BERMUDEZ ; JOÃO BATISTA PEREIRA DA SILVA; LUÍZ ANTÔNIO VITÓRIO SOARES; ANDERSON DE JESUS NOGUEIRA; MAURA LOPES DE SOUZA e FLORINDA LAFAETE DA SILVA FERREIRA LOPES e JOSÉ ADOLPHO DE LIMA AVELINO VIEIRA .
No mesmo sentido, necessário se faz a decretação de indisponibilidade de be
ns da
empresa requerida 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S, CNPJ: 01.862.347/0001-06 , vez que
já responde por inúmeras outras ações judiciais, dentre eles por ato de improbidade administrativa,
De mais a mais, a prática tem demonstrado que não adianta o MP ofertar ação civis públicas, totalmente procedentes, sem a concessão imediata da medita liminar e passados muitos anos advém a sentença, reconhecendo a ilegalidade anunciada sem que seja possível impedir ou sequer minimizar os prejuízos que, no presente caso, desde já, são existentes e consideráveis.
Restam presentes, deste modo, todos os requisitos para a concessão das cautelares pleiteadas, inclusive por meio de LIMINAR inaudita altera pars. Conforme art. 300 do Código de Processo Civil, é lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz. Em moldes semelhantes, o art. 12 da Lei n.º 7.347/85 estabelece que poderá o juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia.
Assim, requer o Ministério Público liminarmente:
1)
A concessão de liminar de indisponibilidade de bens dos requeridos EDUARDO LUIZ CONCEIÇÃO BERMUDEZ ; JOÃO BATISTA PEREIRA DA SILVA; LUÍZ ANTÔNIO VITÓRIO SOARES; ANDERSON DE JESUS NOGUEIRA; MAURA LOPES DE SOUZA e FLORINDA LAFAETE DA SILVA FERREIRA LOPES, JOSÉ ADOLPHO DE LIMA AVELINO VIEIRA, e da empresa 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S, CNPJ: 01.862.347/0001-06, até o montante de R$ 13.297.871,73 (TREZE MILHÕES, DUZENTOS E NOVENTA E SETE MIL, OITOCENTOS E SETENTA E UM REAIS E SETENTA E TRÊS CENTAVOS) , para assegurar seu cumprimento e se evitar que, uma vez ciente do presente petitório, os requeridos venham a desfazer de seus bens patrimoniais, e ainda tendo em vista que o periculum in mora encontra-se implícito no comando legal que rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de improbidade administrativa, sendo possível ao juízo que preside a referida ação, fundamentadamente, decretar a indisponibilidade de bens do demandado, quando presentes fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa, requer-se, desde já, se digne Vossa Excelência ordenar as seguintes providências:
1.1 – Que essa decisão de indisponibilidade seja objeto de registro eletrônico junto à Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB), instituída pelo Provimento n.º 39/2014, do Conselho Nacional de Justiça, cumprindo aos cartorários de todo o país, por sua vez, em caso de efetiva identificação de algum bem, noticiar com a máxima brevidade Vossa Excelência, preferencialmente por meio eletrônico;
1.2 – seja consulta via Sistema RENAJUD (de Restrição Judicial de Veículos Automotores), procedendo-se ao bloqueio de eventuais veículos localizados em nome dos requeridos;
c)– requer a realização do bloqueio de valores nas contas bancárias dos requeridos via sistema BACENJUD.
1.3 – Sejam os requeridos intimados da concessão da liminar de indisponibilidade de bens, ordenando-lhes expressamente para que se abstenham da prática de quaisquer atos que impliquem alienação parcial ou total do seu patrimônio.
2) da Suspensão de eventual execução do contrato n.º 049/2017/SES/MT, bem corro suspender todos os pagamentos, tanto de restos a pagar como das dispensas do exercício corrente, relativos ao referido contrato;
2) para que o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde/Fundo Estadual de Saúde se abstenha de empenhar, autorizar, liquidar, pagar ou repassar por qualquer meio ou fonte, recursos públicos para suprir o contrato n.º 049/2017/SES/MT à empresa 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S, CNPJ: 01.862.347/0001-06, diante dos danos ao erário no valor de R$ 13.297.871,73 (TREZE MILHÕES, DUZENTOS E NOVENTA E SETE MIL, OITOCENTOS E SETENTA E UM REAIS E SETENTA E TRÊS CENTAVOS)14 apontados pela auditoria pela Controladoria Geral do
Estado;
3) para que a Secretaria de Estado de Planejamento - SEPLAN e a Secretaria de Estado de Saúde/Fundo Estadual de Saúde efetue o bloqueio/contingenciamento do orçamento disponível de 2019, especificamente os valores relativos ao contrato 049/2017/SES/MT, com a empresa requerida 20/20 Serviços Médicos S/S, e até julgamento de mérito.
DOS PEDIDOS DE MÉRITO:
Ante o exposto, uma vez demonstrada a imputação dos atos praticados pelos requeridos, o que os sujeitam às penalidades da Lei Federal nº 8.429/1992, as disposições da Lei Federal nº 7.747/1985, o Ministério Público requer:
1) a autuação da presente inicial e da documentação constante do Procedimento Investigatório Cível (Inquérito Civil nº. 000592-023/2018- eletrônico);
2) seja, ao final, concedida em definitivo a liminar requerida, julgando-se procedente o pedido, para: anular os contratos nº 037/2016/SES e 049/2017/SES-MT de credenciamento de pessoa jurídica para prestação de serviços oftalmológicos clínicos e cirúrgicos, em unidades moveis assistenciais com abrangência para todo o Estado de Mato Grosso do Estado de Mato Grosso, celebrado através da Secretaria
14 Valor de dano ao erário estadual apurado na AUDITORIA da CGE-MT na execução dos 037/2016/SES/MT e 019/2017/SES/MT.
de Estado de Saúde/ Fundo Estadual de Saúde e a empresa requerida 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S.: 2.1) para que o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde/Fundo Estadual de Saúde se abstenha de empenhar, autorizar, liquidar, pagar ou repassar por qualquer meio ou fonte, recursos públicos para suprir os restos a pagar o contrato n.º 049/2017/SES/MT, até o julgamento do mérito da ação.
2.2) para que a Secretaria de Estado de Planejamento – SEPLAN e a Secretaria de Estado de Saúde/Fundo Estadual de Saúde realize o bloqueio/contingenciamento do orçamento disponível de 2019, especificamente os valores relativos ao contrato 049/2017/SES/MT, com a empresa requerida 20/20 Serviços Médicos S/S;
2.3) A confirmação da liminar de indisponibilidade de bens dos requeridos EDUARDO LUIZ CONCEIÇÃO BERMUDEZ ; JOÃO BATISTA PEREIRA DA SILVA; LUÍZ ANTÔNIO VITÓRIO SOARES; ANDERSON DE JESUS NOGUEIRA; MAURA LOPES DE SOUZA e FLORINDA LAFAETE DA SILVA FERREIRA LOPES, JOSÉ ADOLPHO DE LIMA AVELINO VIEIRA , e da empresa 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S , CNPJ: 01.862.347/0001-06 , até o montante de R$ 13.297.871,73 (TREZE MILHÕES, DUZENTOS E NOVENTA E SETE MIL, OITOCENTOS E SETENTA E UM REAIS E SETENTA E TRÊS CENTAVOS) , para assegurar seu cumprimento e se evitar que, uma vez ciente do presente petitório, os requeridos venham a desfazer de seus bens patrimoniais, e ainda tendo em vista que o periculum in mora encontra-se implícito no comando legal que rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de improbidade administrativa, sendo possível ao juízo que preside a referida ação, fundamentadamente, decretar a indisponibilidade de bens do demandado, quando presentes fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa
3) sejam os demandados notificados para, no prazo legal, oferecerem, querendo, manifestação por escrito, em 15 (quinze) dias, instruída com os documentos que reputar pertinentes (art. 17, § 7.º, da Lei Federal n.º 8.429/1992);
4) antes da citação dos réus, intimação do ESTADO DE MATO GROSSO, na pessoa do Excelentíssimo Procurador-Geral do Estado notificado da presente ação, de modo a facultar seu ingresso no feito, no prazo de 15 (quinze) dias, assim integrando a relação jurídico-processual (artigo 17, §3º, da Lei 8.429/92 c.c. artigo 6º, §3º, da Lei 4.717/65);
5) Seja recebida a petição inicial e após sejam CITADOS os requeridos para, querendo, oporem-se à pretensão aqui deduzida, nos termos do § 9º do art. 17 da Lei 8.429/92, sob pena de revelia;
6) a intimação pessoal do autor (MPE) nesta ação, observando-se ainda o disposto no art. 18 da Lei nº 7.347/85 (sem adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais ou outras despesas).
7) julgar procedente o pedido para condenar os réus
CONDENAÇÃO de
EDUARDO LUIZ CONCEIÇÃO BERMUDEZ ; JOÃO BATISTA PEREIRA DA SILVA; LUÍZ ANTÔNIO VITÓRIO SOARES; ANDERSON DE JESUS NOGUEIRA; MAURA LOPES DE SOUZA e FLORINDA LAFAETE DA SILVA FERREIRA LOPES, JOSÉ ADOLPHO DE LIMA AVELINO VIEIRA , e da empresa 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S , CNPJ: 01.862.347/0001-06 pela prática de ato de improbidade administrativa, considerando que suas condutas provocaram dano ao erário e violação aos princípios administrativos, aplicando-lhes as sanções do artigo 12, inciso II, da Lei nº 8.429/92 ou, na forma do artigo 326, caput, do Código de Processo Civil, requer suas condenações nas sanções do artigo 12, inciso III, da referida lei , levando-se em consideração os atos ímprobos praticados.8) CONDENAÇÃO de
EDUARDO LUIZ CONCEIÇÃO BERMUDEZ ; JOÃOBATISTA PEREIRA DA SILVA; LUÍZ ANTÔNIO VITÓRIO SOARES; ANDERSON DE JESUS NOGUEIRA; MAURA LOPES DE SOUZA e FLORINDA LAFAETE DA SILVA FERREIRA LOPES, JOSÉ ADOLPHO DE LIMA AVELINO VIEIRA , e da empresa 20/20 SERVIÇOS MÉDICOS S/S , CNPJ: 01.862.347/0001-06