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8 FORMA DE CONSTRUÇÃO DE UMA REDE SOCIAL – DESIGN E

8.2 NAVEGABILIDADE

A navegabilidade é um dos princípios da usabilidade, segundo o autor do livro Design de navegação web, James Kalbach (2009) é a propriedade que um site tem de fazer o usuário chegar ao seu destino de maneira mais fácil possível, em menos cliques, no máximo três. Ele ainda afirma que o design de navegação web não é tão simples quanto se imagina, é composto por uma dose de ciência combinada com a arte do design, uma combinação de fatos comprovados e empirismo puro e a forma aliada á função.

Por fazer parte da usabilidade, o sistema de navegação é comentado pelo autor Steve Krug (2008), que cita cinco elementos que sempre devem aparecer nessa ocasião; a identificação do site, uma forma de voltar ao início, uma ferramenta de pesquisa, botões utilitários, que ajudam o usuário e menu com as seções do site:

“Apenas fazer a navegação aparecer no mesmo lugar em todas as páginas com uma aparência consistente lhe dá uma confirmação instantânea de que ainda está no mesmo site - o que é mais importante do que você pode acreditar. Além disso, mantê-la igual em todo o site significa que (espero) você só tem de descobrir como ele funciona uma vez.” (KRUG, STEVE, 2008, P.62).

Localizar o usuário dentro dessas páginas, mesmo mantendo a navegabilidade, também é bastante interessante, isso é feito destacando a localização de diversas formas, por meio de cor, negrito, inversão cromática, entre outros.

Segundo Kalbach (2009), é importante definir o porquê da construção da página, as respostas tem que estar claras, pois o primeiro passo do design de

navegação é entender esse propósito para depois formular os próximos passos. O layout de páginas e o design gráfico, são os passos subsequentes, dão à navegação sua forma final, porém isso é mais do que estética, itens como; a ordem das opções, seu arranjo na página e o tipo de fonte juntamente com o tamanho usado, podem ser elementos críticos, ajudando a fazer o site prosperar ou simplesmente fracassar.

O autor ainda afirma que o sistema de navegação reflete a marca, o produto em questão, como o site tem relação direta com a moda, isso está bastante claro durante a navegação e no primeiro impacto ao se acessar a página. O layout deve ser condizente com a proposta site, portanto a rede social criada transmite seu conceito, seja nas cores, padrões, formatos, escolha da fonte e muitas outras variáveis. Cores, imagens e layout obviamente têm um papel mais imediato na percepção da marca, mas a navegação, os rótulos, a categoria e a ordem dessas opções também possuem essa função.

Outro ponto que o autor ressalta é que deve-se deixar bem claro o modelo de navegação que a página terá, como por exemplo, conteúdo de página única, permitindo ao usuário clicar no que deseja e o conteúdo abrirá na mesma página, somente por busca interna no site, ou por meio de diversos links expostos na página, entre outros métodos. Como o projeto se trata de uma rede social com vasto conteúdo a melhor forma encontrada para organizar essas informações foi por meio do modelo de navegação estrutural, uma página leva a outra, porém podem conter links dentro do texto e material de busca, essa mistura de formas de navegação é chamada de navegação balanceada.

A navegação em um site deve ser analisada cautelosamente, pois pode afetar até mesmo na questão de volume de compras de um site, o livro Design e Navegação na Web explica que:

Navegar pode ser uma experiência de informação muito mais arrebatadora que, digamos apenas uma busca por palavras-chave. Por exemplo, o expert em usabilidade Jared Spool e seus colegas descobriram que as pessoas tendem a continuar comprando com mais freqüência quando estão navegando, do que quando estão fazendo uma busca direta por palavra- chave (KALBACH 2009, p. 28).

Isso acontece porque os usuários acabam aprendendo sobre outros conteúdos disponíveis por meio da navegação, e se interessando mais do que se tivessem usando a busca, que limita suas opções por meio de palavras chave.

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Kalbach (2009) afirma que, a navegação também oferece ao seu usuário uma versão ampla do conteúdo abordado no site, no caso do trabalho em questão, brechó virtual, isso deve ficar muito claro para quem o acessa, revelar o que está disponível ou não está, isso foi realizado deixando claro que as vendas também podem ocorrer além das trocas, ressaltando a facilidade de fazer parte dessa rede e o que se pode encontrar lá dentro também, isso é importante em qualquer home principalmente nas redes sociais, que fará com que a pessoa decida se vai ingressar e se cadastrar ou não, e apesar de na maioria das redes o usuário ter acesso limitado ao conteúdo, no projeto em questão optou-se por ampliar o acesso do internauta para que ele sinta experiência de estar dentro do site e assim decida fazer o cadastro.

Uma boa organização do layout e da navegação dirige o seu visitante exatamente ao lugar que você deseja que ele acesse assim como a má organização das informações também pode diminuir a rentabilidade do site, no caso do brechó virtual, o lucro que o site gerar com as vendas não será direcionado ao criador da página, mas sim entre seus usuários, é importante dar atenção a esses aspectos, o preço, os links e botões de compras, devem estar bem destacados e com fácil acesso.

Assim como na questão da usabilidade, todos os processos para se adquirir melhor navegabilidade no brechó virtual foram considerados, estrutura de páginas, elementos obrigatórios, conteúdo claro e objetivo, resultando no projeto que será apresentado no capítulo seguinte.

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