Tabela 3 Quadro A.2.2.2 – Objetivo
IDENTIFICAÇÃO DO OBJETIVO
Descrição 0878 - Garantir o acesso à justiça e ao sistema de garantia de direitos, por meio da prestação da assistência
jurídica integral e gratuita a todos os cidadãos que dela necessitar, de forma permanente e contínua em
todas as localidades sedes do Poder Judiciário da União, abarcando a prestação de assistência jurídica
preventiva, informativa e consultiva; resolução extrajudicial de conflitos e assistência judicial na defesa
dos direitos dos necessitados.
Código 0878 Órgão Defensoria Pública da União
Programa Cidadania e Justiça
Código 2020
METAS QUANTITATIVAS NÃO REGIONALIZADAS
Sequencial Descrição da Meta Unidade
medida a)Prevista 2015
b)Realizada
em 2013
c)Realizada
até 2013
d)%
Realização
(c/a)
2 Criar em todas as unidades de
atuação da DPU salas de visita
virtual, com destaque para o
atendimento em penitenciárias
federais.
Unidade n/a 5 32 n/a
5 Implantar o serviço de
conciliação extrajudicial de
conflitos em todos os Estados e
no Distrito Federal.
Unidade n/a 6.832 6.837 n/a
8 Realizar um total de 100 ações
itinerantes, levando assistência
jurídica gratuita a comunidades
indígenas, comunidades
quilombolas e tradicionais,
regiões fronteiriças e
comunidades com alto índice de
vulnerabilidade social.
Unidade 100 24 38 38
9 Apoiar a implementação de
núcleos especializados da
Defensoria Pública para
atendimento de casos de
discriminação racial.
n/a n/a n/a n/a n/a
10 Ampliar o atendimento à
população abaixo da linha da
miséria absoluta por meio da
realização de 5 edições do
projeto "Jornada Meu
Defensor".
Unidade 5 5 5 100
12 Disponibilizar o serviço de
estrangeiros em 100% das
arenas durante os grandes
eventos.
13 Melhorar o atendimento ao
cidadão a partir da adequação da
infraestrutura de funcionamento
e acessibilidade em 59 órgãos de
atendimento em todo território
nacional.
n/a n/a n/a n/a n/a
15 Promover a inclusão profissional
e social de 100 jovens oriundos
do sistema prisional nos quadros
da DPU, no âmbito do Programa
Juventude Viva.
Unidade 100 28 28 28
METAS QUANTITATIVAS REGIONALIZADAS
Sequencial Descrição da Meta Unidade
medida a)Prevista 2015
b)Realizada
em 2013
c)Realizada
até 2013
d)%
Realização
(c/a)
1 Reforçar a política de inclusão
social por meio do acesso à
justiça, ampliando o
atendimento a 200 novos
municípios com baixo IDH.
Unidade 200 61 230 115
Regionalização da Meta Unidade
medida a)Prevista 2015
b)Realizada
em 2013
c)Realizada
até 2013
d)%
Realização
(c/a)
Região Sudeste Unidade 75 8 49 65
Região Norte Unidade 17 19 19 112
Região Centro-Oeste Unidade 19 0 21 110
Região Nordeste Unidade 42 29 74 176
Região Sul Unidade 47 5 67 142
0
METAS QUALITATIVAS
Sequencial Descrição da Meta
3
Definir novo modelo de gestão para a abertura das novas Unidades da Defensoria Pública da União
(DPU).
4
Disseminar o conhecimento dos direitos, deveres e da cidadania aos jovens do ensino público básico e
superior em todas as regiões do país.
6
Instituir autonomia funcional, administrativa e orçamentária da Defensoria Pública da União, nos
termos conferidos às Defensorias Públicas Estaduais (Emenda Constitucional nº 45).
7
Realizar ações de prevenção e reparação de danos causados pelo escalpelamento.
11
Levar assistência jurídica gratuita a comunidades terapêuticas de pessoas com transtornos decorrentes
do uso do Crack e a seus familiares.
14
Facilitar o acesso a justiça a partir da implantação do serviço de orientação e agendamento de
atendimento via serviço 0800.
2.2.2.1 Análise Situacional
A Defensoria Pública da União, cumprindo o preceito constitucional explicitado no Art. 5º,
inciso LXXIV – “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”, empreendeu diversas ações para o cumprimento de sua missão
constitucional, garantindo aos assistidos o acesso à justiça e ao sistema de garantia de direitos.
Neste sentido, em dezembro de 2013, a DPU permanecia prestando assistência a 638.838
pessoas, o que corresponde ao incremento de 13% em relação ao total de 565.215 pessoas aferido
em dezembro de 2012.
Ressalta-se, também, o exitoso esforço empreendido pela DPU, durante o 1º semestre de
2013, na busca de sua autonomia administrativa, funcional e iniciativa de proposta orçamentária,
efetivamente alcançada em 06 de agosto de 2013 com a promulgação da Emenda Constitucional
nº74. Tal conquista representa um marco histórico para o país, uma vez que possibilita à DPU
atuação independente em nome do cidadão, bem como confere possibilidade de uma busca mais
efetiva por recursos para ampliação dos serviços de assistência jurídica gratuita.
A propósito, a DPU tem atuado em várias frentes de modo a tornar mais efetivo o serviço
prestado ao cidadão e assistir a cada vez mais brasileiros. Nesse sentido, a resolução extrajudicial de
conflitos torna-se um importante foco de atuação da DPU, cuja consecução tem sido feita por meio
de acordos de cooperação com órgãos que frequentemente figuram no polo passivo das demandas
judiciais. Em 2013, a DPU propiciou a realização de 6.832 conciliações extrajudiciais.
A promoção de acessibilidade é outra frente de atuação da DPU, ela tem sido realizada por
meio de mudanças nos critérios de contratação e reforma nos edifícios sede de unidade da DPU.
Especificamente no que se refere à ampliação número de pessoas atendidas, a Defensoria tem agido
por meio de eventos itinerantes em comunidades quilombolas, povos indígenas, regiões de fronteira
e comunidades em situação de vulnerabilidade social, bem como por meio da implantação de novos
órgãos de atuação em cidades sede de subseções judiciárias no interior do país.
Por fim, merece ser destacado o esforço de estruturação interna expresso no planejamento
estratégico 2012/2015, que totaliza 83 projetos. No início de 2013, após o estabelecimento de
critérios objetivos de priorização, 12 projetos foram selecionados para realização neste ano. Com
efeito, 40% desses projetos focam na perspectiva de Aprendizagem, Estrutura e Crescimento da
DPU, 33% focam os Resultados Institucionais e 27% focam os Processos Internos e o Orçamento e
Finanças. Após a aprovação desses projetos, iniciou-se a execução e o monitoramento sistemático
do desempenho.
Assim, como exemplos de projetos estratégicos, pode-se citar o Projeto Acessibilidade na
DPU, que visa adaptar os prédios e os meios de comunicação da DPU às pessoas com necessidades
especiais, o Projeto DPU nas Escolas que visa estabelecer um marco para a disseminação de
conhecimentos fundamentais ao exercício da cidadania nas instituições de ensino, bem como o
Projeto de Implantação do Sistema Eletrônico de Informações em toda a DPU, possibilitando assim
maior agilidade na tramitação dos processos administrativos e economia de materiais de escritório.
No final de 2013, 33% foram concluídos, 8% estão previstos para serem concluídos no 1º
trimestre de 2014, 50% estão em andamento e 8% foram cancelados. Dentre os projetos finalizados,
destaca-se o Projeto de Implantação do Sistema Eletrônico de Informações em toda a DPU.
Especificamente em relação às metas definidas para o período 2012-2015, a análise
situacional contempla:
1 Ampliar o atendimento à população abaixo da linha da miséria absoluta por meio
da realização de 5 (cinco) edições do projeto "Jornada Meu Defensor".
O Projeto Jornada Meu Defensor consiste no deslocamento de Defensores Públicos Federais
e de estrutura móvel de apoio às cidades que ainda não contam com unidades da instituição ou que
estejam distantes dos grandes centros urbanos. O projeto pode ser realizado isoladamente ou em
parceria com outras instituições ou órgãos, como Juizados Especiais Federais, Defensorias Públicas
Estaduais, Ministério Público, Prefeituras e o Conselho Municipal de Assistência Social.
Durante a realização do Planejamento Estratégico, as Chefias das Unidades da DPU foram
incentivadas a realizar ações do Projeto DPU Itinerante no âmbito de suas regiões. Entretanto,
devido às peculiaridades de cada região, não houve um direcionamento quanto as comunidades que
seriam atendidas por intermédio do Projeto Jornada Meu Defensor. Em 2013, foram realizados 5
(cinco) eventos relacionados ao Projeto Jornada Meu Defensor.
2 Apoiar a implementação de núcleos especializados da Defensoria Pública para
atendimento de casos de discriminação racial.
A Defensoria Pública da União tem estabelecido parcerias com a Secretaria de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, órgão da Presidência da República, e com a Fundação
Palmares, visando à capacitação de Defensores Públicos Federais no que concerne ao tratamento de
situações de discriminação racial, em especial, da população quilombola. Foi planejado para o 2º
semestre de 2013 a realização do V Curso de Capacitação de Defensores Públicos no atendimento
às comunidades tradicionais, em parceria com a SEPPIR, que deverá acontecer na cidade de Montes
Claros (MG). Entretanto, o orçamento de diárias e passagens da SEPPIR foi cortado, o que
inviabilizou o curso. Está previsto para o 1º semestre de 2014 a realização do evento.
3 Criar em todas as unidades de atuação da DPU salas de visita virtual, com destaque
para o atendimento em penitenciárias federais.
No início de 2013 foi priorizado e selecionado o projeto "Revitalização do Programa Visita
Virtual". Tal Projeto decorre do Planejamento Estratégico 2012-2015 da DPU e tem o objetivo de
ampliar o atendimento do Programa Visita Virtual nas unidades que já possuem equipamento de
videoconferência instalado.
Nesse contexto, o Projeto planeja entregar uma série de produtos intermediários, a saber:
pesquisa sobre o atendimento nas unidades; diagnóstico atual sobre demanda e conexão de
equipamento; plano de comunicação com estratégias de divulgação do programa "Visita Virtual";
impressão de cartilha, folder e outros materiais informativos para distribuição; campanha de
divulgação e pesquisa para identificar novos pontos de atendimento.
Atualmente, temos em funcionamento 32 Salas destinadas à realização de visitas virtuais,
sendo uma em cada DPU localizada nas capitais das unidades federativas. Além dessas, temos
equipamentos instalados nas seguintes unidades: DPU Cascavel (PR), DPU Guarulhos (SP) e DPU
Mossoró (RN). Ressalta-se, também, a instalação do equipamento na Penitenciária de Itaí (SP), cuja
população de internos é composta por presos estrangeiros.
4 Definir novo modelo de gestão para a abertura das novas Unidades da Defensoria
Pública da União (DPU).
No início de 2013, após o estabelecimento de critérios objetivos de priorização, o Projeto de
Interiorização da DPU foi selecionado. Tal Projeto tem como objetivo elaborar três modelos para o
processo de expansão da Defensoria Pública da União, com os respectivos planos de ação, e
executar um projeto-piloto referente a um dos modelos. No entanto, devido à escassez dos
recursos necessários para sua execução, o Projeto foi cancelado.
Com efeito, de modo a dar sequência à busca pela consecução da meta, foi firmado um
acordo de cooperação com o IPEA. A partir disso, estão sendo levadas a cabo uma série de reuniões
visando discutir critérios para a interiorização da Defensoria Pública da União.
5 Disponibilizar o serviço de assistência jurídica gratuita a estrangeiros em 100% das
arenas durante os grandes eventos.
Está sendo elaborado um projeto com o objetivo de disponibilizar o serviço de assistência
jurídica a estrangeiros em 100% das arenas, durante os grandes eventos, Copa do Mundo e
Olimpíadas. Tal ação ainda está em processo de planejamento.
6 Disseminar o conhecimento dos direitos, deveres e da cidadania aos jovens do
ensino público básico e superior em todas as regiões do país.
Esta ação vem sendo realizada por meio de um projeto, cujo objetivo é promover a
cidadania através da disseminação do conhecimento junto aos jovens do Ensino Fundamental e
Médio sobre os direitos e deveres constitucionais. No que se refere ao público de estudantes do
ensino superior, ressalta-se que as ações voltadas a ele foram excluídas do escopo do Projeto em
função de restrições orçamentárias.
O resultado esperado desse projeto é formar cidadãos honestos, conhecedores de seus
direitos e cumpridores de seus deveres. Espera-se, também, divulgar a missão da Defensoria Pública
da União e seu papel em um Estado Democrático de Direito.
Em 2012, o Projeto DPU nas Escolas estava em fase de estruturação. Sua execução se
iniciou em 2013, onde foi produzida uma cartilha para a realização do Programa DPU nas Escolas,
a qual fornece diretrizes para realização do programa por qualquer uma das Unidades da DPU. Essa
cartilha dá orientações desde como escolher as escolas alvo, passando pela elaboração de
cronogramas, até a assinatura de acordos de cooperação com as Secretarias de Educação dos
Estados.
Ressalta-se que para a elaboração da cartilha foram realizados dois eventos em escolas do
DF.
7 Facilitar o acesso à justiça a partir da implantação do serviço de orientação e
agendamento de atendimento via serviço 0800.
O Projeto “Serviço de Orientação e Agendamento de Assistência Jurídica por Telefone
0800” tem como objetivo a criação de um serviço de informações ao cidadão, por meio da
disponibilização de número telefônico para Discagem Direta Gratuita e endereço eletrônico.
O serviço de Discagem Direta Gratuita (DDG), por meio de código de acesso 0800, no
sistema de tarifação reversa, possibilita a conversão automática da cobrança referente a chamadas
telefônicas locais e interurbanas para ônus do assinante ao qual a ligação é destinada. Por meio do
DDG 0800, é possível ampliar o acesso às informações acerca dos serviços oferecidos pela
Defensoria Pública da União, bem como implantar serviços de agendamento, triagem e
encaminhamento ao local de atendimento mais próximo à residência do cidadão assistido. Desse
modo, a implementação do DDG 0800 possibilita a otimização do atendimento ao cidadão, pois
alivia a demanda nos órgãos de atuação, facilitando o processo de atendimento ao fornecer
informações sem a necessidade de o cidadão se deslocar até o órgão de atendimento. Isso pode
ocasionar uma redução do tempo médio de espera do cidadão nos núcleos da DPU, indicador
importante na avaliação do desempenho global da Defensoria.
Não obstante os potenciais benefícios para os assistidos da DPU, devido a restrições de
ordem orçamentária, não houve possibilidade de contratação de empresa que forneça serviços de
call center em 2013. Desse modo, não foi possível a consecução do objetivo do projeto.
8 Implantar o serviço de conciliação extrajudicial de conflitos em todos os Estados e
no Distrito Federal.
Várias ações foram empreendidas pela DPU para implantar o serviço de conciliação
extrajudicial de conflitos em todos os Estados e no Distrito Federal. Entre elas, destacaram-se o
Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Nacional de Seguridade Social, celebrado em abril
de 2013, cujo objeto é “viabilizar aos membros da DPU o acesso ao Sistema Eletrônico de
tramitação dos recursos administrativos no âmbito do Conselho de Recursos da Previdência Social
(e-Recursos)”. Outro intuito do Acordo foi facilitar a celebração de conciliações extrajudiciais dos
processos que envolvam demandas junto ao INSS.
Outra ação foi a assinatura do acordo de Cooperação Técnica entre a DPU e a Caixa
Econômica Federal – CEF – em Julho de 2013 com o fito de resolver conflitos pela via
administrativa, sem a necessidade de ação judicial. A parceria se estende a todo o país e envolve
questões recebidas pela DPU relacionadas à CEF, como revisão de financiamento habitacional,
financiamento estudantil, empréstimo bancário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
entre outros temas. As pendências são solucionadas em rodadas de conciliação agendadas pelas
instituições. Nesse sentido a DPU realizou 6.832 conciliações extrajudiciais.
Antes de se consolidar como um projeto nacional, algumas unidades da DPU nos estados já
haviam firmado parcerias similares com a Caixa. É o caso de Alagoas, Goiás, Minas Gerais,
Pernambuco, Rio Grande do Sul Santa Catarina, Bahia, Ceará, Pará e Distrito Federal, onde o termo
é válido desde outubro de 2012.
Finalmente, destaca-se que o tema conciliação extrajudicial foi um dos focos de discussão
no 3º Encontro Nacional dos Defensores Públicos Federais realizado em abril/2013.
9
Instituir autonomia funcional, administrativa e orçamentária da Defensoria Pública
da União, nos termos conferidos às Defensorias Públicas Estaduais (Emenda
Constitucional nº 45).
No dia 06 de agosto de 2013, foi promulgada pelo Congresso Nacional a EC nº 74/2013, que
concede autonomia administrativa e funcional à Defensoria Pública da União, bem como a
iniciativa de sua proposta orçamentária. Tal conquista permite à DPU alcançar o patamar de órgão
de Estado, passando assim a responder diretamente à sociedade pela realização do preceito
constitucional expresso no art. 5º, LXXIV – “o Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
Com a aprovação dessa Emenda, a DPU passa a ter as mesmas prerrogativas institucionais
concedidas às defensorias públicas estaduais desde a Emenda Constitucional 45, de 2004.
Com efeito, a concessão de autonomia à DPU representa um marco na história do país.
Doravante, sua atuação em prol do cidadão é independente e a ampliação dos serviços,
imprescindível. O que levará à garantia efetiva dos direitos dos cidadãos necessitados.
10 Levar assistência jurídica gratuita a comunidades terapêuticas de pessoas com
transtornos decorrentes do uso do Crack e a seus familiares.
Lançado em dezembro de 2011, o programa “Crack, é possível vencer” é um conjunto de
ações do Governo Federal para enfrentar o crack e outras drogas. Com investimento de R$ 4 bilhões
e articulação com os estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil,
a iniciativa tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários
drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção até 2014.
O programa conta com ações dos Ministérios da Justiça, da Saúde e do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, além da Casa Civil e da Secretaria de Direitos Humanos.
Nesse contexto, a contribuição da DPU é bastante relevante, uma vez que objetiva garantir
aos assistidos do Programa “Crack, é possível vencer” o acesso a assistência jurídica gratuita,
permitindo assim a efetiva utilização dos serviços públicos e garantia de seus direitos.
Para tanto, a DPU, em conjunto com o Ministério da Justiça, está discutindo a possibilidade
de um convênio para a utilização do sistema informatizado de Processos de Assistência Jurídica de
modo a permitir a operacionalização de sua participação na gestão do Programa. Ademais, estão
sendo negociadas com a Secretaria Nacional Antidrogas – Senad – visitas de Defensores Público
Federais às Comunidades Terapêuticas a fim de avaliar o acesso aos equipamentos do Estado pelos
usuários nelas internados.
11
Melhorar o atendimento ao cidadão a partir da adequação da infraestrutura de
funcionamento e acessibilidade em 59 órgãos de atendimento em todo território
nacional.
Em 02 de maio de 2013 foi publicada a Portaria nº 409, que instituiu a Comissão de
Acessibilidade às Pessoas com Deficiência, visando o planejamento, elaboração, execução e
acompanhamento de projetos e metas direcionados à promoção da acessibilidade às pessoas com
deficiência no âmbito da Defensoria Pública da União.
Entre as ações já realizadas pela Comissão de Acessibilidade destacamos:
a) Confecção de documento encaminhado para todas as unidades visando o diagnóstico da
atual situação dos edifícios onde se encontram as Defensorias Públicas da União.
b) Mudanças no procedimento de locação de imóvel, incluindo itens de acessibilidade para
as futuras sedes da Defensoria, conforme pode se observar no Manual de Locação.
c) Implantação da acessibilidade por meio dos processos regionais de manutenção predial,
prevendo no termo de referência a possibilidade de pequenas reformas preventivas e corretivas com
adoção dos padrões da NBR 9050.
Além disso, como resultado do trabalho apresentado pela Comissão Multidisciplinar de
Acessibilidade e o Programa de Acessibilidade do Atendimento ao Cidadão, foram definidas as
seguintes providências:
1) Dar conhecimento aos responsáveis pela Engenharia e Arquitetura da necessidade de se
obedecer a Lei 10.098/2000, o Decreto 5.296/2004 e a NBR 9050 em todos os projetos de sedes
próprias da DPU;
2) Analisar os imóveis alugados à DPU com base na legislação citada acima e relatar os
problemas encontrados para avaliar a possibilidade de solução dos mesmos nas renovações de
contrato ou através da busca de novo imóvel;
3) Considerar nas compras de mobiliário os parâmetros de acessibilidade da ABNT NBR
9050 nas especificações dos itens (destaque para os itens 9.3 sobre mesas e 9.5 sobre balcões para
atendimento).
4) No desenvolvimento do Portal Virtual da Defensoria Pública da União, considerar o
Modelo de Acessibilidade do Governo Eletrônico (e-MAG) e prover os recursos necessários para
sua utilização.
5) Providenciar para todas as unidades de atendimento da DPU caixas de som para serem
acopladas ao computador que controla o monitor de senhas do Sistema de Gerenciamento do
Atendimento para realizar anúncio sonoro das senhas chamadas.
6) Buscar prover, quando do lançamento de materiais de divulgação, edições acessíveis
contemplando a população com baixa visão através de "tipos ampliados" e aos cegos com
impressão em Braile, sonora em formato magnético ou digital que possa ser processado por
sistemas de leitura e ampliação de tela;
7) Considerar as limitações impostas no Modelo de Acessibilidade do Governo Eletrônico
(e-MAG) no desenho do Portal Virtual da Defensoria Pública e oferecer alternativas que possam ser
desenvolvidas pela Coordenação de Gestão da Informação da DPU.
8) Promover a capacitação em Libras aos servidores da DPU de forma a superar o percentual
de 5% da força de trabalho determinado no Decreto 5.626/2005, priorizando os que trabalham no
atendimento direto aos assistidos.
9) Estruturar disciplina sobre a temática de Acessibilidade e a legislação específica para os
Cursos de Preparação à Carreira de Defensor Público Federal.