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O ano de 2019, nas palavras de clientes

No documento RELATÓRIO DE ATIVIDADES (páginas 53-57)

«Sem esta resposta não podia manter o meu emprego. A J. tem feito enormes progressos na socialização neste espaço onde lhe é permitida muita interação com os outros»

Encarregada de Educação, CATL EBN2 «Entrego o meu filho com total confiança nas monitoras e vou trabalhar descansada. No fim do dia, ele regressa sempre feliz pelo tempo que ali passou. Está sempre à esperadas férias para poder estar mais tempo no ATL»

Encarregada de Educação, CATL EBN1 «O CATL é importante para mim porque assegura a ocupação do meu filho com atividades interessantes, com segurança. Posso trabalhar descansada. Estou muito satisfeita com o serviço prestado este ano. Os monitores fizeram um trabalho excelente. Sinto Confiança e segurança. Sinto que gostam de cuidar das crianças, o que me permite vir trabalhar descansada. Obrigada!»

Encarregada de Educação, CATL EBN2 «Os monitores ajudaram-me durante estes anos todos e consegui ganhar mais confiança e não sou envergonhada como antes» Criança 4ºa no, CAT L EBN 1,2,3 Criança, CATL EBN1

>>> O ano de 2019, em

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Figura 17 - Atividade Interrupção Letiva do Verão – Praia do Cabedelinho; Construções com paus e pedras no Parque de Merendas da Cova da Gala; Atividade no CATL de Santa Rita – Máscara de Veneza; Atividade Interrupção Letiva do Natal – Vamos à Quinta, inserida no no projeto AtivARCIL; Participação das crianças do CATL na Marcha de S. João da ARCIL 2019

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3.2.2. Departamento de Gestão

Enquadramento na Economia Portuguesa atual e de médio prazo

As projeções para a economia portuguesa, de acordo com o Boletim Económico | dezembro 2019 do Banco de Portugal, apontam para uma trajetória de desaceleração da atividade, de um crescimento de 2,4% em 2018 para 1,6% em 2022.

O abrandamento das exportações e da indústria tem-se registado em Portugal. Em contraste, o setor dos serviços permanece relativamente imune, o que tem permitido a continuação de uma situação favorável no mercado de trabalho.

O enquadramento externo da economia portuguesa tornou-se menos favorável. A atividade económica mundial, que tinha desacelerado em 2018, abrandou ainda mais em 2019. O abrandamento do PIB foi generalizado em termos geográficos, afetando as economias avançadas e, de forma mais pronunciada, as economias de mercado emergentes, num quadro de tensões comerciais crescentes, deterioração da confiança e aumento da incerteza económica e política. O comércio global registou um abrandamento significativo em 2019. As projeções apontam para uma taxa de crescimento anual modesta e gradual até 2022. Depois da desaceleração pronunciada ocorrida em 2018, a procura externa dirigida a Portugal continuou a abrandar em 2019, refletindo a desaceleração das importações intra e, sobretudo, extra-área do euro.

As taxas de juro de curto prazo da área do euro deverão manter-se em níveis historicamente baixos até 2022.

Em Portugal, o PIB deverá desacelerar de 2,4% em 2018 para 2% em 2019, 1,7% em 2020 e 1,6% em 2021-22. O crescimento da atividade será sustentado no dinamismo da procura interna e, em menor grau, nas exportações.

Após um crescimento significativo em 2018 (3,1%), o consumo privado desacelerou para 2,3% em 2019 e, de forma gradual, para 1,7% em 2022.

Após a dinâmica registada nos últimos anos, o crescimento projetado para as exportações de bens e serviços reduz-se para 2,8% em 2019 e 2,6% em 2020, esperando-se que aumente ligeiramente, atingindo 3% em 2022. Estes crescimentos são inferiores aos observados em média no período 2014-18 (5,4%).

Em 2019, o menor crescimento das exportações ficou associado ao abrandamento da procura externa. Já as importações deverão apresentar uma trajetória de progressiva desaceleração, de 5,4% em 2019 para 3,9% em 2022. Ainda assim, o peso das importações no PIB deverá continuar a aumentar.

O crescimento potencial da economia portuguesa permanece condicionado por constrangimentos ao crescimento dos fatores produtivos e ao aumento da produtividade, sendo de referir a evolução demográfica adversa, os elevados níveis de endividamento (que limitam o investimento) e os ainda relativamente baixos níveis de capital humano.

O emprego deverá continuar a crescer, mas a um ritmo progressivamente menor. A taxa de crescimento anual projetada reduz-se de 1,0% em 2019 para uma variação marginal em 2022 (0,1%). O crescimento do emprego reflete principalmente a absorção de trabalhadores vindos do desemprego e, em menor grau, o ligeiro aumento projetado para a população ativa, não obstante a continuação da tendência descendente da população total.

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É esperado que a taxa de desemprego continue a diminuir, ainda que a um ritmo inferior ao observado nos últimos anos, situando-se em 5,6% no final de 2022.

Neste contexto de limitações ao crescimento do emprego, o aumento da produtividade torna-se o fator crucial de crescimento da economia.

O produto por trabalhador em Portugal continua a situar-se em níveis baixos comparativamente aos da área do euro, o que está associado aos níveis de escolaridade e aos níveis de capital por trabalhador relativamente baixos.

A melhoria da situação no mercado de trabalho e a existência de pressões resultantes de limitações ao aumento da oferta tem implicado um maior dinamismo dos salários. As remunerações por trabalhador apresentam um perfil de aceleração desde o final de 2017, com um aumento de 2,8% em 2019, em termos homólogos.

É esperado um crescimento médio dos salários nominais de 3,1%.

Os principais fatores de risco identificados para a atividade económica em Portugal decorrem, em grande medida, da possibilidade de um enquadramento internacional menos favorável do que o esperado.

Do conjunto de riscos com potenciais efeitos negativos, destaca-se a possibilidade de uma intensificação das barreiras comerciais resultantes das tensões entre a China e os Estados Unidos e a possibilidade de alargamento destas barreiras a outros países e setores.

O risco de uma saída sem acordo do Reino Unido da União Europeia permanece, com potenciais efeitos negativos via canais de comércio, financeiros e de confiança sobre os outros países da UE. Também a instabilidade nos mercados financeiros globais. Adicionalmente, persiste o risco de um agravamento das tensões geopolíticas, em particular no Médio Oriente e especialmente entre os Estados Unidos e o Irão.

Na A.R.C.I.L.

Ao longo do ano de 2019, o Departamento de Gestão procurou cumprir o PA’2019, desenvolvido no enquadramento do PE 2017-2020, onde foram traçadas as grandes opções estratégicas para esse horizonte temporal, priorizando as suas intervenções no sentido da utilização económica dos recursos, que permitam a prestação de serviços de produção, reabilitação e capacitação de qualidade, que vão ao encontro das necessidades e espectativas dos seus clientes e utentes. A estratégia de gestão foi operacionalizada de acordo com os seguintes eixos:

• Promoção de uma cultura organizacional de rigor, profissionalismo e espírito de equipa, suportados no planeamento e na confiança, e direcionados para objetivos estratégicos que, cada um de nós, em função das responsabilidades que enverga, deve ambicionar e ajudar a atingir.

• Eficiência de funcionamento de serviços e unidades, adequando os recursos despendidos às reais necessidades, quer ao nível do funcionamento dos processos e atividades quer do estado de prontidão e adequação da infraestrutura e equipamentos;

• Comunicação do valor dos produtos e serviços prestados, que conferem à ARCIL o caracter competitivo e capacidade diferenciadora;

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• Comunicação entre departamentos e profissionais de Reabilitação e Gestão, em todas as suas vertentes e níveis hierárquicos, sendo que entendemos que a reabilitação se fará mais e melhor com boa gestão, e que a gestão, na ARCIL, deve existir para a reabilitação. • Agregação dos colaboradores, valorizando o seu inconformismo e independência, como

elementos fundamentais à melhoria contínua e desempenho de excelência.

Em 2019, foram seguidas práticas de gestão que indicaram no sentido da abrangência e rigor do planeamento e controlo, como forma de garantir a sustentabilidade e reputação da ARCIL.

Foram consolidadas boas práticas já implementadas, tendo sido desenvolvido um trabalho de revisão e elaboração de diversos procedimentos internos.

Além das atividades previstas ao nível do Plano de Atividades e Orçamento, foram ainda desenvolvidas outras, decorrentes de necessidades ocorridas, que obrigaram a substituição de investimento e afetação prioritária dos recursos.

Sob o ponto de vista dos constrangimentos, destacamos em 2019 a quebra na procura do principal cliente da ARCIL Madeiras, com grande representatividade no volume de negócios desta unidade (50%) e no das URCPs em geral. Tendo decorrido da quebra de volume com o Seu principal Cliente, levou à degradação da atividade, e da Sua rentabilidade, não tendo sido possível, no contexto do ano, ocupar a respetiva capacidade produtiva.

De igual forma, na ARCIL Cerâmica, verificou-se a dificuldade em garantir as vendas orçamentadas. O recurso à política de angariação e encomendas para produção no inverno, de grande sucesso em 2018, não colheu frutos em 2019. O curto verão de 2018 não permitiu aos retalhistas as vendas de produtos em stock, impedido a renovação das encomendas. Tal obrigou a uma alteração da estratégia preconizada, canalizando os recursos para outras unidades onde pudessem criar maior valor para a ARCIL.

Já numa ótica positiva, em 2019, o CSM (na sua vertente da Prestação de serviços em empresas) apresentou um crescimento acima do previsto compensando, em parte, as perdas noutras áreas de atividade. A ARCIL tem agora 19 pessoas colocadas em empresas da região, em regime total ou parcial, o que representa um passo no sentido da integração de colaboradores em mercado aberto, ainda que com vinculação ao CEP ARCIL.

Também se desenvolveram positivamente as receitas resultantes das comparticipações familiares, na lógica do trabalho de revisão já iniciado em anos anteriores que, a par dos resultados positivos de alguns programas e projetos, contribuíram para a obtenção adicional de rendimentos.

É de salientar a introdução de novos projetos, nacionais e internacionais em que participámos, como os ERASMUS, o Tourism Explorerers (RURALL), Missão Continente e Fidelidade Comunidade, que grandes benefícios trarão para a ARCIL, permitindo o desenvolvimento das ideias, das atividades e das pessoas, apoiando financeiramente onde nos seria impossível ir sozinhos.

Em 2019 continuámos a desenvolver o nível do cumprimento das regras dos Contratos Públicos, que representaram já 45% do total previsto para contratação. Foi reforçado o investimento na melhoria do sistema de SST, quer por via da melhoria na segurança dos equipamentos e infraestruturas, quer da afetação de recursos humanos e financeiros a esta atividade.

No domínio da criação de processos de Comunicação Institucional e das URCPs, foi realizada a prevista afetação de recursos a estas atividades, o que teve um impacto importante na sistematização e regularidade da comunicação interna e externa.

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Também a finalização da implementação do sistema de gestão de assiduidade trará um importante aumento na eficiência e rigor deste processo;

Foram efetuados os montantes de investimentos previstos em novos equipamentos, assim como feita a melhoria das condições infraestruturais que facilitam a segurança, a eficiência e a qualidade de vida no trabalho, com um acréscimo dos Gastos com Conservação e Reparação de Equipamentos e Instalações em 43% em relação ao homólogo.

Em síntese, e tendo referido acima algumas das ações que achamos de maior relevância, acreditamos que o ano de 2019 deu um contributo para reforçar o caminho da melhoria continua dos processos, estruturas e da satisfação dos colaboradores, reforçando positivamente o cumprimento da Missão e Visão da A.R.C.I.L.

Acontecimentos após a data do balanço e evolução previsível da atividade

À data da elaboração do presente Relatório de Atividades, cuja apreciação se apresenta anormal e justificadamente tardia, sabemos já da ocorrência de um fenómeno epidemiológico, surgido após a data do balanço (31/12/2019), embora antes da emissão das demonstrações financeiras.

Neste sentido, é conhecido que, no período económico de 2020, foi declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma pandemia de escala mundial, denominada COVID-19, que conduziu os países, onde Portugal não é exceção, a um período de confinamento com impacto brutal no funcionamento das atividades económicas.

É expectável que venha a causar constrangimentos de variada ordem no funcionamento das organizações, não sendo possível, à data, avaliar com rigor a sua medida e extensão, quer a nível nacional quer da atividade da própria ARCIL.

Ainda assim, e dadas as medidas de contingência tomadas, que visaram acautelar o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade da exploração, estimamos que o impacto não venha a colocar em causa o desenvolvimento da nossa operação, assim como o cumprimento dos compromissos assumidos junto dos stakeholders.

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