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3. Enquadramento da prática profissional

3.4 O Núcleo de Estágio

O NE da escola cooperante foi composto pela PC e pela PO da faculdade, bem como por três EE, sendo que os outros dois colegas eram da minha turma no ano passado. Assim, a relação que possuímos do ano anterior facilitou imenso a nossa integração logo numa fase inicial e foi-se desenvolvendo ao longo dos meses de trabalho. Foi um aspeto essencial pois já tínhamos rotinas de trabalho consolidadas, principalmente com um dos colegas, porque fazia parte do grupo de trabalho do ano anterior, o que permitiu que o trabalho de grupo começasse a ser desenvolvido logo no primeiro dia. Apesar de alguns obstáculos ocorridos ao longo, como é normal em qualquer grupo de trabalho coeso, ultrapassamos cada situação com diálogo e debate, optando sempre por a solução que achamos mais adequada

a cada momento, mantivemo-nos unidos do início ao fim deste percurso, aproveitando o melhor de cada de nós em prol do trabalho de grupo.

O principal obstáculo que enfrentamos, especialmente no 1º período, foi o facto de eu e um dos colegas trabalharmos, e não conseguirmos conciliar os melhores horários para realizarmos o trabalho destinado à turma partilhada, uma vez que é fundamental que este seja elaborado em consonância com todos os elementos, sentimos algumas dificuldades para o efetuar. No entanto, com o início do 2º período, e após algumas conversas arranjarmos forma de nos reunirmos com maior regularidade, com o intuito de melhorar a qualidade do trabalho desenvolvido para a turma partilhada. Já no início do 3º período, a comunicação era de tal forma fluída que, todos os documentos estavam prontos ainda antes do retorno às aulas, o que demonstra o crescente entendimento que fomos aprimorando ao longo do nosso percurso, tornando- nos professores mais capazes e preparados para os desafios futuros.

As nossas reuniões de NE foram realizadas às quintas-feiras à tarde e às sextas-feiras de manhã, com a finalidade de refinar o trabalho de grupo, assim como, de resolve alguns problemas que íamos tendo, quer seja na turma partilhada como na turma residente. Estas discussões tiveram, maioritariamente, a presença da nossa PC, partilhando sempre o eu pensamento, elucidando-nos com outro ponto de vista, mais experiente e conhecedor da realidade em questão. Um dos objetivos principais da reunião de sexta-feira era debater os pontos ocorridos ao longo da semana, percebendo o porquê de acontecer e como resolver essa situação, com a intenção de evoluir e refletir sobre a nossa atuação. Estas reuniões eram muitas vezes marcadas pela reflexão sobre os nossos erros cometidos na prática, pois é nessa situação que eles se vão revelando, pois como referem Mesquita et al. (2014), é essencial existirem possibilidades de aprendizagem onde os docentes lidem com o contexto prático dúbio, numa perspetiva de partilha e cooperação.

A PC desde o primeiro dia que teve uma postura incrível, o seu auxílio foi fundamental, sempre pronta a ajudar e a elucidar sobre o mais importante em

cada momento, combatendo as minhas maiores dificuldades e incertezas. Deste modo, tornou-se um apoio essencial no meu crescimento e desenvolvimento ao longo do ano letivo. O conhecimento que tem acerca do contexto e de todo o meio envolvente foi determinante, ainda que eu acredite que o facto de ser eu a errar, foi determinante para futuramente aprender com esses erros que cometi. Mais uma vez, o papel da professora cooperante mostrou-se fulcral, com toda a sua experiência, visto que ela me guiou neste processo de tentativa-erro. Deixo uma palavra de apreço pela sua postura, pois com a sua exigência fez-me crescer e querer ser mais rigoroso e competente no desenrolar da minha profissão.

“Na reunião de núcleo da semana passada, um dos assuntos que a Professora nos colocou foi o fato de se introduzir conteúdos novos, e diferentes daqueles que estão a ser exercitados, nas aulas de um segmento (isto é 50 minutos). Na verdade umas aulas antes, na aula de 6ª feira (tenho um segmento) tinha feito a introdução de um conteúdo mas que foi muito semelhante àquele que estava a ser abordado. Gerou- se uma conversa muito produtiva pois o tempo da aula parece tão pouco e não dá para se fazer grandes modificações em relação àquilo que se faz na aula anterior. Pois, o tempo que se gasta em explicar um exercício pela primeira vez ou mesmo introduzir um conteúdo que seja deveras distinto daqueles que estão a ser abordados, leva a que a aula passe a correr e quase não exista tempo para se exercitar o que quer que seja” (Diário de Bordo 8 - Semana 29-Out a 2-Nov) A participação da PO foi basilar para responder às minhas maiores necessidades e dificuldades em todos os passos do meu processo de formação enquanto estudante estagiário nomeadamente no que concerne à realização do RE, contribuindo para a minha experiência e aprendizagem, aconselhando-me da melhor forma possível na sua área de formação profissional ou noutras áreas essenciais à profissão docente. Na última reunião que realizamos teve uma conversa connosco acerca dos pressupostos que vamos desenvolvendo enquanto professores, especificamente no que às competências da profissão diz respeito.

No cômputo geral, o nosso núcleo desenvolveu uma ótima relação, de amizade e colaboração, quer entre os EE, quer com a PC e PO, com o intuito de realizar o melhor trabalho possível, de acordo com os nossos objetivos, concebidos no início do ano letivo.