• Nenhum resultado encontrado

A evolução das metodologias dos estudos sobre o pensamento científico humano, sobretudo nas últimas duas décadas, tem possibilitado o acúmulo de uma quantidade enorme de resultados e informações. Tais resultados e metodologias influenciam, de forma direta ou indireta, as pesquisas na área de cognição e ensino de Ciências sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas relativas aos processos de resolução de problemas, raciocínio e produção de conhecimentos. Os resultados dessas pesquisas, por sua vez, têm contribuído apenas modestamente para as mudanças nas práticas pedagógicas dentro de sala-de-aula e para nortear o processo de reformulação curricular que ocorre atualmente em diversos países.

Hoje, é cada vez maior o destaque e a importância que as atividades práticas, organizadas em investigações vêm ganhando nos fóruns educacionais e nos próprios currículos vigentes. Porém, os resultados obtidos em nossa pesquisa e em diversas outras (Schauble, 1996; Klahr, 2000) apontam que apenas uma parte dos estudantes possui habilidades e competências adequadas para a realização satisfatória dessas atividades. Portanto, uma análise maior e mais aprofundada dos problemas enfrentados pelos estudantes durante o planejamento e execução de investigações e a avaliação de metodologias específicas para auxiliar os estudantes na compreensão dos procedimentos realizados devem ser uma prioridade para a pesquisa na área. Além disso, há muito pouca informação disponível sobre o que nossos alunos sabem acerca dos métodos que a Ciência utiliza para a investigação de questões consideradas importantes e merecedoras de atenção.

Assim, como argumentamos na seção anterior, acreditamos que o ensino de Ciências deve fornecer aos estudantes condições para que eles adquiram uma compreensão conceitual

do processo de experimentação suficiente para fazer Ciência. Essa compreensão conceitual envolve o conhecimento procedimental estruturado e integrado de vários aspectos e sub- processos que compõem, de forma integrada, o processo de experimentação. Portanto, pesquisas são necessárias para compreendermos melhor como ajudar os estudantes a refletir sobre o seu raciocínio e seus procedimentos durante as atividades investigativas, proporcionando-lhes meios de perceber a importância da reflexão e da organização do seu pensamento e suas ações para a resolução de problemas práticos.

Há espaços para as pesquisas que exploram o entendimento e a idéia dos estudantes, de forma isolada, sobre alguns desses aspectos que compõem essa compreensão conceitual da experimentação. Porém, a compreensão isolada de diversos componentes que caracterizam o processo de experimentação não garante, necessariamente, a aquisição de uma compressão do processo como um todo. Acreditamos que pesquisas sobre aspectos fundamentais do processo de experimentação não podem ser realizadas de forma descontextualizadas e sim, incorporadas a situações de investigações genuínas.

A área da educação deve privilegiar as pesquisas que têm como contexto atividades investigativas as quais permitam não só a exploração de relações de covariação e causalidade, mas, sobretudo, relações de não-convarição e não-causalidade. No contexto da educação em Ciências, a maioria das atividades de laboratório baseia-se na determinação de relações causais e de covariação e, normalmente, essas relações são lineares e triviais. As relações de não-causalidade e não-covariação não são devidamente exploradas e trabalhadas com os alunos, trazendo grande dificuldade para eles quando são abordadas.

Mais pesquisas devem ser conduzidas para uma maior compreensão da origem, da natureza e do desenvolvimento dos modelos de causalidade entre as variáveis desenvolvidos pelos estudantes e a sua relação com o processo de investigação e, principalmente, com o ensino de Ciências e a aquisição de conhecimentos específicos de domínio. Permanece ainda em aberto a discussão sobre o sentido da relação causal obtida entre o desempenho acadêmico na disciplina, o conhecimento teórico do domínio da atividade e o sucesso na realização das atividades investigativas e a capacidade de realizar testes experimentais adequados e consistentes.

Em nossa pesquisa, muitas duplas de estudantes mudaram de estratégia durante a atividade. Algumas executaram testes experimentais adequados e consistentes, contudo passaram a realizar experimentos inconsistentes e controversos. Outras duplas agiram de maneira oposta. Por um lado, essas mudanças de estratégias deixam claro que a habilidade de controlar variáveis para essas duplas ainda era problemática e limitada a situações restritas.

Por outro lado, sinaliza uma outra fonte de pesquisas. Como os indivíduos revisam e modificam suas ações e procedimentos durante a atividade? Como os indivíduos rejeitam estratégias e procedimentos antigos em detrimento a novos? As respostas a essas perguntas exigiriam um acompanhamento mais individualizado do trabalho de cada dupla e uma análise mais detalhada de todo o processo de investigação.

A maioria dos estudos que buscam compreender a capacidade de indivíduos de controlar variáveis utiliza contextos de pesquisa em que as variáveis independentes não exercem entre si nenhuma influência, ou seja, não se interagem, o que simplifica bem os contextos. Salvas algumas exceções (Schauble, 1990; Zohar, 1995; Penner e Klahr, 1996), são raras as pesquisas que envolvem o controle de variáveis em contextos nos quais ocorre a interação entre variáveis independentes. Porém, na natureza, há diversos exemplos, inclusive próximos ao cotidiano dos alunos, em que essa interação é bastante comum. O exemplo mais simples é a relação entre volume e massa do corpo: sendo do mesmo material, quanto maior o volume, maior a massa. Portanto, não podemos desconsiderar a interação entre variáveis e devemos investigar a compreensão dos estudantes sobre esse fenômeno. Tal estudo poderia nos informar e gerar novas questões a respeito da compreensão dos estudantes sobre o modelo de causalidade entre variáveis e sobre a concepção de que o resultado experimental obtido é uma combinação de efeitos das variáveis envolvidas. Como discutimos, a falha nesse modelo de causalidade é apontada por alguns (Kuhn, Black, Kaselman e Kaplan, 2000) como um dos motivos das falhas apresentadas pelos indivíduos durante o processo de experimentação.

Um aspecto que não podemos negligenciar é a questão da motivação e do interesse dos estudantes durante a realização das atividades. A pesquisa educacional tem demonstrado que esses fatores são fundamentais para o processo de aprendizagem. As atividades investigativas são apontadas como mais motivadoras e interessantes para os estudantes, por incentivarem a autonomia e promoverem um maior envolvimento do estudante com o processo da experimentação. Porém, pode-se questionar tal posição. No laboratório tradicional, basta seguir os passos do roteiro pré-elaborado para se obter sucesso na atividade. Esse tipo de prática se encaixa perfeitamente numa cultura escolar voltada para o imediatismo e comodismo. Numa atividade investigativa, exige-se mais do aluno ao passo em que ele é levado a pensar durante toda a atividade. Para os alunos mais engajados e entusiasmados esse tipo de atividade se torna mais motivadora e desafiante. Porém, para os mais acomodados e até mesmo “preguiçosos”, as atividades investigativas não cumpririam esse papel, já que não despertariam os interesses desses alunos. Assim, faz-se necessário determinar a real influência desses fatores emocionais durante a realização dessas atividades, se as atividades estruturadas

na forma de investigações são realmente motivadoras para os estudantes de uma forma geral e como motivar aqueles alunos que não demonstram interesse com as práticas pedagógicas tradicionais.

Este trabalho aponta, ainda, para outras questões não satisfatoriamente respondidas e pouco exploradas, que influenciam diretamente em todo o processo de planejamento e execução de atividades investigativas. Entre essas questões, destacam-se:

• Como os estudantes compreendem a Ciência e o processo de experimentação? • Como os estudantes concebem o ato de aprender Ciências?

• Como os estudantes compreendem a produção do conhecimento no laboratório? • Como os estudantes transformam os dados experimentais obtidos em evidências para

obterem delas as conclusões necessárias?

Essas questões relacionam-se diretamente com a visão de Ciências, a compreensão da epistemologia da Ciência e a metacognição dos indivíduos. Segundo Ryder, Leach e Driver (1997), não é comum a discussão formal em sala-de-aula de assuntos relacionados à natureza da Ciência. Portanto, raramente os estudantes chegam a formalizar, por escrito ou até mesmo oralmente, o que eles entendem por Ciências ou conhecimento científico. Sendo assim, as compreensões que os estudantes têm sobre a natureza da Ciência e a produção do conhecimento científico são, na maioria das vezes, tácitas, formadas a partir de meios de comunicação e de experiências pessoais.

Os resultados de nossa pesquisa e de outras (Sá e Borges, 1999; 2001) apontam para a dificuldade dos estudantes em identificar corretamente os objetivos das atividades que são realizadas no laboratório. Essa dificuldade parece estar relacionada, além de outros fatores, a uma compreensão inadequada do papel do laboratório e das atividades experimentais na educação e na própria Ciência. A idéia de que o laboratório serve para comprovar uma teoria ou uma lei é extremamente arraigada entre os estudantes e acentuada pelos discursos de professores e livros didáticos.

Pesquisadores (Hodson, 1992; Lijnse, 1995; Borges, Borges, Silva e Gomes, 2001) afirmam que a utilização de atividades práticas organizadas como investigações, além de possibilitar uma integração dinâmica entre os processos e métodos da Ciência e o conhecimento conceitual do domínio da atividade, contribui para que os alunos desenvolvam uma visão mais adequada da Ciência e do processo de construção do conhecimento.

Finalmente, é necessário determinar as aprendizagens que podem resultar a partir da resolução de atividades investigativas em graus variados de abertura e especificação em um

ambiente de aprendizagem implementado no laboratório escolar, criado especialmente para deslocar o centro da atenção do aluno da manipulação de equipamentos e da medição para a reflexão sobre suas ações. Ou seja, como se desenvolve a compreensão do estudante ao longo de suas trajetórias de aprendizagem num ambiente que privilegie a experimentação, construção de explicações e argumentos, e a regulação da própria aprendizagem. Para tanto, não se deve estar interessado apenas no processo de resolução de problemas, mas em como os conhecimentos, estratégias e conceitos mobilizados evoluem a partir da utilização de atividades práticas diversas, desenvolvidas ao longo do processo de aprendizagem, planejadas para promover a compreensão da epistemologia da Ciência.

Somente a partir da compreensão sobre o que os estudantes pensam e fazem durante as atividades de laboratório e o potencial de um ambiente de aprendizagem baseado em investigações para promover uma maior compreensão epistemológica da Ciência, é que poderemos contribuir para elucidar e definir melhor a importância e o papel do laboratório dentro do currículo de Ciências.

8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A.A.A.S. Science for all Americans - Project 2061. New York: Oxford University Press, 1990. 272 p.

AKERSON, V. L.; ABD-EL-KHALICK, F.; LEDERMAN, N. G. Influence of a reflective Explicit Activity-Based Approach on Elementary Teachers’ Conceptions of Nature of Science. Journal of Research in Science Teaching, v.37, n.4, p. 295-317, 2000.

ALEXANDER, P. A.; JUDY, J. E. The Interaction of Domain-Specific and Strategic Knowledge in Academic Performance. Review of Educational Research, v.58, n.4, p.375-404, 1988.

AMSEL, E.; BROCK, S. The Development of Evidence Evaluation Skills. Cognitive Development, v.11, p.523-550, 1996.

BARBERÁ, O.; VALDÉS, P. El trabajo práctico en la enseñanza de las ciencias: una revisión. Enseñanza de las Ciencias, v.14, n.3, p.365-379, 1996.

BARON, J. B.; STERNBERG, R. J. Teaching Thinking Skills. New York: W. H. Freeman and Company, 1986.

BERGER, C. F.; LU, C. R.; BELZER, S. J.; VOSS, B. E. Research on the uses of technology in Science Education. In: GABEL, D. (Ed). Handbook of Research on Science Teaching and Learning. New York: MacMillan, 1994. p. 466-490.

BORGES, A. T. Como Evoluem os Modelos Mentais. Revista Ensaio, v.1, n.1, p.85-125, 1999.

BORGES, A. T. Novos rumos para o laboratório escolar de Ciências. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v.19, n.3, p.291-313, 2002.

BORGES, A. T. O papel do laboratório no ensino de Ciências. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, I., 1997, Águas de Lindóia, São Paulo. Atas..., p. 2-11.

BORGES, A. T; RODRIGUES, B. A. A Física do som. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, IV, 2003, Bauru, São Paulo. Atas... BORGES, A.T.; BORGES, O.N; VAZ, A. Planejamento da solução de um problema. In:

ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, III., 2001, Atibaia, São Paulo. Atas..., p. 1-12.

BORGES, A.T.; BORGES, O.N.; SILVA, M.V.D.; GOMES, A.D.T. A resolução de problemas práticos no laboratório escolar. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, III., 2001, Atibaia. Atas...

BORGES, O.N.; BORGES, A.T.; SILVA, M.V.D.; GOMES, A.D.T. Situações inesperadas no laboratório escolar. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, VIII., 2002, Águas de Lindóia. Atas...

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC, 1999.

BROWN, M.; EDELSON, D. C. A Lab by Any Other Name: Integrating Traditional Labs and Computer-Supported Collaborative Investigations in Science Classrooms. In: C. HOADLEY; J. ROSCHELLE (Eds). Proceedings of the Computer Support for Collaborative Learning (CSCL). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 1999. p. 1-14.

CABRERA, B. Early Experiences with Physics Simulations in the Classroom. In: Proceedings of the Conference on Computer in Physics Instruction. North Caroline State University: Addison-Wesley Pub., 1988. p.77-83.

CAREY, S.; EVANS, R.; HONDA, M.; JAY, E.; UNGER, C. ´An experiment is when you try it and see if it works´: a study of grade 7 students´ understanding of the construction of scientific knowledge. International Journal of Science Education, v.11, n.5, p.514- 529, 1989.

CHALMERS, A. F. O que é Ciência afinal? 1ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. 225 p. CHEN, Z.; KLAHR, D. All Other Things Being Equal: Acquisition and Transfer of the

Control of Variables Strategy. Child Development, v.70, n.5, p.1098-1120, 1999.

CHINN, C. A.; BREWER, W. F. The Role of Anomalous Data in Knowledge Acquisition: A Theoretical Framework and Implications for Science Instruction. Review of Educational Research, v.63 , n.1, p.1-49, 1993.

CHINN, C. A.; BREWER, W. F. An Empirical Test of a Taxonomy of Responses to Anomalous Data in Science. Journal of Research in Science Teaching, v.35, n.6, p.623- 654, 1998.

COUTINHO, M. T. C.; MOREIRA, M. Psicologia da Educação. Belo Horizonte: Editora Lê, 2001. 215 p.

GIORGI, S.; CONCARI, S.; POZZO, R. Un estudio sobre las investigaciones acerca de las ideas de los estudiantes en fuerza y movimiento In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, IV., 2003, Bauru, SP. Atas…

DISESSA, A. A. Toward an Epistemology of Physics. Cognition and Instruction, v.10, n.2 & 3, p.105-225, 1993.

DRIVER, R.; LEACH, J.; MILLAR, R.; SCOTT, P. Young people’s images of science. Buckingham: Open University Press, 1996.

DRIVER, R.; SQUIRES, A.; RUSHWORTH, P.; ROBINSON, V. W. Making sense of secondary science: research into children’s ideas. London: Routledge, 1994. 210 p.

DUARTE, M. D. O trabalho laboratorial em manuais escolares de química portugueses dos 8º e 9º anos de escolaridade. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, II., 1999, Valinhos, São Paulo. Atas...

DUGGAN, S.; GOTT, R. The place of investigations in practical work in the UK National Curriculum for Science. International Journal of Science Education, v.17, n.2, p.137- 147, 1995.

ESCALADA, L. T.; ZOLLMAN, D. A. An Investigation on the Effects of Using Interactive Digital Video in a Physics Classroom on Student Learning and Attitudes. Journal of Research in Science Teaching, v.34 , n.5, p.467-489, 1997.

GATTO, D. The use of interactive computer simulations in training. Australian Journal of Educational Technology, v.9 , n.2, p.144-156, 1993.

GIL, D; FERNANDEZ, I.; CARRASCOSA, J.; CACHAPUZ, A.; PRAIA, J. Para uma imagem não deformada do trabalho científico. Ciência & Educação, v.7, n.2, p.125-153, 2001.

GIORDAN, M. O papel da experimentação no ensino de Ciências. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, II., 1999, Valinhos. Atas....

GOMES, A.D.T.; SILVA, M.V.D.; BORGES, O. N.; BORGES, A.T. Laboratórios Centrados em Computador. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, VIII., 1999, Brasília, D.F. Atas...

GOMES, A.D.T.; SILVA, M.V.D, BORGES, A.T e BORGES, O. N. Formação e desenvolvimento das habilidades relativas ao processo de investigação mediado por sensores. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, II., 1999, Valinhos. Atas....

GOMES, A.D.T.; BORGES, A.T. Percepção de estudantes sobre desenho de testes experimentais. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, IV, 2003, Bauru. Atas...

GOMES, A.D.T.; BORGES, A.T. Controle de variáveis e experimentação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, VIII., 2002, Águas de Lindóia. Atas...,2002.

GOTT, R.; DUGGAN, S. Investigative Work in the Science Curriculum. Buckingham: Open University Press, 1995. 146 p.

GURGEL, C. M. A. Ações investigativas no ensino da Física: sobre o método. In: TOMAZELLO, M. G. C. (Org.). A experimentação na aprendizagem de Conceitos físicos sob a perspectiva histórico-social. Piracicaba: UNIMEP/CAPES/PROIN, 2000. p.33-57.

HANSON, N. R. Observações e Interpretações. In: MORGENBESSER, S. (Org.). Filosofia da Ciência. São Paulo: Cultrix, 1975.

HART, C.; MULHALL, P.; BERRY, A.; LOUGHRAN, J.; GUNSTONE, R. What is the Purpose of this Experiment? Or Can Students Learn Something from Doing Experiments. Journal of Research in Science Teaching, v.37, n.7, p.655-675, 2000.

HODSON, D. Experiments in science and science teaching. Educational Philosophy and Theory, v.20, n.2, p.53-66, 1988.

HODSON, D. Hacia un enfoque más crítico del trabajo de laboratorio. Enseñanza de las Ciencias, v.12 , n.3, p.299-313, 1994.

HODSON, D. In search of a meaningful relationship: an exploration of some issues relating to integration in science and science education. International Journal of Science Education, v.14 , n.5, p.541-562, 1992.

HODSON, D. Toward a Philosophically More Valid Science Curriculum. Science Education, v.72, n.1, p.19-40, 1988.

HOFSTEIN, A.; LUNETTA, V. N. The Role of the Laboratory in Science Teaching: Neglected Aspects of Research. Review of Educational Research, v.52, n.2, p.201-217, 1982.

INHELDER, B.; PIAGET, J. Da lógica da criança à lógica do adolescente. São Paulo: Pioneira, 1976.

INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. INAF - Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional - Avaliação de Matemática. São Paulo: Ação Educativa, 2002. 20 p.

JENKINS, E. W. Research in Science Education in Europe: Retrospect and Prospect. In: BEHRENDT, H.; DAHNCKE, H.; DUIT, R.; GRÄBER, W.; KOMOREK, M.; KROSS, A.;REISKA, P. Research in Science Education – Past, Present, and Future. Dorderecht: Kluwer. 2001, p.17-26.

JIMOYIANNIS, A.; KOMIS, V. Computer simulations in physics teaching and learning: a case study on students' understanding of trajectory motion. Computers & Education, v.36, p.183-204, 2001.

KASELMAN, A.; KUHN, D. Facilitating Self-Directed Experimentation in the Computer Environment In: COMPUTER SUPPORT FOR COLLABORATIVE LEARNING (CSCL), VII., 2002, Boulder, Colorado. Atas…

KLAHR, D.; SIMON, H. A. What Have Psychologists (And Others) Discovered About the Process of Scientific Discovery. v.10, n.3, p.75-79, 2001.

KLAHR, D. Exploring Science: the Cognition and Development of Discovery Process. Cambridge: MIT Press, 2000. 239 p.

KLAHR, D.; FAY, A. L.; DUNBAR, K. Heuristics for Scientific Experimentation: A Developmental Study. Cognition and Instruction, v.25, p.111-146, 1993.

KLAHR, D.; DUNBAR, K. Dual Space Search During Scientific Reasoning. Cognitive Science, v.12, n.1, p.1-48, 1988.

KLAININ, S. Practical Work and Science Education I. In: FENSHAM, P. Development and dilemmas in science education. London: The Falmer Press, 1988. p. 169-188.

KLAYMAN, J.; HA, Y. Confirmation, Disconfirmation, and Information in Hypothesis Testing. Psychological Review, v.94, n.2, p.211-228, 1987.

KLAYMAN, J.; HA, Y. Hypothesis Testing in Rule Discovery: Strategy, Structure, and Content. Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory, and Cognition, v.15, n.4, p.596-604, 1989.

KOSLOWISKI, B. Theory and Evidence: The Development of Scientific reasoning. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1996. 288 p.

KOSLOWSKI, B.; OKAGAKI, L.; LORENZ, C.; UMBACH, D. When Covariation Is Not Enough: The Role of Causal Mechanism, Sampling Method, and Sample Size in Causal Reasoning. Child Development, v.60, p.1316-1327, 1989.

KUHN, D. Children and Adults as Intuitive Scientists. Psychological Review, v.96, n.4, p.674-689, 1989.

KUHN, D. Constraints or Guideposts? Developmental Psychology and Science Education. Review of Educational Research, v.67, n.1, p.141-150, 1997.

KUHN, D.; BRANNOCK, J. Development of the Isolation of Variables Scheme in Experimental and "Natural Experiment" Context. Developmental Psychology, v.13, n.1, p.9-14, 1977.

KUHN, D.; BLACK, J.; KESELMAN, A.; KAPLAN, D. The Development of Cognitive Skills To Support Inquiry Learning. Cognition and Instruction, v.18, n.4, p.495-523, 2000.

KUHN, D.; AMSEL, E.; O’LOUGHLIN, M. The Development of Scientific Thinking Skills. San Diego, California: Academic Press, Inc, 1988. 249 p.

KUHN, D.; ANGELEV, J. An Experimental Study of the Development of Formal Operational Thought. Child Development, v.47, p.697-706, 1976.

KUHN, T. S. A Estrutura das Revoluções Científicas. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1978. LATOUR, B. Ciência em Ação. São Paulo: Editora Unesp, 1998.

LAWSON, A. E. The Reality of General Cognitive Operations. Science Education, v.66, n.2, p.229-241, 1982.

LAZAROWITZ, R.; TAMIR, P. Research on using laboratory instruction in science. In: GABEL, D. (Ed.). Handbook of Research on Science Teaching and Learning. New York: MacMillan, 1994. p. 94-128.

LEACH, J. Learning science in the laboratory. The importance of epistemological understanding. In: LEACH, J.; PAULSEN, A. C. (Eds.). Practical Work in Science Education. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1999. p. 134-147.

LIJNSE P. L. (1995). Developmental Research as a way to an empirically based Didactical Structure of Science. Science Education,v.79, p. 189-199.

LIN, X.; LEHMAN, J. D. Supporting Learning of Variable Control in a Computer-Based Biology Environment: Effects of Prompting College Students to Reflect on Their Own Thinking. Journal of Research in Science Teaching, v.36, n.7, p.837-858, 1999. LUNETTA, V. N.; HOFSTEIN, A. Simulations in Science Education. Science Education,

v.65 , n.3, p.243-252, 1981.

MAYER, R. E.; WITTROCK, M. C. Problem-solving transfer. In: BERLINER, D. C.; CALFEE, R. C. (Eds). Handbook of Educational Psychology. New York: MacMillan, 1996. p. 47-62.

MCCLOSKEY, M. Naive theories on motion. In: GENTNER, D.; STEVENS, A. L. (Eds). Mental Models. Hillsdale, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1983. p.299-324. MCKINNEY, W. J. The Educational Use of Computer Based Science Simulations: Some

Lessons from the Philosophy of Science. Science & Education, v.6, p.591-603, 1997. MEDEIROS, A.; MEDEIROS, C. F. Possibilidades e Limitações das Simulações

Computacionais no Ensino de Física. Revista Brasileira de Ensino de Física, v.24, n.2, p.77-86, 2002.

MEDEIROS, A.; BEZERRA FILHO, S. A natureza da Ciência e a Instrumentação para o Ensino de Física. Ciência & Educação, v.6, n.2, p.107-117, 2000.

MEYER, K.; CARLISLE, R. Children as experimenters. International Journal of Science Education, v.18, n.2, p.231-248, 1996.

MEYER, K.; WOODRUFF, E. Consensually driven explanation in science teaching. Science Education, v.81, n. 2, p.173-192, 1997.

MILLAR, R. A means to an end: the role of processes in science education. In: WOOLNOUGH, B. E. Practical Science. The role and reality of practical work in school science. Philadelphia: Open University Press, 1991. p.43-52.

MILLAR, R.; DRIVER, R. Beyond Processes. Studies in Science Education, v.14, p.33-62, 1987.

MILLAR, R. Science Curriculum for all. School Science Review, v.77, 1996.

NOVAK, J. D. An Alternative to Piagetian Psychology for Science and Mathematics Education. Science Education, v.61, n.4, p.453-477, 1977.

NTOMBELA, G. M. A marriage of inconvenience? School science practical work and the nature of science. In: LEACH, J.; PAULSEN, A. (Eds). Practical Work in Science Education. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1999. p. 118-133.

PAULA, H. F. A Ciência escolar como instrumento para compreensão da atividade