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Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia do Solo

No documento Ata... (páginas 67-83)

Coordenador: Solon Cordeiro de Araújo ANPI

Secretário: Cesar de Castro Embrapa Soja

3.2.1. Participantes

Nome Instituição Modalidade

Agnaldo dos Santos UBYFOL Ouvinte

Alain Carneiro Zola EMATER-PR Ouvinte

André Aguirre Ramos PIONEER Ouvinte

Antonio Carlos de C. Bernardes Gapes Ouvinte Aureo F. Lantmann Embrapa Soja Ouvinte César de Castro Embrapa Soja Ouvinte

Cezar Augusto Minami FFALM Ouvinte

Clóvis Manuel Borkert Embrapa Soja Ouvinte

Dácio Rocha Sementes Boa Fé Ouvinte

Daniel Gianluppi Embrapa Roraima Ouvinte

Dirceu Klepker Embrapa Soja Ouvinte

Edson Feliciano de Oliveira COODETEC Titular Fábio José Martins Fazenda Fartura - SP Ouvinte Fábio Luis Motasso Nitral Urbana Ouvinte Fábio Martins Mercante Embrapa Agropec. Oeste Titular Faraday Geraldo Zanandréa Junior Fazenda Esperança Ouvinte Franklin Franchini Cooperativa Ouvinte

Gedi J. Sfredo Embrapa Soja Ouvinte

Gil Miguel de Sousa Camara ESALQ/USP Ouvinte

Gilberto Ogleari UBYFOL Ouvinte

Gilmar Sponchiado Coopervale Ouvinte Hélio Takaaki Ohara Sementes Mauá Ouvinte

Hélio Toda Ponto Rural Ouvinte

Irineu Baptista Cooperativa Integrada Ouvinte Jeferson Antônio de Souza EPAMIG Titular Jhonny Anderson Antunes Pereira PIONEER Ouvinte João Chrisostomo Pedroso Neto EPAMIG Suplente

José Carlos Denck COAGEL Ouvinte

Júlio César Bertoni Cargill Fertilizantes Ouvinte

Juscelino Stabile UBYFOL Ouvinte

Kiyoko Hitsuda JIRCAS/Embrapa Soja Ouvinte Leonardo Régis Pereira Embrapa Soja/UEL Ouvinte

Livingstone Bonesi FFALM Ouvinte

Lúcio Silva UBYFOL Ouvinte

Luis Antônio da Silva UFU/ICIAG Ouvinte Luiz Henrique Saes Zobiole UEL Ouvinte Marcelo C. R. Bortolato Sementes Petrovina Ouvinte Marcelo de Godoy Oliveira BIAGRO Ouvinte Márcio Antônio Montechese Eng. Agr. Balsas-MA Ouvinte Márcio de Menezes E Souza UBYFOL Ouvinte Marcio de Menezes Souza UBYFOL Ouvinte Marcos Aurélio Marangon CONAGRO Ouvinte

Marcos J. Riechi AGROTERRA Ouvinte

Milton Dalbosco COPACOL Ouvinte

Nedio Busanello FFALM Ouvinte

Nelson Harger EMATER-PR Ouvinte

Paulo Cesa EMATER-PR Ouvinte

Paulo César Montemór Ouvinte

Paulo Mariotto Castello Branco Terra Brasileira Lab Ouvinte Paulo R. de Guerra Carvalho COFERCATU Ouvinte

Régis Colombo COPACOL Ouvinte

Roberto Ishimura Detec Assessoria Técnica Ouvinte Roberto Shigueo Muruoka FFALM Ouvinte

Roberto Zito EPAMIG Ouvinte

Rodrigo Ayusso Guerzoni CTPA/AR Titular

Rodrigo M. Nakamura FFALM Ouvinte

Rubens José Campo Embrapa Soja Ouvinte Rubens Natanael Timm Agrossuinos Ouvinte Rubson N. R. Sibaldelli Embrapa Soja Ouvinte Sandra Mara Vieira Fontoura FAPA Titular

Solon C. Araujo ANPI Titular

Tarcizio de A. Araujo STOLLER Ouvinte Valdecir Antonio Zardo Coopervale Ouvinte Valmir Grandizoli Fazenda da Mata Ouvinte Valtemir José Carlin Agrodinâmica Ouvinte

Walmor Roim BASF S.A. Ouvinte

3.2.2. Trabalhos Apresentados, por Instituição

Embrapa Roraima

Relator: Daniel Gianluppi

Título: Efeito de Mn e Cu em soja cultivada nos cerrados de Roraima Relator: Daniel Gianluppi

Título: Efeito de Zn e B em soja cultivada nos cerrados de Roraima Relator: Daniel Gianluppi

Título: Nodulação da soja em resposta à aplicação de doses de fungicida e de inoculante em Roraima

JIRCAS/Embrapa Soja Relator: Kioko Hitsuda

Título: Capacidade de suprimento de enxofre e micronutrientes em dois solos de cerrado do nordeste do Brasil (3) diagnose nutricional de enxofre na soja

Relator: Kioko Hitsuda

Título: Capacidade de suprimento de enxofre e micronutrientes em dois solos de cerrado do Nordeste do Brasil (4) diagnose nutricional de boro na soja

FCAV/UNESP Jaboticabal-SP Relator: Luíz Carlos Tasso Júnior

Título: Aplicação de cálcario e gesso agrícola na cultura da soja em sistema de rotação com cana-de-açúcar (Saccharum spp) co- lhidas mecanicamente crua

EPAMIG

Relator: Jeferson Antônio De Souza

Título: Resposta da soja à aplicação de Co e Mo, via foliar e trata- mento de sementes, na região do Triângulo Mineiro

Relator: Jeferson Antônio De Souza

Título: Efeito da aplicação de Co e Mo no rendimento de soja de primeiro ano

Relator: Roberto Kazuhiko Zito

Título: Aplicação de Mo em sementes de soja e efeitos sobre o rendi- mento

Relator: João Chrisóstomo Pedroso Neto

Título: Doses e modos de aplicação de potássio na cultura da soja sob duas condições edafoclimáticas de Minas Gerais

Relator: Jeferson Antônio De Souza

Título: Efeito de doses de cobre na concentração foliar e produtivida- de da soja

Relator: Jeferson Antônio De Souza

Título: Resposta de duas cultivares de soja ao parcelamento de micronutrientes +enxofre

Embrapa Soja

Relator: Gedi Jorge Sfredo

Título: Efeito das relações entre Ca, Mg e K em latossolo roxo distrófico sobre a produtividade da soja

Relator: Gedi Jorge Sfredo

Título: O cobre (Cu) na cultura da soja: diagnose foliar Relator: Clóvis Manuel Borkert

Título: Análise de trilha simples e em cadeia nas interrelações dos teores de Ca, Mg e K, no solo, na folha e no grão, com a produção de soja

Relator: Clovis Manuel Borkert

Título: Aplicação de potássio em soja, doses e épocas, em solo are- noso no Mato Grosso

Relator: Aureo Francisco Lantmann

Título: Aferição de resultados de experimento com fósforo e potás- sio para a soja utilizando o índice DRIS

Relator: Rubens José Campo

Título: Caracterização de estirpes de Bradyrhizobium quanto à sua tolerância e diversidade genetica em relação ao Al

Relator: Rubens José Campo

Título: Avaliação de estirpes de Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii para a soja

Relator: Rubens José Campo

Título: Efeito da aplicação de fungicidas e micronutrientes na nodulação e no rendimento da soja

Relator: Rubens José Campo

Título: Efeito da aplicação de micronutrientes na nodulação e no ren- dimento da soja

Relator: Rubens José Campo

Título: Método alternativo para fornecer Mo para a soja e a fixação biológica do nitrogênio

Embrapa Agropecuária Oeste Relator: Fábio Martins Mercante

Título: Eficiência de inoculante microbiano na fixação biológica de nitrogênio na cultura da soja

Relator: Fábio Martins Mercante

Título: Efeitos da inoculação de estirpes de Bradyrhizobium japonicum/ B. elkanii na cultura da soja, em Dourados-MS

ESALQ

Relator: Gil Miguel De Sousa Câmara

Título: Acompanhamento da nodulação radicular da soja com base na evolução fenológica da cultivar MG/BR 46 (Conquista) Universidade Federal de Uberlândia

Relator: Luís Antônio Da Silva

Título: Resposta da soja à adubação foliar com fertilizantes a base de macronutrientes, micronutrientes e aminoácidos

3.2.3. Revisão das Recomendações Técnicas para

a Região Central do Brasil e para o Paraná

para a Safra de 2001/02

Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Paraná 2000/01 e Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central do Brasil 200/01.

Acrescentar novo item no capítulo 4 (Correção e Manutenção da Fertilidade do Solo), com o mesmo texto:

4.5. e 4.7. (Paraná e Região Central do Brasil, respectivamente) Uso do DRIS

O sistema integrado de diagnose e recomendação (DRIS), constitui-se de um argumento estatístico, que considera o equilíbrio entre os nutrientes da soja, avaliados pela análise foliar, com repercussão na sua produtividade.

Para melhor interpretação dos índices DRIS de uma amostra de produtividade da soja com sua respectiva avaliação nutricional, devem ser levados em consideração as seguintes observações: 1) que a base de dados para as normas estabelecidas pelo DRIS seja regional. 2) que sempre se compare pelo menos duas amostras submetidas ao estabelecimento de índices DRIS, com diferentes produtividades e de mesmo local. 3) que se constitua um histórico da evolução, da fertilidade do solo local e da produtividade ao longo dos anos. Esses procedimentos vão assegurar a devida interpretação de índices DRIS.

Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Central do Brasil 200/01 - Item 4.6.1.1 Adubação fosfatada (página 83) è Redação anterior:

“Além da adubação corretiva, deve-se fazer, ainda, a adubação de manutenção. A adubação de manutenção é indicada quando o nível de P do solo está classificado como Médio ou Bom (Tabela 4.3), a qual, para a cultura da soja, é de 20 kg de P2O5.ha-1, para

produtividades maiores, a adubação de manutenção deve ser proporcionalmente aumentada.”

è Redação atual:

“Quando o nível de P no solo estiver classificado como Médio ou Bom (Tabela 4.3), usar somente a adubação de manutenção, a qual, para a cultura da soja, é de 20 kg de P2O5 .ha-1, para cada

1000 kg de grãos produzidos.

Ao se usar a Adubação Corretiva Total (Tabela 4.4), deve-se fazer, ainda, a adubação de manutenção.

Na Adubação Corretiva Gradual, na dose indicada na Tabela 4.4., já está incluída a adubação de manutenção.”

Itens 4.6.3. (Região Central) e 4.3.3.3. (Paraná). Adubação com Enxofre - pág 86, parágrafo 2º, Região Central e pág 114, parágrafo 4º, Paraná.

è Onde se lê:

”Além disso, para determinar a necessidade correta de S, deve-se fazer a análise do solo e/ou de folhas, cujos níveis críticos são de 10 mg dm-3, no solo, e de 3 g kg-1 nas folhas.”

è Leia-se:

“Além disso, para determinar a necessidade correta de S, deve-se fazer a análise do solo e/ou de folhas, cujo nível crítico, no solo, é de 10 mg dm-3 e a faixa de suficiência, nas folhas, é de 2,1 a

4,0 g kg-1.

No item 4.5.1. Exigências minerais (página 79, Região Central do Brasil), na TABELA 4.1. Quantidade absorvida e concentração de nutrientes na cultura da soja. As unidades referente as colunas de B, Cl, Mo, Fe, Mn, Zn e Cu:

è onde se lê:

g (1000 kg)-1 ou g kg-1

è leia-se:

Na Tabela 4.2. Concentrações de nutrientes usadas na

interpretação dos resultados das análises de folhas de soja do terço superior no início do florescimento. Embrapa Soja. Londrina, PR. 1985., constante do item 4.5.2. Diagnose foliar (página 80, Região Central do Brasil) e na Tabela 4.3, de igual título e conteúdo, constante no Item 4.3.2. Diagnose foliar (página 110, Paraná):

Esta bibliografia deve estar incluída nas citações das Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Paraná e na Região Central do Brasil:

SFREDO, G.J.; BORKERT, C.M.; KLEPKER, D. O cobre (Cu) na cultura da soja: Diagnose Foliar. In: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL, 23. Resumos. Embrapa Soja. Londri- na, PR.14/08/2001. p.95; 2001.

Na Tabela 4.9. Recomendação da aplicação de doses de enxofre (S) e de micronutrientes no solo, para a cultura da soja., constante do item 4.6.3. Adubação com enxofre (página 85, Região Central do Brasil) e na Tabela 4.7, de igual título e conteúdo, constante no item 4.3.3.3. (página 114, Paraná):

Ateração do título das referidas tabelas: è onde se lê:

Recomendação da aplicação de doses de enxofre (S) e de micronutrientes no solo, para a cultura da soja.

è leia-se:

Elemento Deficiente oumuito baixo Baixo Suficienteou médio Alto Excessivo oumuito alto ... onde se lê: Cu <5 5 - 9 10 - 30 31 - 50 >50 leia-se: Cu1 <6 6 - 14 >14 1

Recomendação da aplicação de doses de enxofre (S) e de micronutrientes no solo, para a cultura da soja1.

Alteração da chamada de rodapé das referidas tabelas: è onde se lê:

Fonte: 1. Micronutrientes: Galrão (1998). Dados não publica- dos

2. Enxofre (S): Sfredo, Lantmann & Borkert, 1999. è leia-se:

Fonte: 1Sfredo, Lantmann & Borkert, 1999.

Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja no Paraná 2000/ 01 e Recomendações Técnicas para a Cultura da Soja na Região Cen- tral do Brasil 200/01:

Desmembramento do Capítulo 7. TRATAMENTO COM FUNGICIDAS, APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES E INOCULAÇÃO DE SEMENTES DE SOJA, em:

- Capítulo 7. TRATAMENTO DE SEMENTES COM FUNGICIDAS e - Capítulo 8. INOCULAÇÃO DAS SEMENTES COM BRADYRHIZOBIUM O ítem 7.3. do capítulo original “Aplicação de micronutriente” foi trans- ferido para o capítulo 4 Correção e Manutenção da Fertilidade do Solo. Redação do capítulo 8:

8. Inoculação das Sementes com Bradyrhizobium 8.1. Introdução

O nitrogênio (N) é o nutriente requerido em maior quantidade pela cultura da soja. Estima-se que para produzir 1000 kg de grãos são necessários aplicar 80 kg de N. Basicamente, as fontes de N disponí- veis para a cultura da soja são os fertilizantes nitrogenados e a fixação biológica do nitrogênio (FBN) (Hungria et al. 1997).

Fertilizante nitrogenado - É a forma assimilada com maior rapidez pelas plantas, mas a um custo elevado, porque eles possuem baixa eficiência de utilização pelas plantas (raramente ultrapassando 50%). O restante do N é perdido por lixiviação e desnitrificação, podendo

causar sérios problemas de poluição, resultando em acúmulo de for- mas nitrogenadas em águas dos rios e lagos. Além disso, os adubos nitrogenados aumentam a velocidade de decomposição da matéria or- gânica do solo e são altamente prejudiciais para o processo de FBN, que é a principal fonte de N para a soja.

Fixação biológica do nitrogênio (FBN) - É a principal fonte de N para a cultura da soja. Bactérias do gênero Bradyrhizobium quando em contato com as raízes da soja infectam as raízes, via pelos radiculares, formando os nódulos. Dentro dos nódulos, as bactérias, através de uma enzima chamada dinitrogenase, conseguem quebrar a tripla liga- ção do N2 atmosférico e provocar a sua redução até NH3, a mesma forma obtida no processo industrial. A essa amônia são, então, rapida- mente incorporados íons H+, abundantes nas células das bactérias,

ocorrendo a transformação em íons amônio (NH4+) que serão, então,

distribuídos para a planta hospedeira e incorporados em formas de N orgânico (Hungria et al., 1997). A FBN pode, dependendo de sua efici- ência, fornecer todo o N que a soja necessita. Para isso, alguns cuida- dos devem ser observados e considerados pela assistência técnica e produtores, na semeadura e cultivo da soja.

A eficiência da FBN depende de uma série de fatores inerentes ao ambiente onde a simbiose ocorre, à planta e à bactéria. Os fatores ambientais mais limitantes são as altas temperaturas e o estresse hídrico. Outras limitações podem ser as relacionadas à capacidade de FBN das cultivares de soja e à nutrição da planta como: excesso de acidez do solo, com presença de Al e Mn, e deficiência de P, K, Ca e Mg e de micronutrientes, especialmente Mo e Co, que são importantes no pro- cesso de FBN. Com relação à bactéria, além da eficiência de fixação simbiótica e da competitividade de cada estirpe, sabe-se que, aumen- tando a população de células viáveis da bactéria na semente, através da inoculação, independente da população existente no solo, aumen- ta-se a ocorrência de nódulos na coroa do sistema radicular da soja, que são os que possuem maior eficiência de FBN (Weaver & Frederick, 1974). Assim, todos ao fatores que influem na população de células nas sementes, tais como quantidade e qualidade dos inoculantes, cui- dados na inoculação, aderência dos inoculantes nas sementes e apli- cações de fungicidas e micronutrientes nas sementes, são fundamen- tais para o sucesso da FBN.

8.2. Qualidade e Quantidade dos Inoculantes

Os inoculantes turfosos, líquidos ou outras formulações, devem conter uma população mínima de 1x108 células/g ou ml de inoculante

e devem comprovar a eficiência agronômica, conforme normas oficiais da RELARE, aprovadas pelo Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento (MAPA).

A quantidade mínima de inoculante a ser utilizada deve ser a que forneça 160.000 células/semente. Entretanto, resultados recentes de pesquisa tem mostrado que doses maiores de inoculante aumentam a nodulação e o potencial de FBN. Por isso, no Brasil, a pesquisa tem recomendado a dose de 500 g/50 kg de semente, no caso dos inoculantes turfosos. Para outras formulações de inoculantes e inoculantes turfoso com populações superiores a 1x108 células/g, cabe

a cada fabricante definir a dose do inoculante a ser utilizada, em fun- ção da concentração de bactérias do seu produto, garantida junto ao MAPA. Por questões comerciais, algumas empresas recomendam do- ses muito pequenas de inoculantes, mas os agricultores, para garanti- rem uma boa população de células nas sementes e uma boa nodulação devem aplicar, no mínimo, 300.000 células/semente.

8.2.1. Cuidados ao adquirir um inoculante:

a) adquirir inoculantes recomendados pela pesquisa e devidamente registrados no MAPA. O número de registro deverá estar impresso na embalagem;

b) não usar inoculante com prazo de validade vencido e que não tenha uma população mínima de 1x 108 células viáveis por grama ou ml

do produto;

c) certificar-se de que o mesmo estava armazenado em condições satisfatórias de temperatura e arejamento e transportá-lo e conservá-lo em lugar fresco e bem arejado;

d) certificar-se de que os inoculantes contenham duas das estirpes recomendadas para o Brasil (SEMIA 587, SEMIA 5019, SEMIA 5079 e SEMIA 5080);

e) em caso de dúvida sobre a qualidade do inoculante, contatar um fiscal do MAPA.

8.2.2. Cuidados na inoculação:

a) fazer a inoculação das sementes à sombra e, efetuar a semeadura no mesmo dia, especialmente se as sementes foram tratadas com fungicidas e micronutrientes, mantendo as sementes inoculadas protegidas do sol e do calor excessivo;

b) evitar o aquecimento, em demasia, do depósito das sementes na semeadora, pois altas temperaturas reduzem o número de bactérias viáveis aderidas às sementes.

c) para melhor aderência dos inoculantes turfosos nas sementes reco- menda-se umedecer as sementes com 300 ml/50 kg semente de água açucarada a 10-15% (100 a 150 g de açúcar e completar para um litro de água);

d) umedecer as sementes com a solução açucarada, homogeneizar, adicionar o inoculante, homogeneizar e deixar secar à sombra. A homogeneização das sementes pode ser feita em máquinas própri- as, tambor giratório ou betoneira.

8.3. Aplicação de Fungicidas nas Sementes junto com o Inoculante Resultados de pesquisa têm mostrado que a maioria das combi- nações de fungicidas indicados para o tratamento de sementes redu- zem a nodulação e a FBN (Campo & Hungria, 2000). Portanto, sugere- se aos agricultores que, se quiserem solucionar, ou ao menos ameni- zar, os efeitos negativos da aplicação dos fungicidas sobre a sobrevi- vência do bradirizóbio e aumentar a probabilidade de obter rendimen- tos de soja mais elevados, adotem alguns procedimentos alternativos, conforme segue.

A maior freqüência de efeitos negativos do tratamento de se- mentes com fungicidas na FBN ocorre em solos de primeiro ano de cultivo com soja, com baixa população de Bradyrhizobium spp. Nesse caso, para garantir melhores resultados com a inoculação e o estabe- lecimento da população do Bradyrhizobium spp. ao solo o agricultor deve evitar o tratamento de sementes com fungicidas, desde que: 1) as sementes possuam alta qualidade fisiológica e sanitária, estejam

livres de fitopatógenos importantes (pragas quarentenárias A2 ou pragas não quarentenárias regulamentadas), definidos e controla- dos pelo Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) ou Certificado

Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC), conforme legislação. (Instrução Normativa Nº 6 de 13 de março de 2000, publicada no D.O.U. no dia 05 de Abril de 2000); e

2) o solo apresente boa disponibilidade hídrica e temperatura adequa- da para rápida germinação e emergência.

Caso essas condições não sejam atingidas, o produtor deve tra- tar a semente com fungicidas, dando preferência às misturas Carboxin + Thiram, Difenoconazole + Thiram, Carbendazin + Captan, Thiabendazole + Tolylfluanid ou Carbendazin + Thiram, que demons- traram ser os menos tóxicos para a bactéria. A sugestão de se utilizar esses princípios ativos foi baseada nos resultados de pesquisas obti- dos com os produtos comerciais disponíveis no mercado na safras 1997/98 e 1998/99. Alterações nas formulações dos produtos comer- ciais, com os diferentes princípios ativos recomendados para a cultura da soja, são constantes e seus efeitos sobre a bactéria podem variar em função dessas alterações. Sugere-se a preferência por essas mis- turas, também para áreas já cultivadas com soja.

8.4. Aplicação de micronutrientes nas sementes

Os resultados de pesquisa têm mostrado que o Co e o Mo são indispensáveis para a eficiência da FBN, para a maioria dos solos onde a soja vem sendo cultivada. As indicações técnicas atuais desses nu- trientes são para aplicação de 2 a 3 g de Co e 12 a 30 g de Mo/ha via semente ou em pulverização foliar, nos estádios de desenvolvimento V3-V5. Para facilidade e economia dessa aplicação, esses micronutrientes podem ser aplicados com herbicidas de pós-emergên- cia, baculovírus ou inseticidas (Campo et al., 2000 e Campo et al., 2001).

8.5. Aplicação de Fungicidas e Micronutrientes nas Sementes, junto com o Inoculante

Resultados de pesquisa mostraram que a aplicação dos micronutrientes juntamente com fungicidas, antes da inoculação, apresentaram altas reduções no número de nódulos e da FBN. Assim, quando se utilizar fungicidas no tratamento de sementes, como alternativa, os agricultores podem aplicar os micronutrientes por pulverização foliar nas mesmas doses acima (Campo & Hungria, 2000, Campo et al., 2000 e 2001).

8.6. Inoculação em Áreas com Cultivo Anterior de Soja Os ganhos com a inoculação, em áreas já cultivadas

anteriormente com soja, são menos expressivos do que os obtidos em solos de primeiro ano. Todavia, têm sido observados ganhos médios de 4% a 15% no rendimento de grãos com a inoculação em áreas já cultivadas com essa leguminosa. Por isso, recomenda-se reinocular todos os anos. Isso favorece a competição das estirpes inoculadas contra as estirpes do solo, aumentando a formação de nódulos na região da coroa do sistema radicular, onde os nódulos são mais eficientes quanto à eficiência da FBN.

8.7. Inoculação em Áreas de Primeiro Cultivo com Soja

Como a soja não é uma cultura nativa do Brasil e a bactéria

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