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O inquérito aos alunos

No documento View/Open (páginas 129-133)

4. Destinatários e contexto de intervenção

6.3. Análise dos dados

6.3.2. O inquérito aos alunos

Como já referimos, organizámos este inquérito22 tendo em conta três dimensões: gostar, perceber e compreender. Assim, pretendíamos avaliar o grau de motivação dos alunos, a adequação à faixa etária e a clareza do discurso, das instruções (em prol da compreensão do texto).

Solicitamos aos alunos que, para responderem, se posicionassem numa escala com os seguintes itens de concordância: 1- concordo plenamente; 2- concordo; 3- não concordo; 4- não concordo nada.

De seguida, e tendo em conta esta escala, pedimos que manifestassem a sua opinião nas três dimensões, relativamente às seguintes actividades / estratégias:

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1. Mapa de verificação e auto-avaliação de conhecimentos sobre o

texto narrativo;

2. Esquema da estrutura narrativa; 3. Verificação da compreensão leitora;

4. Questionário de compreensão das duas versões da história;

5. Diagrama de leitura comparada;

6. Quadro de caracterização de personagens;

7. Características da personagem com prova real; 8. Proposta de escrita;

9. Antes e depois (personagem e espaço);

10. Exercício escrito síntese: caracterização da personagem; 11. Esquema sol;

12. Esquema preditivo; 13. Reconto;

14. Exercício de explicitação do sentido das expressões do texto; 15. Pirâmide narrativa;

16. Esquema narrativo;

17. Ficha auto-avaliação por grupo; 18. Grelha de revisão intergrupos; 19. Esquema da estrutura narrativa.

Também perguntámos aos alunos, considerando ainda as dimensões referidas, qual tinha sido a actividade que mais (ou menos) gostaram, a actividade mais fácil (ou difícil) de perceber e, ainda, a actividade que mais (ou menos) ajudou a compreender o texto.

Finalmente, quisemos saber a opinião dos alunos relativamente ao conjunto das sessões que trabalhámos.

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6.3.2.1. A opinião dos alunos relativamente ao gostar,

perceber e compreender

A análise23 aos dados permite constatar que os alunos se posicionaram de forma bastante significativa no “concordo plenamente”, quer se trate de gostar da actividade, quer se trate de perceber a actividade ou ainda de a compreender. De registar que nenhum aluno se situa no “não concordo” ou no “não concordo nada”.

A actividade

Questionário de compreensão das duas versões da história” foi a que mereceu menor expressividade na concordância plena e na dimensão “gostar”. Talvez isto se explique pelo facto desta actividade se aproximar demasiado das actividades de questionamento a que os alunos já estão habituados, contrariamente às restantes, que saem das rotinas estabelecidas.

Parece-nos que podemos afirmar que as estratégias que desenvolvemos junto dos alunos foram motivadoras, não causaram dificuldade de entendimento e facilitaram processos de compreensão.

A tabela 1 (cf. anexo G) dá-nos uma visão global da distribuição dos dados, no que às avaliações dos alunos relativamente às estratégias diz respeito.

6.3.2.2. A opinião dos alunos relativamente às actividades

das sessões

Perguntámos ainda, a cada aluno, e em cada dimensão considerada, qual foi, respectivamente, a actividade que “mais ou menos gostou”, a actividade “mais fácil ou mais difícil de perceber” e a actividade que “mais ou menos ajudou a compreender o texto”.

A distribuição dos dados permite verificar que:

· A sessão nº 8 (7B) foi aquela que os alunos mais gostaram (8 alunos);

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· A sessão nº 8 (7B) foi também aquela que mais ajudou os alunos a compreender o texto (7 alunos), seguida de perto pela sessão nº 1 (6 alunos);

· A sessão nº 1 foi a sessão em que mais facilmente perceberam o que era pedido;

· A sessão nº 6 foi a mais difícil de perceber.

Constatamos que a sessão nº 8 (7B) e a sessão nº 1 foram aquelas que, de forma mais expressiva, causaram impacto nos alunos. São, sem dúvida, dois momentos marcantes da nossa intervenção, basta termos presente que a sessão nº 1 é o início da experiência e a sessão nº 8 marca o seu final. Por outro lado, o texto da sessão nº 1 era curto e simples (reduzido número de personagens e acontecimentos), de fácil compreensão e com as tarefas relativas à estrutura narrativa (esquemas e sínteses) que não eram totalmente estranhas aos alunos. Por outro lado, a história tratava de assunto/valores a que são particularmente sensíveis, como a família e a honestidade.

Relativamente à sessão nº 8 (7B), ela representa o culminar de um investimento colaborativo, de actividades integradas e desenvolvidas ao longo de duas sessões, que envolveu cada um dos alunos e o grupo no seu todo na discussão de ideias / criação / produção, no processo de escrita e reescrita dos textos, tendo ao seu alcance um recurso para divulgação da sua produção final.

Tomando consciência das suas capacidades de trabalho individual, colectivo, colaborativo, os alunos participaram numa experiência em que se perspectivava com clareza o caminho que se pretendia percorrer e onde se desejava chegar.

Por seu lado, a sessão 6 envolvia um texto de linguagem figurativa e metafórica, convocando para um trabalho de extracção de significados a partir do contexto, dada a opacidade do vocabulário, e de consequente descoberta de sentidos. Assim, esta sessão estava mais direccionada para exercícios de compreensão inferencial e de formulação de juízos de valor e, por isso, na dimensão que anteriormente assinalámos (o “perceber”), os alunos mostraram maior insuficiência. Efectivamente, os dados nacionais das provas de aferição

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também revelam que os exercícios de compreensão inferencial são aqueles cujos resultados são menos expressivos.

A tabela 2 (cf. anexo G) mostra-nos, por completo, como se posicionaram os nossos alunos respondentes, no que toca à sua avaliação das sessões.

6.3.2.3. A opinião dos alunos relativamente às sessões de

trabalho

Quisemos saber que opinião tinham os alunos relativamente a cada uma das sessões de trabalho. Nesse sentido, solicitámos que se posicionassem novamente na escala de concordância acima referida, tendo presente as oito sessões e a afirmação “Eu gostei das sessões de trabalho”.

A tendência verificada nas questões anteriores mantém-se nesta questão, ou seja, os alunos revelaram, de forma muito expressiva, que todas as sessões mereceram a concordância plena no que respeita a gostar, no entanto, são as sessões nº1, nº7 e nº8 as que apresentam concordância plena e total e é a sessão nº6 a que aparece com menor expressividade de concordância plena.

A tabela 3 (cf. anexo G) permite-nos apreciar a distribuição completa dos dados, no que diz respeito à avaliação global dos alunos relativamente a cada sessão.

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