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O ENSINO PROFISSIONAL TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO – FORMAÇÃO

Neste capítulo é apresentado o desenvolvimento do Ensino Profissional Técnico de

Nível Médio do Brasil e do Chile a partir do final de 1990 e, simultaneamente, foram

analisadas as legislações educacionais para o nível escolar estudado de acordo com os

pontos do Tema da Formação explicitado no capítulo 2 deste trabalho.

Deste capítulo extraíram-se os principais pontos do desenvolvimento desse nível

educacional, identificaram-se os principais pontos de convergência e divergências, entre

eles as características e especificidades de cada país em relação às legislações

educacionais.

Legislação da Formação

A estrutura educacional brasileira é composta, segundo sua legislação, por Educação

Infantil (um ano), Ensino Fundamental (nove anos), Ensino Médio (três anos) e Educação

Superior. A educação superior poderá ser ainda de três anos (tecnológico) e quatro ou mais

anos de estudo (graduação/bacharelado). O Chile possui estrutura educacional

ligeiramente diferente formada por pré-escolar (dois anos), Educação Básica (oito anos),

Ensino Médio (quatro anos, sendo dois anos de formação geral para todos os alunos do

ensino médio e dois anos de educação média complementar de formação diferenciada) e

ainda a Educação Superior (tecnólogo de três anos e graduação ou bacharelado em quatro

ou mais anos de estudos).

No Chile o ensino é obrigatório até a conclusão do nível médio (inclusive para a

educação profissional técnica), enquanto no Brasil a obrigatoriedade se estende até a

conclusão do ensino fundamental, entretanto, por força da Emenda Constitucional nº

59/2009 o ensino médio tornar-se-á obrigatório a partir 2016 (embora essa Emenda

Constitucional não explicite se o ensino profissional técnico esteja incluso nesta

obrigatoriedade).

No Brasil a estrutura do ensino de nível médio é de três anos sequenciais,

ligeiramente distinta em relação ao mesmo nível educacional do Chile, sendo que o aluno

brasileiro pode fazer o primeiro ano de formação geral e optar por fazer os dois anos

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restantes em uma das especialidades do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos. As escolas

que se utilizam dessa opção em geral formam os alunos em quatro anos devido à

necessidade de cumprir a carga horária estipulada para o ensino médio e também para a

habilitação profissional.

No Chile, o ensino médio é definido pela legislação educacional para ser ministrado

em quatro anos e todos os alunos desse nível escolar passam por uma formação geral de

dois anos (1ª e 2ª séries do EM). Para os dois anos restantes (3ª e 4ª séries do EM) o aluno

faz opção para seguir uma das áreas de complemento educacional. Esse complemento

compreende formação Humanista-Científica para os alunos que pretendem seguir carreira

de nível superior nessas áreas, formação Técnica Profissional para aqueles que pretendem

seguir uma carreira técnica de nível médio e formação em Educação Artística para aqueles

que pretendem atuar na área de artes.

A educação brasileira por força legal é gratuita até o ensino médio (propedêutico) em

escolas públicas (municipais, estaduais e federais), sendo oferecida em 71,39% das escolas,

e a oferta de ensino em escolas privadas pagas atinge 28,61%. Já o aluno desejoso de

cursar o ensino profissional deve procurar uma escola técnica municipal, estadual ou

federal (33,18%) para cursá-lo de forma gratuita, ou ainda uma escola particular (66,82%)

para desenvolver o curso, sob suas expensas (MEC/INEP, 2009).

No Chile, a educação até o nível médio (Pré-escola, Básica e Educação Média),

embora obrigatória, não é gratuita, salvo nas unidades municipais subvencionadas (escola

de cooperação municipal) sem financiamento compartilhado que é a minoria do sistema

educacional. Na oferta de ensino, predominam as escolas subvencionadas por recursos

públicos. Essas escolas de ensino profissional técnico de nível médio, categorizadas como

escolas subvencionadas, de corporação municipal e de administração delegada, ministram

seus cursos técnicos, porém cobram uma contrapartida dos alunos ou responsáveis.

Desde a promulgação da Lei nº 18.962 de 7 de março de 1990, existem no país

quatro modalidades administrativas de unidades escolares para a formação profissional

técnica de nível médio conforme a seguir:

Escola Subvencionada - Trata-se de escolas que funcionam em prédios do governo, são subvencionadas diretamente pelo governo através de aporte financeiro mensal definido pelo número de alunos que frequentam as aulas. A Administração da escola busca alunos em sua área de influência, desenvolve atividades objetivando fixar o aluno na escola e manter sua frequência. Com o objetivo de auxiliar

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a manutenção a administração também pode estabelecer convênios com empresas privadas de determinados seguimentos econômicos.

Escola de Corporação Municipal - O repasse de recurso do governo é feito às prefeituras que os transfere às unidades escolares. Nos demais aspectos, objetivos e desenvolvimento de atividades o funcionamento é idêntico à modalidade anterior.

Escola de Administração Delegada – Funciona de forma distinta às outras citadas. Recebe subvenção diretamente do governo, definida pelo número de matrículas e o valor médio repassado é o valor do ano anterior. Nos demais aspectos, objetivos e desenvolvimento de atividades o funcionamento é idêntico às modalidades anteriores.

Escola de Cooperação Municipal – Encontra-se organizada sob a forma de cooperativa de professores, o ensino é totalmente gratuito e recebe subvenção diretamente do governo por matrícula. Essa modalidade se constitui em minoria no país.

O sistema educacional brasileiro, compreendendo desde o ensino fundamental até o

ensino superior, dispõe aos alunos uma educação gratuita para todos os níveis nas escolas

públicas. Há também escolas do setor privado, cujo custo de manutenção dos alunos é de

responsabilidade dos pais ou responsáveis. Portanto, no aspecto gratuidade, pode-se dizer

que Brasil e Chile apresentam divergências com relação a todo o sistema educacional,

inclusive no ensino profissional técnico de nível médio, visto que no Chile este nível de

ensino não é oferecido gratuitamente na maioria das escolas (é gratuito apenas nas

unidades escolares cooperadas), enquanto que no Brasil ele é oferecido gratuitamente nas

escolas públicas (federal, estadual e municipal) de formação profissional.

No Brasil existem 18.508 escolas públicas e 7.415 particulares que oferecem o ensino

médio e desse total 3.535 (13,64%) oferecem o ensino médio profissional e dessas 1.173

(33,18%) são escolas públicas, que oferecem o ensino médio profissional gratuito.

(MEC/INEP, 2009).

No Chile, há 1.963 escolas de ensino médio, das quais 347 (17,68%) oferecem o

ensino médio profissional, e destas apenas pouco mais 1,00% são escolas que oferecem o

ensino profissional totalmente gratuito (MINEDUC, 2009).

Ao comparar o tempo de permanência dos alunos nas escolas brasileiras e chilenas

até completar o ensino médio, pode-se dizer que nos dois países há convergência com

relação ao total de anos cursados. No Brasil, nos cursos de Ensino Fundamental com nove

anos de duração, mais o tempo de Ensino Médio (propedêutico ou profissional) com mais

três anos, totalizam doze anos entre o início da formação escolar até o fim do ensino

médio. O aluno chileno cumpre o mesmo tempo de permanência na escola, ou seja, dez

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anos para completar as etapas entre o Ensino Básico e Médio de formação geral e mais

dois anos de duração do ensino médio de formação diferenciada, o que totalizam doze

anos.

Brasil e Chile mostram diferenças nas idades de entrada e saída na formação de nível

médio, inclusive da formação profissional, objeto principal deste estudo, devido à

estruturação adotada pelos dois países. No Brasil o desenvolvimento educacional prevê

diferentes entradas nos níveis fundamental e médio enquanto no Chile em função da

obrigatoriedade da escolaridade até o nível médio esse fato não está presente.

No Brasil, o Ensino Médio Propedêutico e o Profissional caminham lado a lado. O

ensino propedêutico formal é de três anos balizado pela idade mínima (quatorze anos)

para entrada e a de saída (dezessete anos), possibilitando certificação do nível médio e a

progressão para níveis escolares mais elevados.

No ensino profissional técnico de nível médio do Brasil há três caminhos distintos

para ingresso e conclusão do ensino profissional técnico de acordo com a legislação, a

saber:

Pa a a opção i teg ada , o aluno inicia a sua formação pelo primeiro ano do ensino

médio propedêutico e faz sua complementação na área técnica dentre as especialidades

previstas no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (Quadro 6), em dois ou três anos

restantes.

Se opta pela fo a o o ita te , faz seu curso de nível médio propedêutico de

três anos e concomitantemente o curso técnico dentre as especialidades do Catálogo

Nacional de Cursos Técnicos, também em três anos.

Ao opta pela fo a su se ue te , o aluno que já fez seu curso de nível médio em

algum tempo passado, teve sua certificação e o direito à progressão estabelecida por lei,

faz o curso técnico de acordo com as especialidades do Catálogo Nacional de Cursos

Técnicos, tendo a possibilidade de aproveitar sua experiência profissional anterior através

de avaliação documental.

Nos caminhos anteriormente citados para a formação profissional, não há idade

limite para entrada (mínima) nem para saída (máxima), pois pode se atualizar e concluir o

nível médio profissional após etapas formativas específicas definidas pela legislação.

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O Chile apresenta restrições em relação às idades de entrada e saída da Educação

Média, limitados aos quatorze anos para entrada e dezoito anos para a saída, sendo os

quatro anos de curso distribuídos em dois anos de educação média (junto com a educação

básica) e outros dois voltados exclusivamente para a sua formação denominada de

fo ação dife e iada .

Logo, em relação aos limites de idades para ingresso no ensino médio há

significativas diferenças entre os dois países, evidenciando a flexibilidade da legislação

brasileira para a inclusão do aluno no ensino de nível médio, seja qual for a sua idade.

Na legislação chilena, não há esta flexibilidade de inclusão no nível médio como a

existente no Brasil, decorrente talvez pelo fato de haver a obrigatoriedade de cursar o

ensino médio, minimizando a ocorrência do cidadão adulto que não tenha concluído o

ensino médio ou que esteja com idade defasada neste nível de ensino.

No Brasil, por força da Emenda Constitucional nº 59/2009 de 11 de novembro de

2009, ficou estabelecida a obrigatoriedade e gratuidade do ensino para os alunos entre

quatro e dezessete anos. É preciso salientar que esta modificação encontra-se ainda na

fase de estudos e avaliações para sua implantação. De acordo com o texto legal, tal fato

deverá ocorrer até 2016. Entretanto, o texto legal, não faz referências ao ensino

profissional de nível médio.

Vale destacar que a não obrigatoriedade em cursar o ensino médio no Brasil pode ser

responsável pela alta taxa de abandono escolar neste nível de ensino colocando o país em

posição desfavorável em relação aos outros países do bloco sul- americano. Conforme a

publicação Síntese de Indicadores Sociais – 2009, do IBGE, em 17 de setembro de 2010, um

em cada dez jovens brasileiros (10,0% dos alunos) abandona a escola nesta etapa

educacional, conferindo ao Brasil a maior taxa de abandono

8

do Ensino Médio entre todos

os países que compõem o Mercosul.

Como resumo da análise sobre a idade de entrada e saída, pode-se dizer que, entre

as formações profissionais de nível médio, há diversos pontos divergentes entre os dois

países. O p i ipal deles fi a o elação fo a su se ue te da fo ação p ofissio al.

8

Conforme Síntese do IBGE, de 17/09/2010, o Brasil ocupa o primeiro lugar em porcentagem de abandono dos alunos no Ensino Médio dos países do MERCOSUL, à frente da Argentina (7,0%), Chile (2,6%), Paraguai (2,3%), Uruguai (6,8%) e Venezuela (1,0%). Outro índice apontado pelo IBGE, baseado na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios de 2009 (PNAD) e constante na Síntese de Indicadores Sociais, indica que apenas 50,9% dos adolescentes brasileiros entre 15 e 17 anos estão cursando o Ensino Médio que é o grau adequado para esta faixa etária.

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As áreas de atuação da educação profissional dos dois países são bastante similares e

contemplam eixos tecnológicos equivalentes conforme necessidades específicas de cada

país. Os Quadros 6 e 7 mostram esses eixos tecnológicos e a divergência entre suas

respectivas cargas horárias previstas.

Diferentemente do Brasil, o Chile instituiu a jornada escolar completa para a

Educação Básica e Média e, ainda, a Formação Diferenciada, que oferece oito horas diárias,

enquanto que no Brasil ainda não há previsão para a ampliação da jornada escolar. Porém

a autonomia das escolas para definir seus projetos pedagógicos é maior no Brasil que no

Chile.

Finalmente, há de se citar que Brasil e Chile divergem também na questão da

autonomia dos projetos pedagógicos, pois enquanto no Brasil há determinações legais

deixando o projeto pedagógico aberto para que seja elaborado e desenvolvido pelas

unidades escolares - sobre a carga horária, o números de dias letivos e a matriz curricular,

no Chile há uma vinculação maior da matriz curricular definida previamente pelo Ministério

da Educação, atendendo às recomendações do Consejo Nacional de Educación (CNED) e

pela legislação daquele país, o que infere ao projeto pedagógico das unidades escolares

uma padronização mais intensa das ações educacionais.

Ambos os países mostram competências comuns que deveriam ser desenvolvidas

pelos alunos dos cursos de formação conforme Quadro 10 adiante.

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Quadro 10 – Competências previstas a serem desenvolvidas pelos alunos dos cursos

técnicos

BRASIL CHILE(***) Comparação Status de

Atuar na elaboração de projetos de produtos.

Desenvolver projetos empresariais e pessoais; ações e ideias novas no ambiente de trabalho buscando ativamente melhorar produtos, processos ou serviços completados.

Convergente

Atuar na elaboração de projetos de ferramentas, máquinas e equipamentos mecânicos.

Desenvolver projetos empresariais e pessoais; ações e ideias novas no ambiente de trabalho buscando ativamente melhorar produtos, processos ou serviços completados.

Convergente

Planejar, aplicar e controlar procedimentos de instalação de máquinas e equipamentos mecânicos.

Manter, reparar e colocar em operação equipamentos e sistemas mecânicos, eletromecânicos hidráulicos e pneumáticos e de processos industriais, planejando e controlando a adequada utilização da energia, dos recursos e da distribuição do tempo.

Convergente

Planejar, aplicar e controlar procedimentos de manutenção mecânica de máquinas e equipamentos.

Manter, reparar e colocar em operação equipamentos e sistemas mecânicos, eletromecânicos, hidráulicos e pneumáticos e de processos industriais empregando planos de manutenção preventiva, realizando trocas de componentes e fazendo testes de operação e funcionamento, segundo regulamentos e normas técnicas nacionais e internacionais vigentes que regulam a fabricação e reparação de peças e componentes de todos os sistemas do equipamento.

Realizar manutenção preventiva empregando planos de manutenção fornecidos pelo fabricante do equipamento, promovendo trocas de componentes e testes de funcionamento de acordo com as leis, regulamentos e normas técnicas nacionais e internacionais vigentes que regulam a fabricação e reparação de peças e componentes de todos os sistemas do equipamento.

Convergente

Planejar, aplicar e controlar procedimentos de normas técnicas e normas relacionadas à segurança.

Prevenir situações de risco, acidentes e doenças ocupacionais avaliando o local de trabalho, utilizando equipamentos individuais de proteção de acidentes, segundo as normas de prevenção de riscos, higiene e segurança industrial, e aplicando os princípios básicos de primeiros socorros ante acidentes de trabalho.

Convergente

Controlar processos de fabricação.

Saber programar e operar máquinas de controle numérico utilizadas na fabricação de peças e partes dos conjuntos mecânicos.

Convergente

Aplicar técnicas de medição e ensaios.

Interpretar projetos técnicos, leitura de instrumentos analógicos e digitais, identificar simbologia extraindo informações e realizando medições, controle e verificações de distintas magnitudes para a execução de trabalhos de fabricação, manutenção e reparação de peças e conjuntos mecânicos. Realizar a manutenção básica de instrumentos, ferramentas, máquinas, e equipamentos próprios da especialidade industrial.

Convergente

Especificar materiais para construção mecânica.

Manejar e utilizar a tecnologia disponível para se manter atualizado, buscando ativamente aplicá-las às tarefas que as requeiram.

Convergente

QUADRO10– COMPETÊNCIAS PREVISTAS A SEREM DESENVOLVIDAS PELOS ALUNOS DOS CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO. - FONTES: CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICO(*) (BRASIL) E OBJETIVOS FUNDAMENTALES Y CONTENIDOS MINIMOS OBLIGATORIOS DE LA EDUCACIÓN BÁSICA E MEDIA(**) - 2009 (CHILE)

(*) – Catálogo Nacional de Cursos Técnicos – Eixo Tecnológico Processos Industriais – Especialidade: Técnico em Mecânica .

(**) – Objetivos Fundamentales y Contenidos Minimos Obligatorios de la Educación Básica e Media – 2009 – Formação Diferenciada - Setor Metalmecânico – Familia:Mecânica Industrial.

(***) – Tradução das competências mencionadas nos documentos oficiais de educação do Chile, feitas por este autor.

Os temas abordados na formação dos alunos do ensino profissional técnico de nível

médio, especificamente para a formação em mecânica industrial nos dois países, mostram-

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se bastante similares, embora a legislação chilena os apresente com maior grau de

detalhamento (Quadro 11).

Quadro 11 – Temas a serem abordados na Formação

BRASIL CHILE(***) Comparação Status de

Desenho técnico, Projetos

mecânicos e Materiais. Determinação de parâmetros dos processos de peças unitárias. Convergente Medição. Manuseio de instrumental e equipamentos de metrologia, leitura

e interpretação de tabelas de tolerância. Convergente Componentes de máquinas e

Sistemas hidráulicos e pneumáticos.

Reparação de componentes e aplicação de técnicas de banco de provas, realizando comprovações, ajustes e substituições de componentes e kit de reparos.

Convergente

Comando numérico computadorizado (CNC).

Preparação e programação de máquinas e sistemas CNC para

processamento mecanizado. Convergente

Projeto e manufatura assistidos por computador (CAD/CAM).

Processos de execução que utilizam a manipulação de equipamentos de leitura e interpretação de catálogos.

Softwares genéricos de planilhas de cálculo, processadores de texto, apresentações, bases de dados e outros específicos como simulação de processos de fabricação, sistemas automáticos e desenvolvimento de projetos com o uso de CAD/CAM.

Convergente

Máquinas térmicas.

Utilização de normas de segurança vigentes referentes à união, recuperação, reparação de equipamentos térmicos e de tratamento térmico.

Convergente

Manutenção e instalação de equipamentos.

Aplicação de normas técnicas, técnicas de montagem, e reparação de conjuntos mecânicos, de controle, verificação básica de manutenção para conjuntos mecânicos, hidráulicos e pneumáticos.

Convergente

QUADRO11 – TEMAS A SEREM ABORDADOS NA FORMAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DOS ALUNOS. - FONTES: FONTES: CATÁLOGO NACIONAL DE CURSOS TÉCNICO (BRASIL) E OBJETIVOS FUNDAMENTALES Y CONTENIDOS MINIMOS OBLIGATORIOS DE LA EDUCACIÓN BÁSICA E MEDIA - 2009 (CHILE)

(*) - Tradução dos temas abordados mencionados nos documentos oficiais de educação do Chile, feitas por este autor.

A infraestrutura disponível para o desenvolvimento das atividades práticas é

fundamental para a compreensão da teoria e, como tal, deve ser apresentada e

o pa ada, pois ju ta e te o te as a o dados fo a os p i ipais e u sos

recomendados e necessários para o desenvolvimento e condução dos cursos analisados no

Brasil e no Chile.

As duas legislações preveem os mesmos itens de infraestrutura, mas tal qual a

situação anterior dos temas abordados, a legislação chilena mostra-se mais específica e

detalhada do que a legislação brasileira. Tal situação é mostrada no Quadro 12 adiante.

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Quadro 12 – Infraestrutura Recomendada para o desenvolvimento da Formação.

BRASIL CHILE(***) Comparação Status de

Biblioteca com acervo específico e atualizado.

Conjunto de material didático impresso e atualizado que promova o aprendizado autônomo. Acesso irrestrito a este material para docentes e alunos com a finalidade de consultar, aprofundar e atualizar conhecimentos, matérias e materiais referidos nos módulos da especialidade. Entre eles, manuais e catálogos técnicos de mecânica industrial, catálogos comerciais de rolamentos, materiais de construção mecânica, lubrificantes, elementos de fixação, catálogos de máquinas e ferramentas manuais e instruções de segurança e prevenção de acidentes, processos de fabricação, entre outros. O material bibliográfico deve cobrir os conteúdos fundamentais da especialidade, processos de mecanização de máquinas manuais e automáticas e acessórios para a indústria metal mecânica.

Convergente

Laboratório de hidráulica e

pneumática. Simuladores e bancada de testes para hidráulica e pneumática Convergente

Laboratório de informática com programas específicos.

Softwares interativos adequados para cumprir a função de maquetes ou simuladores de processos de fabricação, motorização, circuitos hidráulicos e pneumáticos e circuitos elétricos.

Softwares genéricos de planilhas de cálculo, processadores de texto, apresentações, bases de dados, e outros específicos, como simulação de processos de fabricação, sistemas automáticos e desenvolvimento de projetos com o uso de CAD/CAM.

Convergente

Laboratório de máquinas operatrizes.

Máquinas e equipamentos suficientes e em condições adequadas para o desenvolvimento das atividades tais como: máquinas de solda, fresadoras, retificadoras, tornos, máquinas CNC ou simuladores diversos.

Convergente

Laboratório de máquinas térmicas e motores.

Composto de diversos motores elétricos tais como: motores trifásicos, monofásicos para instalações elétricas e sistemas de comando elétricos.

Convergente

Laboratório de metrologia.

Instrumentos necessários, suficientes e em condições adequadas para que cada aluno possa realizar medições relacionadas com a especialidade que está cursando.

Convergente

Laboratório de processos de fabricação.

Softwares interativos e adequados para cumprir a função de maquetes ou simuladores de processos de fabricação, programadores de PLC, eletropneumática, hidráulica e mostruário de materiais.,

Convergente

Laboratórios de ensaios mecânicos e metalográficos.

Instrumentos necessários, suficientes e em condições adequadas para que cada aluno possa realizar medições relacionadas com a especialidade que está cursando. Entre eles, metros, micrômetros, goniômetros, multiteste, graminho, relógio comparador de esfera com base magnética, pastilhas e bit para corte.

Convergente

QUADRO12 – INFRAESTRUTURA RECOMENDADA PARA O DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO. - FONTES: Catálogo Nacional de Cursos Técnico (BRASIL) e Objetivos Fundamentales y Contenidos Minimos Obligatorios de La Educación Básica e Media - 2009 (CHILE)

(*) - Tradução da infraestrutura mencionada nos documentos oficiais de educação do Chile, feitas por este autor.