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Capítulo I – Estudo Empírico

6. O papel moderador da configuração familiar

6.4. O papel moderador da configuração familiar na associação entre a perceção do

Realizou-se ainda uma MANOVA para o bem-estar psicológico em função da interação entre a perceção do suporte social e a configuração familiar que evidenciou a não existência de um efeito moderador da configuração familiar na associação entre a perceção do suporte social e o bem-estar psicológico F(4, 814) =1.00, p=.405; 2

= .005, podendo verificar-se que a perceção de suporte é melhor preditora do bem-estar psicológico independentemente da configuração família.

Capítulo III - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este ponto do trabalho surge da apresentação dos resultados dando seguimento à discussão de todos os elementos apresentados. Assim, serão alvo de discussão em primeiro lugar as associações entre a qualidade da vinculação amorosa, a perceção do suporte social e a qualidade do processo de individuação e os níveis de bem-estar psicológico nos adolescentes e jovens adultos. Num segundo momento será dada ênfase à diferenciação das dimensões em estudo com as variáveis configuração familiar, género e idade. Num terceiro momento serão abordadas as diferenças existentes nos processos de individuação e bem-estar psicológico dos jovens com diferentes protótipos de vinculação, e ainda, dos jovens com diferentes perceções do suporte social. Num quarto momento será dadá enfase às relações de predição entre a qualidade da vinculação amorosa e a perceção do suporte social no processo de individuação e no bem-estar psicológico. Finalmente, num quinto momento será abordado o papel moderador da configuração familiar na associação entre os protótipos de vinculação e o processo de individuação e bem-estar psicológico, bem como o seu papel entre a perceção do suporte social e o processo de individuação e bem-estar psicológico.

1- Associação entre as variáveis vinculação amorosa, perceção do suporte social, processo de individuação e bem-estar psicológico

Realizando uma interpretação sobre as análises associativas, num primeiro momento intraescalas, verifica-se que na vinculação amorosa a confiança é uma característica da vinculação que se associa de forma moderada e negativa com a dependência e a ambivalência, enquanto se associa de forma positiva a altos níveis de evitamento. Assim, é possível observar que jovens que denotam ambivalência e dependência nas relações parecem apresentar menor confiança nas relações amorosas. Esta associação positiva entre a confiança e o evitamento poderá ser explicada pela confiança em si mesmo que ambas comportam. Verifica-se portanto que a dependência e a ambivalência mantêm uma relação positiva e moderada entre si, o que poderá ser explicado pela insegurança e ansiedade que os jovens com vinculações amorosas dependentes e ambivalentes apresentam, sendo que jovens que se mostram dependentes

na relação amorosa poderão denotar níveis significativos de ambivalência (Matos et al., 2001).

Nas análises correlacionais intraescalas é possível observar que na perceção do suporte social todas as suas dimensões mantêm associações positivas, pelo que maiores níveis de perceção numa dada área (amigos, família, professores, geral) aumentam mutuamente e de um modo geral os níveis nas outras dimensões, embora as suas associações variem entre o moderado e o fraco. Estas associações positivas podem ser explicadas pelo facto de todas as dimensões agirem num sentido positivo, ou seja, todas elas são favoráveis ao melhoramento dos níveis de perceção do suporte social. Também um estudo de Ikiz e Cakar (2010) cujo objetivo era encontrar uma relação entre o suporte social e auto-estima em 257 adolescentes revelou a presença de correlações positivas entre as dimensões família, amigos e professores.

No processo de individuação ao pai e à mãe é possível observar que de um modo geral altos níveis de manutenção do laço à mãe e ao pai se associam com níveis altos de individuação bem-sucedida à mãe e ao pai, e que estas por sua vez se associam a baixos níveis de negação do desejo de ligação à mãe e ao pai, sendo que as suas associações variam entre o moderado e o fraco. De facto o processo de individuação não se trata de uma desvinculação aos pais, pelo que a negação das necessidades afetivas aos pais não promove uma individuação bem-sucedida. Assim, verifica-se que uma individuação bem-sucedida implica uma maior qualidade dos vínculos com as figuras parentais e uma menor negação da necessidade desses vínculos aos pais. Este facto pode mostrar que os jovens com vinculações mais seguras apresentam menos representações relacionais defensivas. Segundo Anderson, LaVoie, e Dunkel (2007), a individuação bem-sucedida envolve interação e laços de afeto positivo com os pais. Esta ideia é reforçada pelo facto de que uma individuação bem-sucedida não exige uma desvinculação às figuras parentais (e.g. Fleming, 1997).

No bem-estar psicológico observa-se que todas as suas dimensões (felicidade, sociabilidade/envolvimento social, controle de si e dos acontecimentos/equilíbrio, auto-estima) mantêm relações positivas e moderadas. O que poderá ser explicado pelo facto de todas as dimensões contribuírem positivamente para o aumento dos níveis de bem-estar psicológico.

Numa análise interescalar pode-se observar uma confirmação da primeira hipótese proposta (espera-se que exista uma associação entre a qualidade da vinculação amorosa e a qualidade do processo de individuação e altos níveis de bem-estar

psicológico nos adolescentes e jovens adultos). Assim, verifica-se que maiores níveis de confiança numa relação amorosa se associam, embora que de forma fraca, com níveis elevados de manutenção do laço à mãe e de individuação bem-sucedida à mãe e ao pai, assim como com baixos níveis de negação do desejo de ligação à mãe e ao pai. Assim, verifica-se que melhor qualidade na relação amorosa (confiança) associa-se a melhor qualidade no processo de individuação (manutenção do laço e individuação bem-sucedida). Um estudo realizado por Assunção (2009) com 322 adolescentes e jovens adultos, com idades entre os 16 e os 25 anos, cujo objetivo era estudar o efeito mediador da competência interpessoal e da tomada de perspetivas entre a vinculação parental e a vinculação amorosa, mostrou que os jovens com maior perceção da inibição de exploração e individualidade revelam maior dificuldade em estabelecer relações pautadas por confiança. Neste sentido, entendendo que uma individuação bem-sucedida é pautada pela exploração autónoma do meio pode-se aferir que os jovens que revelam melhor individuação revelam mais confiança nas suas relações amorosas. Relativamente ao evitamento este associa-se positivamente embora de forma fraca com a manutenção do laço à mãe e ao pai e com a negação do desejo de ligação ao pai. Assim, verifica- se que apesar de não ser expectável obter uma associação positiva entre a manutenção do laço e o evitamento, era expectável obter uma associação positivas entre a negação das necessidades afetivas aos pais e o evitamento nas relações amorosas, que segundo Hazan e Shaver (1987) se caracteriza pela sensação de desconforto relativa perante a intimidade e proximidade com as figuras significativas, acabando por ocorrer um evitamento desse contacto. Tendo em consideração que a forma como os jovens mantêm as suas relações se relaciona com os estilos de vinculação criados com as figuras de afeto significativas (como os pais) (Engels et al., 2002), é possível que jovens que negam as necessidades de proximidade e suporte relativamente aos pais repercutam esse mesmo comportamento mais tarde relativamente aos pares amorosos. Já a ambivalência associa-se negativamente e de forma fraca com a manutenção do laço à mãe, e juntamente com a dependência associa-se positivamente com a negação do desejo de ligação à mãe e ao pai e a baixos níveis de individuação bem-sucedida à mãe, pelo que uma maior insegurança na vinculação amorosa (ambivalência e dependência) se associa com menor sucesso na individuação dos adolescentes e jovens e com maior negação das ligações afetivas aos pais. Para Assunção (2009) uma maior inibição de exploração e de individualidade para com os pais, podendo representar uma menor autonomia, gera maiores níveis de ambivalência nas relações amorosas dos

jovens. Segundo Collins et al. (2009) uma maior autonomia permite aos jovens o estabelecimento de relações românticas mais estáveis e com um investimento mais sólido. Este facto permite-lhes o desenvolvimento de relações amorosas com maior qualidade, pautadas por mais confiança.

Também em relação ao bem-estar psicológico se verifica a hipótese proposta, na medida em que níveis elevados de confiança se associam positivamente com níveis elevados de bem-estar psicológico em todas as suas dimensões (felicidade, sociabilidade/envolvimento social, controle de si e dos acontecimentos/equilíbrio, auto-estima), embora que de forma fraca. Já a presença de características inseguras, como a dependência associa-se negativamente com o bem-estar psicológico em todas as suas dimensões. De um modo geral, verifica-se que uma maior qualidade na vinculação amorosa, baseada na confiança, acarreta um maior bem-estar psicológico. Este facto pode ser explicado de duas formas. Assim, quando todos os níveis de satisfação da vida de um sujeito estão completos, nomeadamente, uma vida social ativa, onde ocorre reciprocidade; um controle das situações e atos; grande estima por si mesmo; e sentimentos de felicidade, é possível que o sujeito sinta uma maior predisposição para se envolver em relações de uma forma mais confiante, confiando quer em si quer no outro. Da mesma forma, é possível que um indivíduo ao vivenciar um relacionamento com um estilo de vínculo baseado na confiança possua níveis mais elevado de estima por si; mais sentimentos e momentos de felicidade, que podem advir da relação em si e do meio em geral; e, uma maior predisposição ao envolvimento social, o que proporciona um sentimento geral de bem-estar. Para Furman e Simon (2006), uma perceção positiva de si mesmo como digno de afeto e confiança (e.g. níveis elevados de auto-estima) associam-se a padrões de relações seguras. Também um estudo de Monteiro, Tavares, e Pereira (2007), com 316 estudantes universitários, com o objetivo de estudar a associação entre vinculação, psicopatologia e bem-estar, mostrou a presença de uma relação entre o bem-estar e a vinculação. O referido estudo evidencia uma associação negativa entre o estilo de vinculação ansioso, o qual consiste num desejo de maior proximidade à figura significativa (e.g. par amoroso), e o bem-estar. Esta associação surge na medida em que o contexto relacional, quer com os pares quer com o par amoroso, ganhar nos jovens um papel determinante nas suas vidas (Monteiro, et al., 2007). Assim, um sujeito que não sinta estabilidade e confiança nas suas relações, e que pelo contrário, vivencie com ansiedade e dependência as mesmas, tende a ver o seu ajustamento e bem-estar psicológico prejudicados.

A análise dos resultados obtidos aponta para a confirmação da segunda hipótese proposta que espera que a perceção do suporte social nos adolescentes e jovens adultos esteja associada com a qualidade do processo de individuação e altos níveis de bem- estar psicológico. Assim, uma interpretação dos resultados obtidos permite observar que maiores níveis de perceção do suporte social dos amigos e da família se associam com maiores níveis de manutenção do laço à mãe e de individuação bem-sucedida à mãe e ao pai, bem como com menores níveis de negação do desejo de ligação à mãe e ao pai. Pode-se aferir ainda que ao sentirem-se apoiados pela família, os jovens têm mais condições para realizarem com sucesso o seu processo de individuação, pois conseguem manter o equilíbrio entre os vínculos familiares e a sua autonomia. Nas dimensões professores e geral verificam-se associações positivas com a manutenção do laço à mãe e ao pai e com individuação bem-sucedida à mãe e ao pai, sendo que na dimensão geral acresce uma associação negativa fraca com a negação do desejo de ligação à mãe. Verifica-se portanto que maiores níveis de perceção do suporte social se associam com maiores níveis de individuação bem-sucedida e manutenção dos laços afetivos aos pais e com menores níveis de negação da ligação afetiva aos pais. Portanto, os jovens ao apresentarem alguma defensividade e afastamento perante o afeto evidenciam uma atitude insegura, acabando por afetar de forma negativa os relacionamentos, o que resulta numa menor perceção de suporte e apoio das relações que estabelece. Noom, Dekovic, e Meeus (1999), num estudo com 400 adolescentes, que pretendia estudar o efeito da autonomia no comportamento psicossoacial, evidenciou que o desenvolvimento de competências sociais nos adolescentes parece estar relacionado com melhores níveis de autonomia no contexto de vinculação aos pais.

É ainda possível verificar que maiores níveis de perceção do suporte dos amigos, família, professores e geral se associam, em geral, de forma moderada com níveis elevados de bem-estar psicológico em todas as suas dimensões (felicidade, sociabilidade/envolvimento social, controle de si e dos acontecimentos, auto- estima), o que vai ao encontro da hipótese proposta. Neste sentido, Antunes e Fontaine (1996) referem que o apoio social tem um importante papel no bem-estar e equilíbrio físicos e psicológicos do individuo, pelo que uma perceção positiva do mesmo permite melhores níveis de bem-estar psicológico. Segundo Ikiz e Cakar (2010), a auto-estima associa-se positivamente com a perceção do suporte da família, dos professores e dos amigos. Um estudo realizado por Ramalho (2008), que pretendia realizar uma compreensão sobre a relação entre a vinculação aos pais, a vinculação aos pares, o

suporte social e o bem-estar psicológico e subjetivo em 200 indivíduos com idades entre os 18 e os 25 anos, mostrou que a perceção do suporte social está positivamente relacionado com o bem-estar psicológico.

Também se analisaram as possíveis associações entre a vinculação amorosa e a perceção do suporte social onde se verificou que no geral existe uma associação fraca entre a confiança e maiores níveis de suporte social dos amigos, família e geral, e que as dimensões da vinculação amorosa que se podem eventualmente associar a um funcionamento mais inseguro, como a dependência e a ambivalência se associam com menores níveis de perceção do suporte social, quer dos amigos, famílias e geral. Também o estudo de Ramalho (2008) verificou em suas análises uma associação positiva entre tipos de vinculação confiantes e a perceção do suporte social, o que poderá ser explicado pelo facto de que pessoas com mais confiança nas suas relações, possuam maior facilidade em estabelecer essas mesmas relações em vários níveis da sua vida como, por exemplo os amigos. Outro facto importante é que pessoas com um estilo de vinculação confiante sentem no outro disponibilidade e apoio, acabando por percecionar esse suporte. Segundo Hewett e Bearden (2001), nos relacionamentos a confiança é impulsionadora de trocas relacionais, causando um efeito positivo na perceção dos efeitos benéficos das relações recíprocas.

Por fim, analisaram-se as possíveis associações entre o processo de individuação e o bem-estar psicológico e constata-se de um modo geral que níveis elevados de bem-estar psicológico se associam de forma fraca com níveis elevados de individuação bem-sucedida e manutenção do laço e com níveis baixos de negação do desejo de ligação. De um modo mais específico é possível verificar que a felicidade e a sociabilidade/envolvimento social se associam de forma positiva com a manutenção do laço à mãe e com individuação bem-sucedida à mãe e ao pai. De facto, quando os jovens possuem uma maior capacidade de gerir com qualidade as suas relações e os seus vínculos com os pais, proporcionam um ambiente relacional favorável ao desenvolvimento de uma individuação bem-sucedida, o mesmo permite-lhes desenvolver em sociedade essa mesma capacidade de gerir as suas relações com sucesso, sentindo-se deste modo satisfeitos com o seu envolvimento social, o que aumenta os seus níveis de bem-estar psicológico. Noom et al. (1999) no seu estudo com 400 adolescentes, onde o objetivo era estudar o efeito da autonomia e da vinculação no ajustamento psicossocial, mostraram que os adolescentes com melhores índices de autonomia e com relações mais confiantes apresentavam melhores competências

sociais. Os resultados evidenciaram ainda que o controle de si e dos acontecimentos/equilíbrio se associa de forma positiva com a manutenção do laço à mãe e ao pai e com a individuação bem-sucedida à mãe e ao pai e de forma negativa com a negação do desejo de ligação à mãe e ao pai; e ainda que a auto-estima se associa a altos níveis de individuação bem-sucedida aos pais. Estes resultados mostram o poder favorável do desenvolvimento de vinculações seguras às figuras significativas no bem-estar geral dos jovens, o que vai de encontro de estudo de Ramalho (2008) realizado com 200 elementos com idades entre os 18 e os 25 anos que evidenciou nos seus resultados a presença de um associação significativa entre a vinculação aos pais e o bem-estar psicológico, sendo que uma melhor qualidade do laço aos pais parece promover níveis de bem-estar satisfatórios. Assim, os jovens ao desenvolverem uma vinculação segura e confiante com os pais, adquirem a capacidade de gerir eficazmente os vínculos que mantêm com os mesmos, de forma que se sintam seguros e ao mesmo tempo livres para explorar o mundo, este facto resulta em processos de individuação efetuados com sucesso. Ao explorarem o mundo, de forma confiante, os jovens desenvolvem em si mesmos uma série de estratégias de autocontrolo e de coping que lhes permitem lidar com eventos stressantes, conseguindo manter um equilíbrio na sua vivência, aumentando assim o seu bem-estar. No que respeita à relação entre a individuação bem-sucedida e a auto-estima, é possível aferir que os jovens ao se sentirem autónomos e confiantes nos seus atos e exploração do meio vêm-se como capazes de investir na sua própria vida, ainda que se sintam protegidos pelas figuras significativas (pais), o que automaticamente se transforma no aumento dos níveis de auto-estima. Para Fleming (1996), no processo de separação-individuação, os pais funcionam como porto seguro, proporcionando aos jovens desenvolver a sua capacidade de manutenção do laço vinculativo aos pais e a sua autonomia, promovendo a auto-estima e a autoconfiança do adolescente.

2. A qualidade da vinculação amorosa, perceção do suporte social, processo de individuação e bem-estar psicológico em função das variáveis sociodemográficas

Como veremos neste ponto existem algumas diferenças significativas que ocorrem nas várias dimensões estudadas em função de algumas variáveis sociodemográficas como é o caso da configuração familiar (famílias intactas e famílias divorciadas), género e idade.

2.1. Vinculação amorosa em função da configuração familiar, género e idade

Ao analisar as diferenças que ocorrem na vinculação amorosa em função da configuração familiar pode-se constatar que os jovens e adolescentes cujos pais estão divorciados ou separados apresentam maiores níveis de evitamento comparativamente com os jovens cujos pais estão casados ou juntos. Este evitamento da procura de afeto por parte de um par amoroso pode estar relacionado com o medo de que o insucesso relacional interparental se repercuta numa relação amorosa dos próprios jovens. Este medo está associado ao medo da intimidade, que é muito comum entre indivíduos com o estilo de vinculação evitante, que apresentam desconfiança perante os outros a qual leva ao evitamento da proximidade aos outros (Sobral, et al., 2010).

No que respeita ao género é possível observar que os adolescentes e jovens do género masculino mostram-se mais dependentes e ambivalentes nas suas relações amorosas comparativamente com o género feminino, sendo que as raparigas se mostram mais confiantes nas suas relações amorosas. Num estudo realizado por Assunção e Matos (2010) com 322 adolescentes e jovens adultos de idades entre os 16 e os 25 anos, onde se procurou estudar a possível existência de variáveis mediadoras entre a vinculação amorosa e parental, verificou-se que as raparigas se mostravam mais confiantes nas suas relações, enquanto os rapazes se mostram mais dependentes e evitantes (Assunção, 2009; Assunção & Matos, 2010). Assunção e Matos (2010) procuram ainda explicar que este facto pode ocorrer devido à mudança de papéis sociais relativos ao género, acrescentando ainda que o género feminino se mostra mais capaz de equilibrar as suas necessidades de autonomia com as relações amorosas. De facto, na presente investigação também se verificou, como veremos ao longo da discussão dos resultados, que são as raparigas que possuem maiores níveis de individuação bem- sucedida que se relaciona com a autonomia. Já num estudo realizado por Catarino et al.

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