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O envolvimento do governo no desenvolvimento e o padrão histórico de inserção dos

No documento ROSELIANE DE FÁTIMA COSTA FERREIRA (páginas 35-38)

I. INTRODUÇÃO

1. Conjuntura para o Desenvolvimento Socioeconômico Brasileiro

1.2 O envolvimento do governo no desenvolvimento e o padrão histórico de inserção dos

Como fazer a promoção de uma vida sustentável, torná-la parte da linha mestra da estratégia de desenvolvimento sem a participação de grupos e das comunidades locais? Possivelmente, através de um planejamento integrado que desenvolva sistemas alternativos de modo a reduzir os problemas existentes nas comunidades e respeitando suas respectivas culturas.

No contexto da empregabilidade dos jovens egressos do programa PRONATEC no IFMA, é necessário que se faça uma pesquisa de campo, como se dá o processo de inserção dos alunos egressos no mercado, em São Luís, no qual não pode ser dissociado das característica concentradoras e excludentes do processo de desenvolvimento econômico do estado e do país, diante da crise atual, é responsável pela construção de uma população com altos índices de exclusão e desigualdades sociais, econômica, regional/local nos diversos segmentos da sociedade, especialmente do segmento de jovens.

É factual que ainda não é consenso de todos, mas há entre autores que tratam do desenvolvimento sob este contexto, uma grande convergência de opiniões indicando a importância de um desenvolvimento igualitário, em harmonia com o meio ambiente, permeando todos os planejamentos, influenciando as ações dos cidadãos, tomadores de decisão e profissionais de todas as áreas, inclusive os que preparam e avaliam projetos de desenvolvimento.

Este paradigma precisa ser, acima de tudo, embasado em políticas públicas transparentes em todos os setores responsáveis e envolvidos, iniciando-se assim, pelo governo local de cada município, empresas privadas e comunidades em geral, buscando meios adequados para progredir levando em consideração a harmonia ambiental.

A comunidade deve promover valores que apoiam a ética e o encorajamento do desenvolvimento sustentável, através de educação formal e informal, dentro de sua realidade, administrando seus problemas locais, usando informações adequadas e propondo uma harmonia regional de forma a gerar instrumentos mais eficazes para transmitir às pessoas o valor que o meio ambiente terá com a mudança desse paradigma com solidariedade e responsabilidade social.

Por isso é indispensável modificar a maneira de planejar, levando em consideração a razão e eficiência dos recursos disponíveis, visionando a integração universal dos problemas a serem solucionados e prever as consequências de cada ato. Além do que, é necessário mudar a forma de ver as coisas e pensar o mundo de forma mais organizada e sistemática para a formação de cadeias produtivas que possam gerar emprego e renda para a comunidade regional e local. (Vasconcelos, 2002 p.92).

Desta maneira, observa-se que o desenvolvimento sustentável para um processo inclusivo não é complexo processos unilaterais, racionais, pois é também um processo multidimensional e emocional, enfatiza JARA (1999 p. 7), explicando as mudanças sociais, mesmo baseadas em planos instrumentais ou marcos lógicos e racionais, é cometer o reducionismo existencial, é prever que os processos de desenvolvimento obedeçam apenas a razão, sem considerar a contribuição da emoção.

Estudiosos renomados de várias correntes ideológicas têm acentuado que é impossível a sustentabilidade do modelo que está sendo colocado em prática no momento caracterizado pelo materialismo exacerbado individualista, pela destruição do meio ambiente e das espécies de vida no planeta, pela concentração de muito nas mãos de poucos e pela exclusão social de pessoas dos benefícios gerados pelo progresso tecnológico e econômico.

O paradigma do progresso está centrado na busca do bem comum, e se, os negócios funcionam como o motor das sociedades modernas, qual o papel das empresas na construção do futuro da humanidade? Certamente, contribui para melhorar a sociedade através de ações voltadas para o bem comum, pautadas na ética, na cidadania, buscando promover a autonomia das comunidades jovens onde estão inseridas.

Além disso, a sociedade está requerendo uma mudança substancial no seu conjunto de valores porque a economia não deve continuar sendo a medida de tudo. Devem existir outros valores como a coletividade e solidariedade das comunidades com um objetivo comum a todos os participantes de uma cadeia produtiva, tanto no processo produtivo quanto no processo educativo de modo inclusivo e integrativo.

Para isto, alguns requisitos devem servir de inspiração para o Estado do Maranhão na busca de um novo modelo de desenvolvimento socioeconômico que priorize a promoção harmoniosa entre os seres humanos e a natureza tendo a necessidade, conforme sugestão da comissão que elaborou o Relatório Bruntland, 1987 cit in (VASCONCELOS, 2002 p. 93-94):

▪ Um sistema econômico capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes.

▪ Um sistema social que possa resolver as tenções causadas por um desenvolvimento não equilibrado;

▪ Um sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento;

▪ Um sistema tecnológico que busque constantemente novas soluções;

▪ Um sistema internacional que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento e,

▪ Um sistema administrativo flexível e capaz de corrigir-se.

Pelo que aponta o Relatório, o desenvolvimento sustentável não é um estado de permanente harmonia, mas um processo de mudança no qual a exploração de recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional devem procurar atender as necessidades atuais e futuras. Não se traduz como uma tarefa fácil que terá um curso sem tropeços, principalmente porque escolhas difíceis terão que ser feitas. Como uma continuação motora precisa ser aperfeiçoada e buscarão a partir de novas tentativas entre erros e acertos, ajustes, adaptações e sucessivas aproximações.

Seguindo a linha dessa recomendação, Mendes (citado por BURSZTY cit in VASCONCELOS, 2002 p. 94), complementa argumentando de que o desenvolvimento socioeconômico deve, antes de tudo, levar o homem a ter atitudes nas questões de extrema relevantes à sua sobrevivência, quais sejam: o grau de desejo da ética, a aceitação de sua responsabilidade social, a condicionar sua produtividade econômica e a garantia de sua sustentabilidade agroecológica.

Verificando-se as várias formas de conceitos do desenvolvimento sustentável, constata-se que existam elementos comuns (um desenvolvimento sustentado na participação de todos os envolvidos) permeando as concepções e práticas de pessoas, grupos organizados e instituições capazes de iniciar e manter o desenvolvimento integrativo na sua comunidade. Também, existe na literatura apontamentos de se ter vantagens de ampliação nas abordagens do desenvolvimento social, econômico, político para uma dimensão de integrar os diversos atores na busca de efetivar a sua sustentabilidade na localidade, onde tudo acontece.

No documento ROSELIANE DE FÁTIMA COSTA FERREIRA (páginas 35-38)