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Os fornecedores e credores desejam o cumprimento do prazo para pagamento, portanto os esforços da empresa devem se atentar para os fluxos de caixa, bem como o Capital de Giro (CG), também conhecido por Capital Circulante Líquido – este último, segundo Garrison (2013), inspira confiança aos credores, e pode ser calculado por meio da Equação 21.

(21)

A Necessidade de Capital de Giro (NCG), segundo Silva (2010), é fundamental na avaliação da situação financeira a qual a empresa se encontra, já que este define o nível necessário de recursos para a manutenção do giro do negócio.

Este indicador financeiro surge da diferença entre o Ativo Circulante Operacional (ACO) pelo Passivo Circulante Operacional (PCO) (Equação 22). O ACO compreende aplicações de curto prazo, enquanto que o PCO se faz por financiamentos consumidos durante um determinado exercício (FERNANDES et al, 2010).

(22)

Matarazzo (1998) classifica o ACO como sendo recursos que dão operação e origem ao produto oferecido pela operação – o estoque seria um exemplo de Ativo Circulante Operacional. Por outro lado, o PCO é caracterizado, por exemplo, pelo financiamento do funcionamento da organização, ou seja, crédito a fornecedores. A interpretação deste, segundo Fernandes et al (2010), faz-se pela observação de seu resultado – sendo este menor que zero, conclui-se que a organização utiliza de recursos próprios que viabilizarão o Capital de Giro. Caso contrário, a mesma dispõe de recursos de terceiros.

3 METODOLOGIA

Neste, são tratados os processos metodológicos – a tipologia do estudo e a definição do objeto de estudo, bem como sua caracterização. Estes deram estrutura e delineamento ao desenvolvimento da pesquisa.

CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 3.1

O conhecimento proposto ao fim dos resultados deste estudo caso, orientado como alternativas aos possíveis problemas aqui encontrados, justifica a natureza desta pesquisa como sendo aplicada. Neste sentido, o uso de equações matemáticas (indicadores socioeconômicos) é imprescindível – portanto, faz do ponto de vista da abordagem uma natureza quantitativa (SILVA & MENEZES, 2005).

A busca pela identificação dos condicionantes que caracterizam o contexto econômico e financeiro em que se encontra a empresa deste estudo de caso, bem como os fatores que expõem a realidade atual da mesma torna esta pesquisa um tanto explicativa, cujo planejamento sustenta-se pela coleta e análise dos dados. Estes dados são originados de documentos elaborados pela organização, mais precisamente em setor contábil e financeiro. Portanto, o delineamento deste trabalho tem em sua pesquisa a característica documental, mas não exclusivamente, visto que, para a compreensão dos mesmos, é necessária a pesquisa bibliográfica com vistas à compreensão e aplicação de equações matemáticas, que nortearão os resultados propostos (GIL, 2002).

Visando alcançar os objetivos aqui propostos, o delineamento deste trabalho seguiu as etapas apresentadas na Figura 7, página 31.

FIGURA 7: Fluxograma das etapas de pesquisa

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

CARACTERIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DE ANÁLISE 3.2

A organização objeto de estudo foi fundada em 1949, inicialmente na cidade de Areia Branca/RN. Desde então, a mesma realiza atividades desde a extração até a comercialização do sal marinho. Tendo uma produção anual de 500 mil toneladas do mineral. Atualmente, encontra-se em sua terceira geração de uma mesma família a administrá-la.

Sua estrutura de produção dispõe de duas (2) salinas, três (3) centros de refinarias e um (1) local que moagem, dispostos ao longo do litoral do estado potiguar – sendo o polo administrativo localizado na cidade de Mossoró/RN. Neste sentido, goza de autonomia para extrair e produzir 100% de toda a matéria-prima utilizada até então.

A empresa de estudo trata-se de uma companhia de capital fechado, cuja sociedade é anônima (S.A.). O seu faturamento anual é de até 50 milhões de reais – operando sob o regime de lucro presumido.

O período proposto para análise de série temporal foi orientado entre o biênio que vai de 2016 a 2017. Portanto, o Balanço Patrimonial e os índices serão analisados ao fim deste período.

3.2.1 Coleta de dados

Selecionado os indicadores, o próximo passo consiste em delinear a amostra de dados. Para tanto, foram solicitados junto ao setor responsável da companhia os relatórios necessários para os respectivos tratamento e análise dos mesmos. Por se tratar de uma sociedade, estes são confeccionados anualmente, em virtude da obrigatoriedade da LSA, bem como análise de desempenho e transparência, como sugere Melo et al (2013).

Estes dados, portanto, acabam coincidindo o ano cívico com o contábil, como afirma Marion (2012). Assim, houve a facilidade de obter dados até o ano de 2017, enquanto que os dados mais atuais, referentes ao ano de 2018, não foi possível o acesso, pois ainda estavam em confecção.

Estes relatórios garantem de informações sobre receitas, impostos sobre as mesmas – além de gastos em geral (energia elétrica, matéria-prima, material de escritório, folha salarial etc.). Estes viabilizaram sua simplificação para efeito de cálculo dos indicadores.

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

SELEÇÃO DE INDICADORES FINANCEIROS 4.1

Para a seleção de indicadores, foi utilizado como critério os resultados obtidos por Boff et al (2008), onde por meio de análise fatorial, sob o teste KMO (Kaiser-Meyer-Olkin), 36 indicadores foram testados, num total de 40 empresas para os setores industrial, comercial, serviço público e agroindústria, cujo objetivo era justificar quais indicadores são mais relevantes por setor de atividade.

Como a empresa deste estudo consiste na industrialização, bem como a comercialização do sal, a seleção dos índices se deu pela associação de ambos os setores, como se pode ver no Quadro 2.

QUADRO 2: Indicadores financeiros selecionados por setor de atividade

Setor Fator Indicadores

Comércio

Liquidez EG, LC, LG, MO, ETR,

IRNC

Estrutura de Capital Ciclo Operacional

GA, MB, PME, PMP, CO

Desempenho Econômico

Capital de Giro CG, NLCG, EBITDA

Indústria

Rentabilidade

ROE, EG, ML, LC, IPL, LG, ROA, LS, MO, ETR,

IRNC

Liquidez Estrutura de Capital

Capital de Giro CG, NLCG, EBITDA

Desempenho Econômico GA, MB, VA

Fonte: Adaptado de Boff et al, 2008.

Destacam-se alguns índices que são em comum aos dois setores, como exemplo o índice de Endividamento Geral (EG), Giro do Ativo (GA), Prazo Médio de Pagamento (PMP), entre outros.

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 4.2

Para efeito de análise, foram dispostas lado a lado as DRE’s referentes aos anos de exercício de 2016 e 2017. A terceira coluna revela a variação positiva ou negativa. Os dados referentes a este período traziam as especificações e suas respectivas classificações – o que facilitou sua reorganização e posteriormente sua análise. Portanto os mesmos aparecem de maneira vertical e simplificada, como propôs Marion (2012), disposta no Quadro 3. A DRE completa segue em anexo em Apêndices.

QUADRO 3: DRE simplificada do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa

O faturamento da empresa chama a atenção por manter-se quase inalterado, com uma variação percentual próxima à zero. Enquanto que houve uma redução significativa, próximo aos 20%, dos custos – enquanto que, por outro lado, as despesas operacionais aumentaram em torno de 9%.

Outro aspecto que se destaca diz respeito ao aumento percentual do Resultado Líquido, após as receitas e deduções operacionais. Este, apesar de se continuar negativo (- R$1.757.692,55), houve um acréscimo percentual de 55% quando comparado ao ano antecedente.

A outra demonstração proposta pelo estudo é o BP. Os dados foram adquiridos juntos à Contabilidade da Empresa, e assim como na DRE, foi disposto de forma vertical, de forma a promover uma melhor visualização da análise das variações. Como sugerido por Marion (2012), o Ativo Total aparece à esquerda, e, portanto, o Passivo à direita (QUADRO 4, página 35).

ano 2016

ano 2017

Var.

(+)

Receitas de vendas

R$ 50.683.579,19

R$ 50.653.613,32

-0,06%

(-)

Deduções da Receita Bruta

R$ 4.969.781,52

R$ 4.836.723,49

-2,68%

=

Receita Operacional Líquida

R$ 45.758.708,01

R$ 45.848.685,26

0,20%

(-)

Custos

R$ 21.053.786,37

R$ 16.424.280,91

-21,99%

=

Resultado Operacional Bruto

R$ 24.704.921,64

R$ 29.424.404,35

19,10%

(-)

Despesas Operacionais

R$ 28.646.073,08

R$ 31.182.096,90

8,85%

=

Resultado Operacional Líquido

-R$ 3.941.151,44

-R$ 1.757.692,55

-55,40%

QUADRO 4: BP do objeto de estudo, ano de exercício 2017

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Esta demonstração, por sua vez, mostra que o Ativo em 2017 é majoritariamente representado pelo estoque – em termos percentuais, 70%. O Ativo Não Circulante (ANC) revela que boa parte está imobilizada, e que investimentos, quando comparados ao total, representam bem pouco.

As dívidas com fornecedores chamam a atenção, pois giram em torno de 16 milhões de reais, algo próximo aos 17% do Passivo. Além disso, as obrigações sociais e fiscais que chegam perto dos 28 milhões de reais – em porcentagem, 30% do Passivo Total da organização – evidenciando um aumento quando comparado ao BP de 2016 (QUADRO 5, página 36).

1 Ativo Total R$ 93.942.295,69 2 Passivo Total R$ 93.942.295,69 1.1 Ativo Circulante R$ 70.572.374,79 2.1 Passivo Circulante R$ 63.987.200,47

Disponibilidades R$ 207.975,28 Fornecedores R$ 16.536.334,01

Créditos R$ 2.908.145,62 Empréstimos e Financiamentos R$ 2.060.456,12

Adiantamentos Diversos R$ 1.965.814,61 Obrigações Fiscais e Sociais R$ 19.085.240,73

Estoques R$ 64.960.590,99 Comissões de Agentes R$ 821.847,80

Impostos a Recuperar R$ 526.776,13 Remunerações R$ 462.865,23

Desp. Do Exercício Seguinte R$ 3.072,16 Outras Obrigações R$ 20.811.113,74

Provisões R$ 4.209.342,84

1.2 Ativo Não Circulante R$ 23.369.920,90 2.2 Passivo Não Circulante R$ 10.893.664,80

Realizável a Longo Prazo R$ 161.765,88 Empréstimos e Financiamentos R$ 754.868,01 Investimentos R$ 291.432,24 Obrigações Fiscais e Sociais R$ 9.822.310,04

Imobilizado R$ 22.775.252,30 Parcelamento Federal R$ 316.486,75

Intangível R$ 141.470,48

QUADRO 5: BP do objeto de estudo, ano de exercício 2016

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Comparando os dois BP’s, percebe-se que há uma redução no Passivo, e consequente acaba elevando o Balanço Patrimonial. Essa redução é representada pelos números de fornecedores, bem como as obrigações sociais/fiscais, onde os números diminuíram significativamente. Quando ao Ativo, por outro lado, percebe-se que houve uma redução quanto aos investimentos.

CÁLCULO DOS INDICADORES FINANCEIROS 4.3

Com o auxílio do software Excel®, foi possível a disposição dos dados, bem como o suporte à realização dos cálculos – de maneira a interrelacionar as demonstrações e os indicadores.

A princípio, no contexto da liquidez, a empresa não possui potencial em prover seus déficits de prazos curtos, visto que o índice LS se aproxima à zero (TABELA 2, página 37). Segundo afirma Marion (2010), o indicador que mais se aproxima à realidade da empresa seria o LC, pois o mesmo considera o estoque como parâmetro – visto que o sal é um alimento não perecível.

1 Ativo Total R$ 106.367.541,19 2 Passivo Total R$ 106.367.541,19

1.1 Ativo Circulante R$ 84.650.297,94 2.1 Passivo Circulante R$ 80.823.684,11

Disponibilidades R$ 221.709,35 Fornecedores R$ 24.808.604,35 Créditos R$ 6.223.876,83 Empréstimos e Financiamentos R$ 1.364.671,30 Adiantamentos Diversos R$ 1.739.117,11 Obrigações Fiscais e Sociais R$ 27.443.053,09 Estoques R$ 75.931.667,70 Comissões de Agentes R$ 484.458,34 Impostos a Recuperar R$ 530.854,79 Remunerações R$ 469.473,23 Desp. Do Exercício Seguinte R$ 3.072,16 Outras Obrigações R$ 20.517.915,27 Provisões R$ 5.735.508,53

1.2 Ativo Não Circulante R$ 21.717.243,25 2.2 Passivo Não Circulante R$ 8.231.582,58

Realizável a Longo Prazo R$ 161.765,88 Empréstimos e Financiamentos R$ 462.643,11 Investimentos R$ 315.310,72 Obrigações Fiscais e Sociais R$ 7.565.256,80 Imobilizado R$ 21.094.396,17 Parcelamento Federal R$ 203.682,67 Intangível R$ 145.770,48

TABELA 2: Indicadores de Liquidez do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Neste sentido, o LC confronta com o LS, mostrando um potencial positivo com relação ao gerenciamento das dívidas. De maneira geral, LG mostra que a empresa possui de Ativo bem próximo o que tem de Passivo, de acordo com Matarazzo (2007).

Com relação à atividade da empresa, a mesma dispõe de um Ciclo Operacional Deficitário, de acordo com Gitman (2010). Isto se dá pelo fato de o Prazo Médio de Estoque (PME) somado ao Prazo Médio de Recebimento (PMR) é superior ao Prazo Médio de Pagamento (PMP), como ilustra a Tabela 3.

TABELA 3: Indicadores de Atividade/Rotatividade do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

A Tabela 4 traz os resultados para o Endividamento da empresa. O IPL chama a atenção – o mesmo superou os 100%. Segundo Silva (2010), a empresa em questão dispõe de um Ativo Permanente superior ao Patrimônio Líquido.

TABELA 4: Indicadores de Endividamento do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Quanto à mensuração da rentabilidade da organização (Tabela 5, p. 38), alguns dos índices propostos por Boff et al (2008), como o ROA e o TRPL. O primeiro se deve ao fato de a empresa pertencer a uma família, logo não se tem dados sobre os investimentos passados – anteriores à gestão atual. Conforme mostra a DRE de 2017, houve prejuízo ao fim do ano em exercício, o que inviabiliza medir o retorno de lucro líquido sobre o PL.

LC

1,10

LS

0,09

LG

0,94

PME (

Dias)

54

PMR (

Dias)

15

PMP (

Dias)

2

EG

0,80

IPL

121%

IRNC

77%

TABELA 5: Indicadores de Rentabilidade do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

No que diz respeito ao desempenho econômico da empresa, as margens de lucro, MB e MO, deram valores aproximados (TABELA 6). A Margem de Lucro Líquido (ML) não foi possível ser calculada, pois ao fim do ano em exercício (2017) houve prejuízo.

TABELA 6: Indicadores de Desempenho Econômico do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Por fim, a Tabela 7 traz os indicadores referentes ao Capital de Giro da empresa – o que dispõe, estaria distante do que necessita (NLCG).

TABELA 7: Capital de Giro do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

O conjunto com todos os indicadores segue como tabela em anexo nos Apêndices.

ANÁLISE DOS RESULTADOS E PROPOSTA DE AÇÕES ESTRATÉGICAS 4.4

A DRE promoveu a visualização de custos altos, bem como de despesas operacionais. É importante que a empresa em questão volte os esforços com vistas às suas respectivas reduções – para os custos de matéria-prima, sugere a ferramenta de Engenharia de Produção,

ROA

-

TRPL

-

GA

0,54

MB 0,68 MO 0,58 ML - EBTIDA R$ 34.229.332 CG R$ 6.585.174 NLCG R$ 22.501.844

a Previsão de Demanda, por exemplo, para as sacarias. Isto faria com que se comprasse o devido, evitando, assim, o estoque desproporcional.

Para o custo energético – outro que se destaca em meio ao CPV – sugere o estudo de viabilidade econômica da substituição de sua matriz energética, que hoje é utilizada a energia elétrica.

Sabe-se que a produção salineira é sazonal – um período é utilizado para produzir e outro para colher. Neste sentido, os setores de RH da empresa junto ao administrativo deveriam analisar a viabilidade de contratação de mão-de-obra temporária – isto, pois a folha salarial é outro aspecto que impacta sobre os gastos de produção.

Quanto à atividade/rotatividade, percebe-se que o Prazo Médio para Pagamento (PMP) é bem inferior ao Prazo Médio para Recebimento (PMR), portanto a empresa tem um prazo curto de responsabilidade para com fornecedores quando comparado ao de recebimento de receitas. Como consequências, essa diferença acaba sendo financiada pela organização (FIGURA 8), de acordo com Gitman (2010).

FIGURA 8: Ciclo Operacional do objeto de estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Isto pode justificar o baixo potencial de pagamento de dívida a curto prazo, como mostrou o indicador LS. Além disso, acaba por gerar dívidas para com fornecedores, o que implicaria na grandeza do Passivo.

Para ajustar este Ciclo Operacional, sugere como alternativa a renegociação para com fornecedores, de maneira a aumentar os prazos de pagamento. O contrário vale para clientes – diminuir prazos de recebimento.

Compra Recebe PME 54 dias Paga PMP 2 dias 69 dias Vende PMR 15 Dias financiados 67 dias Ciclo Operacional

Percebe-se através da DRE que as receitas são realizadas, em sua totalidade, de maneira à prazo, e o BP demonstra um potencial significativo em estoque – propõe uma maneira atrativa, por meio do marketing, por exemplo, de vender este estoque, ou parte dele, por meio de pagamento à vista, visando aumentar o capital de giro – tentando aproximá-lo da sua real necessidade. E para o contexto do capital de terceiros, ou seja, o recurso que viabiliza, hoje, as responsabilidades fiscais e sociais, bem como pagamento a credores, é interessante a preferência por menores taxas de juros, bem como melhores prazos.

O ativo de caráter imobilizado seria outra opção a gerar Capital de Giro, já que o mesmo representa um percentual significativo no Passivo da empresa.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De maneira geral, este trabalho alcançou os resultados esperados – quando o objetivo era identificar a saúde financeira por meio da análise dos indicadores financeiros. Foi possível a realização das demonstrações contábeis de forma assertiva, o que promoveu o cálculo dos indicadores.

A falta de acesso a alguns dados, como, por exemplo, investimento por parte dos societários, foi a maior limitação aqui encontrada, visto que comprometeu o cálculo de alguns indicadores, como as taxas de retorno sobre investimento, além de impedir a análise mais precisa – ainda que não comprometesse o objetivo deste trabalho.

Por outro lado, os dados obtidos tornaram possíveis o seu tratamento para análise. As demonstrações financeiras puderam ser organizadas e mensuradas de maneira eficaz – tal como proposto pela literatura.

Doravante, este trabalho se faz importante para as áreas de Engenharia de Produção, bem como Contabilidade – e áreas econômicas e financeiras afins. Fica como sugestão para pesquisas futuras o aprofundamento das propostas aqui realizadas – como, por exemplo, o estudo de viabilidade econômica da substituição da matriz energética da organização estudada, bem como o estudo das previsões de demanda para as matérias-primas adquiridas pela mesma.

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APÊNDICE – DRE COMPLETA DO OBJETO DE ESTUDO

ano 2016 ano 2017 (+) Receitas de vendas R$ 50.683.579,19 R$ 50.653.613,32

Vendas de Produtos R$ 50.683.579,19 R$ 50.653.613,32

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