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Atualmente a distribuição de medicamentos é deficiente, tendo em vista os inúmeros casos em que a carência da população não é suprida. Conforme demonstrado no site da Federação Nacional dos Farmacêuticos FENAFAR (texto digital), de 134 drogas (medicamentos) que são distribuídas pelo Ministério da Saúde, 25 já estão com estoques zerados. Pelo menos quatro destas são para atender transplantados, para evitar a rejeição do órgão pelo organismo, o que pode levar à perda do órgão adquirido para o procedimento.

Afim de evitar a ameaça de morte a milhares de pessoas transplantadas que dependem das medicações, o Ministério Público Federal moveu ação alertando o Ministério da Saúde, o qual teve determinação de juiz para que resolva o problema, pois embora a falta de medicação ameace a vida das pessoas, o desabastecimento de medicamentos não é inédito no Brasil, um exemplo é o caso de transplantes, onde a falta da medicação leva à suspensão da cirurgia para quem está na fila esperando para receber um órgão.

Antes de prosseguir, oportuno trazer o conceito de medicamento conforme Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre “Medicamento é um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico”.

Têm sido atribuídas diferentes definições ao conceito de Medicamento, levando por vezes a uma sobreposição de significado com o termo fármaco, tem-se também medicamentos genéricos, que são produtos farmacêuticos desenvolvidos e fabricados a partir de substâncias ativas, forma farmacêutica e dosagem idênticas a de um medicamento já existente no mercado

farmacêutico, contudo, uma definição clara é dada pela legislação portuguesa, que a define como:

Medicamento é toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre, texto digital).

Cabe destacar que aquilo que traz efeito terapêutico, também é considerado medicamento, como por exemplo um leite especial, para um bebê que padeça de alguma enfermidade, leite este que possuí efeito terapêutico, é um remédio necessário sem dúvida, e para corroborar sobre o assunto, temos o conceito de medicamento conforme Plácido e Silva (2002):

Medicamentum, derivado do latim, é aplicado vulgarmente para designar o remédio utilizado para a cura das enfermidades, ou para aliviar as dores. E, assim, tanto designa os preparados ou produtos que já se encontram prontos nas farmácias, como os remédios aviados pelos farmacêuticos, em obediência às receitas médicas. Distinguem-se, dizendo-se medicamento preparado e medicamento aviado. O primeiro é produto de laboratório. O segundo, feito na farmácia, conforme prescrição médica, formulada na receita. Os medicamentos preparados dizem-se, tecnicamente, especialidades farmacêuticas. E sob essa denominação são classificados pelas leis fiscais. O suprimento de medicamentos às pessoas, quando necessário, inclui-se na mantença ou assistência que lhes é devida por aqueles que estão obrigados a ela.

Promover a devida e correta concretização do direito fundamental social a saúde e o direito ao fornecimento de medicamentos com adequação às normas constitucionais através de determinações judiciais, são medidas que buscam corrigir atuação vinculada ao Estado, considerando que a vida e a saúde dos cidadãos são valores jurídicos tutelados pelo ordenamento, não podendo aceitar atos tendentes a fragilizá-los ou vulnerá-los, como é o caso do não fornecimento de medicamentos para a recuperação da saúde do cidadão necessitado. A concretização imediata do direito social à saúde, esta se fazendo necessária através da concessão de antecipações de tutela em sede de ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal para fornecimento de medicamentos não integrantes da lista RENAME e, portanto, não disponibilizados pelo SUS.

Por se tratar de direito fundamental social, o fornecimento de medicamentos, compete ao Poder Judiciário resolver tal conflito, quando não efetivado pelo Estado, pois percebe-se a

deficiência do sistema de saúde oferecido pelo mesmo, uma vez que, na prática, o direito fundamental social à saúde não se efetiva pelo Poder Público e assim, se transfere ao Poder Judiciário o encargo de satisfazer os casos submetidos à sua apreciação.

O Poder Judiciário adota procedimentos visando ao cumprimento da tutela da saúde, de maneira que o Estado forneça os medicamentos demandados judicialmente, sendo assim, a população tem legitimidade para pleitear judicialmente o amparo ao direito fundamental social à saúde e, por sua vez, o Estado tem legitimidade passiva, pois deve fornecer medicamentos.

As omissões administrativas relativas ao fornecimento de medicamentos têm recebido destaque nos tribunais. Em relação aos preceitos constitucionais, legais e regulamentares relativos ao direito à ampla assistência farmacêutica, tem-se notado as repetidas escusas da União, dos Estados e dos Municípios a cumpri-los, o que leva a um aprofundamento da concentração de posições jurídicas (GOUVÊA, texto digital, p. 40).

No caso dos remédios, é imperioso reafirmar que, além de qualquer decisão política, cumpre ao administrador público proporcionar o acesso irrestrito aos medicamentos de caráter essencial, vinculados à noção de mínimo existencial, indispensáveis à manutenção das condições de vida condigna do indivíduo. Nos limites deste patamar mínimo, a disponibilização ou não do medicamento deixa de ser matéria discricionária, tornando-se plenamente judiciável.

Para corroborar com este entendimento, pertinente transcrever ementa de acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o qual dispõe que o art. 196 da CF/88, impõe ao Estado a atribuição de fornecer medicamentos, bem como fornecimento de tratamento médico, para pessoas carentes. Relata sobre a responsabilidade solidária estabelecida entre os Entes Federados para o atendimento integral à saúde, cabendo à União, Estado ou Município. Argumenta ainda ser dever da administração de prestar assistência à saúde, pois as políticas públicas que não concretizam os direitos fundamentais inerentes à dignidade da pessoa humana desatendem o mínimo existencial, assegurado pela Carta Magna. Dessa forma, a autorização para o fornecimento do medicamento pela parte demandante é imprescindível, por se tratar de direito à vida e à saúde, protegidos constitucionalmente.

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO.

DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. RESPONSABILI DADE SOLIDARIA DOS ENTES PÚBLICOS. DEVER DO ESTADO E DO MUNICÍPIO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS MAJORADOS. 1. Preliminar de

ilegitimidade passiva do Município desacolhida. Em razão da responsabilidade solidária estabelecida entre os Entes Federados para o atendimento integral à saúde, qualquer um deles possui legitimidade para figurar no polo passivo da demanda que busca o acesso à saúde assegurado pela Constituição. 2. A assistência à saúde é direito de todos garantido constitucionalmente, devendo o Poder Público custear os medicamentos e tratamentos aos necessitados. Inteligência do art. 196 da CF. 3. É inviável a substituição do fármaco prescrito para parte autora, pois o médico que acompanha o paciente é quem possui as melhores condições de avaliar o seu estado de saúde e prescrever o tratamento adequado para a cura da enfermidade diagnosticada, não podendo prevalecer o entendimento demonstrado em parecer genérico emitido pelos técnicos do DMJ. 4. Pelo princípio da causalidade, a verba honorária é devida ao procurador da parte vencedora na demanda, e constitui impositivo legal que integra os consectários da condenação, previstos no regime da sucumbência instituído no caput do artigo 85 do CPC. Mantido o valor dos honorários estabelecido na sentença, porque fixados segundo os critérios do artigo 85, §§ 2º e 8º, do CPC, e em patamar inferior ao ordinariamente arbitrado pela Câmara para a espécie. 5. Remessa Necessária conhecida de ofício, por se tratar de sentença ilíquida, hipótese descrita no enunciado da Súmula nº 490 do STJ, estando sujeita ao duplo grau de jurisdição. 6. Honorários advocatícios majorados nos termos do artigo 85, § 11, do CPC. PRELIMINAR AFASTADA. RECURSO DESPROVIDO. CONFIRMADA A SENTENÇA EM REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA DE OFÍCIO. (RIO GRANDE DO SUL, 2019).

Sobre o fornecimento de medicamentos pela via judicial, quando não efetivado pelo Estado, tem-se o bloqueio de valores para garantir à vida, conforme ementa de acórdão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o qual dispõe com base nos artigos 6º e 196 da CF/88, que é dever do Estado prestar atendimento de saúde, quanto a medicamento, tratamento ou cirurgia e da carência de recursos financeiros de quem postula. Relata a solidariedade dos Entes Públicos, que mesmo ausência de previsão orçamentária não afasta o dever dos mesmos de proceder à reserva de verbas públicas para o atendimento das demandas relativas à saúde da população, sendo cabível o bloqueio de valores na conta do ente público para assegurar a realização do tratamento de saúde, devendo existir reconhecimento do direito fundamental social à saúde, como consagração do princípio da dignidade da pessoa humana.

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PÚBLICO NÃO

ESPECIFICADO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. PESSOA PORTADORA DE NEOPLASIA. CACON. SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERATIVOS. RESERVA DO POSSÍVEL. INAPLICABILIDADE. BLOQUEIO DE VALORES. POSSIBILIDADE. Para os pacientes portadores de neoplasias malignas todo o tratamento é realizado através de órgãos específicos, os Centros de Alta Complexidade em Oncologia - CACONs, vinculados à União. Tal fato, todavia, não retira o dever dos entes públicos de atendimento à saúde. Com base nos artigos 6º e 196 da Constituição Federal, é crível admitir que é dever do Estado (lato sensu) prestar atendimento de saúde, quando configurados os vetores da adequação do medicamento, tratamento ou cirurgia e da carência de recursos financeiros de quem postula. A determinação pelo Poder Judiciário do fornecimento do medicamento não afronta o princípio constitucional da independência entre os poderes (art. 2º da CF). A alegada ausência de previsão orçamentária igualmente não afasta o dever dos Entes Públicos de

proceder à reserva de verbas públicas para o atendimento das demandas relativas à saúde da população. BLOQUEIO DE VALORES. POSSIBILIDADE. Cabível o bloqueio de valores na conta do ente público para assegurar a realização do tratamento de saúde, medida esta que encontra amparo no artigo 461, § 5º, do CPC. Não bastasse, em casos como o presente, deve existir uma maior preponderância ao reconhecimento do direito fundamental à saúde, como consagração do princípio da dignidade da pessoa humana. (artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal), em detrimento do direito patrimonial da Fazenda Pública. Precedentes do TJ/RS. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (RIO GRANDE DO SUL, 2016).

Ainda, sobre o assunto, o Supremo Tribunal Federal assegurou a interpretação de que o fornecimento de medicamentos acarreta responsabilidade solidária entre os entes da federação, onde os mesmos devem prover recursos para as despesas com fornecimento de medicamentos para pessoas carentes, pois à Saúde é direito de todos e dever do Estado, elevado à condição de direito social fundamental do homem, contido no art. 6º da CF/88, declarado por seus artigos 196 e seguintes, é de aplicação imediata e incondicionada, nos termos do parágrafo 1º do art. 5º da CF/88.

E M E N T A: PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA ONCOLÓGICA – NEOPLASIA MALIGNA DE BAÇO – PESSOA DESTITUÍDA DE RECURSOS FINANCEIROS – DIREITO À VIDA E À SAÚDE – NECESSIDADE IMPERIOSA DE SE PRESERVAR, POR RAZÕES DE CARÁTER ÉTICO-JURÍDICO, A INTEGRIDADE DESSE DIREITO ESSENCIAL – FORNECIMENTO GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE PESSOAS CARENTES – DEVER CONSTITUCIONAL DO ESTADO

(CF, ARTS. 5º, “CAPUT”, E 196) – PRECEDENTES (STF) –

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO – CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (BRASIL, 2013).

Por fim, sendo o direito fundamental social à saúde vinculado ao direito à vida e ao princípio da dignidade da pessoa humana, é direito fundamental no sentido formal e material, de aplicação imediata e incondicionada, nos termos do parágrafo 1 º do art. 5º da CF/88, e o Supremo Tribunal Federal corrobora para o entendimento e também sobre bloqueio judicial para compra de medicamento, sendo dada ao indivíduo a possibilidade de exigir compulsoriamente as prestações asseguradas nas normas constitucionais definidoras dos direitos fundamentais sociais.

EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Direito à saúde. Fornecimento de medicamento. Bloqueio de verbas públicas. Possibilidade. Repercussão geral reconhecida. Precedentes. 1. O acórdão recorrido dá efetividade aos dispositivos constitucionais que regem o direito à saúde. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal fixou-se no sentido da possibilidade do bloqueio de verbas públicas para a garantia do fornecimento de medicamentos, questão que teve,

inclusive, a repercussão geral reconhecida nos autos do RE nº 607.582/RS. 3. Agravo regimental não provido. (BRASIL, 2018).

Neste contexto, se percebe a necessidade da atuação do Poder Judiciário na efetivação do direito à saúde, já que é um direito fundamental e o seu descumprimento pode afetar a dignidade da pessoa humana e o mínimo existencial. Não vingam, portanto, os limites impostos pelo Estado à concretização do direito à saúde, pois o compromisso dele acaba por ser concretizado judicialmente.

Diante de tais considerações, demonstrada a relevância da concretização do direito fundamental social à saúde e da complexidade que envolve a discussão do fornecimento de medicamentos por parte do Poder Público, a doutrina constitucional se dedica a interpretações dos dispositivos da lei, buscando definir teses relacionadas a esse assunto, demonstrando que o direito fundamental social à saúde deve ser traduzido em prestações positivas pelo Estado a fim de garantir efetivação do direito à todos os cidadãos, porém, conforme demonstrado, ficou evidente que tais prestações não estão sendo cumpridas pelo Poder Público, e sendo assim, a atuação do Poder Judiciário é fundamental para o exercício efetivo da cidadania, a qual será a concretização desses direitos - os quais são indispensáveis para a realização da dignidade da pessoa humana – atuação essa que se faz necessária, para garantir a efetivação dos direitos omitidos pela Estado, os quais serão efetivados com apreciações judiciais pela chamada Judicialização da Saúde.

CONCLUSÃO

A garantia ao cidadão para a efetivação de seu direito à saúde tem sido por meio da utilização da judicialização. Ao longo de seus trinta e um anos, a Constituição da República vislumbra vários direitos sociais no seu art. 6º, dentre eles a saúde. Esta, por sua vez, não vem sendo concretizada pelo Estado, de acordo com os anseios da população. Em razão disso, há inúmeras demandas judiciais em busca da efetivação de tal direito.

Na intenção de compreender tal realidade e de possibilitar uma conclusão convincente para a presente monografia, o primeiro capítulo abordou os direitos sociais e a evolução do direito social à saúde. Através dessa análise, pôde-se perceber a significativa evolução do direito à saúde ao longo da história, passando por diversas mudanças nas Constituições para ser assegurada a saúde como direito fundamental social na Constituição Federal de 1988.

Na segunda parte deste trabalho, foram analisados os aspectos teóricos e jurisprudenciais aplicáveis ao tema proposto. Assim, foi possível afirmar que os dispositivos constitucionais, legais e jurisprudenciais representam a carga necessária para legitimar o Poder Judiciário a promover o direito à saúde.

Destacou-se ainda, que a distribuição de medicamentos, é deficiente, tendo em vista os inúmeros casos em que a carência da população não é suprida, assim, procedimentos adotados através da intervenção do Poder Judiciário visam ao cumprimento da tutela da saúde, de maneira que o Estado forneça os medicamentos demandados judicialmente.

Concluiu-se que o Poder Judiciário quando provocado, não deve ficar inerte, devendo se posicionar de maneira decisiva para efetivar o direito fundamental social à saúde, devendo proteger o cidadão, e para isso, deverá utilizar as ferramentas necessárias na via judicial, por meio da judicialização da saúde, quando houver omissão por parte do Estado.

Foi demonstrado que a saúde é “direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas visando à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, conforme o art. 196 da Constituição Federal de 1988.

Neste contexto, foi analisado a reserva do possível, que é um argumento ocasionalmente utilizado nas respostas do Estado às demandas judiciais, pois embora as necessidades humanas sejam ilimitadas, o Estado deve sempre se ater as sua capacidade econômica e financeira, de forma à atender essas necessidades, mas isso não pode servir de desculpa, sob o fundamento da inexistência de recursos financeiros suficientes, para que o Estado deixe de garantir os direitos mínimos, por ser imprescindível à preservação da dignidade do titular do direito, assegurando condições mínimas de sobrevivência, com respeito à dignidade da pessoa humana, sendo possível, através da garantia do mínimo existencial, compatibilizar a efetividade dos direitos sociais com a teoria da reserva do possível.

Portanto, ainda que se deixe de observar a disponibilidade financeira do Estado, é justificável o fenômeno da judicialização da saúde, concretizando o direito fundamental à vida, saúde e dignidade da pessoa humana, pois um direito secundário, não pode prevalecer sobre um direito inerente à vida e de valor inestimável, então, não ganha os limites impostos pelo Estado à concretização do direito à saúde, pois o compromisso dele acaba por ser concretizado judicialmente, através da judicialização .

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