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O lugar da psicofarmacologia na psicanálise

3. A PSICOFARMACOLOGIA NA PSICANÁLISE

3.2. A relação entre a psicofarmacologia e a psicanálise

3.2.7. O lugar da psicofarmacologia na psicanálise

podem ser de grande valia para ajudar a criar as condições necessárias para a análise. É certo que um certo nível de angústia é indispensável para a manutenção do trabalho analítico e Freud reconheceu que é necessário não “ceder à tentação” de suprimir por completo qualquer sofrimento psíquico do paciente; mas, também um estado permanente e intenso de angústia não permite qualquer intervenção psicanalítica, na medida em que seria impossível a alguém nessa situação ouvir o outro ou a si mesmo (MEZAN, 1995, p.

274).

Entendemos que, neste contexto, ao não se suprimir por completo o sofrimento psíquico de um indivíduo, podem surgir questionamentos acerca da utilização dos psicofármacos concomitantemente ao tratamento psicanalítico. Lembramos que a finalidade da psiquiatria e das especialidades médicas de maneira geral se concentra na remoção completa do sintoma, o que, por sua vez, poderia prejudicar o andamento favorável do processo da análise, considerando que uma anulação completa da angústia poderia encobrir os demais aspectos subjetivos do indivíduo, algo como uma “anestesia psíquica”.

Da mesma maneira, não desconsideramos as críticas que podem surgir com relação ao uso indiscriminado dos psicofármacos, não apenas no tratamento dos distúrbios mentais, mas em diversas reações, sentimentos e comportamentos simplesmente humanos. Segundo Roudinesco (1999), a tentativa de eliminar o sintoma se associa a uma suposta normalização do sujeito, partindo do pressuposto de que nenhum indivíduo tem o direito de manifestar seu sofrimento ou de se entusiasmar com seus ideais. Seus sentimentos acabam sendo submetidos a uma exigência inatingível de manter a “moral humanitária e o pacifismo”, o que culmina em uma exacerbação de seu estado de infelicidade, por não se considerar normal ao perceber-se com sentimentos humanos, como o ódio, as paixões e a angústia, afastando-o assim de sua subjetividade:

Imerso no consciente e dilacerado por uma consciência pesada, esse sujeito, entregue a suas pulsões pela morte de Deus, está sempre em guerra consigo mesmo. Daí decorre a concepção freudiana de neurose, centrada na discórdia, na angústia, na culpa e nos distúrbios da sexualidade (ROUDINESCO, 1999, p. 18).

Exatamente neste ponto entendemos a proposta de Khun, de que seria favorável utilizar uma teoria que permitisse uma compreensão mais exata das estruturas

psicopatológicas essenciais - como a psicanálise - nas indicações terapêuticas das medicações psicotrópicas.

Por fim, feitas as considerações acima e retomando o objetivo deste estudo - de tentar estabelecer o lugar da psicofarmacologia na psicanálise -, nos fragmentos clínicos de análise apresentados demonstramos situações nas quais o uso concomitante de ambos os métodos foi de colaboração efetiva, na medida em que foi possível o reconhecimento de cada método em sua especificidade. A administração de uma medicação psicotrópica no contexto psicanalítico – em um certo momento, em uma certa dose - auxiliou o andamento do processo da análise. Neste mesmo sentido, entendemos que a relação entre a psicofarmacologia e a psicanálise pode ser de cooperação recíproca, desde que a psicanálise consiga reconhecer os efeitos de uma medicação psicotrópica que, quando guiada por uma observação psicopatológica rigorosa, poderá servir de apoio para sua própria clínica.

CONCLUSÃO

No início deste estudo, apresentamos a psicofarmacologia e a psiquiatria contemporânea, assim como a íntima relação estabelecida entre elas. Notadamente, a descoberta acidental dos efeitos antipsicóticos da clorpromazina, em 1957, permitiu o desenvolvimento das teorias biológicas para explicar a etiologia dos transtornos mentais e o desenvolvimento progressivo de novas substâncias capazes de alterar os estados psíquicos destes distúrbios, agindo proeminentemente na redução dos sintomas. A partir das pesquisas acerca dos mecanismos de ação destas substâncias e da observação de que elas interferem na distribuição dos neurotransmissores no sistema nervoso, foi possível confirmar a ideia de que uma doença mental poderia ser decorrente de alterações na neurotransmissão.

Concomitantemente a estas descobertas, a ampliação dos conhecimentos acerca dos mecanismos de neurotransmissão química possibilitou a síntese sucessiva de novos compostos para o tratamento dos transtornos mentais, buscando cada vez mais substâncias que apresentassem uma maior eficácia terapêutica e uma menor possibilidade de provocar efeitos colaterais.

A psiquiatria, por sua vez, que até então possuía poucos recursos terapêuticos, com sistemas de classificação diagnóstica aleatórios e hipóteses etiológicas insuficientes e inconsistentes para os transtornos mentais, acabou se voltando para as neurociências, o que em tese permitiria que ela se aproximasse das demais especialidades médicas. A psicofarmacologia se tornou seu principal instrumento terapêutico, culminando na criação de sistemas diagnósticos baseados em agrupamentos de entidades clínicas, já que os psicofármacos atuam principalmente nos sintomas. Entretanto, ao alicerçar suas teorias predominantemente apenas em pressupostos neurobiológicos, a psiquiatria acabou se afastando de outras ciências que se ocupam do sofrimento humano, como a psicanálise.

Surge, assim, a necessidade de estabelecermos uma relação entre a neurobiologia e a psicanálise no intuito de alcançarmos o objetivo do presente estudo - de definir o lugar da psicofarmacologia na psicanálise. Encontramos, entretanto, um impasse de difícil

solução neste caminho: os métodos objetivos de observação e análise das neurociências não são capazes de explicar os fenômenos da subjetividade humana, considerando que, para isto, se faz necessário o conceito de valor, ou seja, os sentimentos de cada pessoa em cada experiência vivida são extremamente individuais, entrelaçados a sua história de vida e ao seu contexto sociocultural. E este foi exatamente o motivo pelo qual Freud rompeu com as teorias neurocientíficas de sua época, levando-o a criar uma teoria à parte, na qual os fenômenos observados em sua clínica pudessem ser mais bem elucidados.

Apesar de terem métodos de investigação diferentes – objetivos nas neurociências e subjetivos na psicanálise – entendemos que a observação clínica poderia ser um campo onde as duas áreas inevitavelmente se encontram, considerando que ambas almejam conhecer e assistir o “ser psiquicamente doente” denominado por Khun.

Decidimos, desta maneira, sustentar nossas suposições na clínica.

A partir de fragmentos clínicos de análise de pacientes que receberam concomitantemente alguma medicação psicotrópica, em algum momento da análise, decidimos colocar as teorias neurobiológicas, que sustentam a utilização de psicofármacos atualmente, e as teorias metapsicológicas lado a lado, na tentativa de explicar o mesmo fenômeno observado e compará-las, demonstrando que elas não são necessariamente excludentes – o estabelecimento do lugar da psicofarmacologia na psicanálise apenas seria possível partindo do pressuposto de que uma teoria não excluísse completamente a outra.

A administração de uma substância psicotrópica auxiliou o andamento da análise, na medida em que reduziu os sintomas que poderiam aumentar a resistência ao tratamento – a “soma das forças que lutam contra nós”, segundo Freud – a ponto de impossibilitá-lo.

Notamos nos fragmentos de análise apresentados que a administração de um psicotrópico foi favorável ao acompanhamento psicanalítico, na medida em que foi acompanhada por uma observação psicopatológica fundamentada pela observação psicanalítica. Isto, por fim, acabou por estabelecer uma relação de colaboração recíproca, confirmando nossas suposições de que as teorias neurobiológicas e as teorias metapsicológicas não são necessariamente excludentes e que a psicofarmacologia pode ter um lugar de apoio na clínica psicanalítica, quando utilizada em determinados momentos, em determinadas doses.

Assentadas essas premissas, surgem outras questões a serem respondidas: de que maneira exatamente uma medicação que incide sobre mecanismos biológicos poderia provocar alterações psíquicas? Apesar dos mistérios existentes na relação entre o físico e o psíquico, como seria possível negar a influência de um sobre o outro?

Essas, no entanto, são perguntas ainda por elucidar.

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