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Fases do processo administrativo

Inicial => Agendamento e formalização do requerimento; Instrutória => Apresentação dos documentos necessários; requerer a justificação administrativa, pesquisa externa, dentre outros;

Decisória => decisão do INSS (ato administrativo)

Recursal => interposição do recurso pelo segurado ao CRSS.

Cumprimento das decisões => as decisões do CRSS existem para serem cumpridas e não discutidas. (prazo de 30 dias)

Fases do processo administrativo

1.Inicial

No dia marcado para o atendimento, você comparece no INSS com a documentação do cliente e o requerimento administrativo para o benefício.

Dicas importantes da postulação administrativa:

A procuração não precisa de reconhecimento de firma e/ou ser o modelo padrão disponível no sítio do INSS.

Essa informação está prevista no artigo 501, § 3º da IN 77/2015.

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1. Inicial

Faça o requerimento administrativo expondo todos os fatos constitutivos do direito postulado.

O requerimento administrativo é muito importante, uma vez que você precisará ter a negativa do INSS para ajuizar ação previdenciária, logo se faz necessário que o INSS tenha ciência de todos os argumentos tecidos na

inicial, sob pena de seu processo ser julgado

improcedente por carência de ação. Destarte, é

imprescindível a exposição minuciosa dos fatos e do direito no requerimento administrativo.

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1. Inicial

Protocolo do Requerimento:

Art. 6o da Lei 9784/99: “O requerimento inicial do

interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados (...) Parágrafo único. É vedada à

Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.

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1. Inicial

Protocolo do requerimento

É defeso o INSS recusar protocolo de qualquer requerimento administrativo, inclusive quando estiver faltando documentação.

Dispõe o artigo 105 da Lei 8.213/91:

“A apresentação de documentação incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício.”

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1. Inicial

Protocolo do Requerimento:

Art. 671/678. Da IN 77/2015. Conforme preceitua o art.

176 do RPS, a apresentação de documentação

incompleta não constitui motivo para recusa do requerimento de benefício, ainda que, de plano, se

possa constatar que o segurado não faz jus ao benefício

ou serviço que pretende requerer, sendo obrigatória a

protocolização de todos os pedidos administrativos, cabendo, se for o caso, a emissão de carta de exigência ao requerente.

Fases do processo administrativo 2. Instrutória

Essa é fase do processo administrativo que materializa do direito do segurado.

Essa fase é quase esquecida pelo INSS, mas não podemos esquecê-la, tendo em vista que é o momento para produção das provas necessárias para concessão do benefício previdenciário. Exemplo: Segurado esquece de apresentar documento importante para provar o tempo especial, o INSS não pode indeferir o requerimento sem antes emitir uma carta de exigência solicitando ao segurado o documento que faltou.

Essa carta deve ter prazo mínimo de 30 dias. (art. 678 – IN 77/2015)

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2. Instrutória

Apresentação dos documentos

Os documentos devem ser apresentados em cópia simples, acompanhadas com as vias originais para autenticação pelo servidor do INSS;

Cópias autenticas em cartório de notas; Cópias autenticadas pelo advogado.

A IN 77/2015, lá no inciso VII do artigo 677, dispõe que os advogados podem autenticar os documentos para fins de juntadas ao processo administrativo previdenciário.

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2. Instrutória

CNIS como prova perante o INSS

Os dados constantes do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), já fazem prova dos requisitos necessários para qualquer benefício previdenciário, exceto para análise da atividade especial para concessão de aposentadoria especial, uma vez que para este benefício o segurado deverá comprovar a exposição aos agentes prejudiciais à saúde e/ou a integridade física (art. 57 e 58 da Lei 8.213/91).

Estando todas informações no CNIS, o segurado não precisará de mais nada para provar seu tempo de trabalho e ter a concessão do benefício previdenciário.

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2. Instrutória

CNIS como prova perante o INSS Art. 681 da IN 77/2015:

“Os dados constantes do CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à Previdência Social, tempo de contribuição e salários de contribuição, salvo comprovação de erro ou fraude.”

A comprovação de erro ou fraude é ônus daquele que alegar.

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2. Instrutória

CNIS como prova perante o INSS Exemplo:

Existe contrato de trabalho devidamente anotado na CTPS, entretanto este vínculo não está averbado no CNIS, neste caso, cabe ao segurado comprovar a regularidade do vínculo de trabalho.

Exemplo:

INSS alega que o vínculo no CNIS não pode ser utilizado por suspeita de fraude, neste caso, o INSS deve provar que vínculo de trabalho averbado no CNIS é oriundo de uma fraude.

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2. Instrutória

Comprovação do vínculo quando as informações não estiverem no CNIS.

A Instrução Normativa do INSS é muito clara e não deixa dúvidas sobre a forma de comprovação do vínculo.

Art. 10 da IN 77/2015:

Observado o disposto no artigo 58, a comprovação do vínculo e das remunerações do empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos seguintes documentos:

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2. Instrutória

Comprovação do vínculo quando as informações não estiverem no CNIS.

I - da comprovação do vínculo empregatício:

a) Carteira Profissional – CP ou Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS;

b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de Empregados ou do Livro de Registro de Empregados, onde conste o referido registro do trabalhador acompanhada de declaração fornecida pela empresa,

devidamente assinada e identificada por seu

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2. Instrutória

Comprovação do vínculo quando as informações não estiverem no CNIS.

I - da comprovação do vínculo empregatício: c) contrato individual de trabalho;

d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o trabalhador como signatário e comprove seu registro na respectiva Delegacia Regional do Trabalho – DRT;

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2. Instrutória

Comprovação do vínculo quando as informações não estiverem no CNIS.

I - da comprovação do vínculo empregatício:

e) termo de rescisão contratual ou comprovante de recebimento do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS;

f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, carimbado e assinado por empregado da Caixa, desde que constem dados do empregador, data de admissão, data de rescisão, datas dos depósitos e atualizações monetárias do saldo, ou seja, dados que remetam ao período em que se quer comprovar;

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2. Instrutória

Justificação administrativa

Procedimento administrativo previsto no artigo 575 da IN 77/2015, cuja finalidade é a produção de provas no processo administrativo previdenciário.

É conhecida como JA e deve ser oportunizada sempre que o segurado precisar constituir provas da materialidade do benefício previdenciário.

Requisitos para autorização da JA: início de prova material do fato a que se pretende comprovar, bem como o arrolamento de 3 testemunhas.

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2. Instrutória

Requerimento apresentado, documentação, justificação administrativa realizada, momento de decisão do INSS.

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3. Decisória

O INSS tem o prazo de 30 dias para decidir sobre o postulado administrativo.

Este prazo é previsto no artigo 49 da Lei 9.784/99, bem como no artigo 691 da Instrução Normativa 77/2015 do INSS.

Nesta fase não tem muita discussão, o INSS fala sim ou não para seu requerimento.

O INSS deve conceder o melhor benefício que o segurado fizer jus, sendo uma obrigação do servidor em orienta-lo sobre o melhor benefício (art. 687 IN 77/2015 e enunciado 05 do CRSS).

Fases do processo administrativo

3. Decisória

O INSS concluiu pelo indeferimento do requerimento, o segurado terá 30 dias para apresentar seu recurso administrativo.

A interposição de recurso administrativo não é requisito para ajuizamento de ação previdenciária.

Não se exige o esgotamento da via administrativa para o ingresso no judiciário. Basta a negativa do INSS para o ajuizamento da ação.

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4. Recursal

Art. 537 da IN 77/2015

“Das decisões proferidas pelo INSS poderão os

interessado, quando não conformados interpor

recurso ordinário às Juntas de Recursos”.

O prazo para recorrer é de 30 dias corridos, contados do dia seguinte ao do conhecimento da decisão.

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4. Recursal

Recursos Administrativos

Os recursos administrativos tramitam por três instâncias, sendo:

1º Instância: Juntas de Recursos

2º Instância: Câmara de Julgamento 3º Instância: Conselho pleno

A primeira e segunda instância analisam o mérito recursal, a terceira apenas uniformiza entendimento jurisprudencial administrativo.

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4. Recursal

Recursos Administrativos

Na fase recursal administrativa, se faz necessário conhecer a portaria 116/2017 que aprova o regimento interno do Conselho de Recursos.

É nesta portaria que encontraremos todos os macetes dos recurso administrativos em matéria previdenciária.

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4. Recursal

Espécies de Recursos Administrativos Recurso Ordinário

Recurso Especial

Embargos de Declaração Revisão de Ofício

Reclamação ao Conselho Pleno

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4. Recursal

Recursos Administrativos Primeira Instância Recursal

Junta de Recursos Recurso Ordinário Embargos de Declaração

Fases do processo administrativo

4.Recursal

Recursos Administrativos Primeira Instância Recursal

Junta de Recursos – Recurso Ordinário

Assim como o INSS tem prazo para decidir sobre o requerimento administrativo, as Juntas de Recursos também tem prazo para julgar o recurso administrativo. O prazo é de 30 dias, contados da data do recebimento do processo para julgamento (art. 59, § 1º da Lei 9.784/99)

Fases do processo administrativo 4. Recursal

Recursos Administrativos Primeira Instância Recursal

Junta de Recursos

É o momento de argumentar tudo que for possível, permitindo a juntada de novos documentos na peça recursal.

A junta de recursos reanalisará todo o processo administrativo previdenciário.

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4. Recursal

Recursos Administrativos Segunda Instância Recursal

Câmara de Julgamento Recurso Especial

Embargos de Declaração Revisão de Ofício

Fases do processo administrativo

4. Recursal

Recursos Administrativos Segunda Instância Recursal

Câmara de Julgamento – Recurso Especial

Assim como a JR poderá conhecer de todo o processo, a CAJ também tem a prerrogativa de reanalisar tudo, não ficando restrita a matéria devolvida.

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4. Recursal

Embargos de Declaração (art. 58 da portaria 116/2017)

Os Embargos de Declaração é o instrumento adequado para impugnar a decisão contraditória, omissa ou obscura.

O prazo para manejo é de 30 dias e não de 5 dias.

Os prazos processuais administrativos são unificados em 30 dias corridos.

Fases do processo administrativo

5. Cumprimento dos acórdão Última fase administrativa.

Se o segurado saiu vitorioso, o INSS terá o prazo de 30 dias para cumprir o acórdão da JR ou CAJ.

O prazo é para cumprir o acórdão e não discuti-lo.

Por outro lado, se o segurado não teve sucesso na via administrativa, não é o fim, uma vez que a Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, logo resta a postulação judicial.

Postulação Judicial

A via judicial é alternativa para os conflitos

previdenciários.

Em muitas vezes, só se consegue o benefício

previdenciário pela via judicial.

Segundo estatísticas do CNJ o INSS é o maior réu do país, ficando na frente dos bancos.

Para postulação judicial, se faz necessário o prévio requerimento administrativo, com algumas exceções, que serão estudadas.

Postulação Judicial

Na postulação judicial, é muito importante conhecer os enunciados do FONAJEF, as súmulas da TNU, bem como os enunciados/súmulas do Tribunal/Turma Recursal da região atuante.

Postulação Judicial

A competência para processar e julgar as lides previdenciárias é da justiça federal.

Art. 109 da CF/88:

Aos juízes federais compete processar e julgar:

I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidente do trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e a Justiça do Trabalho.

Exceção:

Causas de acidente do trabalho;

Comarca onde não é abrangida por subseção

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