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MEDIOS MAXIMOS MINIMOS

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Se determinó la Curva de Duración de Caudales con los caudales medios diarios de la Estación Cabuyaro (Sánchez San Román, 2013) para las series históricas comprendida entre 1976-2015.

Figura 5.- Curva de Duración de Caudales

ESTUDIO HIDRÁULICO

En el estudio consultado “Diagnóstico para definir las obras de estabilización de orilla en el rio Meta a la altura del muelle localizado en el municipio de Cabuyaro-Departamento de Meta”, se realizó el cálculo del perfil de agua en la zona de la corriente con el programa HEC-RAS versión 4.2 obteniendo

Tabla 2.- Resultados Modelación Hidráulica Caudales Máximos

Variable Q2.33 Q5 Q10 Q20 Q25 Q50 Q100

Profundidad lámina de agua (m) 141.49 141.66 141.75 141.87 141.88 141.94 141.99

Nivel lámina de agua (msnm) 9.99 10.16 10.25 10.37 10.38 10.44 10.49

Velocidad media (m/s) 3.16 3.25 3.30 3.25 3.26 3.28 3.30

Durante los trabajos de campo del 2021 se realizaron 4 mediciones de líneas de corriente en una longitud de 2 km, en el sector de los muelles y zonas críticas, la velocidad superficial medida fue de 0.90 metros por segundo y se observó fuerte incidencia sobre el talud que se va a proteger,

Figura 6.- Líneas de Corriente 0

500 1000 1500 2000 2500

0 50 100

Caudal (m3/s)

Probabilidad de ser Excedido (%)

Caudales Medios Diarios Q10%

Q50%

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ESTUDIO DE EROSIÓN Y SOCAVACIÓN

En el estudio consultado “Rediseños de Obras de Protección en el Muelle de Cabuyaro Meta”, se realizó el cálculo de la socavación general, tanto en suelos cohesivos, como en granulares, los cuales se resumen en la siguiente figura, donde se compara estas socavaciones generales con las mediciones realizadas en los años 2000, 2017 y 2021.

Figura 7.- Perfiles de Socavación en Varios Años

La socavación en suelos cohesivos es inferior a la presentada en el 2017 y superior en suelos granulares a la de este mismo año, la dinámica fluvial establece la existencia de un control litológico del cuaternario que aunque su dureza es media, sus materiales tienen efecto cementante, que impiden la erosión rápida de la margen izquierda del Río.

El canal de diseño obtenido tiene las siguientes características: Nivel máximo referido a Cabuyaro 162,39. msnm, caudal 3.027 m3/s, profundidad media 6,11 m, ancho 405 m., velocidad media 1,22 m/s, velocidad puntual máxima 2,9 m/s, cota de socavación 143,5 msnm.

OBRAS DE PROTECCIÓN

Con el fin de proteger la orilla afectada se definió un sistema estructural de pantallas conformadas por dos filas de pilotes metálicos de Ø12”x 6.35mm. a tres bolillos, hincados a una profundidad de 20 m., unidos por una viga cabezal de 1.0m x 0.70m, con cajas de polipropileno reciclado con dimensiones de 408 mm x 685 mm x 450 mm denominadas Flotank en su interior y geobolsas de relleno sobre el talud, este sistema se soporta horizontalmente por tensores colocados en la parte alta de los pilotes mediante torones de fy= 1690 MPa dentro del relleno para evitar volcamiento y geoestera sobre el lecho del cauce para evitar socavación.

INGENIERÍA E INFRAESTRUCTURAS HIDRÁULICAS | 68 Figura 8.- Sector de Obras de Protección

Figura 9.- Planta de Obras de Protección

Figura 10.- Sección Transversal de Obras de Protección

INGENIERÍA E INFRAESTRUCTURAS HIDRÁULICAS | 69 Figura 11.- Planta Típica y Detalle de Flotank y Geoestera

Figura 12.- Vista de las Obras de Protección en Construcción

Figura 13.- Vista de la Cortina de Pilotes y Flotanks en Etapa Constructiva

Figura 14.- Vista de la Conformación y Colocación de la Geoestera

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Figura 15.- Vista de la Estructura con Flotanks y Relleno en Geobolsas.

Figura 16.- Vista de los Anclajes en el Talud de la Orilla

CONCLUSIONES

Este sistema de obras de protección marginal considera una innovación estructural fusionando una cortina de pilotes metálicos con elementos geosintéticos: flotank, geobolsas y geoesteras, utilizando adicionalmente torones de anclaje, lo cual garantiza una estructura adecuada para soportar los procesos erosivos de esta orilla.

Esta solución puede ser implementada en diferentes proyectos de control de erosión considerando que la construcción de tablestacas metálicas si bien protege a las poblaciones ribereñas es demasiado costosa frente a esta alternativa y además es una estructura rígida que no es compatible con el paisaje que tiene un entorno ambiental.

Este tipo de soluciones garantizan la resistencia de la orilla a grandes fuerzas tractivas que puedan presentarse, propiciando además procesos de sedimentación sobre el sector de relleno conformado con geobolsas, el cual es muy estable al paso de crecientes en el río.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Consorcio Muelle Cabuyaro M&M. (2021). “Rediseños de Obras de Protección en el Muelle de Cabuyaro Meta”

Stapper, J.L. (2020). “Diagnóstico para definir las obras de estabilización de orilla en el rio Meta a la altura del muelle localizado en el municipio de Cabuyaro-Departamento de Meta”

Departamento de Ingeniería de Geosistemas PAVCO (2009). Manual de Diseño Geosintéticos.

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P

RIORIZAÇÃO DE

I

NVESTIMENTOS PARA

M

ANUTENÇÃO EM

E

STAÇÕES DE

B

OMBEAMENTO DE

Á

GUA

Eduardo Felício Barbosa¹; Berthyer Peixoto Lima²; José Almir Cirilo3

¹Mestrando Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), eduardo.barbosa@cogerh.com.br

²COGERH – Doutor em Engenharia Agrícola – Gerente de Manutenção, berthter.peixoto@cogerh.com.br

3Professor Doutor da Universidade Federal de Pernambuco (Centro Acadêmico do Agreste), Caruaru/PE, almir.cirilo@gmail.com

RESUMO

A sólida política de gestão de água do estado do Ceará, bem como a segurança hídrica para os seus múltiplos usuários passa inevitavelmente pela garantia da operacionalidade das suas infraestruturas hídricas em especial as estações elevatórias de água bruta. Percebe-se que tão importante quanto o investimento para construção de infraestruturas hídricas também é a manutenção dessas estruturas. Nesse sentido o trabalho buscou apresentar uma metodologia que pudesse definir uma hierarquização na prioridade de investimentos para aplicação de recursos financeiros de manutenção em estações de bombeamento. A base de dados para a metodologia apresentada foram as fichas de inspeções formais, denominadas de checklist. Ao final a metodologia conseguiu de forma precisa hierarquizar as estações de bombeamento diante de sua importância estratégica e do parâmetro vulnerabilidade, para dessa forma obter a prioridade de investimentos em manutenção.

PALAVRAS-CHAVE: Estação de Bombeamento, Manutenção, Inspeções, Prioridade de Investimentos.

ABSTRACT

The solid water management policy of the state of Ceará, as well as water security for its multiple users, inevitably passes for guaranteeing the operability of its water infrastructures, in particular raw water pumping stations. It is noticed that as important as the investment for the construction of water infrastructures is the maintenance of these infrastructures. In this sense, the work sought to present a methodology that could define a hierarchy in the priority of investments for the application of financial resources for maintenance in pumping stations. The database for the methodology presented was the formal inspection sheets, called checklist. In the end, the methodology was able to precisely rank the pumping stations in view of their strategic importance and vulnerability parameter, in order to obtain priority for investments in maintenance.

KEYWORDS: Pumping Station, Maintenance, Inspections, Investment Priority.

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INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural finito e essencial à vida, sendo um fator de produção no desenvolvimento econômico e social. Segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos a demanda mundial por água tem aumentado a uma taxa de aproximadamente 1% ao ano devido ao crescimento populacional, ao desenvolvimento econômico e às mudanças nos padrões de consumo (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, 2018). Assim, é dever público garantir o abastecimento para os múltiplos usos em quantidade e qualidade de forma eficiente a partir de suas infraestruturas hídricas.

O estado do Ceará implementou uma arrojada e eficiente gestão dos recursos hídricos, lançando mão de medidas não estruturais, tal como a participação da sociedade civil organizada como ente da gestão, e medidas estruturantes, destacando aqui a construção, a expansão e as melhorias das suas infraestruturas hídricas, garantindo a segurança do fornecimento de água para os múltiplos usos, em especial o abastecimento humano. O custo para implementar uma estrutura hídrica, quer seja, um canal de adução, uma adutora de água bruta ou uma estação elevatória, não é maior nem mais importante do que o custo de manutenção das mesmas, pois é através de processo eficaz de manutenção que se pode garantir a operacionalidade daquelas estruturas, de forma que se mantenham suas funções junto aos seus múltiplos usuários.

Falar em segurança hídrica é falar na garantia operacional de suas diversas infraestruturas hídricas, e aqui destaca-se as estações elevatórias. A COGERH tem hoje 55 estações de bombeamento em todo o estado, no entanto, algumas guardam um papel fundamental na garantia da segurança hídrica do próprio estado do Ceará, merecendo destacar as seguintes estações elevatórias: EB-Castanhão, EB Pacoti, EB Itaiçaba, EB1, EB2, EB-Gavião, EE0, EE1, EE2 e EE3, conforme mapa de localização da figura 1.

Figura 1. – Estações de Bombeamento Estratégicas.

Fonte: elaborada pelos autores.

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A grande dificuldade do gestor público é gastar certo e de modo otimizado, principalmente quando se quer manter um exitoso processo de manutenção, quer seja, corretiva ou preventiva. Aqui a tomada de decisão em alocar parcos recursos financeiros diante de uma grande diversidade de estruturas hídricas é um desafio a ser vencido. Portanto, o objetivo deste trabalho é disponibilizar uma ferramenta ou um instrumento metodológico que possa auxiliar numa precisa tomada de decisão a gerar resultados satisfatórios para uma segurança operacional, norteado por diagnósticos, classificação de anomalias e numa classificação de importância por estrutura hídrica.

REFERENCIAL TEÓRICO

Em consonância com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, NBR- 5462 (2004), define-se manutenção como a “Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, destinada a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desenvolver uma função requerida”. Atualmente, o conceito de manutenção em si foi estendido, como resultado, surgiram alguns tipos de manutenção dentre as quais podemos citar a manutenção corretiva, a manutenção preventiva e a manutenção preditiva, definidas a seguir:

Manutenção Corretiva: Segundo a NBR 5462 (2004), trata-se da “manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida”. É o tipo mais comum de manutenção, envolve todas as ações de

manutenção não planejadas e executadas após uma falha do sistema. De acordo com SLACK et al. (2002), é conhecida como “Run To Failure” (RTF), ou seja, operar até quebrar. Nesse contexto, por ter uma filosofia reativa, apesar de simples, apresenta custos elevados associados a: estoque de peças sobressalentes, trabalho extra, custo de ociosidade de máquina e baixa disponibilidade de produção. E os custos tendem a aumentar ainda mais caso o tempo de reação se prolongue, seja por falha da equipe de manutenção, seja por falta de peça de reposição (MOBLEY,2002).

Manutenção Preventiva: Consiste em um programa de inspeções periódicas nos elementos, como o nome sugere é uma manutenção que tem como objetivo prevenir a falha do

equipamento durante a operação de forma a atuar nas causas geradoras das falhas. A determinação do tempo correto de parar a manutenção é de grande importância já que a realização de manutenções desnecessárias ou realizado muito antes do necessário, podem comprometer e/ou encarecer a produção desperdiçando peças e trabalho (COSTA, 2013).

Manutenção Preditiva: Ação de manutenção onde se procura realizar o acompanhamento de variáveis e parâmetros de desempenho de máquinas e equipamentos, visando definir o instante ótimo da intervenção (OTANI & MACHADO, 2008). Baseia-se em prevenir falhas através do monitoramento de parâmetros ou variáveis que indique a condição do

equipamento. Quando se opta por fazer a intervenção, descoberta através de manutenção preditiva, realizar-se-á uma manutenção corretiva planejada, já que a falha foi previamente encontrada.

A manutenção preventiva é indicada nos casos em que o custo da falha é alto, devido, por exemplo, às paralisações do abastecimento. E quando a falha não é totalmente aleatória, de modo que o momento da intervenção pode ser programado antes que a falha se torne muito provável.

SLACK et al. (1999) argumentam que cada prática de manutenção é adequada para diferentes situações, como está exibido na Figura 2. A manutenção corretiva, por exemplo, é usada normalmente em três circunstâncias:

1) Quando o reparo é fácil, logo a consequência da falha é pequena;

2) Quando a manutenção preventiva é muito cara; e 3) Quando a falha não é previsível de nenhuma forma.

INGENIERÍA E INFRAESTRUCTURAS HIDRÁULICAS | 74 Figura 2. – Tipos de Manutenção.

Fonte: Adaptado de SLACK et al. (1999)

Estações de bombeamento, assim como demais estruturas, o envelhecimento é considerado um processo natural, exigindo assim uma manutenção periódica. Esse controle de manutenção assume grande importância durante a fase de utilização em infraestruturas hídricas, uma vez que permite prolongar a vida útil técnica dessas infraestruturas, de forma que os níveis de risco sejam aceitáveis e com custos que não extrapolem o valor patrimonial. Além disso a implementação de uma manutenção planejada é de grande relevância para um planejamento mais eficiente, a um custo menor, com menores impactos para operação e aumento da durabilidade dos equipamentos (Viana, 2002;

Branco Filho, 2008).

Uma metodologia para fazer uma análise da condição de estações de bombeamento são a as avaliações indireta da condição de operacionalidade dessas infraestruturas. A avaliação da condição pode ser definida como “um processo de medição da condição física dos elementos do sistema usando critérios objetivos e subjetivos. O processo deve considerar a segurança e integridade estrutural, capacidade, qualidade dos serviços, função dentro do sistema, idade etc.” (Rahman e Zayed, 2009).

Uma ferramenta de gestão eficiente que auxilia a substituição de uma manutenção corretiva para uma manutenção preventiva é uso de fichas de avaliação ou fichas de inspeção ou checklists. A lei 12.334, de 20 de setembro de 2010 estabelece no seu artigo oitavo que manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e relatórios de segurança de barragens compreendem como informação essencial para um plano de segurança de barragens. Esses roteiros de inspeções devem ser elaborados e aplicados para as diversas infraestruturas hídricas tais como estações de bombeamento com a finalidade de abranger riscos e incertezas para o mecanismo de alocação de água.

A inspeção é uma observação abrangente dos elementos físicos e visíveis de infraestruturas.

O seu objetivo é uma avaliação de segurança é determinar as condições relativas à segurança estrutural e operacional. A avaliação deve identificar os problemas e recomendar tanto os reparos corretivos, restrições operacionais e/ou modificações quanto às análises e os estudos para determinar as soluções para os problemas (Fontenelle,2008).

Segundo Fontenelle 2008, de acordo com o número de anomalias observadas nas inspeções é necessário que seja estabelecida uma sistemática para priorização e descentralização das ações de manutenção. São verificadas as condições relativas à segurança estrutural e operacional da infraestrutura e assim são apontados os estudos para determinar as soluções e os reparos corretivos.

Outra questão relevante é definir a importância estratégica de uma estação elevatória comparado à outra estação de bombeamento, visto que os recursos são escassos e é necessário a definição não só das vulnerabilidades através das inspeções, mas também do quão relevante é uma estação elevatória.

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Uma metodologia que ajuda nesse processo de avaliação de importância estratégica são os métodos multicritérios, dentre eles o de Saaty (1977). O objetivo da aplicação de questionários com o modelo de Saaty é obter a opinião de especialistas na área para comparações par a par.

Várias são os modelos de questionários podendo ser eles aplicados em grupos ou de forma individual. Os aplicados de forma individual são recomendados quando se tenta reduzir situações de dominância no grupo de entrevistados exercidas por um ou mais membros ou divergências na opinião pessoal de cada membro, já que a técnica é aplicada em ambiente no qual os integrantes estão separados. A desvantagem desse modo de aplicação consiste em não se beneficiar com as opiniões oferecidas pela conversação (LU et al, 2007).

Esse problema de priorização de ações de manutenção é um problema típico de tomada de decisão. Os elevados custos envolvidos em manutenção e a limitação de recursos financeiros fazem com que seja preciso estabelecer prioridades dentro de uma lista de infraestruturas. Assim para resolver esse problema de hierarquia de investimentos os modelos multicritérios são ferramentas que podem ser utilizadas para apoio ao processo de decisão.

METODOLOGIA

A metodologia desse trabalho foi alicerçada a partir da bem sucedida experiência iniciada no ano 2000 na aplicação de fichas de inspeção ou checklist voltadas para a segurança de barragem pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) (BERTHYER et al., 2016). A partir desta metodologia a COGERH também implementou fichas de inspeção para estações de bombeamento que são aplicadas de forma trimestral, de acordo com o modelo em QR Code para a Estação Elevatória EE2 (figura 3).

Figura 3. - Checklist – Estação Elevatória EE2

Fonte: elaborada pelos autores.

MENESCAL et al. (2001), para definir a tomada de decisão quanto à alocação do aporte financeiro para as diversas barragens, desenvolveram um instrumento que classifica o Nível de Prioridade de Intervenção (NPI) a partir de um índice de vulnerabilidade (V), da importância estratégica (I) e de uma periculosidade (P).

Diante disso, readequou-se essa metodologia para as estações elevatórias, definindo agora um parâmetro de vulnerabilidade (V) e importância estratégica (IE), para estabelecer uma prioridade de investimentos (PI), não contemplando a periculosidade (P) abordada por MENESCAL et al. (2001).

O parâmetro vulnerabilidade (V) está em função dos dados de magnitude identificados no checklist. É importante destacar que o parâmetro magnitude para estações elevatórias difere substancialmente do parâmetro homônimo do checklist de segurança de barragem. Aqui, este parâmetro não só indicará a competência do responsável pela correção da anomalia, bem como caracterizará o nível de perigo de não operacionalidade da estação elevatória.

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O cálculo do parâmetro vulnerabilidade (V) é feito a partir da quantificação das anomalias classificadas quanto à sua magnitude em P (pequena), M (média) e G (grande) identificados na aplicação dos checklist. De acordo com a tabela 1 segue a quantificação do checklist para a estação elevatória EE2 (figura 3).

Tabela 1. - Quantidade de Anomalias da estação elevatória EE2

Estação de Bombeamento Magnitude "P" Magnitude "M" Magnitude "G"

EE2 12 11 4

Fonte: elaborada pelos autores.

Com base na identificação das anomalias são atribuídos dois pesos, um referente ao tipo de anomalia, cujo o peso está em função da magnitude, sendo peso 1 para anomalias P, peso 2 para anomalias M e peso 3 para anomalias G. O outro peso atribuído refere-se à quantidade de anomalias, cujo o cálculo foi determinado com base em intervalos de acordo com a figura 4. Esses intervalos com seus respectivos pesos foram os mesmos utilizados no trabalho de (Fontenelle,2008) aplicados para inspeções em Barragens.

Figura 4. - Análise de Vulnerabilidade (V)

Fonte: Adaptado de Fontenelle (2008).

A pontuação final da vulnerabilidade (V) é obtida a partir do produto do peso da anomalia, referente ao tipo de magnitude com o peso dos intervalos da quantidade de anomalias. Como exemplo, tomaremos os dados da estação elevatória EE2 de acordo com a tabela 2.

Tabela 2. - Estimativa da Vulnerabilidade (V) para a EE2

Anomalias Peso

Anomalia (a)

Quantidade Média na Lista de

Inspeção

Peso das quantidades (b) –

Ver Figura 4

Pontuação Vulnerabilidade

(a x b)

Anomalia P 1 12 3 = 3x1= 3

Anomalia M 2 11 3 = 2x3= 6

Anomalia G 3 4 1 = 3x1= 3

Total 12

Fonte: elaborada pelos autores.

A importância estratégica (IE) foi definida aplicando-se uma planilha com base na metodologia AHP de Saaty (1977), com valores pré-estabelecidos pelo autor desta metodologia de acordo com a tabela 3.

1

2

3

4

5

6

0 1 2 3 4 5 6 7

0 - 5 6 - 10 11 - 15 16 - 20 21 - 35 36 - 50

Peso das Quantidades

Quantidades de Anomalias

Análise de Vulnerabilidade

INGENIERÍA E INFRAESTRUCTURAS HIDRÁULICAS | 77 Tabela 3. - Escala de comparação de Saaty Valores Importancia mútua

1/9 Extremamente menos importante 1/7 Muito fortemente menos importante 1/5 Fortemente menos importante 1/3 Moderadamente menos importante

1 Igualmente, importante 3 Moderadamente mais importante 5 Fortemente mais importante 7 Muito fortemente mais importante 9 Extremamente mais importante

Fonte: Saaty (1977).

O universo de pessoas que preencheram a planilha foram especialistas da COGERH que trabalham diretamente com manutenção em estações de bombeamento, sendo gestores e engenheiros. Na planilha apresentada para os entrevistados foram definidas as estações elevatórias estratégicas (tabela 4).

Tabela 4. – Planilha das Estações Elevatórias

EB1 EB2 EE-0 EE-1 EE2 EE3 EB

Gavião

EB Pacoti

EB Itaiçaba

EB Castanhão EB1

EB2 EE-0 EE-1 EE2 EE3 EB Gavião EB Pacoti EB Itaiçaba EB Castanhão

Fonte: elaborada pelos autores.

Para o preenchimento da planilha, os entrevistados aplicaram os valores de importância da tabela 3 de forma que indicasse o quanto uma estação elevatória da coluna da esquerda é mais importante em relação do que a estação elevatória correspondente na linha superior. Um fator confrontado com ele mesmo tem valor 1 (um), pois tem a mesma importância. Como todos os fatores se entrecruzam uma vez, a matriz passa a ser apenas um espelho, ou inverso do procedimento inicial.

O valor de cada célula da planilha sobre a importância de uma estação em relação a outra foi obtido a partir de um procedimento estatístico denominado moda de cada célula referente as respostas dos entrevistados, conforme a metodologia indicada por Saaty (1977).

Na tabela 5, como exemplo, pode-se verificar que os valores modais para a primeira coluna foram 1, 1 e 3, e o seu somatório 5.

Tabela 5. – Exemplo aplicação – Quantidade de anomalias

EBX EBY EBZ

EBX 1 1 1/3

EBY 1 1 1/3

EBZ 3 3 1

Soma 5 5 1,67

Fonte: elaborada pelos autores.

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A próxima etapa será encontrar o valor final de cada célula. Esse valor será a razão entre o seu valor modal e o somatório da sua respectiva coluna conforme tabela 6.

Tabela 6. - Exemplo aplicação – Valor modal das células

EBX EBY EBZ

EBX 0,2 0,2 0,20

EBY 0,2 0,2 0,20

EBZ 0,6 0,6 0,6

Fonte: elaborada pelos autores.

Após todo o procedimento realizado anteriormente será possível obter o peso da importância estratégica (IE) de cada estação elevatória. Esse peso será a média de cada linha da sua respectiva estação de bombeamento conforme tabela 7.

Tabela 7. - Exemplo aplicação – Peso da Importância Estratégica (IE) EBX EBY EBZ Média Média (%)

EBX 0,2 0,2 0,2 0,20 20%

EBY 0,2 0,2 0,2 0,20 20%

EBZ 0,6 0,6 0,2 0,60 60%

Fonte: elaborada pelos autores.

De acordo com os valores obtidos na tabela 7 é possível inferir que a EBZ é a mais importante entre as três. Após obtido os valores dos parâmetros vulnerabilidade (V) e importância estratégica (IE) pode-se calcular a prioridade de investimentos (PI) conforme a equação 1:

PI = V x IE [1]

RESULTADOS

Para a definição da prioridade de investimento em estações elevatórias da COGERH trabalhou-se inicialmente com os dados do checklist do terceiro trimestre de 2021 aplicados nas 9 estações de bombeamento estratégicas. Os quantitativos de anomalias por magnitude foram tabulados e assim calculado o parâmetro vulnerabilidade (V) conforme a tabela 8.

Tabela 8. - Quantidade de Anomalias P, M e G dos Checklists

Estação de Bombeamento Magnitude "P" Magnitude "M" Magnitude "G" Vulnerabilidade

EB1 34 27 1 18

EB2 31 24 2 18

EE-0 11 9 1 10

EE-1 15 9 2 10

EE2 12 11 4 12

EE3 10 5 1 7

EB Gavião 10 9 1 9

EB Pacoti 21 7 1 12

EB Itaiçaba 15 13 5 12

EB Castanhão 14 10 3 10

Fonte: elaborada pelos autores.

Foi definido o grupo de especialistas que preencheram a planilha de importância estratégica (IE), obtendo assim os valores modais para cada célula de acordo com a tabela 9.

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