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Ocorrência de rede institucionalizada visando a integração profissional entre os atuais

No documento rafaellucasdasilvasantos (páginas 129-133)

3.2 Resultados e discussão

3.2.5 Ocorrência de rede institucionalizada visando a integração profissional entre os atuais

A décima terceira questão presente no instrumento de pesquisa aplicado aos graduandos (Apêndice 1) buscou levantar a opinião dos participantes quanto à importância da criação de um programa ou setor que promova a constante troca de

experiências entre os alunos da graduação e profissionais já formados pela UFJF, na preparação para o exercício profissional e desenvolvimento de carreiras. Em relação a esse questionamento apurou-se os resultados constantes do Gráfico 22.

Gráfico 22: Troca de experiências entre os alunos e profissionais formados pela UFJF.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

A partir da análise dos resultados do grau de concordância ou discordância manifestado pelos alunos em relação à afirmativa “Acho importante para a escolha/desenvolvimento da carreira do aluno de graduação a criação de um programa ou setor da UFJF que promova a constante troca de experiências entre os alunos e os profissionais formados pela UFJF”, tem-se que mais de 95% dos participantes concordam totalmente ou fortemente.

Em relação à troca de experiências entre os alunos, também foi feito um questionamento aos gestores da UFJF com o fito de verificar se, atualmente, existe algum mecanismo que promova a interação entre os alunos que estão participando dos programas promovidos pela Pró-Reitoria ou Diretorias e os alunos que já participaram dos programas. Além disso, buscou-se também levantar se existe alguma política que tenha o objetivo de promover a interação entre os alunos que participaram de alguma ação ofertada pelo respectivo órgão e agora são egressos da UFJF.

Diante desses questionamentos, foram levantadas as percepções constantes do Quadro 19. Discordo Totalmente 0,00% Discordo Fortemente 4,81% Concordo Fortemente 40,38% Concordo Totalmente 54,81%

Quadro 19: Percepção dos gestores quanto à troca de experiências entre os alunos.

Entrevistado Percepção

E1 Hoje nós não promovemos de uma forma institucionalizada este tipo de intercâmbio entre os estudantes que passaram pela extensão e aqueles que estão entrando. O que se verifica, em alguns casos, são ações dos próprios professores que quando vão selecionar os alunos para participarem da ação de extensão, costumam levar os estudantes que já participaram do programa para relatarem suas experiências. [...]

Não, nós não temos uma política institucionalizada permanente que faça esse intercâmbio. Mas em alguns momentos, nós já levamos um profissional formado na UFJF que participou de um programa para conversar com alunos de um projeto específico.

E2 Não. A gente fica sem o acompanhamento do aluno depois que ele passou pelo programa. [...]

Não. Isso seria interessante para saber até que ponto o programa que ele participou contribuiu ou estimulou o aluno. Isso é uma coisa para se pensar.

E3 Não existe um programa institucionalizado. Mas dentro das atividades desenvolvidas nos programas da Diretoria de Inovação, a gente sempre convida as pessoas que passaram por aqui e que foram bem-sucedidas.

E4 Isso acontece internamente dentro dos grupos, núcleos e laboratórios, pois envolvem alunos de graduação, mestrado e doutorado. Mas antes de se inserir nesses grupos não ocorre.

[...]

hoje nós tentamos mapear, por meio de um relatório de papel, para onde foram os alunos que participaram do programa de iniciação científica...se eles foram para o mestrado, para o mercado de trabalho, para o sistema público ou para o sistema privado, se foi para o exterior fazer alguma atividade..., mas para aí, nós não temos um acompanhamento de longo prazo

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

Analisando a manifestação dos entrevistados, apura-se que não existe no âmbito da UFJF uma política que tenha o objetivo de promover a interação entre os alunos que participaram de um programa ofertado pelos órgãos pesquisados e aqueles que estão participando atualmente. No mesmo sentido, inexiste uma rede institucional que busque promover o intercâmbio de informações e a troca de experiências entre os alunos que estão na universidade e aqueles que formaram na UFJF.

A partir desse levantamento, verifica-se uma fragilidade institucional no desenvolvimento pleno de um modelo de organizações-rede, a qual contempla, segundo Peci (1999), estruturas articuladas e flexíveis que podem contribuir para a melhoria da eficiência coletiva dos serviços públicos prestados pela UFJF, na medida em que evita superposição e fragmentação de ações institucionais.

Ainda nesse contexto, os alunos também foram questionados sobre o conhecimento da existência, no âmbito da UFJF, de alguma rede que vise proporcionar a interação entre os graduandos pesquisados e os demais discentes que formaram na instituição visando a troca de conhecimento e experiências profissionais e acadêmicas.

Neste questionamento apurou-se que mais de 93% dos participantes desconhecem a existência de alguma rede institucional que propicie a interação visando a troca de conhecimentos e experiências entre os alunos da graduação e os egressos da UFJF. Quantos ao que manifestaram que conhecem, foi facultado um espaço no questionário para que os participantes escrevessem o nome da respectiva rede.

Em relação a esses espaços, registra-se que nem todos que assinalaram a opção sim preencheram o nome da rede, mas os que preencheram registraram as iniciativas descritas no Quadro 20.

Quadro 20: Redes institucionais descritas pelos pesquisados. Empresa Júnior;

Estágio;

Grupo da Geografia da UFJF no Facebook;

Evento carreiras jurídicas, promovido pela direção da Faculdade de Direito; Redes Sociais na internet;

Encontros no Centro de Vivências e Redes Sociais.

Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

A partir dos resultados apurados, registra-se que não foi possível identificar, no âmbito deste trabalho, a existência de uma rede estabelecida e mantida pela UFJF que contemple alunos dos diferentes cursos de graduação e áreas do conhecimento e tenha como objetivo principal a troca de conhecimentos e experiências acadêmicas no âmbito da Universidade.

A partir da manifestação dos alunos verifica-se a existência de programas e ações, alguns inclusive de natureza institucional, como no caso do estágio e empresas juniores que podem promover a troca de experiências e conhecimentos. No entanto, salienta-se que a abrangência dessas ações se circunscrevem a apenas um curso ou área do conhecimento e não promovem a interação além das fronteiras de cada faculdade ou instituto da UFJF.

Nesse sentido, a partir desses levantamentos, verifica-se, pelo menos no âmbito da amostra pesquisada, que inexiste um programa ou setor da UFJF que tenha a missão de fomentar a integração entre os alunos e egressos da UFJF, de forma a permitir a interação dos estudantes e profissionais oriundos de diferentes cursos e áreas do conhecimento, fundamental para reforçar a perspectiva proteana e sem fronteiras que os graduandos pesquisados demonstraram possuir ao longo da pesquisa.

Portanto, no contexto do estabelecimento de uma organização-rede e considerando a necessidade do fortalecimento dos arranjos institucionais no âmbito da UFJF, constata-se que o estabelecimento de estratégias visando a construção de uma

proposta que tenha o objetivo de contribuir na preparação para o exercício profissional e para o desenvolvimento de carreiras dos alunos de graduação perpassam por pelo menos três diretrizes: orientação profissional e de carreira dos alunos de graduação desde os primeiros períodos, articulação dos programas e ações desenvolvidos pelos órgãos da Universidade e a integração entre os alunos e egressos da UFJF.

Ressalta-se, por fim, que tais diretrizes, não podem se desconectar da compreensão do conceito de carreiras pelos alunos de graduação, o qual pode ter um caráter mais tradicional ou mais moderno, conforme discutido no referencial teórico. Nesse sentido, com o fito de compreender a perspectiva dos alunos pesquisados, passa- se à apresentação da perspectiva de carreira dos graduandos.

3.2.6 Alinhamento da perspectiva de carreira dos alunos às teorias mais

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