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O SEGUNDO DISCURSO DE MOISÉS – as condições da aliança

No documento OS DISCURSOS DE MOISÉS (páginas 43-149)

Por Daniel Deusdete

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Agora veremos o segundo discurso de Moisés – as condições –

que começam no vs 44, abaixo, e terminará no 26:19.

Esta parte de Deuteronômio, nas palavras da BEG, corresponde,

aproximadamente, à série de regras e condições encontradas nos

tratados entre um suserano e seus vassalos.

Na verdade, ela contém o segundo discurso de Moisés, que se

concentra na origem e no conteúdo das leis da aliança no Sinai e

na necessidade do seu público original de reafirmar sua fidelidade

a essas leis.

Vamos então dividir esse segundo discurso em quatro seções: a

introdução 4:44-49, abaixo; uma orientação geral acerca das

condições – 5:1 ao 11:32; uma lista mais detalhada das leis – 12:1

ao 26:15; e, uma conclusão – 26:16-19.

Nessa introdução, Moisés fornece um contexto histórico para a

entrega da lei de Deus a essa segunda geração. Moisés fala de lei,

testemunhos, estatutos e juízos – linguagem pactual - que foram

entregues aos filhos de Israel quando saíram do Egito.

Dt 4:44 Esta é, pois, a lei que Moisés propôs aos filhos de Israel. Dt 4:45 Estes são os testemunhos, e os estatutos, e os juízos,

que Moisés falou aos filhos de Israel, havendo saído do Egito; Dt 4:46 Além do Jordão, no vale defronte de Bete-Peor, na terra de Siom,

rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, a quem feriu Moisés e os filhos de Israel, havendo eles saído do Egito. Dt 4:47 E tomaram a sua terra em possessão, como também

a terra de Ogue, rei de Basã, dois reis dos amorreus, que estavam além do Jordão,

do lado do nascimento do sol. Dt 4:48 Desde Aroer, que está à margem do ribeiro de Arnom,

até ao monte Sião, que é Hermom,

Dt 4:49 E toda a campina além do Jordão, do lado do oriente, até ao mar da campina, abaixo de Asdote-Pisga.

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Por Daniel Deusdete

A partir do próximo capítulo, começaremos com a repetição dos

dez mandamentos.

Deuteronômio 5: 1-33

Estamos agora vendo o segundo discurso de Moisés – as

condições – que começam no vs 44, abaixo, e terminará no 26:19,

no qual, no capítulo anterior, dividimos este segundo discurso em

quatro seções: a introdução 4:44-49, já vista acima e a partir deste

momento veremos a segunda seção: uma orientação geral acerca

das condições – 5:1 ao 11:32. Aqui Moisés apresentou vários

conceitos básicos referentes à origem e importância das condições

da aliança. Ele basicamente tratou de três questões: de como as

leis tiveram origem em Deus, mas que foram dadas por meio dele

– 5:1-33; da fidelidade futura à luz do passado – 6:1 ao 11:25; e

do chamado de Deus para uma renovação da aliança – 11:26-32.

Continuaremos a seguir a proposta de divisão da BEG que divide

este segundo discurso em 4 seções: A. As leis de Deus e de

Moisés – 5:1-33. B. A fidelidade no futuro à luz do passado – 6:1

a 11:25. C. O detalhamento das condições – 12:1 a 26:15. D.

Conclusão – 26:16-19.

Neste capítulo, em especial, veremos a primeira seção, onde até o

vs 22: os dez mandamentos e a forma como ele foi entregue a todo

o povo de Israel e do 22 ao 33, a apresentação de Moisés como

mediador por causa do grande medo do povo devido à grande

teofania de Deus.

Moisés apresentou as duas fontes principais das leis de Israel: os

Dez Mandamentos recebidos diretamente de Deus – vs 1-22 e

outras leis provenientes de Moisés – vs 23-33.

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Vejamos o primeiro versículo que é muito interessante. Moisés

chama todo Israel e lhes diz para ouvirem, aprenderem, guardarem

e praticarem, nesta ordem. (OUVIR-APRENDER-GUARDAR-

PRATICAR).

Vejam que ele diz: ouve e aprenderão; ouvindo e aprendendo,

guardarão; ouvindo, aprendendo e guardando, praticarão. Leiamos

novamente o início do discurso de Moisés para também estarmos

bem atentos.

Em seguida vai dizendo àquela segunda geração o que aconteceu e

a forma como o mandamento e as leis de Deus foram entregues –

ver Ex 20:1-17.

Foi algo terrível e assustador como Deus se manifestou a todo

povo tanto ficaram assombrados que pediram claramente que

Deus não mais falasse daquela forma, mas mediante um mediador.

Não havia dúvidas que os Dez Mandamentos foram entregues por

Deus e ainda escritos pelo seu poder naquelas pedras. Moisés

deixa isso bem claro. Também havia ali os que eram menores de

20 anos e tudo também testemunharam. Eles também faziam parte

desta segunda geração.

Deus gostou do temor deles e até exclamou que bom seria se o

povo sempre o temesse assim. Deus então acata o pedido dos

homens e fala somente por Moisés. Assim, estava instituída a

pessoa do mediador e Moisés era este mediador – ver também Ex

20:18-21.

Terminada a entrega da lei, Deus manda que Moisés fique ali com

ele e a ele entrega vários outros mandamentos, que,

posteriormente, transmitiu ao povo para que este soubesse como

viver com a bênção de Deus na terra.

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Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis, e guardá-los-eis, para os cumprir. Dt 5:2 O SENHOR nosso Deus fez conosco aliança em Horebe. Dt 5:3 Não com nossos pais fez o SENHOR esta aliança, mas conosco,

todos os que hoje aqui estamos vivos.

Dt 5:4 Face a face o SENHOR falou conosco no monte,

do meio do fogo Dt 5:5 (Naquele tempo eu estava em pé entre o SENHOR e vós, para vos notificar a palavra do

SENHOR; porque temestes o fogo

e não subistes ao monte), dizendo: Dt 5:6 Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito,

da casa da servidão;

Dt 5:7 Não terás outros deuses diante de mim; Dt 5:8 Não farás para ti imagem de escultura,

nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; Dt 5:9 Não te encurvarás a elas, nem as servirás;

porque eu, o SENHOR teu Deus,

sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. Dt 5:10 E faço misericórdia a milhares dos que me amam

e guardam os meus mandamentos. Dt 5:11 Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão;

porque o SENHOR não terá por inocente ao que tomar o seu nome em vão.

Dt 5:12 Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR teu Deus.

Dt 5:13 Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho. Dt 5:14 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus;

não farás nenhum trabalho nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva,

nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro que está dentro de tuas portas; para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; Dt 5:15 Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito,

e que o SENHOR teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o SENHOR teu Deus te ordenou

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Dt 5:16 Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR teu Deus te ordenou,

para que se prolonguem os teus dias,

e para que te vá bem na terra que te dá o SENHOR teu Deus. Dt 5:17 Não matarás.

Dt 5:18 Não adulterarás. Dt 5:19 Não furtarás.

Dt 5:20 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Dt 5:21 Não cobiçarás a mulher do teu próximo;

e não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo,

nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Dt 5:22 Estas palavras falou o SENHOR a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com grande voz,

e nada acrescentou; e as escreveu em duas tábuas de pedra, e a mim mas deu.

Dt 5:23 E sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas, e vendo o monte ardendo em fogo, vos achegastes a mim,

todos os cabeças das vossas tribos, e vossos anciãos; Dt 5:24 E dissestes:

Eis aqui o SENHOR nosso Deus nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo;

hoje vimos que Deus fala com o homem, e que este permanece vivo. Dt 5:25 Agora, pois, por que morreríamos?

Pois este grande fogo nos consumiria;

se ainda mais ouvíssemos a voz do SENHOR nosso Deus morreríamos.

Dt 5:26 Porque, quem há de toda a carne, que ouviu a voz do Deus vivente falando do meio do fogo, como nós, e ficou vivo? Dt 5:27 Chega-te tu, e ouve tudo o que disser o SENHOR nosso Deus;

e tu nos dirás tudo o que te disser o SENHOR nosso Deus, e o ouviremos, e o cumpriremos.

Dt 5:28 Ouvindo, pois, o SENHOR as vossas palavras, quando me faláveis, o SENHOR me disse:

Eu ouvi as palavras deste povo, que eles te disseram; em tudo falaram bem. Dt 5:29 Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem,

e guardassem todos os meus mandamentos todos os dias, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos para sempre.

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Dt 5:30 Vai, dize-lhes:

Tornai-vos às vossas tendas. Dt 5:31 Tu, porém, fica-te aqui comigo, para que eu a ti te diga todos os mandamentos, e estatutos,

e juízos, que tu lhes hás de ensinar,

para que cumpram na terra que eu lhes darei para possuí-la. Dt 5:32 Olhai, pois, que façais como vos mandou o SENHOR vosso Deus;

não vos desviareis, nem para a direita nem para a esquerda. Dt 5:33 Andareis em todo o caminho que vos manda o SENHOR

vosso Deus, para que vivais e bem vos suceda,

e prolongueis os dias na terra que haveis de possuir.

Sobre os Dez Mandamentos e mais outros detalhes da entrega da

lei, eu falo um pouco mais em meu livro sobre Números – “NO

DESERTO - Reflexões bíblicas sobre Israel no deserto.”

A observação final deste capítulo é para olhar, no sentido de vigiar

e ter muita cautela para tudo fazer conforme estava mandando o

Senhor sem desvios.

Ao vigiarmos e andarmos no caminho proposto ele nos promete –

palavra do próprio Criador – que viveremos, que seremos bem

sucedidos e que ainda prolongaremos nossa jornada aqui. Então,

meu amigo leitor.... agora é contigo!

Deuteronômio 6: 1-25

Dentro do segundo discurso de Moisés, na segunda seção,

entramos agora na parte B. A fidelidade no futuro à luz do

passado – 6:1 a 11:25 a qual dividiremos didaticamente em 6

subpartes.

A. As prioridades mais elevadas da aliança – vs 1-9. B. A

colocação do Senhor à prova – 10-25. C. Os requisitos da guerra

santa – 7:1-26. D. A prosperidade e o orgulho – 8:1-20. E. A

justiça própria – 9:1 a 10:11. F. A circuncisão do coração – 10:12

a 11:25.

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São estas as prioridades mais elevadas da aliança que Moisés

estava lhes transmitindo: amar a Deus no presente e comunicar,

doravante, esse amor às futuras gerações.

Jesus quando veio cumprindo sua palavra profética relativa à

vinda do Messias, deu uma melhor interpretação ao verso 5 ao

acrescentar a palavra entendimento às palavras coração, alma e

forças.

Foi em um de seus diálogos com os Escribas e um deles

impressionou o Mestre e Senhor:

Marcos 12:28 Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Marcos 12:29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.

Marcos 12:30 Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.

Marcos 12:31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

Marcos 12:32 E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele;

Marcos 12:33 E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.

Marcos 12:34 E Jesus, vendo que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.

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É o resumo de toda a lei que encontramos exatamente Mc 12:29-

31 e em Dt 6:4-5; 10:12; 30:6; Lv 19:18. Eu costumo chamar a

isso de o CAFE de Deus, por causa do acróstico formado com as

primeiras letras de CAFE - Coração, Alma, Forças, Entendimento.

E era isso que Moisés estava destacando da lei e ensinando ao

povo dizendo que tais palavras que ele ordenava estariam no

coração deles e eles deveriam inculcá-las em seus filhos e delas

falar e até as atar como sinal na mão e por frontal entre os olhos.

Em seguida a partir do vs 10 até o final do capítulo, vs 25, Moisés

está alertando a segunda geração para tomarem cuidado de não

colocarem o Senhor à prova como ele foi colocado em Massá

quando perderam de vista toda a bondade que Deus havia

demonstrado para com eles e deram lugar à ingratidão.

Por isso é que lhes lembra de que eles estariam recebendo os

benefícios da terra que eles não trabalharam por ela, mas outros

povos assim o fizeram.

O perigo deles seria se contaminarem com outras culturas e

passarem a adorarem falsos deuses e se tornarem como aquelas

gerações que Deus estaria expulsando para eles ali entrarem e

ocuparem e glorificarem o seu nome.

Dt 6:1 Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos,

para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir; Dt 6:2 Para que temas ao SENHOR teu Deus, e guardes todos os seus

estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida,

e que teus dias sejam prolongados. Dt 6:3 Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares,

para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o SENHOR Deus de teus pais,

na terra que mana leite e mel. Dt 6:4 Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR.

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Dt 6:5 Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração,

e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.

Dt 6:6 E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; Dt 6:7 E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Dt 6:8 Também as atarás por sinal na tua mão,

e te serão por frontais entre os teus olhos.

Dt 6:9 E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas. Dt 6:10 Quando, pois, o SENHOR teu Deus te introduzir na terra

que jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó, que te daria, com grandes e boas cidades, que tu não edificaste, Dt 6:11 E casas cheias de todo o bem, que tu não encheste,

e poços cavados, que tu não cavaste, vinhas e olivais, que tu não plantaste, e comeres, e te fartares, Dt 6:12 Guarda-te, que não te esqueças do SENHOR,

que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão. Dt 6:13 O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás,

e pelo seu nome jurarás. Dt 6:14 Não seguireis outros deuses,

os deuses dos povos que houver ao redor de vós;

Dt 6:15 Porque o SENHOR teu Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não acenda contra ti

e te destrua de sobre a face da terra. Dt 6:16 Não tentareis o SENHOR vosso Deus,

como o tentastes em Massá;

Dt 6:17 Diligentemente guardareis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, como também os seus testemunhos,

e seus estatutos, que te tem mandado. Dt 6:18 E farás o que é reto e bom aos olhos do SENHOR,

para que bem te suceda, e entres, e possuas a boa terra, a qual o SENHOR jurou dar a teus pais.

Dt 6:19 Para que lance fora a todos os teus inimigos de diante de ti, como o SENHOR tem falado.

Dt 6:20 Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos e juízos

que o SENHOR nosso Deus vos ordenou? Dt 6:21 Então dirás a teu filho:

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com mão forte, nos tirou do Egito;

Dt 6:22 E o SENHOR, aos nossos olhos, fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito, contra Faraó

e toda sua casa;

Dt 6:23 E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar a terra que jurara a nossos pais.

Dt 6:24 E o SENHOR nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos ao SENHOR

nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje. Dt 6:25 E será para nós justiça,

quando tivermos cuidado de cumprir

todos estes mandamentos perante o SENHOR nosso Deus, como nos tem ordenado.

Deus estava separando uma nação inteira de homens de Deus que

deveriam zelar do nome do Senhor e espalharem em todo o

mundo a glória de Deus.

Eles somente deveriam tomar posse da terra, conforme o Senhor

mesmo já tinha dado a eles, não se misturarem com eles, nem

seguirem seus deuses e costumes, mas obedecerem ao Senhor e

mais nada, já seriam um exemplo de uma nação fiel e modelo para

todo o mundo, mas nem tomaram posse, nem obedeceram.

Deuteronômio 7: 1-26

Aqui estamos em continuação: Os requisitos da guerra santa – 7:1-

26.

A conquista da terra, por ordenança divina, era o próximo grande

e terrível acontecimento da vida de Israel e Moisés voltou a

atenção do povo para esse fato garantindo a eles a vitória certa

porque Deus prometeu, mas também advertindo eles acerca da

apostasia, quando estivessem vivendo na terra, ou quando a

estariam conquistando.

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Eles já tinham passado pelo Egito e lá prosperado e crescido, mas

tornaram-se escravos e foram subjugados e Deus teve

misericórdias deles e os livrou com forte mão.

No deserto, a primeira geração falhou gravemente e foi rejeitada e

isso custou 40 anos no deserto. Agora era a vez da segunda

geração e Moisés estava dando seus últimos discursos e instruindo

eles com todo cuidado a fim de que pudessem concluir a missão

deles dada por Deus: a conquista da Terra Prometida.

Agora era a vez da conquista e ela estava prestes a acontecer, mas

não mais com a liderança do grande líder Moisés, mas outro líder

se despontou e foi aprovado por Deus, Josué.

O discurso aqui fala já afirmando que Deus os introduzirá na terra

e ainda lançará fora muitas nações: os heteus, e os girgaseus, e os

amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus

– sete nações mais numerosas e mais poderosas.

Era essa a palavra de vitória antes da guerra! Entre numa guerra já

sabendo do resultado e veja que engraçado, ou participe de um

grande campeonato em que o resultado do jogo final já é

conhecido. Assim, Israel estava entrando nessa guerra santa cujos

requisitos estavam sendo passados.

A instrução de Deus era bem clara: destruir totalmente, não fazer

alianças, não ter piedade, nem com ela se aparentarem, isto é, não

tomar de suas mulheres para se unirem com elas. Se houvesse

desvios nisso, o risco seria muito grande para eles, podendo até

serem destruídos igualmente.

Eles ainda não haviam saído, nem tinha começado a guerra santa,

estavam ainda com Moisés que estava sendo muito claro com

todos eles e os instruindo.

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Com relação à destruição total daqueles povos, temos uma palavra

falada a Abraão há mais de 500 anos na qual dizia que a conquista

daquela terra somente se daria quando se enchesse “a medida da

iniquidade dos amorreus” – Gn 15:16. Não se tratava de uma

questão etnocêntrica, mas numa guerra contra o mal, onde eles

poderia ter igual tratamento se entrassem pelo mesmo caminho

deles.

A escolha ou eleição de Israel – vs 6 e 7 – foi fundamentada na

aliança de amor de Deus com os antepassados dessa nação e, não

baseada em alguma qualidade ou valor intrínseco dos israelitas.

Deus mesmo explica no vs 8: “mas porque o Senhor vos amava e,

para guardar o juramento que fizera a vossos pais,”, comprovando

a aliança de amor com os antepassados. Escolha de Deus baseada

no seu amor e na sua palavra.

Como a eleição de Israel se baseou no juramento a Abraão, Isaque

e Jacó, no tempo do Novo Testamento, a eleição da igreja por

Deus se baseou no seu juramento a Jesus, o filho de Abraão e o

filho de Deus – Sl 110:4; Hb 7:20-28.

Moisés temendo que o povo viesse a se acovardar como se

acovardaram os homens da primeira geração, adverte o povo para

ficarem firmes e não temerem nem dizerem em seus corações que

as nações diante deles são mais poderosos que eles, desviando

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