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4. TUTELA AMBIENTAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

5.3. Normas da ABNT aplicáveis ao licenciamento ambiental de postos de

Como já dito em linhas passadas, a Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, atuando de modo a fornecer a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Sua natureza jurídica é de entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida (pela Resolução nº 07 do CONMETRO, de 24.08.1992) como único Foro Nacional de Normalização166.

No caso da atividade de revenda de combustíveis, a ABNT exerce um importante papel, uma vez que cria normas que regulamentam o processo de produção dos equipamentos e sistemas a serem utilizados, incluindo os sistemas operacionais e os sistemas de monitoramento de impactos ambientais.

Na tabela a seguir encontra-se a relação das normas deste órgão, aplicáveis a atividade de revenda de combustíveis:

Tabela 2 – Lista das normas da ABNT aplicáveis à revenda de combustíveis.

NBR 13.212, de 17 de março de 2008. Tanque atmosférico subterrâneo em resina termofixa reforçada com fibra de vidro de parede simples ou dupla

NBR 13.312, de 21 de maio de 2007 Construção de tanque atmosférico subterrâneo em aço carbono.

NBR 13.768, de 30 de janeiro de 1997 Seleção de equipamentos de SASCs em PRs.

NBR 13.781, de 12 de março de 2007 Manuseio e instalação de tanque subterrâneo de combustíveis.

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ABNT. Conheça a ABNT. Disponível em <http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=929>. Acesso em 01 de março de 2010.

NBR 13.782, de 30 de junho de 2001 Sistemas de proteção externa para tanque atmosférico subterrâneo em aço carbono.

NBR 13.783, de 18 de agosto de 2010 Instalação hidráulica de tanque atmosférico subterrâneo em postos de serviço.

NBR 13.784, de 30 de outubro de 2006 Detecção de vazamento em postos de serviço

NBR 13.785, de 30 de junho de 2003 Construção de tanque atmosférico em aço carbono de parede dupla metálica ou não metálica

NBR 13.786, de 16 de abril de 2009 Seleção de equipamentos e sistemas para instalações subterrâneas de combustíveis

NBR 13.787, de 30 de março de 1997 Controle de estoque dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) nos postos de serviço

NBR 14.605, de 05 de novembro de 2009 Posto de serviço – Sistema de drenagem oleosa.

NBR 14.606, de 30 de outubro de 2000 Postos de serviço – Entrada em espaço confinado

NBR 14.639, de 30 de janeiro de 2001 Posto de serviço - Instalações elétricas

NBR 14.722, de 30 de julho de 2001 Posto de serviço - Tubulação não-metálica

NBR 14.867, de 30 de julho de 2002 Posto de serviço - Tubos metálicos flexíveis

NBR 14.973, de 30 de julho de 2004 Posto de serviço - Remoção e destinação de tanques subterrâneos usados

Fonte: autor

Far-se-á, a seguir, breves comentários sobre algumas das normas da ABNT acima listadas, as consideradas mais relevantes, no que tange à instalação e operação de equipamentos presentes na estrutura de postos de revenda de combustíveis:

5.3.1. NBR 13.784, de 30 de outubro de 2006.

Esta norma estabelece os procedimentos que devem ser conduzidos para a detecção de vazamentos no sistema de abastecimento subterrâneo de combustíveis (SASC). A norma apresenta todas as definições importantes para o bom entendimento do assunto e descreve todos os procedimentos capazes de detectar um eventual vazamento no sistema, como por exemplo o controle de estoque (manual ou automático), o poço de monitoramento, monitoramento intersticial (para tanques de camada dupla, ensaio de estanqueidade, assim como estabelece a periodicidade das avaliações de cada procedimento.

Esta norma apresenta critérios à fabricação de tanques cilíndricos em aço- carbono de parede dupla metálica ou não metálica (tanque jaquetado), que permita o monitoramento intersticial com o propósito de detectar vazamentos eventuais e evitar a contaminação do meio através do tanque externo.

5.3.3. NBR 13.786, de 16 de abril de 2009.

Esta norma apresenta critérios para a classificação de um posto segundo o risco que este pode causar ao ambiente. Lista e descreve os equipamentos e sistemas de proteção contra contaminação e estabelece quais destes equipamentos devem estar instalados em cada posto conforme sua classificação de risco.

A classe é definida pela análise do ambiente no entorno do posto de serviço, num raio de 100 m a partir do seuperímetro167. O fator de agravamento neste ambiente, depois de identificado deveser classificado no nível mais alto, mesmo que haja apenas um dos fatores destaclasse168.

5.3.4. NBR 13.787, de 30 de março de 1997

Esta norma trata do controle de estoque dos tanques do SASC (forma para detecção de vazamentos), através de medição com régua ou qualquer outro instrumento de medição calibrado.

5.3.5. NBR 13.212, de 17 de março de 2008

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Classe 0 – quando não possuir nenhum dos fatores de agravamento das classes seguintes; Classe 1 – rua com galeria de drenagem de águas; galeria de esgoto ou de serviços; fossa em áreas

urbanas; edifício multifamiliar sem garagem subterrânea até quatro andares; Classe 2 – edifício multifamiliar com garagem subterrânea, com mais de quatro andares, garagem ou túnel construídos no subsolo, poço de água, artesiano ou não, para consumo doméstico (na área do posto inclusive), casa de espetáculo ou templo; Classe 3 – hospital, metrô, atividades industriais de risco (conforme NB – 16), água do subsolo utilizada para consumo público da cidade (independente o perímetro de 100m.), campos naturais superficiais de água, destinados a abastecimento domestico; proteção das comunidades aquáticas; recreação de contato primário (natação esqui aquático e mergulho); irrigação; criação natural e/ou intensiva de espécies destinadas à alimentação humana.

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MARQUES, Cláudia Elisabeth Bezerra; PUGAS, Cleonice Gomes Souza; SILVA, Fernando Fernandes da; MACEDO, Max Henrique Aranha de; PASQUALETTO, Antônio (orientador). O

licenciamento ambiental dos postos de revenda varejista de combustíveis de Goiânia.

Departamento de Engenharia, Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2003. Disponível em: <http://www.ucg.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/O%20LICENCIAMENTO%20AMBIENTAL %20DE%20POSTOS%20DE%20REVENDA%20VAREJISTA.pdf> Acesso em 28 de fevereiro de 2010.

Esta norma tem por objetivo estabelecer princípios de fabricação de tanques cilíndricos construídos em resina termofixa reforçada com fibra de vidro. Esta norma apresenta todas as definições terminológicas referentes ao assunto, assim como apresenta detalhes ilustrados de todos os componentes. Uma vez que os tanques de parede dupla possuem dupla contenção e permitem monitoramento intersticial, todos os detalhes, especificações e ensaios para este tipo de tanque, são também abordados pela norma.

5.3.6. NBR 13.312, de 21 de maio de 2007.

Esta norma estabelece requisitos para a fabricação de tanques cilíndricos de paredes simples, soldados em aço-carbono para instalação horizontal em postos de serviços e operando à pressão atmosférica. Esta norma estabelece todas as especificações para a fabricação do tipo de tanque citado com detalhamento através de ilustrações assim como os ensaios de dimensões, vistoria e detecção de vazamento (com ar).

5.3.7. NBR 13.781, de 12 de março de 2007

Esta norma tem por objetivo estabelecer as condições nas quais um tanque atmosférico subterrâneos de combustível deve ser manuseado e instalado em um posto de serviço. Dispõe sobre as condições de fundação, distância de segurança, aterro e compactação, além de apresentar o ensaio de estanqueidade entre outras disposições.

5.3.8. NBR 13.782, de 30 de junho de 2001

Esta norma apresenta critérios e parâmetros de desempenho de sistemas de proteção anticorrosiva externa para tanques atmosféricos em aço carbono. Lista todos os ensaios que podem ser realizados para a qualificação da proteção, cita a norma de referência e estabelece os resultados aceitáveis para os referidos ensaios.

Esta norma apresenta os princípios básicos gerais de segurança, construção e montagem das tubulações que se interligam aos tanques subterrâneos.