilização do medicamento e pela contagem de comprimidos não usados nas visitas mensais de acompanhamento.

Nutricionistas se reuniram com os participantes e seus respon-sáveis uma vez por mês para administrar um programa de modi-ficação no estilo de vida para redução de peso promovendo uma dieta reduzida de energia, o aumento da atividade física e a dimi-nuição da inatividade, como descrito previamente [6].

Avaliação da ingestão de energia por séries de refeição de teste de laboratório

Para garantir que os alimentos oferecidos nas refeições de teste eram aceitáveis, os sujeitos do estudo foram convidados a preen-cher um questionário de preferência alimentar. Eles classificaram o quanto eles gostavam de 57 alimentos que crianças geralmen-te consomem [17] (incluindo os igeralmen-tens oferecidos na série de ali-mentos para a refeição de teste) usando escalas de 10 pontos de Likert com os seguintes pontos de âncora: 1 (‘Eu não gosto nada da comida’) e 10 (‘Eu amo a comida’) [18]. Pelo menos 50% dos alimentos na série tinham de ser avaliados ≥ 6 para garantir que os participantes achavam a comida aceitável.

Os participantes foram convidados a consumir as suas refeições de teste ad libitum a partir de uma série de teste de buffet com vários itens em dois dias separados durante a sua internação de 2 dias, na fase basal e no final dos 6 meses da fase de tratamento.

Durante a sua internação, os sujeitos ficaram restritos a atividades sedentárias. Na fase basal e no final da fase de tratamento de 6 meses, foram coletadas amostras para glicemia de jejum, insulina sérica [19] e leptina sérica [20].

Avaliação de saciedade. Após um jejum noturno com duração de

pelo menos 12 h, às 11:00 horas do dia 1 da internação, os sujeitos registravam a sua fome, plenitude e desejo de comer em escalas lineares (visuais analógicas) de 100 mm [21,22] e foram levados para uma sala de testes sem qualquer estímulo sensorial (por exemplo, fotografias, TV, etc.) exceto para a série de alimentos para a refeição de teste, uma cadeira e instruções para o estudo de ingestão de alimentos. A seguir, os participantes foram apresenta-dos à série de alimentos (Série de alimentos I) e liam as instruções de ingestão alimentar que os convidava a ‘relaxarem e comerem tanto quanto [eles] quisessem’. A série de alimentos consistiu de 28 itens apresentando 9835 kcal de energia, com uma grande faixa de composições de macronutrientes, inclusive alimentos ricos em gordura e carboidratos (12% de proteínas, 51% de carboidratos, 37% de gordura em todos os alimentos; Tabela 1). Os participan-tes então selecionavam a quantidade e os tipos de alimentos que consumiram da série de alimentos. Os participantes foram mo-nitorados de fora da sala de testes durante todo o ensaio de in-gestão de alimentos. Os participantes foram instruídos a bater à porta da sala quando acabassem de comer. O tempo gasto para comer foi medido usando um cronômetro e foi registrado como a diferença entre o tempo que o investigador deixou a sala e o tempo que o participante bateu na porta. Ele foi registrado como tempo para saciedade após série de alimentos I. A quantidade de alimento consumido foi avaliada pesando-se os recipientes de ali-mento antes e depois da comida. As informações de nutrientes fornecidas pelos fabricantes dos alimentos e pelo Banco de Dados de Nutrientes da USDA para Referência Padrão foram usadas para determinar o conteúdo de energia e a composição de nutrientes para cada alimento consumido (Tabela 1). Imediatamente depois do consumo da refeição os participantes preencheram as escalas de avaliação sobre fome, plenitude e desejo de comer.

Avaliação de plenitude.Antes de sua segunda refeição de teste,

os participantes jejuaram durante a noite por no mínimo 12 h. Às 09:00 horas do dia 2 de sua internação, os participantes fo-ram acompanhados para a mesma sala de teste acima descrita e eles foram convidados a consumir uma bebida inteira parecida com milk-shake (Scandishake, Scandipharm, Inc., Birmingham, AL, EUA). O milk-shake preparado con tinha 787 kcal, com 11% de proteínas, 52% de carboidratos e 37% de gordura. Os partici-pantes foram estimulados a consumir o shake inteiro dentro de 20 min. Posteriormente, os participantes preencheram as escalas analógicas visuais avaliando o grau de fome, plenitude e desejo de comer. Os participantes autorrelataram o início da fome após o shake, que foi registrado como o tempo de saciedade pós-shake. Pelo menos 2 h após o shake de pré-refeição e depois do relato de início da fome, os participantes foram novamente apresentados aos mesmos itens de alimentos (Série de alimentos II) utilizados durante a fase de saciedade do teste de ingestão de alimentos e eles foram convidados a comer livremente. O procedimento de refeição de teste foi exatamente o mesmo que o utilizado durante a avaliação da saciedade. Novamente, a quantidade de alimento consumido foi registrada e o tempo gasto durante a alimentação foi registrado como tempo para plenitude. Os participantes pre-encheram as escalas de avaliação sobre fome, plenitude e desejo de comer, bem como o início da fome após a série de alimentos.

24 | Adeyemo et al. Volume 1 | No. 3 | Setembro 2015 Tabela 1. Alimentos e bebidas usados nos testes de ingestão de energia.

Item Energia (kcal)

240 g queijo processado 901,1 12 fatias de pão branco 801,0 120 g manteiga de amendoim 711,6 90 g maionese 645,1 120 g salgadinhos de tortilha 601,2 120 g doce M&M’s® 590,4 150 g pretzels 571,5 12 biscoitos Oreo® 566,4 200 g nuggets de frango 550,8 120 g jujuba 440,4 850 g leite a 2% 422,2 850 g suco de maçã 400,0 850 g limonada 340,0 120 g gelatina de uva 339,6 3 bananas médias 325,7 180 g peru 282,6 90 g molho light 240,0 180 g presunto 216,0 12 biscoitos wafer de baunilha 206,3 3 laranjas médias 184,7

250 g uvas 177,5

200 g mini cenouras 76,0 250 g molho suave 70,0 90 g molho tipo barbeque 67,5

90 g mostarda 59,4

200 g tomates 42,0

50 g alface 6,0

850 g água mineral 0,0

Total 9835

O tempo de saciedade após a série de alimentos foi calculado como o tempo desde a parada da ingestão de alimentos até o início da fome.

O conteúdo de energia e a composição de nutrientes para cada alimento na série de alimentos II foram calculados conforme des-crito acima (Tabela 1).

Avaliação da composição corporal e do gasto energético de repouso

O peso foi obtido com os participantes vestindo um avental de hos-pital através de uma balança digital calibrada (Life Measurement Instruments, Concord, CA, EUA) e a altura foi obtida em triplicata usando um estadiômetro (Holtain Ltd., Crymych, Reino Unido) calibrado antes de cada medição. A gordura e a massa magra de corpo inteiro foram determinadas por absorciometria de raio-x de dupla energia (DEXA, 4500A versão de software 11.2; Hologic Inc., Bedford MA, EUA). O gasto energético de repouso foi medido por calorimetria indireta, conforme previamente descrito [23]. Desfechos

O desfecho primário do estudo foi a variação na ingestão de ener-gia durante a refeição de teste. Os desfechos secundários foram as

variações nas avaliações de fome, plenitude e desejo de comer. Os desfechos terciários foram as variações na duração da saciedade, tempo de plenitude, teor de macronutrientes consumidos e hor-mônios relacionados com a obesidade (leptina e insulina, medidas de acordo com descrição anterior [20,24]).

Análise estatística

Os valores são representados como média ± erro padrão da média. As características basais foram analisadas usando um teste t para variáveis contínuas e um teste de qui-quadrado para variáveis ca-tegóricas. Como a massa magra é considerada o principal fator de contabilização para a ingestão ou o gasto de energia, calculamos primeiro os resíduos para ingestões basais de energia usando a massa magra basal e no acompanhamento usando a massa magra em 6 meses. Esta abordagem permite que os interceptos x e y da relação entre massa magra e ingestão de energia sejam diferentes de 0 e, portanto, ela é considerada superior às abordagens em que a ingestão é simplesmente dividida pela massa [25]. As variações nos desfechos desde o basal até ao fim do estudo de 6 meses no grupo com metformina foram então comparadas com as variações para o grupo placebo usando análise de covariância com as covariáveis idade, sexo, raça/etnia, massa gorda basal e variação na massa gorda durante o intervalo de 6 meses; assim, as análises conferem as dife-renças na massa magra e na massa gorda entre os participantes. A regressão linear foi utilizada para avaliar a relação entre a variação na ingestão de alimentos e as variações nos hormônios relacionados com a obesidade. Um valor p < 0,05 foi usado para indicar a signifi-cância estatística. Os dados relatados foram analisados usando spss para Windows, versão 18 (SPSS, Chicago, IL, EUA).

O estudo foi aprovado pelo Instituto Nacional de Saúde da Crian-ça e do Desenvolvimento Humano (NICHD), o NIH e o comitê de ética em pesquisa do Serviço de Saúde Indígena da Área de Phoeni-x,sendo realizado em conformidade com as diretrizes institucionais que regulamentam a pesquisa dos sujeitos de pesquisa. O estudo foi cadastrado no ClinicalTrials.gov sob o número:NCT00005669.

Resultados

Características clínicas

As características clínicas das crianças tratadas com metformina e placebo estão apresentadas na Tabela 2. Um total de 100 crianças foi randomicamente alocado para dois grupos de estudo [6]. Oi-tenta e quatro destas crianças (tratadas com metformina, n = 45; tratadas com placebo, n = 39) tinham dados basais e de 6 meses de ingestão de alimentos e, portanto, foram incluídas nesta análise (Tabela 2). As características basais não diferiram significativa-mente entre aqueles que preencheram e os que não preencheram a avaliação da ingestão de alimentos (todas p > 0,05) nem entre os grupos de tratamento (todas p > 0,05; Tabela 2). Ambos os grupos de tratamento também tinham semelhança na fase basal em gli-cose sérica de jejum, concentrações séricas de insulina e leptina (Tabela 2). Na fase basal não houve diferenças significativas na in-gestão de energia nem nas avaliações de fome, saciedade e desejo de comer entre os grupos de metformina e placebo (Tabela 2). Resultados pós-tratamento

Como reportado anteriormente [6], comparado ao placebo, o tra-tamento com metformina durante 6 meses foi associado com ganho significativamente menor no IMC (metformina −0,78 ± 0,3 vs. placebo

DIABETES, OBESITY AND METABOLISM

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Tabela 2. Características basais dos participantes do estudo.

Grupo metformina Grupo placebo p

N 45 39 0,55

Média ± e.p.m. idade, anos 10,1 ± 0,25 10,3 ± 0,22 0,66

Mulheres sexo, % 35,9 44,4 0,43

Raça/etnia, % 0,76

Branca não hispânica 46,7 51,3

Negra não hispânica 37,7 38,5

Branca hispânica 6,7 7,7

Outras 8,9 2,6

Média ± e.p.m. peso, kg 76,7 ± 3,6 80,0 ± 3,5 0,51 Média ± e.p.m. IMC, kg/m2 34,8 ± 1,0 34,7 ± 1,1 0,94 Média ± desvio padrão, escore de IMC para idade e sexo 2,9 ± 0,03 2,9 ± 0,04 0,45 Média ± e.p.m. massa gorda total por DEXA, kg 38,9 ± 2,5 38,7 ± 2,4 0,85 Média ± e.p.m. massa magra total por DEXA, kg 37,4 ± 1,3 40,7 ± 1,4 0,08 Média ± e.p.m. gasto de energia de repouso, kcal/24 h 1696,4 ± 51,2 1700,8 ± 285,1 0,95 Média ± e.p.m. hemoglobina glicosilada, % 5,5 ± 0,09 5,4 ± 0,07 0,16 Média ± e.p.m. insulina sérica de jejum, pmol/l 144,2 ± 10,1 138,5 ± 11,5 0,51 Média ± e.p.m. glicemia de jejum, mmol/l 5,12 ± 0,07 5,06 ± 0,07 0,54 Leptina sérica de jejum, pmol/l 1820 ± 168 1850 ± 190 0,80 Média ± e.p.m. ingestão de energia, Série de alimentos I, kcal 1372,3 ± 103,8 1350,9 ± 87,8 0,95 Média ± e.p.m. avaliações pré-Série de alimentos I

Fome 68,5 ± 3,7 68,3 ± 3,5 0,56

Plenitude 21,9 ± 4,0 17,9 ± 3,3 0,96

Desejo de comer 65,3 ± 2,7 58,9 ± 2,4 0,11 Média ± e.p.m. avaliações pós-Série de alimentos I

Fome 5,8 ± 1,7 3,9 ± 0,7 0,25

Plenitude 78,1 ± 3,9 80,5 ± 4,3 0,30

Desejo de comer 11,7 ± 2,7 9,3 ± 3,1 0,30 Média ± e.p.m. avaliações antes de carga pré-refeição

Fome 54,3 ± 4,3 57,3 ± 4,3 0,63

Plenitude 12,5 ± 2,5 13,8 ± 2,7 0,73

Desejo de comer 58,6 ± 3,2 55,3 ± 3,5 0,49 Média ± e.p.m. ingestão de energia carga pré-refeição 872,0 ± 57,9 853,4 ± 34,1 0,79 Média ± e.p.m. avaliações após carga pré-refeição

Fome 67,7 ± 4,1 68,7 ± 3,8 0,77

Plenitude 11,4 ± 2,3 12,8 ± 2,7 0,61

Desejo de comer 69,3 ± 3,1 59,9 ± 3,3 0,10 Média ± e.p.m. ingestão de energia, Série de alimentos II, kcal 1331,5 ± 101,5 1262,5 ± 81,2 0,63 Média ± e.p.m. avaliações pós-Série de alimentos II

Fome 6,6 ± 2,3 3,6 ± 0,6 0,43

Plenitude 77,1 ± 4,1 73,2 ± 5,4 0,97

Desejo de comer 9,3 ± 2,7 8,6 ± 3,2 0,69 IMC, índice de massa corporal; DEXA, absorciometria de raios x de dupla energia.

Na fase basal, não houve diferenças significativas entre os grupos de tratamento. +0,32 ± 0,3 kg/m2; p = 0,006), escore IMC-Z (−0,11 ± 0,02 vs. −0,04 ± 0,02; p = 0,02), peso (+1,47 ± 1,4 vs. +4,85 ± 0,5 kg) e massa gorda cor-poral (+0,48 ± 0,7 vs. +1,88 ± 0,9 kg; p < 0,04). As crianças tratadas com metformina aumentaram a sua massa magra em quantidade significa-tivamente menor (+1,19 ± 0,36 kg) do que as crianças tratadas com pla-cebo (+3,44 ± 0,45 kg, diferença −2,26 kg, intervalo de confiança −1,24 a −3,27; p < 0,001), mas não exibiram diferença significativa de grupo na velocidade de altura (ganho em altura, metformina:+3,11 ± 0,22 vs.

placebo:+3,59 ± 0,24 cm; p = 0,15). A adesão ao regime prescrito de medicamento em estudo não diferiu significativamente entre os grupos durante a fase randomizada (93,2 ± 1,3 vs. 92,2 ± 2,3%).

Saciedade

Para a Série de alimentos I, após jejum noturno, houve uma tendên-cia para um aumento menor na ingestão entre o grupo metformina

26 | Adeyemo et al. Volume 1 | No. 3 | Setembro 2015 Figura 1. Variação na ingestão de energia desde o basal até 6 meses de tratamento ajustada para variações na composição corporal para a Série de ali-mentos I (A) após jejum noturno e Série de aliali-mentos II (B) após uma bebida parecida com shake pré-carga. Está representada a média ± erro padrão da média da variação na ingestão de alimentos.

Tabela 3. Variações pós-tratamento nas avaliações de fome, plenitude e desejo de comer para Séries de alimentos I e II

Avaliações pré-Série

de alimentos I Avaliações pós-Série de alimentos I Avaliações pré-shake Avaliações pós-shake Avaliações pós-Série de alimentos II

Metformina Placebo Metformina Placebo Metformina Placebo Metformina Placebo Metformina Placebo

Variação nas ava-liações de fome 5,4 ± 4,5 −1,3 ± 5,2 6,1 ± 3,2 5,4 ± 3,6 13,4 ± 5,4 6,8 ± 6,1 −1,5 ± 5,6 * 18,6 ± 6,3 −0,4 ± 0,8* 1,8 ± 0,9 Variação nas ava-liações de plenitude −7,6 ± 1,4† −3,8 ± 1,6 −9,5 ± 5,3 −3,4 ± 6,1 2,0 ± 3,9 2,2 ± 4,5 10,1 ± 6,2 ** −12,8 ± 7,0 −4,0 ± 5,6 −1,1 ± 5,3 Variação nas ava-liações de desejo de comer 7,5 ± 3,5 10,6 ± 4,0 1,2 ± 3,4 5,7 ± 4,0 5,6 ± 3,6 4,1 ± 4,1 −7,5 ± 4,1 † 2,5 ± 4,6 −3,2 ± 3,1 −3,7 ± 3,4 Variação no tempo até sacie-dade

N/A 0,7 ± 0,9 0,4 ± 1,0 N/A N/A −2,4 ± 1,2 −1,2 ± 1,4

N/A, não se aplica. Os dados são apresentados como média ± erro padrão da média. Variações nas avaliações de fome, plenitude e desejo de comer ajustadas para covariáveis incluindo idade, raça, sexo, peso corporal magro e massa gorda para Série de alimentos I (após um jejum noturno) e Série de alimentos II (depois de uma bebida pré-carga parecida com shake).

Para valores em negrito: **p ≤ 0,01, *p ≤ 0,05 e †p ≤ 0.1 versus grupo tratado com placebo. comparado ao grupo placebo (Figura 1A; p = 0,076); no entanto, no pré e pós-Série de alimentos I, as variações nas avaliações de fome, plenitude e desejo de comer foram semelhantes entre os dois grupos (Tabela 3; p > 0,05). Além disso, o tempo para saciedade foi seme-lhante entre os grupos de tratamento (Tabela 3; p > 0,05).

Plenitude

Antes do shake pré-refeição, não houve diferenças significativas nas variações avaliações de fome, plenitude ou desejo de comer (Tabela 3; p > 0,05); no entanto, apesar de não haver variação sig-nificativa no consumo de energia do shake entre os grupos após 6

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