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16,6%

52,1% 21,2%

7,1%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

5,6% 16,3% 46,7% 22,7% 8,7%

1998

1988

de 16,6% para 16,3%, enquanto as demais regiões, Sul, Centro-Oeste e Norte, tiveram aumento percentual de um ano para outro.

Conforme o Gráfico 7, em 2000 os cursos presenciais das IES privadas representavam aproximadamente 62% do total de cursos existentes, os cursos presenciais das IES públicas 38% e os cursos da modalidade EAD não atingiam 1% do total. Em 2012 os cursos das IES privadas aumentaram discretamente a participação para 66%, os cursos das IES públicas reduziram para 34% e os cursos de EAD aumentaram para quase 4% do total de cursos do país. Percebe-se que a EAD segue em constante aprimoramento e evolução se tornando cada vez mais presente no cenário educacional brasileiro, contribuindo tanto para a formação acadêmica como também para a estruturação de características para o futuro profissional através da autodisciplina e autonomia propiciada por esta modalidade de ensino.

Gráfico 7 – Evolução do número de cursos presenciais e à distância - Brasil, 2000 a 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

Considerando que um mesmo docente pode ter mais de um vínculo institucional, o censo da educação superior de 1980, identificou um total de 109.788 funções docentes. Uma década depois esse número passou para 131.641, ou seja, um crescimento percentual de aproximadamente 20%. Com relação ao grau de qualificação das funções docentes, em 1990, quatro das cinco regiões do país obtiveram mais registros em funções docentes sem pós- graduação, apenas a região Sul apresentou-se contrária às demais, conforme o Gráfico 8. Na sequência, apresentaram- se os registros de funções docentes com especialização, exceto a região Sul, posteriormente as funções docentes com titulação de mestrado e representando um percentual inferior, as funções docentes com titulação de doutorado.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Públicas Privadas Distância

Gráfico 8 – Distribuição percentual do número de funções docentes por grau de formação, segundo as Regiões- Brasil, 1990

Fonte: ROSA apud INEP (2013), Elaboração própria (2014).

Já em 1998, o número de funções docentes com título de especialização foi maior em todas as regiões, seguido das funções docentes com mestrado, com exceção do Norte, depois as funções docentes sem pós-graduação e por fim com doutorado, conforme pode ser visto no Gráfico 9.

Gráfico 9 - Distribuição percentual do número de Funções Docentes por Grau de Formação, segundo as Regiões – Brasil, 1998

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

Em menos de dez anos a qualificação dos docentes apresentou uma evolução significativa. Mais docentes com especialização, mestrado e doutorado passaram a fazer parte do sistema de ensino. A redução do número de funções docentes sem pós-graduação foi considerável, principalmente na região Sudeste e Nordeste. A região Norte foi uma exceção com relação ao número de funções docentes sem pós-graduação, pois apresentou um aumento de quase 15% entre 1990 e 1998. 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

Sem Pós-Graduação Especialização Mestrado Doutorado

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

Ainda assim, os aumentos percentuais dos registros de funções docentes com o grau de formação especialização, mestrado e doutorado da região Norte, foram maiores que o aumento dos registros de funções docentes sem pós-graduação. As demais regiões apresentaram aumentos significativos nas formações especialização, mestrado e doutorado, as maiores taxas de crescimento ocorreram, principalmente, na função docente com formação doutorado. Isso mostra que em uma década a qualificação dos professores melhorou significativamente.

Acompanhando o processo de expansão, entre 2000 e 2012, o número total de funções docentes teve um aumento de aproximadamente 92%. De acordo com a Tabela 4, em 2000 o número de funções docentes das IES públicas representava cerca de 45% do total de funções docentes, sendo divididos em aproximadamente 26% nas IES públicas federais, cerca de 17% nas estaduais e pouco mais de 2% nas IES públicas municipais. Os 55% restantes atuavam em IES privadas de ensino presencial.

Tabela 4 - Total de funções docentes segundo a categoria administrativa - Brasil, 2000 -2012

Categoria Administrativa Ano 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Pública 44,59% 38,03% 34,25% 33,77% 35,22% 38,36% 42,32% Federal 25,37% 21,04% 18,56% 18,33% 19,51% 22,74% 25,23% Estadual 17,06% 14,58% 13,02% 12,94% 13,24% 13,58% 13,85% Municipal 2,15% 2,41% 2,66% 2,50% 2,47% 2,04% 3,24% Privada 55,41% 61,97% 65,75% 66,23% 64,78% 61,64% 57,68%

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

Já em 2012, a participação das funções docentes em IES públicas caiu para 42%, à distribuição da atuação entre IES federais, estaduais e municipais permaneceu semelhante. As IES privadas de ensino presencial aumentaram a participação para 58%. Ainda de acordo com dados do Rosa apud INEP (2013), cerca de 68% das funções docentes com doutorado pertenciam as IES públicas, fato que demonstra a importância de políticas voltadas a atender as necessidades das IES públicas.

Com relação ao número de concluintes, na década de 1980 foram registrados 226.423 alunos, desse total, mais de 64% pertenciam a instituições privadas. Uma década depois o aumento no número total de concluintes não chegou a 2% e as instituições privadas já compreendiam mais de 66% do total. O número de concluintes em cursos de graduação, apesar de ter expandido entre 1988 e 1998, não apresentou crescimentos exponenciais em âmbito nacional.

Conforme esperado, a região Sudeste obteve maior número de concluintes em todos os anos analisados, seguida da região Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, conforme pode ser visto na Tabela 5. Entretanto, considerando a taxa média anual de crescimento, a região que mais se destacou foi o Norte, com um crescimento médio anual de aproximadamente 7%, em segundo lugar a região Centro-oeste crescimento médio anual de aproximadamente 6%, Sudeste com cerca de 2%, Nordeste com 1,2% e Sul com crescimento médio anual de 1,1% no número de concluintes.

Tabela 5 - Percentual de concluintes segundo as regiões- Brasil, 1988 a 1998

Região 1988 1990 1992 1994 1996 1998 BRASIL 100% 100% 100% 100% 100% 100% Norte 2,24% 2,41% 2,69% 2,96% 3,40% 3,82% Nordeste 15,09% 13,83% 12,88% 13,19% 13,39% 13,10% Sudeste 59,37% 61,77% 61,99% 60,83% 59,80% 58,89% Sul 18,00% 16,75% 16,14% 16,13% 16,20% 16,53% Centro-Oeste 5,31% 5,23% 6,31% 6,89% 7,21% 7,67%

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

De acordo com Rosa apud INEP (2013), o número de concluintes tanto na modalidade presencial como à distância, mais que triplicou entre 2000 e 2012. Conforme pode ser visto no Gráfico 10, os concluintes da rede privada presencial em 2000 representavam 67% e da rede pública presencial 33% do total de concluintes, enquanto os concluintes da EAD não representavam nem 1%. No decorrer dos anos verifica-se alterações nesse quadro, os concluintes da rede privada presencial continuavam sendo a maioria, representando 64% em 2012, enquanto os concluintes da rede pública presencial reduziram sua participação, atingindo cerca de 19% e os concluintes da EAD elevaram o percentual para cerca de 17%.

Gráfico 10 - Participação percentual de concluintes em cursos presenciais e EAD - Brasil, 2000-2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

De acordo com a Tabela 6, a região Sudeste, em 2012, deteve cerca de 52% do número total de concluintes na modalidade presencial, a região Nordeste ficou em segundo lugar responsável por cerca de 17% dos concluintes, a região Sul em terceiro com 15,5%, Centro- Oeste em quarto com 9,6% e a região Norte em último lugar no ranking com aproximadamente 5,9% dos concluintes. Em todas as regiões verifica-se maior número de conclusões em Universidades, seguido pelas Faculdades, Centros Universitários e IFs e CEFETs.

Tabela 6 - Percentual de Concluintes, segundo as regiões - Brasil, 2012

Brasil/Regiões

Organização Acadêmica

Universidades Centros Universitários Faculdades IFs e CEFETs

Brasil 100% 100% 100% 100% 11,55% Norte 5,20% 5,98% 6,61% Nordeste 16,34% 10,78% 20,40% 29,20% Sudeste 51,78% 62,77% 48,01% 37,45% Sul 18,41% 10,49% 13,78% 12,33% Centro- Oeste 8,28% 9,98% 11,20% 9,47%

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

De acordo com Saurin (2005), as IES são organizações que requerem um sistema de administração especial, as decisões são tomadas através do envolvimento de vários órgãos. Para que uma IES tenha autonomia acadêmica é fundamental que possua autonomia financeira, isso lhe garantirá que a busca de conhecimento, bem como da qualidade da educação ofertada não fiquem restritas devido a questões financeiras. Nesse sentido, torna-se

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60% 65% 70% 75% 80% 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

importante analisar as receitas e despesas das IES públicas e privadas do país. Porém, só foram disponibilizados dados para os anos subsequentes a 2008.

De acordo com Rosa apud INEP (2013), entre 2008 e 2012, as receitas das IES privadas aumentaram cerca de 56%, enquanto as despesas aumentaram cerca de 82%. Mesmo diante de um aumento percentual maior nas despesas, em todos os anos o volume de despesas foi inferior ao volume de receitas, atingindo no máximo 80% do total das receitas. Já com relação às IES públicas, as receitas e despesas aumentaram mais de 200% e na maioria dos anos as despesas foram superiores as receitas.

Em 2012, de acordo com o Gráfico 11, a região com valor mais elevado de receitas e despesas em IES públicas foi à região Sudeste, fato que pode ser compreendido, pois, esta é a região que possui o maior número de IES públicas do país, bem como o maior número funções docentes, cursos, matrículas e concluintes. Com exceção do Sudeste e do Centro-Oeste, as demais regiões apresentaram o volume de despesas superior ao volume de receitas.

Gráfico 11 - Receitas e despesas das IES públicas, segundo as regiões – Brasil, 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

A região Sudeste, assim como anteriormente, na análise das IES públicas, é a região que possui maior volume de receitas e despesas das IES privadas do país, conforme o Gráfico 12, representando 52% das receitas e 51% das despesas de IES privadas. Nesse caso, em todas as regiões as receitas superam as despesas.

Comparando a rede privada com a rede pública de educação superior é possível perceber que, assim como nos demais aspectos analisados anteriormente, a segunda possui mais recursos para manutenção das IES e maior capacidade de absorção da demanda. Nesse sentido torna-se

R$ 0,00 R$ 20.000,00 R$ 40.000,00 R$ 60.000,00 R$ 80.000,00 R$ 100.000,00 R$ 120.000,00

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

E m Milh õ es Receitas Despesas

relevante analisar a eficiência das IES públicas para tentar identificar se além da escassez de recursos ainda estão ocorrendo falhas na gestão destes, dificultando o atendimento das necessidades dessas instituições.

Gráfico 12 - Receitas e despesas das IES privadas, segundo as regiões – Brasil, 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

Ainda, segundo Saurin (2005), a origem dos recursos e os mecanismos utilizados na distribuição desses recursos tem impacto sobre o funcionamento das IES. Com relação ao investimento público no sistema educacional de nível superior. Entre os anos de 2000 e 2011, o percentual investido em relação ao PIB variou entre 0,8% e 1%. O investimento público direto por estudante da educação superior no período, pode ser verificado no Gráfico 13 a seguir:

Gráfico 13- Investimento público em educação superior por estudante12 - Brasil, 2000 a 2011

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

12

Os valores foram atualizados para 2011 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). R$ 0,00 R$ 20.000,00 R$ 40.000,00 R$ 60.000,00 R$ 80.000,00 R$ 100.000,00 R$ 120.000,00

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

E m Milh õ es Receitas Despesas R$0,00 R$3.000,00 R$6.000,00 R$9.000,00 R$12.000,00 R$15.000,00 R$18.000,00 R$21.000,00 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Se tratando de qualidade da educação superior brasileira, de acordo com dados de Rosa apud INEP (2013), participaram do ENADE realizado em 2012 um total de 7.228 cursos, 1.646 IES e 469.478 mil estudantes do último ano de seus respectivos cursos. Desse total de cursos avaliados, cerca de 30% tiveram baixo desempenho, obtendo notas 1 e 2. Em 2009 foram avaliados os mesmos cursos e o percentual que obteve baixo desempenho foi de 24,96%, ou seja, em 2012 o número cursos com baixo desempenho aumentou aproximadamente 5%.

Os cursos com conceito 2, passaram de 24,2% para 27,3% e os cursos com conceito 1, passaram de 0,7% para 2,7%. Entretanto, o percentual de cursos com conceito máximo, 5, aumentou, passando de 1% em 2009 para 5,4% em 2012, os cursos com conceito 4, passaram de 9,7% para 19% e os cursos com conceito 3, de 37,8% para 43,9%. Nas IES públicas, conforme Tabela 7, pode-se dizer que houve melhora nas notas consideradas satisfatórias, ou seja, acima de 3. Com relação às IES privadas, houve aumento em todos os percentuais devido ao fato de ter reduzido o número de cursos sem conceito, que passaram de 27,1% em 2009 para 1,8% em 2012.

Tabela 7- Índices dos cursos avaliados no ENADE – Brasil, 2009 e 2012

IES Ano Notas

1 2 3 4 5 Públicas 2009 0,90% 13,80% 32,80% 24,50% 17,00% 2012 3,60% 14,40% 17,00% 29,80% 33,70% Privadas 2009 0,70% 26,10% 38,60% 7,10% 0,40% 2012 2,50% 29,30% 45,60% 17,30% 3,50%

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

De acordo com Rosa apud INEP (2013), 71,6% dos cursos obtiveram bom desempenho no CPC de 2012, ou seja, obtiveram nota acima de 3. A avaliação foi realizada em 1.762 IES para 8.184 cursos que representavam neste ano 38,7% do total de matrículas da educação superior do Brasil. Aproximadamente 34% do total de conceitos 4 e 5 foram obtidos em IES públicas, enquanto as IES privadas somaram 21,5%. O Gráfico 14, faz uma comparação entre os resultados de 2009 e 2012, é possível perceber que houve melhoria em todas as faixas de conceitos.

Gráfico 14 - Comparação entre conceitos CPC – Brasil, 2009 e 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

O IGC, assim como o CPC, apresentou números positivos. Foram avaliadas 2.171 IES em 2012. Aproximadamente 73% das IES obtiveram conceitos satisfatórios, ou seja, acima de 3 e cerca de 17% tiveram notas entre 1 e 2, consideradas insatisfatórias. Na comparação com 2009, quando os mesmos cursos foram avaliados, o índice de IES que ficaram com notas insatisfatórias, entre 1 e 2, foi de aproximadamente 33%, ou seja, houve uma redução de quase 16%. Com relação às IES públicas avaliadas, cerca de 84% delas obtiveram notas acima de 3 e com relação as IES privadas, 71% obtiveram notas acima de 3.

Apesar das diversas políticas e programas desenvolvidos com o objetivo de sustentar a demanda por educação superior e melhorar os níveis de qualidade, os números mostram que boa parcela da demanda está sendo atendida pela rede privada de ensino, a qual possui maior volume de IES, cursos, concluintes e recursos financeiros. Entretanto, o maior número de funções docentes, de funções docentes com doutorado, bem como as melhores notas no ENADE, CPC e IGC encontram-se nas IES públicas.

Apesar das IES públicas apresentarem resultados mais satisfatórios quanto à qualidade do ensino ofertado, o fato da escassez de recursos públicos para manutenção e aprimoramento dessas instituições apresenta-se como um dos elementos que justificam o estudo sobre a rede pública. Há necessidade de direcionar maior atenção as IES públicas para que estas consigam administrar de maneira eficiente seus insumos educacionais escassos, a fim de elevar ainda mais os níveis de qualidade do ensino ofertado.

21,6% 16,3% 27% 12% 51,5% 71,6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 2009 2012

2.3 O SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORDESTE EM NÚMEROS

As primeiras IES brasileiras surgiram na região Nordeste, porém, durante muitos anos a educação superior da região permaneceu sem mudanças significativas. O desenvolvimento da educação superior no Nordeste, assim como no Brasil, ocorreu de maneira lenta e descontínua. A literatura apresenta poucos trabalhos sobre a evolução e expansão do ensino superior da região Nordeste, os dados apresentados com relação ao número de IES se referem a década de 1990 e 2000, já com relação ao número de cursos, funções docentes, matrículas e concluintes os dados apresentados se referem apenas a década de 2000, devido a indisponibilidade destes para anos anteriores.

A quantidade de IES públicas na região, no decorrer da década de 1990, apresentou sucessivas reduções. No início da década, em 1991, existiam 48 IES e no fim da década, em 1999, existiam 45 IES. Em contrapartida as IES privadas aumentaram significativamente, de 52 em 1991 para 96 em 1999. De acordo com o Rosa apud INEP (2013), em 1995 as IES públicas da região eram distribuídas em: 13 federais, 15 estaduais e 10 municipais, sendo que, cerca de 58% eram Universidades e os aproximados 42% restantes eram distribuídos entre Federações de Escolas, Faculdades Integradas e estabelecimentos isolados. A partir dos anos 2000 as IES públicas intensificaram o processo de expansão e as IES privadas seguiram com acelerado crescimento, conforme pode ser visto no Gráfico 15 a seguir:

Gráfico 15 - Número de IES - Nordeste, 2000 a 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

Em 2000 a região Nordeste era a segunda região do país com maior número de IES públicas, ficando atrás apenas da região Sudeste. Com relação à rede privada, em 2000 a região

0 50 100 150 200 250 300 350 400 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Nordeste era uma das regiões com menor número de IES privadas do país. Aproximadamente 57,3% da IES existentes estavam localizadas nas capitais. Em 2012, o Nordeste continuou sendo a segunda região com maior número de IES públicas e passou a ter o segundo maior número de IES privadas. A quantidade de IES localizadas nas capitais se tornou praticamente equivalente à quantidade de IES localizadas no interior, fato que demonstra a tentativa de acelerar o processo de interiorização do ensino.

Seguindo a análise, a Tabela 8 mostra dados sobre os cursos de graduação presenciais. Entre 2000 e 2012, o número de cursos presenciais foi superior nas IES públicas, sendo que as IES públicas estaduais tiveram o maior número de cursos, seguidas das IES federais e as municipais. Ao longo desses doze anos o número total de cursos cresceu mais de 230%. Com relação à EAD, consta que até 2012 existiam 209 cursos, esse total representou nesse mesmo ano, quase 4% do número total de cursos existentes na região.

Tabela 8 - Número de cursos presenciais por categoria administrativa - Nordeste, 2000-2012

Categoria Administrativa Ano 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Pública 72,14% 67,66% 64,01% 57,25% 51,89% 51,00% 52,51% Federal 32,79% 27,92% 20,77% 20,56% 21,00% 26,64% 27,24% Estadual 37,18% 38,11% 41,80% 35,24% 29,28% 22,74% 23,72% Municipal 2,17% 1,63% 1,45% 1,45% 1,61% 1,61% 1,55% Privada 27,86% 32,34% 35,99% 42,75% 48,11% 49,00% 47,49%

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

O total de funções docentes registradas em 2000 era de 32.961 e em 2012 esse número chegou a 78.425, ou seja, um aumento de aproximadamente 138% no período. O maior destaque foi nas funções docentes com formação doutorado, o aumento entre os anos 2000 e 2012 foi de aproximadamente 350%, seguido da formação mestrado com aumento de mais de 210% e especialização com aumento de aproximadamente 110%. As funções docentes sem pós- graduação tiveram um decréscimo de cerca de 41% no período, conforme o Gráfico 16.

Outro fato que merece ser destacado é que o maior percentual de funções docentes com doutorado pertencia às IES públicas em 2012, cerca de 80%. Esse aumento expressivo no número de funções docentes, principalmente aqueles com maior grau de qualificação, pode ser considerado um fator importante para o desempenho dos alunos, tendo visto que um maior número de funções docentes qualificados favorece no atendimento da demanda dos alunos.

Gráfico 16 - Distribuição das funções docentes por grau de formação - Nordeste, 2000 a 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

A respeito do número de matrículas em cursos presenciais a partir dos anos 2000, podem ser vistos aumentos significativos. Até aproximadamente meados dos anos 2000 o número de matrículas em cursos presenciais em IES públicas da região Nordeste era superior ao número de matrículas em IES privadas, conforme apresentado no Gráfico 17.

Gráfico 17 - Número de matrículas em cursos presenciais - Nordeste, 2000 a 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração própria (2014).

Em 2000, a Região Nordeste teve 413.709 registros em cursos de graduação presenciais, representando aproximadamente 15% do total de matrículas brasileiras. Neste ano a região Nordeste teve o terceiro maior número de matrículas do país e apenas as regiões Norte e Nordeste tiveram as matrículas em IES públicas superiores às matrículas em IES privadas. O número de matrículas registradas nas capitais foi quase o dobro do número de matrículas registradas no interior. 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012

Sem Pós-Graduação Especialização Mestrado Doutorado

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 IES Públicas IES Privadas

Em doze anos o número de matrículas presenciais teve um aumento de mais de 190%, atingindo em 2012 o total de 1.213.519 matrículas em cursos de graduação presenciais sendo que, pouco mais de 58% se encontrava na rede privada. As matrículas registradas na capital ainda se apresentavam superiores às matrículas do interior em 2012 e a região Nordeste foi à região que apresentou o segundo maior número de matrículas do país, ficando atrás apenas da região Sudeste. Com relação às matrículas em EAD, verifica-se que ao longo dos anos a modalidade apresentou relevantes incrementos, principalmente depois da criação da UAB no país em 2005. Entre 2008 e 2012 o número de matrículas na EAD mais que quadruplicou. Em 2012 as matrículas EAD representavam cerca de 15% do total de matrículas na região Nordeste.

Em 2012 é possível perceber que as matrículas na educação superior da região Nordeste representavam pouco mais de 2% da população total da região, o que demonstra ser uma quantidade pequena de pessoas que buscam o ensino superior na região. Contudo, o número de matriculados nessa região tem aumentado significativamente de um ano para outro. Grande parte da expansão de matrículas do setor privado tem ocorrido em virtude da criação de programas de incentivo a expansão da educação superior, como o FIES e o PROUNI, por exemplo. Vale ressaltar que as AAs também foram importantes para inclusão de mais estudantes tanto na rede privada como na rede pública. As matrículas da região Nordeste em 2012 se distribuíam de acordo com maior percentual, entre: Universidades, Centros Universitários, Faculdades, IFTs e CEFETs, conforme o Gráfico 18 a seguir:

Gráfico 18 - Percentual de matrículas presenciais por organização acadêmica – Nordeste, 2012

Fonte: ROSA apud INEP (2013). Elaboração Própria (2014).

O número total de concluintes em cursos presenciais na região, em 2000, foi de 46.860, sendo 31.632 na rede pública e 15.228 na rede privada. Assim como o número de matrículas, é

47,6%

41,1% 8,7%

2,7%

somente a partir de meados dos anos 2000 que o número de concluintes da rede privada