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3 O ENSINO SUPERIOR NO MARANHÃO

3.4 O Ensino Superior da Década de 1990 aos Dias Atuais

Até 1990 o Maranhão contava com três intuições de Ensino Superior publica:

- A Universidade Federal do Maranhão, com sede em São Luís, e que mantinha em Imperatriz os cursos Direito, Pedagogia e Ciências Contábeis, em regime de extensão;

- A Universidade Estadual do Maranhão, com atuação nas cidades de São Luís, Caxias e Imperatriz;

- O Centro Federal de Educação Tecnológica, que tem origem nas Escolas Técnicas Federais e tinha como objetivo a oferta de cursos na área tecnológica, tendo uma Unidade descentralizada na Cidade de Imperatriz.

O Maranhão, que no início do século foi destaque com a criação das primeiras faculdades privadas (Direito, Farmácia, Odontologia, Enfermagem, Ciências Contábeis, Filosofia, Serviço Social), com a fusão destas faculdades e criação da Universidade do Maranhão Livre - depois federalizada -, viu o Ensino Superior privado retomado com a criação do Centro Educacional Unificado do Maranhão – CEUMA, em 1990, na categoria de Faculdade Integrada, passando no ano de 2000 para a categoria de Centro Universitário e, em 2011, para Universidade - UNICEUMA, diversificando as opções de cursos oferecidos, bem como o número de alunos matriculados.

Após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1996, cresceu significativamente o número de instituições de Ensino Superior no Maranhão, pois houve uma expansão com criação de cursos e aumento de vagas nas instituições públicas, assim como no setor privado, principalmente na categoria de faculdades, escolas e institutos superiores. Segundo o Censo da Educação Superior, em 2001 havia 11 entidades de Ensino Superior no Estado; em 2010, pelos dados do MEC, esse número saltou para 32 IES. O número de cursos de graduação também aumentou expressivamente nesse período, saindo de 155 para 403.

Os dados do MEC mostram ainda que houve uma interiorização do Ensino Superior no Maranhão. Das 11 instituições públicas e privadas autorizadas pelo Ministério da Educação em 2001, oito delas ficavam em São Luís e três no interior do Estado. No censo de 2010 a situação é diferente: das 32 instituições de Ensino Superior, 17 estão localizadas nos municípios maranhenses. Isso significa que em dez anos o número de faculdades, centros universitários e universidades fora de São Luís aumentou 466%. A quantidade de campi existentes em São Luís também cresceu, mas de forma menos expressiva. De 11, passaram para 15. Um crescimento de 36%, quase dez vezes menos do que no restante do estado.

Os números do ano de 2001 indicam que, das 11 IES que estavam funcionando no Maranhão, oito delas eram da rede privada. Já em 2010, das 32 IES, 28 são da rede privada. Além de aumentar a sua participação no universo geral das instituições de Ensino Superior (a participação da rede privada passou de 72% em 2001 para 87,5% em 2009), os dados do Ministério da Educação revelam que a quantidade de faculdades e centros universitários privados aumentou 250% em dez anos.

Neste processo de expansão do Ensino Superior maranhense, a UFMA passou a se fazer presente em diversos municípios, por meio da criação dos campi de Bacabal e Pinheiro, conforme Resolução nº 08/81-CONSUN, de 7 de outubro de 1981; em Codó, por meio da Resolução nº 16/87-CONSUN, de 24 de setembro de 1987; e em Chapadinha (Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – CCAA) e Imperatriz (Centro de Ciências da Saúde, Sociais e Tecnológicas – CCSST), a partir de 2 de dezembro de 2005, mediante as Resoluções nº 82/05–CONSUN e nº 83/05– CONSUN, respectivamente.

O processo de evolução dos cursos de graduação (que é a evolução do próprio ensino, pesquisa e extensão) e, finalmente, da pós-graduação obedeceu a uma trajetória ascendente e irreversível. Atualmente a UFMA conta, em São Luís, com quatro centos: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Centr o de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET), Centro de Ciências Humanas (CCH) e Centro de Ciências Sociais (CCSo), além do Colégio Universitário (COLUN) e o Hospital Universitário (HUUFMA).

Quanto à Educação a Distancia-EAD, as experiências da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) com essa modalidade de ensino vêm sendo construídas em diferentes momentos de sua história, com a orientação de modelos teóricos diversos, sofrendo nesse percurso rupturas e interrupções, pois desde a metade da década de 1970 a EAD já fazia parte dos projetos de qualificação de profissionais das áreas de educação e saúde, contribuindo assim para a melhoria dos serviços públicos relativos a essas áreas. Finalmente, o ensino à distância na UFMA foi oficializado em 2004 e credenciado pelo MEC em 2006, desenvolvendo suas atividades nos diversos campi e em 23 polos de apoio presencial da Universidade Aberta do Brasil – UAB, atendendo a mais de 140 municípios maranhenses, ofertando cursos de graduação, extensão e pós-graduação.

A UFMA atua ainda em 12 municípios, ofertando cursos de Licenciatura por meio dos Programas de Formação de Professores para a Educação Básica (PROEB) e Programa Nacional de Formação de Professores (PARFOR).

A partir de 2010, decorrente da adesão ao Programa de Reestruturação das Universidades Federais – REUNI - em 2007, a UFMA se faz presente nos municípios de São Bernardo e Grajaú, mediante a oferta de cursos de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Naturais, Humanas e Linguagem e Códigos, esse último somente para o Campus de São Bernardo.

A evolução do quantitativo dos cursos de graduação da UFMA durante o período de 2001 a 2010 pode ser evidenciada nos dados da tabela abaixo:

Tabela 1 – Quantitativo de cursos presenciais oferecidos nos campi da UFMA – 2001 a 2010 ANOS CAMPI 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 São Luis 31 31 31 32 33 33 36 36 36 48* Imperatriz 3 3 3 3 3 6 6 6 6 8 Codó 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 Pinheiro 2 Bacabal 2 4 Chapadinha 3 3 3 3 3 S.Bernardo 3 Grajau 2 Total 35 35 35 36 37 43 46 46 48 73

FONTE: Manual do Estudante 2011/2012

Com relação aos cursos de pós-graduação, a UFMA apresenta o quantitativo crescente demonstrado na seguinte tabela:

Tabela 2 – Total de cursos de pós-graduação

CURSOS / ANO 2010 2011 ESPECIALIZAÇÃO 50 60 MESTRADO 22 24* DOUTORADO 06 06 DOUTORADO EM REDE 00 02 MINTER 02 01 DINTER 10 10

Fonte: Manual do Estudante 2011/2012

Quanto à extensão, os dados recentes revelam a atuação da UFMA em programas, projetos, cursos e eventos, conforme os dados da próxima tabela:

Tabela 3 – Total de atividades de extensão

ESPECIFICAÇÃO ANO

2010 2011

PROGRAMAS 09 09

*

As modalidades Bacharelado e Licenciatura, bem como as habilitações de cursos passaram a contar como curso por força do Oficio Circular nº 02/2010-CGOC/DESUP/SESu/MEC, de 16 de junho de 2010

*

PROJETOS 182 211

CURSOS E EVENTOS 53 74

Fonte: Manual do Estudante 2011/2012

Em mais de quatro décadas, a UFMA tem contribuído para o desenvolvimento do estado do Maranhão, formando profissionais nas várias áreas de conhecimento, em nível de graduação e pós-graduação, realizando pesquisas voltadas aos principais problemas do Estado e da Região, e desenvolvendo atividades de extensão, que abrangem ações de organizações sociais, de produção e de inovações tecnológicas, de capacitação de recursos humanos e de valorização da cultura e da sociedade maranhense. Tendo como objetivo deste estudo averiguar a inserção das mulheres alunas nos cursos da área de tecnologia e exatas, no próximo capitulo vamos adentrar no campo império deste estudo que é o Centro de Ciências Exatas e Tecnologia, CCET, sua criação, os primeiros cursos, os cursos atuais, os departamentos acadêmicos, quantitativos de alunos e professores por sexo, entrevista com primeira e única mulher que até então foi a única diretora do CCET, a professora aposentada Vera Lucia Lobato Almeida.