2. A COMUNICAÇÃO EM COMUNIDADE
5.2 O PROCESSO DA G2
• Selecionar na comunidade em estudo, um problema de comunicação possível de ser superado, a partir da observação da G1, em grupo. Para isso, elaborar o projeto de um serviço de comunicação que envolva sempre a comunidade, podendo ou não implicar um veículo (boletim, cartazete, vídeo ou programa de rádio etc.). Valor: 1 ponto;
• Prestar informes semanais sobre essa prática. Critérios: apresentação enriquecedora em classe, participação no acompanhamento do serviço (conceito individual). Valor: 3 pontos.
• Executar, em grupo, o serviço de comunicação p/ 1 ou + comunidades. Valor: 4 pts. • Elaborar relatório final. Critérios: coerência com o projeto, atendimento às necessidades
da comunidade, boa apresentação, integração do grupo (conceito em grupo). Valor: 2 pontos.
•
Possibilidades de serviço
A) na PUC
Programa de Vídeos Ecológicos - a) divulgação na PUC das atividades da Videoteca, c/ 450 vídeos sobre meio ambiente, educação ambiental e outros temas; b) uso do vídeo na temática da reciclagem de papel: NEAM; QUI (flotação e reciclagem c/ prof. João Canuto); SER (reciclagem nas comunidades); COM (teoria do lixo, c/ prof. José Carlos Rodrigues; ART (reciclagem, c/ profa. Ana Branco; Projeto "Aprendendo c/ arte"); c) como implantar a reciclagem (espírito e técnicas); d) perspectivas: divulgação na TV-E (Curto-circuito, Seis e meia, Educação em Revista).
Ética Profissional - trabalho em comunidades populares, em equipes de professores e estudantes da PUC (JUR, ENG, SER etc.). o aluno se matricula em Ética e faz o trabalho com ênfase em Comunicação, valendo, para as duas disciplinas, sendo a nota final dada pela Com. Comunit. Coordenação: prof. Luiz César (TEO).
AFPUC - Ass. Dos Funcionários da PUC - Divulgação de atividades, criação de oportunidades de expressão, informação importante (campanhas anti-fumo, câncer da mama, Aids etc.).
B) em outros tipos de comunidade
• movimento social (sindicatos, associações de moradores e outras);
• grupos específicos (profissionais, culturais, ecológicos, étnicos, etários, esportivos, religiosos, de minorias etc.);
• comunidades populares (favelas, conjuntos habitacionais, loteamentos);
• área educacional (escolas) e de saúde (grupos de convalescença ou recuperação); • condomínios etc.,
• outras.
Projeto
Estrutura básica
a) Introdução: breve descrição da realidade de comunicação encontrada na comunidade escolhida;
b) Objetivo da ação - o serviço visualizado;
Expectativa
Discussão e aprovação do projeto em grupo e com a professora, antes de sua apresentação à comunidade.
Apresentação
Redação objetiva e concisa, máximo de 1 página datilografada, espaço 2.
Veículo comunitário (boletim, folder, HQ, cartazete etc.)
Vale lembrar: comunicação em comunidade não subentende produzir veículo. Mas se o grupo e a comunidade assim o decidirem, seguem-se algumas orientações básicas.
Características técnicas Formatos e materiais
a) Minijornal (boletim) ou HQ: 4 páginas (2 folhas ofício dobradas e coladas); b) Folder: 3 a 6 dobras;
c) Cartazete: tamanho a3 (42 x 30cm); suportes para o cartazete: papel, cartolina, papelão, feltro, isopor, cortiça, eucatex, fórmica, parede;
Conteúdo
- Reportagens, artigos, entrevistas;
- Editorial e créditos da equipe (nomes dos responsáveis por: criação, texto, ilustração, diagramação) (em geral na 2a. ou última página);
- Seções, variedades etc.
- Ilustrações: desenho, foto, charge, gráfico, mapa, colagem etc., contextualizadas em relação ao texto (tudo o que possa ser reproduzido no processo escolhido (xerox etc.); Linguagem
Adequada à comunidade à qual o veículo se dirige, mas mantendo as seguintes qualificações:
Boletim: linguagem jornalística (concisa, direta, objetiva, fiel ao apurado);
Folder: linguagem publicitária, c/ uso específico da imagem; HQ: integrar imagem e texto, ilustrando dinamicamente os conteúdos;
Cartazete: deve falar por si, não sendo apenas um auxiliar da apresentação do tema, que exija alguém para explicá-lo; deve despertar a curiosidade de quem passa.
E, no mais, é sempre bom lembrar Neruda: “Escrever é fácil. basta colocar no início uma letra maiúscula e, ao final, um ponto. No meio, idéias.”
Diagramação ou projeto gráfico
Mancha gráfica: delimitar margens e número de colunas.
Titulos e subtítulos: sempre em destaque. Usualmente em corpo maior, em bold ou negrito, letras diferentes, uso de fios e vinhetas. Se boletim, criar cabeçalho (logotipo e nome do
veículo);
Imagens: podem ser colocadas em qualquer lugar, dentro da mancha gráfica. A preferência, em caso de xerox, é para p/b. Se colorida, testar o resultado na xerox;
Massa de texto: em letra não fantasia, tamanho mínimo de 8 pontos, podendo ou não ser interrompido por uma ilustração; legendas, créditos da equipe, expediente, rodapés ou notas em geral: podem ser em corpo menor que 8. ; texto do expediente;
HQ: quadros bem delimitados por fios ou soltos, mas respeitando a mancha de 1 cm.; "balõezinhos": com fios finos e texto bem legível.
Cartazete: aqui a diagramação comunica tanto quanto os conteúdos de texto/imagem. Ilustração: contextuada, e não um mero elemento decorativo. Atenção: proibida letra pequena no título ou no texto do cartazete. Ele é feito para ser lido por um leitor em pé, à distância mínima de 0,50m;
Tiragem
a) Boletim, folder e HQ: original e cópias (1 p/ a profa. e 1 para cada grupo da turma); b) Cartazete: 1 original p/ ser exposto em classe ou na PUC.
Critérios acadêmicos Equipe
3 a 5 alunos, que trabalhem nas áreas de texto e imagem; Acompanhamento e aprovação
a) Discussão com o grupo e a professora sobre o veículo; b) Confecção de arte final ou boneca;
c) Apresentação do texto final cuidadosamente revisto e de testes de xerox da arte final, para evitar erros gramaticais, lacunas, manchas, falhas na impressão. Recursos ainda possíveis nesta fase: ampliação/redução, grisé, vinhetas etc.
Avaliação
a) Conteúdo: de interesse da comunidade, conciso, em linguagem correta, adequação das ilustrações, bom uso de títulos, atendimento aos prazos.
b) Forma: planejamento gráfico aprovado, limpeza, nitidez, adequação da imagem ao texto; Atenção: Participação, solidariedade e espírito de equipe contam pontos. Originalidade, criação, improvisação e simplicidade não devem ser confundidos com precariedade. O trabalho pode ser até rústico, mas não mal acabado.
Relatório final
A quem é destinado
Partes integrantes
a) Breve descrição da realidade e do problema comunitário trabalhados; b) Relato resumido do processo de trabalho
c) Identificação e localização de contatos importantes para a continuidade do trabalho; d) providências para a devolução à comunidade e continuidade do projeto;
e) sugestões, dicas e alertas. Apresentação
Redação objetiva e concisa, máximo de 2 páginas datilografadas, espaço 2, em duas vias (p/ os grupos e p/ o arquivo).
Avaliação final: o que conta
Interessa mais o "como" é feito o trabalho do que o relatório ou mesmo o resultado final. Portanto, presenças, conceitos, notas, tudo está em função desse processo, da motivação e participação do aluno durante o período, como acontece quando se faz comunicação em comunidade.
COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA
TEMAS SUGERIDOS PARA A PASTA
1. COMUNIDADE• Comunidades marginalizadas
• Áreas básicas (Sub-temas: Educação, saúde, habitação, abastecimento e transporte nas comunidades)
• Experiências e iniciativas comunitárias • Minorias discriminadas
• Participação das pessoas e grupos nas comunidades • Problemas nas comunidades
• Relacionamento órgãos públicos e comunidades
2. COMUNICAÇÃO E COMUNIDADE • Brechas da Indústria Cultural • Cultura de massa e cultura popular
• Democratização da comunicação e comunidade: rádios livres, TV comunit. etc.
3. CIDADE
• A cidade grande e a megalópole
• A gestão da cidade: autoritária ou participativa • Ecologia e comunicação
• Estratégias de sobrevivência na cidade: a cidadania dos excluídos
• Movimento Social: associações de moradores, profissionais, de serviço etc. • Questão urbana e comunicação comunitária
• Universidade e Comunidade
4. O COMUNICADOR • Agente comunitário • Animador da comunidade
COM 1245 - COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA 2004.1 BIBLIOGRAFIA
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