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3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO PFMEA

3.2.3 Diagrama de Fluxo do Processo

3.2.3.1 O Processo de Montagem do Eixo Traseiro

Dentro de cada etapa do processo existe uma série de ações que devem ser seguidas pelo operador de forma a realizar a atividade de forma correta. Para isto existe uma seqüência que deve ser respeitada para que o trabalho seja padronizado e assim não impactar a produtividade.

Tal seqüência de atividades é devidamente elaborada e então registrada em um documento, a FTP (Folha de Trabalho Padronizado) que fica disponível na área para qualquer necessidade. A Figura 19 representa o eixo traseiro completamente montado, ou seja, após ter passado por todas as etapas do processo.

Figura 19 – Eixo traseiro montado (Fonte: Confidencial)

O Processo de Montagem do Eixo Traseiro inicia-se com a montagem do rolamento no tambor de freio. Tal processo é feito através do pré-encaixe do rolamento no tambor pelo operador e então o conjunto é prensado. A Figura 20 ilustra as partes separadamente.

A partir de tal encaixe existe um controle que verifica se o mesmo foi realizado corretamente. Através de um aparelho mede-se a distância entre o anel (parte em marrom na figura) e o rolamento. Existe um limite que deve ser respeitado. A Figura 21 mostra o conjunto rolamento e tambor de freio.

Figura 21 – Conjunto rolamento e tambor de freio (Fonte: Autor)

A próxima etapa é o Embuchamento do Eixo Traseiro. Tal processo consiste no acoplamento de duas buchas, uma de cada lado, ao eixo. Tais buchas promoverão o encaixe dos parafusos que serão usados para acoplar o eixo ao veículo.

Para promover o acoplamento das buchas ao eixo, é utilizada uma bancada com um suporte para o mesmo, e de cada lado da bancada existe um apoio que serve de guia para as buchas. A Figura 22 representa a bancada com o guia para acoplamento das buchas.

O processo de embuchamento do eixo traseiro ocorre da seguinte forma: o eixo é disposto em seu suporte e então uma bucha é acoplada em cada pino, como pode- se ver há dois de cada lado. Encaixada cada peça em seu devido lugar, aciona-se o botão verde e assim o suporte da bucha desliza até encontrar o eixo traseiro, então promove-se o acoplamento da bucha ao eixo através de uma força de no mínimo 8 KN. Caso haja algum problema ao longo da operação aciona-se o botão de emergência.

A figura abaixo representa um desenho da engenharia onde é possível ver o caminho que a bucha (indicada pelo símbolo AP) faz até ser encaixada ao eixo (indicado por AB). Também demonstra-se uma visão frontal da bucha já encaixada e a variação permitida pela engenharia no encaixe (mais ou menos 5º).

Terminado o processo de embuchamento do eixo, o mesmo é engraxado em determinadas partes e então é identificado com um selo que contém as informações do veículo que ele será acoplado.

O eixo é engraxado e identificado na própria bancada, assim pode ser liberado para os próximos processos.

As etapas 5 a 11, conforme Figura 18, são todas executadas seqüencialmente em uma esteira por onde passam todos os eixos embuchados, tal processo é demonstrado a seguir:

Figura 24 – Fluxo do processo para as etapas 5 a 11 (Fonte: Autor)

Como demonstrado na Figura 24, os eixos são coletados de uma esteira inclinada onde ficam armazenados aqueles que passaram pelo embuchamento, engraxamento e etiquetagem.

A etapa de montagem do espelho do eixo, que contém as conexões e mecanismos que possibilitarão o funcionamento do sistema de frenagem é representada pela Figura 25.

Figura 25 – Processo de montagem do espelho (Fonte: Autor)

Explicando este processo, o espelho é encaixado pelo operador ao eixo e então quatro parafusos são acoplados em cada ponto do espelho (exceto o central) para

promover a união das partes. Tais parafusos são torqueados através de uma máquina que o próprio operador manuseia.

As montagens da ponta de eixo, da presilha do tubo de freio ao eixo e do amendoim, são todas feitas na mesma esteira pelo operador seguinte logo após a montagem do espelho. Não existe segredo algum com relação a estas etapas, o operador deve apenas respeitar o posicionamento de cada peça de forma a não provocar nenhuma interferência ou frouxidão, já que tudo é feito manualmente.

Realizados as operações anteriores, segue-se para a montagem do tambor, Figura 26. Ela é realizada através do encaixe do mesmo, com o rolamento já montado, ao espelho. O processo é igual ao da montagem do espelho no eixo. Assim, o tambor é selecionado, encaixado ao espelho e então parafusado ao mesmo através de uma máquina que produz o torque necessário que é manuseada pelo operador. Só existe um parafuso central que promove o acoplamento do tambor ao espelho.

Figura 26 – Montagem do tambor (Fonte: Autor)

Finalizando o processo de montagem do eixo traseiro, um tubo de freio é pré- montado manualmente ao espelho do freio, este será devidamente encaixado ao veículo em um processo posterior. A função do tubo de freio é indicar ao espelho que o sistema de frenagem deve ser acionado, esta indicação é feita através do óleo que existe dentro do tubo e alimenta o espelho que provoca atrito com o tambor de freio. Então a calotinha, também manualmente, é montada ao eixo e assim o mesmo é sequenciado de acordo com a programação da produção de forma a atender a mesma.

Como diferentes modelos de eixo são montados nesta área, o sequenciamento nada mais é que a disposição de tais eixos de forma a atender a programação da

produção, sem provocar atrasos ou falhas por seleção de eixos que não servem parra determinadas plataformas.

A Figura 27 representa a figura do eixo traseiro montado com a indicação de suas principais partes que foram montadas no processo em questão.

Figura 27 – Eixo traseiro montado e suas principais partes (Fonte: Autor)

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