• Nenhum resultado encontrado

Realização / implementação das actividades e estratégias

No documento View/Open (páginas 146-151)

4. Destinatários e contexto de intervenção

6.3. Análise dos dados

6.3.3. As entrevistas

6.3.3.3. Realização / implementação das actividades e estratégias

Nesta categoria de análise, quisemos saber, essencialmente, a opinião das professoras sobre o trabalho que desenvolvemos, a sessão que suscitou maior ou menor adesão junto dos alunos, a que foi mais fácil ou mais difícil de perceber, a que mais ou menos contribuiu para uma melhor compreensão do texto. Quisemos, ainda, indagar juntos destas professoras sobre as estratégias que desenvolvemos, designadamente, as que suscitaram maior ou menor interesse junto dos alunos, as que foram mais fáceis ou mais difíceis de perceber pelos alunos e as que contribuíram mais ou menos para uma melhor compreensão do texto. Estabelecemos, desta forma, um confronto entre as sessões e as estratégias.

135

Como não podia deixar de ser, os modos de organização do trabalho que fizemos com os alunos e a utilização dos recursos multimédia foram também sujeitos à opinião das nossas entrevistadas.

Relativamente a esta categoria de análise e uma vez que as questões orientadoras do nosso guião se direccionavam especificamente para a realização de actividades, há questões que não se aplicam à coordenadora de departamento.

136

Quadro 13 - Realização/implementação das actividades e estratégias

SESSÕES

ESTRATÉGIAS

16. Na sua opinião, das várias sessões / guiões que foram desenvolvidos quais lhe pareceram…

17. Na sua opinião, das várias estratégias desenvolvidas quais as que lhe pareceram…

MAIOR ADESÃO a) Ter suscitado maior

adesão e interesse junto dos alunos? MAIOR ADESÃO

a) Ter suscitado maior adesão e interesse junto dos alunos?

Professora titular Professora bibliotecária

Professora titular Professora bibliotecária Sessão nº2, 7 e 8 Sessão nº2 Diagrama de Venn;

(sessão 2)

grelha de revisão(sessão 7,8)

Diagrama de Venn (Sessão nº2)

MENOR ADESÃO b) ter suscitado menor adesão e interesse junto dos alunos?

MENOR ADESÃO b) ter suscitado menor adesão e interesse junto dos alunos?

Professora titular Professora bibliotecária

Professora titular Professora bibliotecária

“Não encontrei” Sessão nº6 Nenhuma (explicitação de sentido) Sessão nº6

FÁCIL PERCEBER c) Ter sido mais facilmente percebidas pelos alunos?

FÁCIL PERCEBER 18. a)Ter sido mais facilmente percebidas pelos alunos?

Professora titular Professora bibliotecária

Professora titular Professora bibliotecária Sessão nº1 Sessão nº1 (verificação da

compreensão) Sessão nº2

(verificação da compreensão) Sessão nº2

DIFÍCIL PERCEBER d) ter sido mais difíceis de perceber pelos alunos?

DIFÍCIL PERCEBER 18. b)Ter sido mais difíceis de perceber pelos alunos?

Professora titular Professora bibliotecária

Professora titular Professora bibliotecária Sessão nº6 Sessão nº6 (explicitação de sentido)

Sessão nº6

(explicitação de sentido) Sessão nº6

MELHOR COMPREENSÃO e) ter contribuído mais para uma melhor compreensão do texto?

MELHOR COMPREENSÃO 19 a) ter contribuído mais para uma melhor compreensão do texto?

Professora titular Professora bibliotecária

Professora titular Professora bibliotecária Sessão nº6 Sessão nº2 (Características

personagem com prova real) Sessão nº3

(questionário registo das diferenças) Sessão nº2

MENOR COMPREENSÃO f) ter

contribuído menos para uma melhor compreensão do texto?

MENOR COMPREENSÃO 19b) ter

contribuído menos para uma melhor

compreensão do texto?

Professora titular Professora bibliotecária

Professora titular Professora bibliotecária Nenhuma Sessão nº6 (apelo ao poema de Álvaro

Magalhães) Sessão nº2

(Mapa de verificação e autoavaliação) Sessão nº1

137

Uma análise ao quadro permite-nos constatar, na opinião destas professoras, que:

· A sessão nº2 foi a que suscitou maior adesão e interesse junto dos alunos; também as estratégias desta sessão surgem como as que mais interessaram aos alunos;

· A sessão nº6 foi a que suscitou menor adesão e interesse junto dos alunos; também as estratégias desta sessão suscitaram menor interesse junto dos alunos (segundo opinião da professora bibliotecária).

· A sessão mais fácil de perceber pelos alunos foi a nº1, no entanto, as estratégias mais fáceis de perceber pelos alunos surgem na sessão nº2. · A sessão mais difícil de perceber foi a nº6; também as estratégias desta

sessão foram as mais difíceis de perceber.

· Curiosamente, esta sessão nº 6, tanto foi considerada a que melhor contribui para a compreensão do texto (na opinião da professora titular de turma) como, também, como a que menos contribuiu para a compreensão do texto (segundo a professora bibliotecária).

A professora titular de turma justifica esta opção argumentando que o texto era complexo e que “o trabalho realizado (…) possibilitou uma desmontagem, uma reconstrução sucessiva (…) e uma contínua exploração”.

Confrontando estas opiniões com as opiniões dos alunos, verificamos que efectivamente estes disseram que a sessão mais difícil de perceber foi a nº6 e que a mais fácil tinha sido a sessão nº1.

Se dúvidas pudessem existir, confirmamos que a compreensão inferencial, trabalhada de modo mais latente na sessão nº6, é a que mais problemática suscita nos alunos e que essa dificuldade persiste, mesmo tratando-se de textos narrativos.

Não podemos deixar de registar que, a propósito das sessões e estratégias mais interessantes para os alunos, a coordenadora de departamento refere que lhe parece que “todos os guiões podem suscitar adesão e interesse junto dos alunos (…) apresentam estratégias muito variadas que conduzem à compreensão dos textos. Considerando que foram

138

pensadas diferentes estratégias para a compreensão da leitura, estas não estão em pé de igualdade para se poderem hierarquizar. A selecção dos textos é que pode, de certa forma, captar maior ou menor simpatia da parte dos alunos”.

Ainda no contexto desta categoria de análise (“Realização das actividades”), perguntámos às nossas entrevistadas como avaliavam os modos de organização do trabalho proposto aos alunos, bem como a utilização das TIC na implementação das actividades.

Ficámos a saber que predomina entre as docentes uma imagem positiva das modalidades de trabalho. Classificaram-nas como sendo diversas, enriquecedoras e excelentes. Quanto à utilização das TIC, esta foi considerada “adequada”, “pertinente”, “interessante”e “imprescindível”.

Finalmente, as docentes pronunciaram-se, genericamente, sobre o trabalho que desenvolvemos e registaram que foi um trabalho “excelente” (segundo a professora bibliotecária) e com “evidentes resultados positivos” (para a professora titular de turma). Como sugestão de melhoria, a professora bibliotecária e a coordenadora de departamento sugeriram a hipótese de “alargar o projecto à participação dos pais”.

Reunindo as análises efectuadas, podemos concluir, relativamente a esta categoria de análise (“Realização / Implementação das actividades e estratégias”), que a nossa acção foi claramente positiva. De modo geral, as sessões suscitaram interesse, foram fáceis de compreender e contribuíram para uma melhor compreensão do texto, apresentaram modalidades de trabalho diversificadas e enriquecedoras, fazendo um adequado e pertinente uso das TIC.

Concluímos ainda, corroborando dados já conhecidos, que os exercícios que envolvem a compreensão inferencial em textos narrativos são aqueles em que os estudantes apresentam maiores dificuldades.

139

No documento View/Open (páginas 146-151)