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Dois instrumentos de coleta de dados são utilizados nesse estudo. São eles: uma descrição da escrita das observações de algumas aulas acompanhadas durante a iniciação à docência e uma análise das entrevistas narrativas depois do término do Estágio Supervisionado II das licenciandas de Pedagogia.

2.2.1 Estágio Supervisionado: observações e entrevistas

A escolha de observação com escrita descritiva deu-se a partir de estudos que explicam a importância para a pesquisa, como ressaltam os autores (LAVILLE e DIONE, 1999, p. 176), “a observação revela-se certamente nosso privilegiado modo de contato com o real: e observando que nos situamos, orientamos nossos deslocamentos, reconhecemos as pessoas, emitimos juízos sobre elas”. Analisa-se que o contato direto com o sujeito pesquisado é de grande relevância, porque observa o desenvolvimento e comportamento e também o método de ensino adotado de trabalhos em sala de aula durante a iniciação à docência na prática.

A observação de acordo com (LAVILLE e DIONE, 1999, p. 182), “[...] não é também uma técnica exclusiva: ela se presta, às vezes admiravelmente, a casamentos com outras

técnicas e instrumentos”. Justifica-se a técnica de observação como um dos instrumentos de coleta de dados, porque coloca o pesquisador em contato direto com os sujeitos em campo durante à iniciação à docência e serve para complementar outras técnicas de pesquisa. A respeito da técnica de observação, Ludke e André (1986) ressaltam:

A observação direta permite também que o observador chegue mais perto da

“perspectiva dos sujeitos”, um importante alvo nas abordagens qualitativas.

Na medida em que o observador acompanha in loco as experiências diárias dos sujeitos, pode tentar apreender a sua visão de mundo, isto é, o significado que eles atribuem à realidade que os cerca e ás suas próprias ações (LUDKE e ANDRÉ, 1986, p. 26).

Para Ludke e André (1986) a observação também permite que o pesquisador compreenda melhor as ações dos sujeitos em campo, porque ele acompanha mais de perto e faz suas conclusões de tudo que observou.

A técnica de observação segundo as autoras (LAKATOS e MARCONI, 2003, p. 191),

“[...] desempenha papel importante nos processos observacionais, no contexto da descoberta, e obriga o investigador a um contato mais direto com a realidade. É o ponto de partida da investigação social”. Esses autores aproximam-se nas questões: que a observação é uma técnica que coloca o pesquisador em contato direto com o sujeito em campo para compreender melhor a realidade do processo de investigação.

Os autores (WALLER, 1932 apud BOGDAN e BIKLEN, 1994, p. 30) basearam-se em

“[...] entrevistas em profundidade, em histórias de vida, na observação participante, no registro de casos, em diários, cartas e outros documentos pessoais, para descrever o mundo social dos professores e seus alunos”. Segundo os autores as técnicas sobre entrevistas e observações são importantes no mundo social, porque registra e descreve a vida dos participantes da pesquisa, seja em qualquer tipo de investigação.

Vale ressaltar que estudos sobre entrevistas feitos pelos autores (LAVILLE e DIONE, 1999, p. 187) apontam: “[...] sabe-se que tal abordagem aumenta sensivelmente a taxa de resposta, sem dúvida, porque é mais difícil dizer não a alguém do que jogar no lixo um questionário, e também, porque o esforço exigido do interrogado é menor”. A entrevista é uma técnica para o pesquisador conseguir mais conteúdos para a análise, diferente de questionários que podem não ter retorno de todos os sujeitos investigados.

Para (LAVILLE e DIONE, 1999, p. 187), “[...] a flexibilidade adquirida permite obter dos entrevistados informações muitas vezes mais ricas e fecundas, uma imagem mais próxima da complexidade das situações, [...] e exigirá cuidado e prudência por parte do pesquisador”.

Os autores Laville e Dione (1999) apontam que os entrevistados tendem relatar melhor as

informações e as respostas mais próximas da realidade de estudo do que aplicar um questionário que pode não ter retorno de todos os autores pesquisados.

De acordo com (LAKATOS e MARCONI, 2003, p. 195), a técnica de entrevista “[...]

é um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social”. Seja na vida social importante entrevistar a população de uma determinada comunidade para procurar melhorias para seu bairro, por exemplos, unidade de saúde, saneamento básico, escola de qualidade, infraestrutura entre outros. Também é importante entrevistar os sujeitos de uma pesquisa para compreender as contribuições de determinado assunto na vida de cada sujeito.

De acordo com os autores mencionados nessa subseção da grande vantagem da técnica de entrevista Ludke e André (1986) ressaltam:

A grande vantagem da entrevista sobre outras técnicas é que ela permite a captação imediata e corrente da informação desejada, praticamente com qualquer tipo de informante e sobre os mais variados tópicos. Uma entrevista bem-feita pode permitir o tratamento de assuntos de natureza estritamente pessoal e íntima, assim como temas de natureza complexa e de escolhas nitidamente individuais. Pode permitir o aprofundamento de pontos levantados por outras técnicas de coleta de alcance mais superficial, como o questionário. E pode também, o que a torna particularmente útil, atingir informantes que não poderiam ser atingidos por outros meios de investigação, como é o caso de pessoas com pouca instrução formal, para as quais a aplicação de um questionário escrito seria inviável (LUDKE e ANDRÉ, 1986, p. 34).

Nesta concepção, a técnica de entrevista tem uma grande vantagem em relação a aplicar um questionário, porque o pesquisador consegue com qualquer informante, seja letrado ou não. Também o questionário o pesquisador não consegue as respostas com mais aprofundamento e a entrevista o pesquisador consegue instigar mais e colher mais informações. Um grande exemplo sobre questionário foi durante nossa pesquisa de Monografia, de 20 licenciandos entrevistados pela técnica de questionário só tivemos o retorno de 12 sujeitos.

2.2.2 Estágio Supervisionado: processo de coleta de dados das narrativas

O processo de coleta de dados ocorreu a partir da participação efetiva com as licenciandas de Pedagogia da (UFS), com as observações em sala de aula e também suas experiências contadas com base nas narrativas, a construção do uso de tecnologias no estágio supervisionado na educação infantil. Por isso, descrevemos cada aula observada em sala de

aula no dia de trabalho de todas as licenciandas e foram exploradas todas as dinâmicas das narrativas escritas.

No primeiro momento dessa pesquisa acompanhamos e observamos algumas aulas de cada licencianda para descrever as metodologias utilizadas por cada uma. Para a segunda fase da pesquisa, entrevistamos as licenciandas no término das atividades do Estágio Supervisionado II, ressalvamos que a proposta dos tópicos não é de fragmentar as narrativas.

O propósito da entrevista é a liberdade de narração, relatando a experiência sala de aula durante o estágio, na qual as participantes fossem livres para acrescentar sugestões que lhes conviessem.

O primeiro encontro, com cada licencianda, foi com uma apresentação da pesquisa, foi proveitoso, pois elas nos receberam muito bem. Ao término das observações em sala de aula, marcamos um novo encontro para entrevistá-las todas as licenciandas com questões abertas no espaço da Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto Carvalho em Itabaiana. Suas narrativas foram suficientes para fazer a análise desse estudo e concluímos com ênfase.