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Ocorrência de Sangramento nos Dentes com Recessão

No documento Eudivar Correia de Farias Neto (páginas 44-56)

80%

20%

Com Sangramento Sem Sangramento Figura 3: Ocorrência de placa bacteriana nos dentes com recessão gengival.

Figura 4: Ocorrência de sangramento nos dentes com recessão gengival.

A média do índice de placa dos pacientes avaliados na pesquisa foi de 48,01%, e a de sangramento gengival foi de 6,01% (Tabela 3).

Média Mínimo Máximo Desvio

Padrão

Índice de Placa 48,01% 8,92% 95,37% 24,16%

Índice de Sangramento 6,01% 0,89% 14,80% 5,02%

Observando o número de contatos parafuncionais distribuídos nos dentes com recessão presentes na figura 5, pudemos observar que a maioria dos casos não possuía contato parafuncional, 89 elementos (65,9%). Apresentando 1 contato, 24 casos foram registrados (17,8%), com 2 contatos 16 casos (11,9%) , 3 contatos 5 casos (3,7%) e com 4 contatos apenas 1 caso (0,7%).

Tabela 3: Médias dos Índices Gengival e de Placa dos pacientes com recessão.

Ocorrência de Recessão Segundo o Número de Contatos Parafuncionais

0 20 40 60 80 100

Nenhum contato

1 Contato 2 Contatos 3 Contatos 4 Contatos

O alinhamento dentário normal ocorreu em 91,1% dos casos, o que representa 123 dentes. Já o alinhamento considerado anormal foi observado em apenas 8,9% dos dentes com recessão, totalizando 12 dentes (Figura 6). O desalinhamento era considerado quando os dentes se apresentavam vestibularizados, lingualizados ou girovertidos.

Distribuição do Alinhamento Dentário

91,1%

8,9%

Alinhado Desalinhado

A mucosa ceratinizada foi categorizada em normal (3mm a 5mm) com 79 observações correspondente a 58,5% e em reduzida (igual ou inferior a 2mm) com 56 observações, 41,5%

(figura 7). A variação da largura da mucosa foi de 1 a 5mm.

Figura 6: Distribuição do alinhamento dentário.

Figura 5: Ocorrência de recessão segundo o número de contatos parafuncionais.

Distribuição da Mucosa Ceratinizada

41,5% 58,5% Normal

Reduzida

Quando observamos os elementos que apresentaram recessão gengival analisando o tipo de periodonto segundo a classificação de Maynard e Wilson26 (Figura 8) constatamos que 29,6% dos casos (n=40) possuíam periodonto tipo 1, 19,3% periodonto tipo 2 (n=26), 28,1%

periodonto tipo 3 (n=38) e 26% periodonto tipo 4 (n=31).

40

26

38

31

0 10 20 30 40

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4

Distribuição da Recessão Gengival Segundo o Tipo do Periodonto Figura 7: Distribuição da largura da mucosa ceratinizada categorizada.

Figura 8: Distribuição da recessão gengival segundo o tipo do periodonto.

Para avaliar a associação dos dentes que apresentaram recessões gengivais com as variáveis independentes estudadas, utilizamos o teste “t” de Student. A observação foi feita cruzando-se os valores das médias das recessões com as variáveis independentes.

Ao avaliarmos a presença de placa bacteriana (Tabela 4) ou de sangramento gengival (Tabela 5) nos elementos dentários que apresentaram recessão, pudemos observar que apesar de existir uma discreta diferença nas médias do grau de recessão desses dentes, não houve diferença estatística.

Presença de Placa

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 110 1,76 0,703

-0,794 0,428

Não 25 1,64 0,700

Presença de Sangramento

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 27 1,74 0,656

0,000 1,000

Não 108 1,74 0,715

Tabela 4: Diferença da média das recessões associadas à presença ou não de placa bacteriana.

Tabela 5: Diferença da média das recessões associadas à presença ou não de sangramento gengival.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

A mesma avaliação realizada para observar a associação da presença ou não de placa bacteriana e de sangramento nos sítios com recessão gengival foi testada utilizando-se os índices de placa (Tabela 6) e índice gengival (Tabela 7), e novamente nenhuma diferença estatisticamente significante foi observada.

Índice de Placa

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

49% 72 1,83 0,712

1,650 0,101

< 49% 63 1,63 0,679

Índice de Sangramento

Gengival

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

3,60% 57 1,88 0,758

1,952 0,053

< 3,60% 78 1,64 0,644

Tabela 6: Diferença da média das recessões associadas ao índice de placa bacteriana.

Tabela 7: Diferença da média das recessões associadas ao índice de sangramento gengival.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

Os distúrbios oclusais foram avaliados levando-se em consideração os movimentos excursivos da mandíbula, a posição de MIH e de RC. Os contatos anormais foram avaliados tanto no conjunto, considerando-se apenas se existia interferência ou não naquele elemento com recessão, ou nos movimentos individualmente. No entanto, não foi observada diferença significativa nas médias quando se avaliou os contatos em seu conjunto (Tabela 8) ou na sua individualidade (Tabelas de 9 a 15).

Distúrbio Oclusal

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 46 1,78 0.593

-0,497 0,620

Não 89 1,72 0,754

Lat. Direita L. Trabalho

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 8 1,72 0,709

-1,384 0,201

Não 127 2,00 0,535

Lat. Direita

Não Trabalho

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 4 1,75 0,957

-0,027 0,979

Não 131 1,74 0,697

Tabela 8: Diferença da média das recessões associadas presença ou não de distúrbio oclusal.

Tabela 9: Diferença da média das recessões associadas presença ou não de interferência oclusal no lado de trabalho durante lateralidade direita.

Tabela 10: Diferença da média das recessões associadas presença ou não de interferência oclusal no lado de não trabalho durante lateralidade direita.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

Lat. Esquerda L. Trabalho

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 11 1,91 0,714

-1,049 0,313

Não 124 1,73 0,539

Lat. Esquerda

Não Trabalho

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 7 1,57 0,710

0,654 0,426

Não 128 1,75 0,535

Guia Anterior

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 11 1,91 0,539

-1,049 0,313

Não 124 1,73 0,714

MIH N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 16 1,75 0,577

-0,056 0,955

Não 119 1,74 0,719

Tabela 13: Diferença da média das recessões associadas a presença ou não de interferência oclusal durante a guia anterior.

Tabela 12: Diferença da média das recessões associadas presença ou não de interferência oclusal no lado de não trabalho durante lateralidade esquerda.

Tabela 14: Diferença da média das recessões associadas a presença ou não contato prematuro durante RC.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

Relação Cêntrica

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Sim 18 1,78 0,647

-0,240 0,811

Não 117 1,74 0,712

Quando cruzamos a média das recessões dos dentes que não apresentam sensibilidade (1,71mm) com as médias das recessões dos dentes que possuíam sensibilidade (2,10mm) não encontramos uma diferença estatisticamente significante p=0,092 (Tabela 16) .

Sensibilidade N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Não 125 1,71 0,658

-1,695 0,092

Sim 10 2,10 1,101

O alinhamento dos dentes no arco foi categorizado como alinhado e desalinhando, no entanto, nenhuma diferença considerável pôde ser constatada entre as médias das recessões dos elementos considerados alinhados e desalinhados, assumindo os valores médios de 1,80mm e 1,78mm respectivamente (Tabela 17).

Tabela 16: Diferença da média das recessões dos elementos com e sem sensibilidade.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

Alinhamento Dentário

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Alinhado 123 1,74 0,711

-0,048 0,962

Desalinhado 12 1,75 0,622

Ao observarmos a média das recessões dos dentes que apresentavam uma mucosa ceratinizada categorizada como normal (1,59mm) observamos que o seu valor é menor do que a média das recessões que apresentavam uma mucosa pequena (1,95mm) (Tabela 18). Ao aplicarmos o teste “t” de Student foi encontrada uma diferença significativa para esses valores (p=0,004). Isto significa dizer que aqueles dentes que possuem recessão e que estão presentes em uma mucosa reduzida apresentaram recessões de maior amplitude.

Mucosa Ceratinizada

N Média (mm) D.P. Valor de “t” p*

Normal 79 1,59 0,631

2,950 0,004

Pequena 56 1,95 0,749

Para associação do Tipo do Periodonto com o grau das recessões foi realizada uma análise de variância (ANOVA) para observação dos valores médios. Constatamos uma média crescente da recessão a medida que o tipo do periodonto assumia características mais frágeis, uma associação significativa (P=0,033) pode ser constatada (Tabela 19).

Tabela 18: Diferença da média das recessões dos elementos com mucosa categorizada como normal e pequena.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

Tipo do Periodonto

N Média (mm) D.P. F p*

Tipo 1 40 1,58 0,594

3,001 0,033

Tipo 2 26 1,96 0,720

Tipo 3 38 1,61 0,595

Tipo 4 31 1,94 0,854

Quando passamos a avaliar todo o conjunto de dentes examinados e não apenas aqueles que possuíam recessão gengival, observamos que existiu uma diferença significativa com relação ao índice de sangramento gengival entre os dentes que possuíam recessão e aqueles que não possuíam (p=0,006) (Tabela 20). Essa diferença também foi significativa quando relacionamos com os distúrbios oclusais (Tabela 21). Aqueles dentes que apresentavam recessão possuíam uma média maior de contatos anormais atuando sobre eles, e isto foi significativamente mais representativo do que o sangramento gengival (p=0,002). A média do índice de placa não apresentou diferença (Tabela 22).

Recessão N Média D.P. Valor de “t” p*

Sim 135 5,99 5,03

-2,754 0,006

Não 423 4,20 4,68

Tabela 19: Diferença da média das recessões de acordo com o Tipo do Periodonto.

Tabela 20: Diferença da média do índice gengival associado à presença ou não de recessão.

*ANOVA (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

Recessão N Média D.P. Valor de “t” p*

Sim 135 0,52 0,860

-3,203 0,002

Não 423 0,27 0,602

Recessão N Média D.P. Valor de “t” p*

Sim 135 46,51 24,081

0,182 0,885

Não 423 46,94 23,884

Tabela 21: Diferença da média dos distúrbios oclusais associado à presença ou não de recessão.

Tabela 22: Diferença da média do índice de placa associado à presença ou não de recessão.

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

*Teste “T” de Student (p≤0,05)

No documento Eudivar Correia de Farias Neto (páginas 44-56)

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