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O verbo sublinhado foi empregado corretamente, exceto em:

No documento 01 Lingua Portuguesa (páginas 64-67)

Sintaxe (concordância nominal e verbal, regência verbal e nominal, colocação pronominal, crase e conjugação de verbos

D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.

08. O verbo sublinhado foi empregado corretamente, exceto em:

(A) aspiro à carreira militar desde criança; (B) dado o sinal, procedemos à leitura do texto. (C) a atitude tomada implicou descontentamento; (D) prefiro estudar Português a estudar Matemática; (E) àquela hora, custei a encontrar um táxi disponível.

09. Assinale o mau emprego do vocábulo “onde”:

(A) todas as ocasiões onde nos vimos às voltas com problemas no trabalho, o superintendente nos ajudou;

(B) por toda parte, onde quer que fôssemos, encontrávamos colegas; (C) não sei bem onde foi publicado o edital;

(D) onde encontraremos quem nos forneça as informações de que necessitamos; (E) os processos onde podemos encontrar dados para o relatório estão arquivados

Respostas

1.Resposta: B

A frase correta seria “Eles assistem ao espetáculo”

O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo direto ou indireto. No primeiro caso não admitirá preposição, já no segundo sim.

Portanto, quando a pergunta (a quê?) for feita ao verbo, este será transitivo indireto e quando o complemento do verbo vir de forma direta, será transitivo direto.

Veja:

a) A enfermeira assistiu o paciente. (Assistiu quem? O paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediários, sem preposição)

b) João assistiu ao programa do Jô! (Assistiu a quê? Ao programa! Logo, preposição a + artigo o) 2.A / 3.D / 4.B / 5.D / 6.B / 7.B / 8.E / 9.B

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos

Um dos aspectos da harmonia da frase refere-se à colocação dos pronomes oblíquos átonos. Tais pronomes situam-se em três posições:

- Antes do verbo (próclise): Não te conheço. - No meio do verbo (mesóclise): Avisar-te-ei. - Depois do verbo (ênclise): Sente-se, por favor.

Próclise

Por atração: usa-se a próclise quando o verbo vem precedido das seguintes partículas atrativas: - Palavras ou expressões negativas: Não te afastes de mim.

- Advérbios: Agora se negam a depor. Se houver pausa (na escrita, vírgula) entre o advérbio e o verbo, usa-se a ênclise: Agora, negam-se a depor.

- Pronomes Relativos: Apresentaram-se duas pessoas que se identificaram com rapidez. - Pronomes Indefinidos: Poucos se negaram ao trabalho.

- Conjunções subordinativas: Soube que me dariam a autorização solicitada.

Com certas frases: há casos em que a próclise é motivada pelo próprio tipo de frase em que se localiza o pronome.

- Frases Interrogativas: Quem se atreveria a isso?

- Frases Exclamativas: Quanto te arriscas com esse procedimento!

- Frases Optativas (exprimem desejo): Deus nos proteja. Se, nas frases optativas, o sujeito vem depois do verbo, usa-se a ênclise: Proteja-nos Deus.

Com certos verbos: a próclise pode ser motivada também pela forma verbal a que se prende o pronome.

- Com o gerúndio precedido de preposição ou de negação: Em se ausentando, complicou-se; Não se satisfazendo com os resultados, mudou de método.

- Com o infinito pessoal precedido de preposição: Por se acharem infalíveis, caíram no ridículo. Mesóclise

Usa-se a mesóclise tão somente com duas formas verbais, o futuro do presente e o futuro do pretérito, assim quando não vierem precedidos de palavras atrativas. Exemplos:

Confrontar-se-ão os resultados. Confrontar-se-iam os resultados. Mas:

Não se confrontarão os resultados. Não se confrontariam os resultados.

Não se usa a ênclise com o futuro do presente ou com o futuro do pretérito sob hipótese alguma. Será contrária à norma culta escrita, portanto, uma colocação do tipo:

Diria-se que as coisas melhoraram. (errado) Dir-se-ia que as coisas melhoraram. (correto)

Ênclise Usa-se a ênclise nos seguintes casos:

- Imperativo Afirmativo: Prezado amigo, informe-se de seus compromissos.

- Gerúndio não precedido da preposição “em” ou de partícula negativa: Falando-se de comércio exterior, progredimos muito.

Em se plantando no Brasil, tudo dá. Não se falando em futebol, ninguém briga. Ninguém me provocando, fico em paz.

- Infinitivo Impessoal: Não era minha intenção magoar-te. Se o infinitivo vier precedido de palavra atrativa, ocorre tanto a próclise quanto a ênclise.

Espero com isto não te magoar. Espero com isto não magoar-te.

- No início de frases ou depois de pausa: Vão-se os anéis, ficam os dedos. Decorre daí a afirmação de que, na variante culta escrita, não se inicia frase com pronome oblíquo átono. Causou-me surpresa a tua reação.

O Pronome Oblíquo Átono nas Locuções Verbais

- Com palavras atrativas: quando a locução vem precedida de palavra atrativa, o pronome se coloca antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Exemplo: Nunca te posso negar isso; Nunca posso negar-te isso. É possível, nesses casos, o uso da próclise antes do verbo principal. Nesse caso, o pronome não se liga por hífen ao verbo auxiliar: Nunca posso te negar isso.

- No início da oração ou depois de pausa: quando a locução se situa no início da oração, não se usa o pronome antes do verbo auxiliar. Exemplo: Posso-lhe dar garantia total; Posso dar-lhe garantia total. A mesma norma é válida para os casos em que a locução verbal vem precedida de pausa. Exemplo: Em dias de lua cheia, pode-se ver a estrada mesmo com faróis apagados; Em dias de lua cheia, pode ver-se a estrada mesmo com os faróis apagados.

- Sem atração nem pausa: quando a locução verbal não vem precedida de palavra atrativa nem de pausa, admite-se qualquer colocação do pronome.

Exemplos:

A vida lhe pode trazer surpresas. A vida pode-lhe trazer surpresas. A vida pode trazer-lhe surpresas.

Observações

- Quando o verbo auxiliar de uma locução verbal estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, o pronome pode vir em mesóclise em relação a ele: Ter-nos-ia aconselhado a partir.

- Nas locuções verbais, jamais se usa pronome oblíquo átono depois do particípio. Não o haviam convidado. (correto); Não haviam convidado-o. (errado).

- Há uma colocação pronominal, restrita a contextos literários, que deve ser conhecida: Há males que se não curam com remédios. Quando há duas partículas atraindo o pronome oblíquo átono, este pode vir entre elas. Poderíamos dizer também: Há males que não se curam com remédios.

- Os pronomes oblíquos átonos combinam-se entre si em casos como estes: me + o/a = mo/ma

te + o/a = to/ta lhe + o/a = lho/lha nos + o/a = no-lo/no-la vos + o/a = vo-lo/vo-la

Tais combinações podem vir: - Proclítica: Eu não vo-lo disse? - Mesoclítica: Dir-vo-lo-ei já.

- Enclítica: A correspondência, entregaram-lha há muito tempo.

Segundo a norma culta, a regra é a ênclise, ou seja, o pronome após o verbo. Isso tem origem em Portugal, onde essa colocação é mais comum. No Brasil, o uso da próclise é mais frequente, por apresentar maior informalidade. Mas, como devemos abordar os aspectos formais da língua, a regra será ênclise, usando próclise em situações excepcionais, que são:

- Palavras invariáveis (advérbios, alguns pronomes, conjunção) atraem o pronome. Por “palavras

invariáveis”, entendemos os advérbios, as conjunções, alguns pronomes que não se flexionam, como

aquilo, isto. Exemplos: “Ele não se encontrou com a namorada.” – próclise obrigatória por força do

advérbio de negação. “Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz.” – próclise obrigatória

por força da conjunção;

- Orações exclamativas (“Vou te matar!”) ou que expressam desejo, chamadas de optativas (“Que Deus o abençoe!”) – próclise obrigatória.

- Orações subordinadas – (“... e é por isso que nele se acentua o pensador político” – uma oração subordinada causal, como a da questão, exige a próclise.).

Emprego Proibido:

- Iniciar período com pronome (a forma correta é: Dá-me um copo d’água; Permita-me fazer uma observação.);

- Após verbo no particípio, no futuro do presente e no futuro do pretérito. Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde que não caia na proibição acima), modifica-se a estrutura (troca o “me” por “a mim”) ou, no caso dos futuros, emprega-se o pronome em mesóclise. Exemplos: “Concedida a mim a licença, pude começar a trabalhar.” (Não poderia ser “concedida-me” – após particípio é proibido - nem

“me concedida” – iniciar período com pronome é proibido). “Recolher-me-ei à minha insignificância” (Não

poderia ser “recolherei-me” nem “Me recolherei”).

Questões

1. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO/PE – ANALISTA LEGISLATIVO

– ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – FCC/2014) Considerada a norma culta escrita, há correta

substituição de estrutura nominal por pronome em:

(A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-lhes antecipadamente. (B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-lhe. (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.

(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las. (E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.

2. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF –

TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Caso fosse necessário substituir o termo destacado em

“Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo com a norma-padrão, a nova redação

deveria ser

(A) Basta apresenta-lo. (B) Basta apresentar-lhe. (C) Basta apresenta-lhe. (D) Basta apresentá-la. (E) Basta apresentá-lo.

3. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014). Em qual período, o pronome átono

que substitui o sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a norma-padrão? (A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – conhecia-o

(B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá – tinha encontrado-o. (C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no Museu – relatá-las-ão. (D) Quem explicou às crianças as histórias de seus antepassados? – explicou-lhes.

(E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de um museu virtual – Lhes vinham perguntando.

4. (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – ANALISTA –

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