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O caso de Copenhaga

No documento M E T R O D O P O R T O, S. A. (páginas 120-124)

10. EXEMPLOS EXTERNOS COM ALGUM PARALELO

10.3. O caso de Copenhaga

Cycle Superhighways | Capital Regional of Denmark | May 201481 10.3.1. Tópicos descritivos

“A autoestrada para bicicletas é um conceito que:

 Dá prioridade máxima às necessidades dos seus utilizadores;  É rápida, confortável e segura;

 Liga áreas residenciais a zonas de trabalho ou de estudo;

 Também integra zonas servidas por transportes públicos no seu próprio percurso;  Conecta locais relevantes o mais diretamente possível, reduzindo ao mínimo o

número de paragens (ex. ‘onda verde de semáforos’ durante as horas de ponta). Deverão ser concebidas de modo a terem o

percurso mais direto entre os diversos aglomerados urbanos à volta de uma grande cidade, com o menor número de paragens/ cruzamentos e largura suficiente para permitir

diferenças de ritmos por parte dos

utilizadores.

O conforto dos ciclistas é outro dos grandes objetivos, recorrendo-se a pavimentos lisos com elevada manutenção (limpeza de neve). As ciclovias devem também comportar serviços adicionas tais como o sistema de ‘green waves’ em que os semáforos ativam automaticamente o verde em situações de horas de ponta ou simplesmente por motivo de chuva, sinais de contagem regressiva, etc.

Devem ainda ser equipadas com bombas de bicicleta, e locais de descanso.”

81 Fonte: CIVITAS Thematic Group discussion document, SUPER CYCLE HIGWAYS | Draft 1.1 April 30, 2014 | Edited

“A REDE de ciclovias em desenvolvimento visa sobretudo os movimentos pendulares casa - trabalho/ estudo, ligando entre si zonas residenciais, zonas de emprego, assim como paragens de autocarro, metro e estações de comboio de modo a facilitar a integração com transportes públicos. Um dos objetivos principais é aumentar o número de pessoas que diariamente opta pelo modo ciclável em distâncias entre 5 a 20 km, equilibrando a repartição modal.

A rede deve oferecer um alto nível de serviços aos utilizadores de bicicletas.

Constitui uma solução benéfica para o individuo e também para a sociedade. Mais movimentos pendulares cicláveis correspondem a menos poluição, menos ruído e menos congestionamento de tráfego, o que contribuí para uma melhor qualidade de vida em geral. E para melhores condições de saúde em termos individuais.”

10.3.2. Dimensões

As dimensões atribuídas à largura da ciclovia dependem das localizações especificas. Em zonas de pouca pressão de utentes a largura definida é 2,5 metros (uma faixa com duas vias). Numa zona mais movimentada, por exemplo o centro de Copenhaga, desenvolvem-se esforços para conseguir uma pista de aproximadamente 3 metros de largura. Numa zona muito movimentada a pista pode atingir os 4 metros (exemplo da Louises Bridge/ Nørrebrogade). 10.3.3. Custo

“O custo total para da rede com 28 ciclovias planeadas e aproximadamente 500 km, está estimado entre 1 a 2 biliões de coroas dinamarquesas. O custo efetivo dependerá sempre do tipo de soluções preconizadas. O custo médio de 1 km de ciclovia varia entre os 2 milhões de DKK (solução básica) e os 4

milhões DKK (solução ideal). Em

comparação, o custo de 1 km de

autoestradas custa 70-100 milhões DKK. Os

custos são especialmente baixos em

comparação com a construção de

10.3.4. Financiamento

“O financiamento foi organizado do seguinte modo: os municípios participam com 50 a 60% e os restantes 40 a 50% são fundos do estado. A divisão de financiamento foi uma decisão política entre os municípios envolvidos. O estado Dinamarquês possui um ‘fundo para mais bicicletas’, parte do qual foi alocado a este projeto. Assim que o financiamento esteja disponível, uma estreita cooperação entre os municípios será promovida, com decisões a tomar sobre as especificidades de cada rota. Atividades comuns incluirão a definição da identidade de cada ciclovia, comunicação e avaliação.

A infraestrutura será classificada entre a solução ‘básica’ e a ‘ideal’. Até agora, todos os municípios conseguiram obter um financiamento para implementar, pelo menos, a infraestrutura básica. Consultores externos serão necessários para a avaliação de cada ciclovia existente e farão sugestões sobre o modo de as transformar em autoestradas para bicicletas.” 10.3.5. Datas e planeamento da expansão

“A ciclovia C99 - Albertslund – foi inaugurada a 14 de Abril de 2012, atravessando 5 municípios ao longo de 17,5 km. A ciclovia C95 inaugurou a 20 de Abril de 2013 compreendendo uma extensão de 21 km ao longo de 3 municípios. O total da rede de ciclovias planeada é de aproximadamente 500 km e prevê-se que até 2020 estejam construídas as 14 ciclovias projetadas. Novas ciclovias podem vir a ser planeadas e construídas à medidas que mais municípios se juntem a esta parceria.”

10.3.6. Resultados

“Os resultados foram avaliados em termos de velocidade de viagem, motivo das viagens e frequência, nível de segurança, número de acidentes, conforto (nivelamento da pista), serviços oferecidos (bombas de ar, bandas para pisar enquanto se aguarda nos semáforos) e o número de utentes. Uma série de ciclistas foram entrevistados assim como os municípios envolvidos no plano e no processo.”

“As principais conclusões da avaliação da C99 foram:

 A ciclovia é maioritariamente utilizada por movimentos pendulares;

 É usada principalmente de manhã cedo e ao fim da tarde; mais de 40% dos utilizadores em dias de semana e entre os seguintes períodos: 07-09 h e 15-17 h;

 Os ciclistas concordam em geral com as dimensões adotadas e com o conceito geral de autoestrada para bicicletas;

 Cerca de 10% dos utilizados viajavam anteriormente de automóvel ou de transportes públicos.”

“Apesar dos aspetos positivos, um piloto de teste concluiu no seu relatório que:

 Numa boa parte do percurso a largura da faixa ciclável é demasiado estreita;  Há partes bidirecionais e outras unidirecionais sempre com a mesma largura;  Existem partes partilhadas com peões sem segregação adequada;

 Em percursos urbanos a via desaparece e vai por ruas comuns com estacionamento automóvel em ambos os lados;

 Em muitos cruzamentos há partilha com tráfego motorizado, e não há prioridade para a bicicleta;

 O percurso não é suficientemente direto nem está suficientemente assinalado;  Em partes o pavimento não é suficientemente liso.”

10.3.7. Consultas/ fontes:

http://www.civitas.eu/sites/default/files/civitas_thematic_group_demand_management_-discussion_theme_spring_2014-jawel_0.pdf

No documento M E T R O D O P O R T O, S. A. (páginas 120-124)