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A NUVEM DE GLÓRIAA NUVEM DE GLÓRIA

No documento Tabernáculo de Moises (1) (páginas 169-173)

A NUVEM DE GLÓRIA

_________________Êxodo 40.1-38; Números 9.15-23_______________

Nesta parte final, examinaremos o coroamento de glória na conclusão da obra que Deus havia incumbido a Moisés.

Quando o Tabernáculo e todos os seus utensílios foram concluídos, os edificadores trouxeram tudo a Moisés para que ele verificasse se tudo havia sido construído de acordo com o padrão divino.

Os capítulos finais do livro de Êxodo (39 e 40) mencionam 17 vezes que tudo foi feito “como o SENHOR tinha ordenado a Moisés”.

Moisés levantou o Tabernáculo, posicionando os móveis nos lugares divinamente designados, aspergindo tudo com sangue e ungindo com santo óleo. Assim “... Moisés terminou a obra” (Êxodo 40.33).

Tudo isso foi feito no dia em que o Tabernáculo foi dedicado ao Senhor. Depois de tudo isso, as Escrituras nos dizem que “então a nuvem cobriu a Tenda do Encontro, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo” (Êxodo 40.34).

Nem mesmo Moisés pôde entrar no Tabernáculo porque a nuvem de glória estava sobre ele e enchia o local. Este foi o selo de Deus sobre a obra que Ele mesmo havia planejado e que tinha sido edificada pela sabedoria e pelo Espírito de Deus através de vasos escolhidos, de acordo com o modelo revelado a Moisés no monte de Deus.

Daquele dia em diante, a nuvem iria guiar a peregrinação da nação pelo deserto.A nuvem de glória representa a presença do Espírito Santo. Ele é a nuvem da presença de Deus que cumpre, em seu ministério e atuação, tudo que a figura da nuvem de glória representava para Israel.

Apresentamos a seguir um breve resumo abordando a história, função e ministério da “nuvem” em relação aos filhos de Israel e ao Tabernáculo, que constituíam a “congregação no deserto” (Atos 7.38).

1. O Senhor conduziu Israel na saída do Egito para a terra prometida através de uma coluna de nuvem (de dia) e de fogo (à noite). Esta é primeira menção à nuvem (Êxodo 13.21,22). Observe as bênçãos recebidas pela presença da nuvem:

a.

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b.

b. O Senhor os conduzia. Assim o Espírito Santo conduz a Igreja.

c.

c. A nuvem proporcionava-lhes luz à noite. Luz em meio às trevas.

d.

d. A nuvem era uma coluna de fogo, aquecendo-os durante a noite.

e.

e. A nuvem proporcionava uma sombra para eles durante o dia, aliviando-os do calor.

Tudo que a nuvem representava para Israel, o Espírito Santo representa para a Igreja.

2. A nuvem guiou Israel através do Mar Vermelho. A nuvem trouxe trevas para os egípcios, mas iluminou o caminho para os israelitas, o povo de Deus (Êxodo 14.19-31; compare com 2 Coríntios 2.15,16). O Senhor estava na nuvem, de modo que esta era uma manifestação visível da presença do Senhor para a nação. Paulo nos fala que os filhos de Israel foram “batizados na nuvem e no mar” (1 Coríntios 10.1-4).

3. A glória do Senhor apareceu na nuvem (Êxodo 16.10).

4. A nuvem por fim conduziu o povo para o monte Sinai e colocou-se sobre o monte. A voz de Deus falou à nação através da nuvem, na festa de Pentecostes (Êxodo 19.9-19; Deuteronômio 5.22).

5. Moisés subiu ao monte Sinai em meio à nuvem e esteve ali por 40 dias e 40 noites. Ali na presença da glória de Deus, Moisés recebeu os Dez Mandamentos e a revelação da construção do Tabernáculo (Êxodo 24.15-18; 34.5-7).

6. Durante a dedicação do Tabernáculo, a nuvem de glória (os hebreus referem-se ela como “Shekinah”), deixou o Sinai e habitou no Tabernáculo, sobre o trono de misericórdia (propiciatório) aspergido com sangue, no meio do povo de Israel (Êxodo 40.34-38).

7. O Senhor aparecia na nuvem sobre o propiciatório e ali Deus falava com Moisés e lhe dava as instruções divinas (Levítico 16.1,2; Números 7.89). 8. A nuvem de glória guiou todas as jornadas de Israel pelo deserto, até levá- los para a terra de Canaã. Quando a nuvem se movia, eles se moviam. Quando a nuvem parava, eles acampavam. Os sacerdotes deveriam estar continuamente atentos à nuvem, dia e noite, e deveriam tocar as trombetas para que o acampamento de Israel se movesse de acordo com a orientação de

170 Deus, seja de dia ou de noite, seja qual fosse o dia, o mês ou o ano (Números 9.15-23; 10.1-36; Deuteronômio 1.33; Neemias 9.9; Salmos 78.14). A mensagem para todo o Israel era “Siga a nuvem!”.

9. Quando o Templo de Salomão foi edificado, a nuvem de glória veio sobre ele, habitando sobre a arca da aliança, a qual tinha sido previamente trazida do Tabernáculo de Moisés e do Tabernáculo de Davi (1 Reis 8.10,11; 2 Crônicas 5.13,14).

10. O final da história da nuvem no Antigo Testamento é trágico em relação à nação de Israel, visto que a nuvem de glória afastou-se do Templo, pois este havia sido profanado com muitas abominações. Deus permitiu que o Templo fosse destruído por causa da corrupção (leia Ezequiel 10.1-22, e compare com 1 Coríntios 3.16,17; 6.19,20). A nuvem de glória nunca mais retornou ao Templo.

Contudo, a revelação da Bíblia no que se refere à nuvem não termina aqui. O Novo Testamento nos dá um glorioso clímax desta verdade.

Quando Jesus Cristo, o verdadeiro Tabernáculo e o verdadeiro Templo, subiu ao monte da Transfiguração, o relato nos diz que: “Uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: ‘Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!’”.

Leia cuidadosamente Mateus 17.1-9; Lucas 9.28-36; Marcos 9.1-7. A nuvem de glória, que havia deixado o Templo da antiga aliança (Antigo Testamento), agora descia sobre o Templo do Novo Testamento: O Senhor Jesus Cristo. A voz de Deus novamente se fez ouvir no meio da nuvem, dirigindo-se ao seu Filho.

Com relação a Cristo nós vemos:

a.

a. A resplandecente nuvem de glória envolvendo-o no monte da Transfiguração (Mateus 17.5)

b.

b. Quando Ele foi elevado aos céus de volta ao Pai, uma nuvem o encobriu (Atos 1.9)

c.

c.Ele está envolto numa nuvem (Apocalipse 10.1)

dd. Ele está assentado sobre uma nuvem branca (Apocalipse 14.14-16)

e.

e. Ele virá numa nuvem de glória (Lucas 21.17)

f.

f. Ele também virá em uma nuvem de glória com seus santos; esta é a grande “nuvem de testemunhas” (Marcos 14.62; Mateus 26.64,1 Tessalonicenses 4.17; Hebreus 12.1)g.g. A glória que estava na nuvem será a eterna alegria dos redimidos na cidade de Deus, a Nova Jerusalém

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Enquanto esperamos este dia, devemos seguir a nuvem do Espírito Santo, cujo ministério é nos levar à cidade do descanso eterno e para a glória de Deus.

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No documento Tabernáculo de Moises (1) (páginas 169-173)