Enquadrar a actividade desenvolvida no Plano Nacional de Acção Ambiente e Saúde 2008-2013 (PNAAS), que consta da Resolução do Conselho de Ministros n.º 91/2008; Melhorar a eficácia das políticas de prevenção, controlo e redução de riscos para a
saúde com origem em factores ambientais, promovendo a integração do conhecimento e a inovação, contribuindo também, desta forma, para o desenvolvimento económico e social do país;
Assegurar a implementação e avaliação dos projectos regionais na área da saúde ambiental em curso.
3.5 SAÚDE OCUPACIONAL
A Saúde Ocupacional (SO) é uma área de intervenção multidisciplinar que tem como finalidades, segundo a OMS/OIT, a prevenção dos riscos profissionais e a vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores.
Os trabalhadores das administrações regionais de saúde (ARS) e dos agrupamentos de centros de saúde (ACeS) exercem a actividade profissional em condições que configuram potenciais situações de risco profissional, nomeadamente acidentes de trabalho ou em serviço, doenças profissionais e outras doenças relacionadas com o trabalho.
Objectivo geral
Protecção e promoção da saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da área de influência da ARSC independentemente do vínculo e contrato laboral e sector de actividade.
Objectivos específicos
Prevenção da ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças profissionais;
Identificação, monitorização e vigilância dos riscos profissionais e das condições ambientais dos locais de trabalho;
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Vigilância da saúde dos trabalhadores, nos termos da legislação em vigor;
Implementação dos serviços de segurança e saúde no trabalho da sede da ARSC, serviços desconcentrados (ACeS) e ULS da Guarda e de Castelo Branco.
Actividades a desenvolver
Vigilância da saúde dos trabalhadores da sede da ARSC, serviços desconcentrados (ACeS) e ULS da Guarda e de Castelo Branco;
Acções de sensibilização, informação e formação sobre riscos profissionais e medidas preventivas face à saúde destinadas a empregadores e sociedade em geral – em parceria interna (programas e serviços relevantes da ARSC) e externa (intersectorial);
Investigação em segurança, higiene e saúde no trabalho – em parceria interna (ARSC) e externa (instituições de ensino superior e entidades relevantes, públicas e privadas).
3.6 PROGRAMA DE QUALIDADE E VIGILÂNCIA ALIMENTAR
A nutrição humana é considerada, à luz do conhecimento actual, como um factor determinante de diversas patologias prevalentes na população mundial, nomeadamente a obesidade, dislipidémias, diversas neoplasias, doenças cardio e cerebrovasculares e a diabetes. Tratando-se de uma tarefa muito ambiciosa pela diversidade de factores implicados, a ARS Centro optou por uma estratégia de intervenção comunitária, baseada em projectos específicos - alguns já implementados e outros em fase de estudo e conceptualização – no âmbito do seu Programa de Qualidade e Vigilância Alimentar (PQVA).
Dentre os projectos de intervenção comunitária nesta área, destaca-se o projecto de intervenção comunitária minorsal.saude que integra os sub-projectos pão.come (redução do sal adicionado ao pão, em curso desde 2007) e sopa.come (iniciado, a título experimental, no ano de 2009 e em desenvolvimento desde 2010) de um conjunto de intervenções que visam a redução do consumo de sal, açúcar e gorduras tipo trans.
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Objectivos
Monitorização e avaliação dos projectos em curso;
Desenvolvimento de novos projectos (projectos tão doce.não e trans. fora);
Implementação do sistema de informação em segurança alimentar SIGA-SA (formação regional de profissionais de saúde – em colaboração com o Gabinete de Formação - e instalação local de software).
Estratégias
Selecção de alimentos-alvo e intervenção sobre os diversos actores da cadeia alimentar (designadamente, indústria transformadora, grossistas/distribuidores e consumidores);
Capacitação alimentar e nutricional da população através da divulgação de cartazes, brochuras e panfletos - elaborados especificamente para o efeito ou editados por outros organismos do Ministério da Saúde (eg. DGS) – em articulação com o Programa Regional de Capacitação e Literacia em Saúde e com o Gabinete de Informação e Comunicação em Saúde da ARSC;
Articulação com sectores sociais e económicos relevantes acima referidos, mediante o estabelecimento de parcerias.
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4. V
IGILÂNCIA EC
ONTROLO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS4.1 VACINAÇÃO
A aplicação do Programa Nacional de Vacinação (PNV) permitiu controlar as doenças-alvo de vacinação. A incidência de algumas doenças transmissíveis e o seu impacto está a diminuir, graças às elevadas taxas de cobertura resultantes da aplicação do PNV.
Para que o PNV continue a ser um êxito, é necessário manter as elevadas coberturas vacinais atingidas para todas as vacinas do Programa. É particularmente importante a consolidação da eliminação da poliomielite, a manutenção de elevadas taxas de cobertura vacinal contra o sarampo de forma a eliminar a doença do e a vacinação de adultos contra o tétano. Simultaneamente, deve ser desenvolvido um processo de identificação das assimetrias geográficas.
Objectivos
Monitorizar e avaliar as taxas de cobertura vacinal na Região Centro; Manter e/ou aumentar as taxas de cobertura vacinal na Região Centro; Reduzir a prevalência das doenças evitáveis pela vacinação na Região Centro; Uniformizar em todos os ACeS e ULS o mesmo sistema de informação e os mesmos
indicadores.
Metas
COBERTURA VACINAL 2011
Coortes abrangidas pelo PNV – PNV cumprido aos 2 anos de idade ≥ 97%
Coortes abrangidas pelo PNV – PNV cumprido aos 7 anos de idade ≥ 97%
Coortes abrangidas pelo PNV – PNV cumprido aos 14 anos de idade ≥ 97%
Vacina anti-HPV na coorte das raparigas de 13 anos de idade ≥ 70%
Vacina Td (Vacina anti-tétano e difteria) – na coorte dos 25 anos de idade ≥ 81%
Vacina Td (Vacina anti-tétano e difteria) – na coorte dos 65 anos de idade ≥ 80%
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4.2 INTERVENÇÃO SOBRE PATOLOGIAS ESPECÍFICAS
4.2.1 TUBERCULOSE
Na União Europeia, a incidência da tuberculose, continua a diminuir ao ritmo médio de 3,3% ao ano e com um valor de 16,7/100 mil habitantes em 2008, é considerada região de baixa incidência. Portugal, com 24 casos/100 mil habitantes em 2009, menos 8% que em 2008, tem um decréscimo anual médio de 7,3%, consistente nos últimos 7 anos, mas ainda não passou para baixo da fasquia dos 20/100mil, que lhe conferiria a categoria de país de baixa incidência. A incidência de TB na Região Centro em 2010 foi de 10,1%0000, decrescendo relativamente a 2009 (13,1%0000) e mantendo assim a tendência decrescente que se tem verificado ao longo dos últimos 5 anos.
Eliminar a tuberculose deverá ser considerado um objectivo primordial e a estratégia de combate continuará a ser a prioridade no controlo da doença, com investimento na expansão da DOT (toma de observação directa). Impõe-se também, implicitamente, um esforço constante na avaliação cuidadosa das medidas tomadas, uma atenção permanente aos avanços científicos no diagnóstico e tratamento, assim como o desenvolvimento e utilização de sistemas de vigilância eficazes na identificação das cadeias de transmissão.
Objectivos
Consolidar o Plano Nacional de Luta contra a Tuberculose (PNT), a nível da Região Centro, de forma a manter a linha decrescente de incidência da TB na região.
Objectivos específicos:
Aumentar o diagnóstico precoce da TB (proporção de casos); Aumentar a taxa de sucesso terapêutico;
Diminuir a taxa de resistência aos fármacos antituberculosos.